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Discussão sobre BDSM-SSC : atitudes, conhecimento e entendimento da chamada "forma de vida alternativa". Experiências, motivações, inquietudes e demais coisas relacionadas...

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#31 Mensagem por Maestro Alex » 15 Jul 2007, 01:20

DICIONÁRIO NORDESTINO DAS BULIçAGEM BDSM
1a. edição



DOM

Tradução: Cabra invocado.

O que é: Moço brabo e danado que vive botando buneco pra cima dos sub.


DOMME

Tradução: Moça invocada.

O que é: Moça braba e danada que também vive botando buneco pra cima dos sub.


SUB

Tradução: moço réio / moça réia

O que é: moço que vive no cabresto do Domm ou da Domme.


BONDAGE

Tradução: Buliçagem com corda.

O que é: Arrumação que o Dom ou Domme faz pra arrochar o sub usando cordas.


CBT

Tradução: TPO

O que é: Tortura do pau e dos óvos.


DUNGEON

Tradução: Pelourinho

O que é: Lugar onde o Dom ou Domme fica botando buneco em cima do sub. Às vezes, pra ter um dungeon todo nos trinks é preciso ser muito estribado.


FEMINIZATION

Tradução: Abaitolamento.

O que é: Arrumação que a Domme faz pro sub ficar cheio das baitolagem.


GIANTEE

Tradução: Mulher grande da peste.

O que é: Fantasia em que o sub fica bem pirrototinho.


PONYSLAVE

Tradução: escravo-jegue

O que é: sub tratado feito um jumento.


SAFEWORD

Tradução: Pára de aperriar!

O que é: Palavra dita pelo sub quando tá bem avexado e que faz o Dom parar de bulir com ele. Bizú: não use demais senão o Dom ou a Domme começa a fumar uma kenga, achando que você tá é de vissagem.


SHIBARI

Tradução: Pense numa ruma de corda!

O que é: Arrochar o sub com uma ruma de corda. É uma buliçagem do tempo do bumba, quando o Godzilla ainda era um calango.


SENSORIAL PRIVATION

Tradução: Empatar a boca, os zóios e os zouvidos.

O que é: Arrumação que o Dom ou a Domme faz pro sub ficar mudo, cego e môco.


SPANKING

Tradução: Meter a chiba.

O que é: Quando o Dom ou a Domme dá umas chapoletadas no sub. Dependendo da força das chibas, a pele do sub pode ficar toda coisada.

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Maestro Alex
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#32 Mensagem por Maestro Alex » 20 Jul 2007, 23:37

As três grandes mentiras do SM...



... que a gente diz para os de fora.

1. É uma idéia interessante...

2. É para o meu barco.

3. Eu caí da bicicleta.




... que a gente diz uns para os outros.

1. Eu nunca nem fantasiei sobre algo assim.

2. Só faço isso por diversão.

3. Não preciso disso.

4. Senhor(a), eu farei tudo que quiser.



... que dissemos para nós mesmos.


1. Eu sou normal.

2. Eu sempre paro quando estou realmente bravo.

3. Eu só "brinco" com quem eu respeito.

4. Estou fazendo isso pelas razões certas.




... que os homens dominadores dizem para mulheres submissas.


1. Eu penso nas mulheres como iguais.

2. Eu tenho uma relação saudável com a minha mãe.

3. Eu realmente acredito que uma mulher tem que ser forte para ser submissa.

4. Tudo OK para mim se o sexo não fizer parte do jogo.




... que as mulheres submissas dizem para homens dominadores.


1. Eu não tenho nenhum problema não resolvido com meu pai.

2. É o suficiente servir ao Mestre. Eu não preciso gozar.

3. Eu realmente gosto do senhor no comando.

4. Eu adoro quando você se acaba na minha boca.

5. Lamber seus pés e bunda realmente me excita.

6. Eu acho essa sua barriga sexy.

7. Você me tem de corpo e alma.

8. Você é o único homem que faz me sentir assim.

9. Eu nunca vou deixar você.




... que homens submissos dizem a mulheres dominadoras.


1. Eu farei tudo que você quiser.

2. Eu existo só para te servir.

3. Eu não me importo em não gozar.

4. Encaro as mulheres como seres superiores.

5. Você é linda para mim.

6. Eu realmente me excito em fazer o serviço da casa para você.

7. Minha mulher sabe que faço isso.




... que mulheres dominadoras dizem a homens submissos.


1. Basicamente eu gosto de homens.

2. Usando salto altíssimos me sinto mais poderosa.

3. Eu não consigo dominar um cara se ele não me excita...

4. Eu nunca sou switcher.

5. Adoro fazer chuva dourada.




... que dissemos a futuros possiveis parceiros do nosso jogo.


1. Não é dor. É só uma sensação... forte.

2. Isto é fundamentalmente uma atividade de educação.

3. Submissão é autorização.

4. Você precisa explorar esse seu lado.




... que mulheres dominadoras dizem umas às outras.


1. Eu tenho o escravo perfeito.

2. Sinto que nós duas somos parte de uma mesma irmandade.

3. Eu consigo me manter como top quando estou transando.




... que submissas dizem umas às outras.


1. Meu mestre cuida bem de mim.

2. Eu não sou realmente uma exibicionista.

3. Eu não entro em competição com outras submissas.

4. Tudo bem pra mim se vc ficar com meu Mestre.




... que dominadores heterossexuais dizem uns aos outros.


1. Minha escrava nunca diz não para mim.

2. Alguns dos meus melhores amigos são submissos.

3. Mesmo depois do orgasmo eu posso continuar como dominador.




... que homens heterossexuais submissos dizem uns aos outros.


1. O mais importante é servir à nossa dona.

2. Eu nunca digo para ela o que fazer.

3. Eu nunca vou a uma dominadora profissional.

4. Adoro quando minha dona não me deixa gozar por dias a fio...

5. Eu não me importo que você suporte mais dor do que eu.

6. Eu realmente acredito que a minha missão é servir as mulheres.

7. Eu realmente adoro ficar embaixo da minha dona quando ela está menstruada.




... que bi switchers dizem uns aos outros.


1. Eu realmente não me importo com que sexo estou transando.

2. Eu não sou homofóbico.

3. Eu separo sexo do SM.

4. Ser bi é ter o melhor dos dois mundos.

5. Eu só brinco com quem tenho intimidade.

6. Eu só brinco com outros switchers.




... que dominadoras profissionais dizem umas às outras.


1. O negócio é bom.

2. Eu nunca tenho sexo com clientes.

3. Os negócios vão mal.

4. Sempre faço só o que quero e digo não para os clientes que querem outras coisas.

5. Eu faria isso mesmo que não tivesse sendo paga.

6. Nunca tenho necessidade de ser sub.

7. Tenho sempre o controle durante uma sessão.

8. Eu sou uma ótima mulher de negócios.

9. Meu amor não sabe que faço isso.

10. Foi minha vontade largar o último emprego decente que tive.




...que clientes dizem para dominadoras profissionais.


1. Eu sou uma pessoa muito higiênica.

2. Estarei aí.

3. Estarei aí no horário.

4. Não estou com esperanças que nosso encontro se transforme em sexo.

5. Prometo que eu não conto para ninguem se você transar comigo.





... que os baunilhas dizem para os SM.


1. Ouvir sobre isso não me choca.

2. Conheço outras pessoas que estão nessa.

3. A gente também negocia tudo...




E, finalmente, as três grandes mentiras das três grandes mentiras...


1. Nada do que foi dito aqui é para ser levado para o lado pessoal.

2. Sentimos muito se ofendemos alguém.

3. Nós nunca faremos isso de novo.




Todas as cartas iradas, urros de protesto e outros "flames" serão alegremente ignorados (pedidos para repetir serão atendidos).

Copyright 1998 por Jay Wiseman, Lady Green, Glen, o paramédico, e Dale, a atriz (com assistência do Anônimo, Nefarious Band).

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Maestro Alex
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#33 Mensagem por Maestro Alex » 22 Jul 2007, 21:12

PRÁTICAS SEXUAIS DITAS "DESVIANTES" : PERVERSÃO OU DIREITO À DIFERENÇA?

in Revista Terapia Sexual - Clínica - Pesquisa e Aspectos Psicossocias, Vol. VI, 1, 34-52.

(Trabalho apresentado no 16th World Congress “Sexuality and Human Development: From Discourse to Action” 10-14 March, 2003 Havana, Cuba)


Autora: Maria Cristina Martins, Psicóloga Clínica e Especialista em Sexualidade Humana – Unicamp - Campinas – SP – BRASIL
E-mail: machriss@globo. com


Co-autor: Paulo Roberto Ceccarelli, Psicólogo, Psicanalista, PhD em Psicopatologia e Psicanálise por Paris VII, Paris – França; Professor na Graduação e Pós-graduação do Dep. De Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – BRASIL

E-mail: pr@ceccarelli. psc.br
Homepage: www.ceccarelli. psc.br

Final


Dados quantitativos da amostra pesquisada (n = 111)

%
Sexo

Masculino

93,7
Feminino

6,3
Idade

18-25

18,9
26-35

41.4
36-45

30.6
46-55

8.1
+55

0.9
Orientação Sexual

Heterossexuais

84,7
Bissexuais
9,9
Gays
5,4
Estado Civil

Casados

31,5
Solteiros
52,3
Separados/Divorciad os
16,2
Escolaridade

Nível Secundário

16,2
Nível Universitário Completo
70,3
Pós-Graduados
13,5
Religião

Católica

53,2
Protestante
2,7
Espírita

12,6
Agnóstico
5,4
Ateu
5,4
Nenhuma

14,4
Outras

6,3
Práticas

Dominação/ Sadismo

32,4
Submissão/Masoquismo
43,3
Switchers ("role reversal")

15,3
Crossdressing

1,8
Pedolatria

4,5
Outras

2,7
Participação da parceira

Sim

36,1
Não
25,2
Sem parceira fixa
38,7



Como Como podemos perceber na tabela 1, a grande maioria da amostra total (n =111), é composta de heterossexuais, mas cabe a observação de que apenas sete (6,3%) respondentes são do sexo feminino, sendo quatro (4) oficialmente casadas e três (3) solteiras. O número de pessoas com parcerias que possuem e praticam as mesmas fantasias sexuais, (36,1%), foi maior do que o esperado. Interessante salientar que, nas práticas sexuais envolvendo a Submissão e o Masoquismo (43,3%), apenas seis (6), são mulheres e heterossexuais, enquanto que o restante do grupo pertence ao sexo masculino independente de orientação sexual. A religião católica (53,2%) é a que tem o maior número de seguidores. O nível de escolaridade mostra-se elevado, sendo que 70,3% dos respondentes têm curso superior completo e 13,5% são pós-graduados.


CONCLUSÃO
Abaixo citaremos recortes de alguns relatos para ilustrar a parte qualitativa do estudo, onde os respondentes falam a respeito de como se sentem em relação às suas vivências sexuais e aos tópicos que foram abordados no questionário por eles respondido.


-SS, pós-graduado, fetichista, 35 anos, casado: “Quando tinha aproximadamente 5 anos, lembro-me que tinha tesão em vestir camisolas de cetim, gostava de urinar nelas e sentir o cheiro da urina por vários dias.....Desde criança percebi que tinha desejos “diferentes”, mas só fui entender de fato que esses fetiches não são uma “aberração da natureza”, há uns três anos com o advento da Internet.... na net, vi, conversei e sei que tem gente com os mesmos gostos”.


- S, administrador de empresas, masoquista, 34 anos, casado, lembra: “Tinha uma brincadeira de policia e ladrão onde as meninas eram sempre da polícia e os meninos ladrões. As meninas corriam, pegavam e prendiam os meninos. Lembro que quando eu era preso sempre pedia para ser amarrado, pois senão fugiria, assim fui sem perceber desenvolvendo meu instinto de submissão ao sexo feminino...Uma fantasia que me marcou muito na infância e na adolescência foi a figura da “Mulher Gato” do seriado Batman.....hoje ao rever com olhos mais experientes dá para perceber uma explicita citação fetichista. A Mulher Gato era linda, aquela roupa em látex, bem justa e colada ao corpo...sempre que capturava os heróis , eles eram amarrados e ficavam aos pés dela ...sempre era mostrado a Mulher Gato em seu esconderijo sentada em uma cadeira tipo trono em um pedestal e seus ajudantes ficavam sentados no chão aos seus pés...às vezes ela dava um jeito de pisar em um ajudante...fetiche puro”.


-Fbond, importador, fetichista bondagista, 31 anos, casado, lembra: “Levo o bondage e o fetichismo extremamente a sério, não sou adepto de nada que provoque dor, mas gosta da sedução aliada à bondage, cinta-liga, roupas insinuantes (mas não vulgares), sou culto....descobri que era fetichista aos 8 anos de idade assistindo um filme do Jerry Lewis e hoje tenho um acervo com mais de 150 fitas do gênero....Considero- me uma pessoa extremamente amiga, por isso acho um absurdo comparações que coloquem um fetichista na casa dos “anormais”. Talvez até haja casos assim, mas não se trata da grande maioria”.


-Al Z, dominador, pós-graduado em análise de sistemas, 38 anos, casado, relata: “Desde pequeno eu apreciava quando via cenas em que apareciam mulheres presas, amarradas ou surradas (normalmente em filmes), mesmo desconhecendo totalmente o sexo... acho que era instintivo.. ...Despertei totalmente para minhas fantasias há uns cinco ou seis anos atrás quando entrei acidentalmente num site ...na época eu tinha 32 ou 33 anos e esse fato mudou totalmente a minha vida...O bondage e o spanking ( bumbum feminino), me excitam bastante e também outras formas de dominação física e psicológica, como por exemplo, transformar a parceira em uma cadelinha colocando correia e correntinha guia....Meu relacionamento com minha esposa é do tipo “padronizado”, ou seja, segundo ditam as regras religiosas e sociais para um casamento... Ela não sabe das minhas incursões no mundo virtual, nem tampouco que procuro alguém para realizar minhas fantasias no “real”. Sinto-me uma pessoa absolutamente normal....O que penso é que a sociedade é quem realmente tem medo de admitir que quem gosta de BDSM ( dentro do contexto erótico, é claro), é um ser humano normal. As pessoas buscam sempre viver cada vez com mais tesão e o BDSM é apenas mais uma forma alternativa de alcança-lo plenamente. ...Nunca abri o livro da minha vida tanto assim como estou fazendo com você, mas me sinto muito bem, porque isso estava me sufocando demais”.


-J, analista de sistemas, submisso, 32 anos, solteiro: “Sinto-me perfeitamente normal e até porque não privilegiado, por saber explorar a minha sexualidade de uma forma diferenciada e muito mais intensa do que a maioria das pessoas. Fico muito feliz por ter capacidade suficiente em entender o meu fetiche e tirar proveito dele de forma sadia, segura e muito peculiar”.


-N, assistente administrativa, bondagista, 26 anos, solteira: “Gosto de ser amarrada e imobilizada completamente, me sentir completamente vulnerável nas mãos do meu parceiro, mas não ficar passiva e sim relutar em estar amarrada, como se estivesse sendo obrigada a estar naquela situação, não aceitar passivamente que o outro me amarre, mas “fugir”, tentar me soltar, mas acabar sendo “vencida” pela força e técnica do meu parceiro...a privação dos sentidos como a visão e a fala....assim os mesmos ficam ainda mais aguçados, mas não saber o que a pessoa vai fazer é uma excitação sem igual... estar amordaçada é uma sensação incrível... Juntar tudo isso é uma sensação inexplicável ... Sinceramente, me sinto mais normal do que as outras pessoas, eu me sinto assumida. Acho que o que não é normal é as pessoas se podarem, ou mesmo viverem um relacionamento de aparências e procurarem fora do relacionamento a realização de suas fantasias... acredito que uma pessoa será completamente feliz quando procurar um relacionamento que lhe complete no todo... difícil, mas acho que mais difícil ainda é viver duas vidas...em uma delas você vai encenar... A sociedade em que vivemos é hipócrita... todos têm suas fantasias, mas para se encaixar no padrão “normal”, ninguém se assume e ainda critica e se escandaliza coma opção do próximo. Acredito que cada um é dono da sua vida e não tem que dar satisfação para ninguém do que gosta ou deixa de gostar dentro de quatro paredes, ou melhor, acho que devemos ser livres para vivenciar nossas fantasias e outras coisas cotidianas também, é claro, respeitando o limite e espaço do outro. Para mim o BDSM é uma forma de prazer, é um mundo vasto com muitas ramificações e cada pessoa escolhe dentro dessas a que lhe dá prazer ...eu escolhi a minha e não me incomoda o fato da sociedade não aceitar ou me achar uma aberração... eu me sinto mais normal que todos, pois sou sincera comigo mesma, me assumo e me aceito assim e isso me faz feliz ...”.


- M.H, dentista, crossdresser, submissa, 39 anos, casado: “Sou casada e minha esposa participa de tudo e me domina há mais de um ano...Como você pode perceber sou uma crossdresser submissa e como tal me porto. Sou uma sissy da minha esposa. Me visto sempre que posso feminina, tenho todos os afazeres da casa e sou uma mulher para minha esposa. Sou totalmente passiva e ela é ativa ....freqüentemente apanho e sou humilhada, o que adoro...fui descobrir que o que eu sentia e fazia estava em total sintonia com o universo BDSM, mais ou menos aos 18 anos. Mas sem saber que era uma postura BDSM, desde que me conheço por gente ...aos 6 ou 7 anos de idade...Adorava brincar de casinha com meus primos e primas e sempre eu era a empregadinha, sempre trabalhando e humilhada. Este era o papel que eu escolhia. Isto me dava prazer e no meu ponto de vista encaixa no BDSM...Aos 10 anos gozei a primeira vez quando pus uma saia de uma tia...gozei sem ao menos me tocar. Desde então sempre fui fora dos padrões , mas aos 16 anos notei que era “diferente”. Seria eu gay? Mas como ser gay se não me interessava e nunca me interessei por homens? Mas se não era gay, por que me fantasiava no papel feminino? ...As pessoas infelizmente vivem num padrão proposto hipócritamente por esta sociedade machista e repressora em que vivemos.”


- ZZ, assistente de faturamento, podólatra submisso, 34 anos, casado: “O meu relacionamento com minha esposa é o melhor possível em todos os sentidos. Ela sabe de minha atração por pezinhos, tanto é que começou a trata-los bem melhor e de vez em quando, quando transamos, ela me dá umas boas chineladas e eu gosto muito. Desde que não prejudique física ou emocionalmente ninguém e ambos estejam de acordo, vale tudo na prática sexual entre um casal. Sobre como a sociedade vê e julga os meus atos, isso para mim não tem a mínima relevância”.


-JP, advogado, sádico, 38 anos, casado: “Sinto-me um privilegiado por ter certos interesses sexuais diferentes da maioria das pessoas e sempre conseguir realizá-los. O BDSM é muito complexo, pois existem diferentes níveis de SM e me incluo em um intermediário. ..algumas práticas me soam indigestas, como por exemplo a coprofagia, humilhação em público, perfurações, cortes ou queimaduras, mas como diz o ditado, “ se feito com o consentimento de ambos o problema é deles...”.


Podemos sugerir que as pessoas que fizeram parte da amostra pesquisada, longe de representar a totalidade de indivíduos com práticas sexuais não convencionais na sociedade brasileira, sentem-se em sintonia com suas diversas preferências sexuais, as quais são experienciadas como prazeirosas , sentindo-se também privilegiadas por terem uma sexualidade “diferenciada ” daqueles que vêem no sexo e nos papéis convencionais , a única forma de expressão para o amor, intimidade e para a realização de suas fantasias sexuais. Não podemos afirmar pelos dados colhidos e relatados, que os praticantes de BDSM e Fetichismo que participaram desse estudo, possam ser chamados de “parafílicos”. Preferimos descreve-los como praticantes esclarecidos, bem informados, e conscientes daquilo que consideramos como variações na expressão da complexa sexualidade humana adulta.


É muito clara a importância do uso da Internet na formação de uma subcultura BDSM consensual no Brasil, não só para a comunicação, obtenção de informações entre praticantes afins, mas também como um mecanismo de inclusão social, reunindo milhares de pessoas que compartilham das mesmas fantasias e práticas sexuais não convencionais. Esse estudo foi possível, justamente pela facilidade de acesso, anonimato e a facilidade que a Internet proporciona para todos os seus usuários. Cooper et al (2000, p 6), sustenta que a Internet oferece a oportunidade para a formação de comunidades virtuais, onde indivíduos isolados e discriminados, como por exemplo, gays e lésbicas, podem se comunicar entre si sobre assuntos sexuais que sejam de interesse dessa comunidade
Ao se darem conta do número de pessoas “iguais”, a sensação de isolamento e de ser “diferente” diminui ou desaparece e um novo sentido de “pertinência” (“belonging”) e identidade surge para aqueles que, anteriormente ao advento da Internet, sentiam-se “anormais” e “fora do padrão” por não terem com quem compartilhar e dividir seus anseios e suas fantasias devido ao preconceito e estigma em relação a tudo o que se desvia da “norma” ou “padrão”. Podemos sugerir que a Internet pode servir como um “salva-vidas” virtual” , pois ao dar aos praticantes de BDSM, fetichismo e outras minorias sexuais, a oportunidade de “sair do armário”, proporciona um ambiente onde não há repressão, preconceito e onde tudo é possível no mundo da fantasia, dando também a oportunidade para que essas fantasias saiam da “virtualidade” e possam ser concretizadas no mundo “real”. Segundo Bader (2002, p 259), o porque de algumas pessoas “atuarem” ( “act out”) suas fantasias e outras não, não encontra uma resposta fácil. Ainda segundo a perspectiva teórica deste autor, é mais fácil compreender porque uma pessoa desenvolve determinada fantasia ou prática sexual, mas raramente pode-se afirmar o porquê ela “atuou” ou simplesmente a manteve a nível de fantasia .


O mundo tem passado por mudanças tecnológicas quase impossíveis de serem acompanhadas na área da concepção da vida humana: o bebê de “proveta” e a inseminação artificial são práticas corriqueiras antes impossíveis de serem imaginadas e concretizadas, como o é agora, a possibilidade da clonagem de seres humanos em laboratórios. O novo assusta, provoca medos e inseguranças e sentimentos de desproteção. Mas é inegável que mudanças nas mentalidades estão a caminho nesse novo milênio. A tradição judaico-cristã que forma a base religiosa da sociedade brasileira há séculos, mostra-se anacrônica perante os fatos mencionados e pelo o que ainda está por vir. A tão propagada vida “naturalmente heterossexual” dos animais, que serviu como justificativa para o encarceramento do desejo sexual e do prazer pela instituições religiosas, começa a cair por terra com as últimas pesquisas científicas sobre a vida sexual dos animais, as quais demonstram que as “práticas contra a natureza”, são parte também da sexualidade animal:www.subversi ons.com/french/ pages/science/ animals.html.

Para onde vamos, já que os conceitos e normas psico-sociais, religiosas e culturais, que definiam a noção de “normalidade” , não mais se aplicam à sociedade pluralista que se nos apresenta? A nossa tradicional ética sexual seguida há centenas de anos, não mais se adequai às mudanças sócio-culturais e aos novos desafios do Século XXI. Vivemos numa sociedade plural, onde começam a se tornar visíveis as mais diversas expressões da sexualidade humana adulta, as quais querem ser aceitas, reconhecidas e legitimizadas. Expressões sexuais que demonstram maturidade, respeito e consciência entre aqueles que as praticam. Cabe salientar que, por se sentirem confortáveis e em egossintonia com suas práticas sexuais, tenha sido este o motivo que tenha levado esses indivíduos a participarem desse estudo A linha que separa as práticas consensuais BDSM e as práticas sexuais ditas “perversas” “é muito tênue. Mas é importante que se saiba distinguir umas das outras.


E com base nesta distinção, o presente estudo demonstrou que, apesar de limitado no seu alcance, é um direito humano legítimo ser “diferente” da maioria e conseqüentemente, ter essa “diferença” respeitada e aceita pelos demais.

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Maestro Alex
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#34 Mensagem por Maestro Alex » 23 Jul 2007, 20:21

Só um minuto de vaidade...

quem quiser pode ler no link procurando o texto...

Mais um motivo pelo que sei que meu caminho de defesa de um BDSM-SSC 24/7 D/s como modo alternativo de vida esta no caminho certo...

DE BDSM_SP:

Olás!!

De volta pra casa, quero primeiramente agradecer a todos que me felicitaram pelo meu aniversário! Muito obrigado, e desejo em dobro tudo que me foi desejado!

Mais uma vez o Encontro Nacional foi muito bacana, é delicioso encontrar, reencontrar, conhecer e reconhecer pessoas que, mesmo morando longe, fazem parte do nosso dia a dia. Um Clube Dominna lotado nos mostra que cada vez mais e mais pessoas se envolvem no mundo BDSM e fetichista. Agradeço a toda a família Dominna pela acolhida, pela dedicação e pela linda homenagem que recebi no dia do encontro. Bela, tuas palavras irão ficar guardadas em minha memória. Muito obrigado!

E pra quem infelizmente não esteve lá, segue o resultado do II Concurso de Contos e Poesias BDSM - Contos BDSM & Clube Dominna:

Votação dos jurados:
Contos - 1 Lugar: A Entrevista - autora: tavi {CS}
2 Lugar: Proibido - autora: Masim
3 Lugar: A Transformação - autor: Black Wolf

Poesias - 1 Lugar: Poesia II - autora: missesclave {DE}
2 Lugar: Sofrimento - autora: Carla {ALINE}
3 Lugar: Escrava - autor: LOBO

Votação dos Leitores:
Contos - 1 Lugar: Sensações de Um Castigo - autora: kalia {K@}
2 Lugar: Aventura no Metrô - autor: Terapeuta
3 Lugar: Dia de Chuva - autora: Anna do Sul

Poesias - 1 Lugar: Desejo de Dom - autor: Maestro Alex 2 Lugar: Libidinagem - autora: Sibila
3 Lugar: Alma de Escrava - autora: Pérola Negra

Agradecemos a todos que participaram, ao Clube Dominna e à sex shop Jogo de Amor ( www.jogodeamor.com) pela parceria na premiação!

Abraços

J.J. Flash e Loira {J.J. Flash}
www.contosbdsm.com

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Tricampeão
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#35 Mensagem por Tricampeão » 23 Jul 2007, 22:56

O cara foi modesto demais pra postar a poesia vencedora aqui. Ei-la, para apreciação de todos:
Maestro Alex escreveu:Desejo de Dom

Te ver
nua, de frente,
absurda, calada,
vermelha, branca,
rendida, possuída,
minha, nas sombras,
molhada, no silêncio,
no sofrimento, nas cordas,
nas velas,
adormecida ao meu lado...
O cara é fera ou não é?

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DANTE-RIO
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#36 Mensagem por DANTE-RIO » 24 Jul 2007, 00:19

Sensacional! Parabéns! Merece!

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mulder
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#37 Mensagem por mulder » 24 Jul 2007, 17:49

Saudações Foristas:

Não é a tôa que tens a merecida alcunha de:

MESTRE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Abs. excers.

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JC
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#38 Mensagem por JC » 24 Jul 2007, 19:21

olá a todos

Talento é uma coisa que se tem ou não.
Ser mestre é algo que se aprende com a vida.
E para ser Maestro precisa de ter seguidores.

Maestro Alex tem tudo isso.

Meus parabens

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Maestro Alex
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#39 Mensagem por Maestro Alex » 24 Jul 2007, 19:24

grato a todos...

massagem no ego faz um bem danado... :lol: :roll: :wink:

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Commander
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#40 Mensagem por Commander » 25 Jul 2007, 08:40

Muito boa.......................... estava inspirado, hein :wink: :wink: :wink:

Grande Maestro................... :wink:

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#41 Mensagem por Diffident » 25 Jul 2007, 10:10

Maestro Alex escreveu:
Desejo de Dom

Te ver
nua, de frente,
absurda, calada,
vermelha, branca,
rendida, possuída,
minha, nas sombras,
molhada, no silêncio,
no sofrimento, nas cordas,
nas velas,
adormecida ao meu lado...


Excelente.

Meus parabéns por obter o sucesso, no que tanto almeja.


Abraços, descunfiado.

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#42 Mensagem por Warum » 25 Jul 2007, 15:26

Grande Maestro, neste rincão meio estranho da net, nos enchendo de orgulho, por desfrutarmos de sua digna presença....

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#43 Mensagem por rei da espanha » 25 Jul 2007, 21:08

Oloco Tio!!

Muito boa mesmo.... tiro o chapéu à vc, cada dia mais me mostra q é uma pessoa diferente da face carrancuda mostrada no Guia!

vida longa ao maestro!

saúde e uns tapas na bunda!! uhahuahuahuahuahua

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Maestro Alex
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#44 Mensagem por Maestro Alex » 25 Jul 2007, 21:11

ursão escreveu:Oloco Tio!!

Muito boa mesmo.... tiro o chapéu à vc, cada dia mais me mostra q é uma pessoa diferente da face carrancuda mostrada no Guia!

vida longa ao maestro!

saúde e uns tapas na bunda!! uhahuahuahuahuahua
não vou te editar por que vc é amigão!!!

mas não atentes a IRA do meu chicote de estimaçao "correctivo" :lol: :wink:

Eu sou de levar tapa na bunda?
DOM com 25 anos de estrada?
:evil: :lol: :wink:

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Carnage
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#45 Mensagem por Carnage » 30 Jul 2007, 01:13

Parabéns Maestro!!

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