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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#151 Mensagem por Carnage » 07 Jun 2012, 18:59

oGuto escreveu: Em relação a ingenuidade, seria interessante, então, saber o porquê dessa avalição da presidente Dilma e dessa declaração do líder do PT na Câmara (já que basta um chá de camomila):
Vera Rosa e Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo

Preocupada com o acirramento dos ânimos às vésperas do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não entrará na briga entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida nesta terça-feira, 29, com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e dez minutos, no Planalto.
Belezinha isso, não fosse o fato de tanto a Presidente quanto o Ministro Brito terem desmentido categoricamente em notas oficiais que esta coversa tenha ocorrido do jeito que o jornal noticiou.
Curioso seria sabe quem foi que repassou a conversa pro jornal... Ou seja, ou o jornal ou alguém que falou a este inventou ou então um ministro do STF e a Presidente da República são mentirosos.
oGuto escreveu:Mas, como do outro lado está alguém como o Gilmar Mendes, pior ainda, visto que é isso que cria a mínima possibilidade de realmente ter se tentado avançar sobre o STF.
Ou seja, se o Lula quisesse fazer o que fez, seria somente em cima de quem, porventura, tivesse algo a temer.
O que torna muito plausível essa estória toda.
Plausível? Mas me diga, o que exatamente o Gilmar poderia fazer? Ele não é presidente do supremo, pra mandar em nada, não é relator da ação, não é revisor desta. Que poder ele tem? E porque Lula não iria até os ministros que ele mesmo indicou? Alguns são até seus amigos! Pra que diabos ele iria até o Gilmar? Bastava ir nestes com quem ele tem mais trânsito. Muitos até defenderam ele nessa história, dizendo que Lula nunca falou deste assunto com eles. Será que não falou mesmo? Se falou, estes o protegeram. Com tantos outros fazendo isso, pra que diabos ele iria até o Gilmar? Seria só mais um, um desafeto dele que teria a maior possibilidade de melar a coisa e Lula não teria muita chance de ganhar nada com isso! Onde é que está a plausibilidade disso tudo??


No mais a imprensa continua agindo de forma linda nessa história...


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... dro-fortes
Análise de um factoide, por Leandro Fortes
Enviado por luisnassif, qua, 30/05/2012 - 20:58

Comentário de Leandro Fortes a respeito de matéria da Folha sobre Lula (a matéria está logo abaixo do comentário)...................................................................

"Minha humilde contribuição de professor às aulas do cursinho de trainee da Folha de S.Paulo.

1) Na manchete, assim como no lead (primeiro parágrafo do texto jornalístico), lê-se "membros do governo" e "integrantes do governo" unidos numa certa avaliação resumida em um "tiro no pé";

2) Ao se ler a referida reportagem, contudo, percebe-se que os tais "membros" e "integrantes" se resumem a uma declaração em off, entre aspas, onde se lê: "Quem vai ter coragem de segurar o processo [do mensalão] agora?'', questiona UM INTERLOCUTOR do Planalto.

3) Também na reportagem somos informados que a informação primária vem da coluna "Painel", da Folha, assinada pela jornalista Vera Magalhães. Então, algumas considerações para discussão em sala de aula:

- A manipulação da informação por meio de manchetes desconectadas do texto, apesar de ser um recurso antigo, é uma canalhice fora de moda. Com a internet e as redes sociais, essa estratégia cai sempre no ridículo. Não façam.

- Muita gente usa, mas evite lançar mão de aspas em off. Quase sempre é um recurso de repórteres sem escrúpulos e/ou preguiçosos para inventar frases que, normalmente, eles não conseguiriam arrancar de ninguém.

- Vera Magalhães é esposa de Otávio Cabral, um dos autores da reportagem da Veja sobre o encontro de Lula e Gilmar Mendes na casa de Nelson Jobim. Nesse caso, creio, deveria se declarar impedida de produzir notas sobre a matéria do marido.

Grato pela atenção."

__________________________________________________________________________

Membros do governo avaliam que atitude de Lula foi 'tiro no pé'

Integrantes do governo sustentam que o voluntarismo do ex-presidente Lula com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes acabou virando um tiro no pé.

"Quem vai ter coragem de segurar o processo [do mensalão] agora?'', questiona um interlocutor do Planalto.

A informação é do "Painel", editado por Vera Magalhães e publicado na edição desta quarta-feira da Folha (a íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Gilmar Mendes diz ser alvo de 'intrigas' por parte de Lula
Presidente do PT associa Mendes a suposta manobra contra Lula
Procurador vai enviar caso de Lula para primeira instância
Lula diz estar 'indignado' com notícia sobre reunião com ministro

Réus do mensalão já haviam ficado perplexos e furiosos com o que consideram descuido de Lula.

Ontem, declarações de Mendes elevaram o tom de seu confronto com Lula, iniciado no fim de semana com a revelação pela revista "Veja" de um encontro que eles tiveram em abril no escritório do ex-ministro do STF Nelson Jobim.

O ministro afirmou que Lula fomentou intrigas contra ele para constranger o tribunal e tentar "melar" o julgamento previsto para ocorrer neste ano.

Mendes disse que Lula agiu como uma "central de divulgação" de informações sobre sua ligação com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e o empresário Carlos Cachoeira, acusado de chefiar um esquema de corrupção.

"O objetivo era melar o julgamento do mensalão", afirmou Mendes, ao chegar para uma sessão do STF. "Dizer que o Judiciário está envolvido numa rede de corrupção."

Segundo o ministro, o ex-presidente disse que o julgamento do mensalão deveria ser adiado para depois das eleições deste ano e sugeriu que poderia garantir proteção na CPI que investiga Cachoeira.

Em nota na segunda-feira, Lula se disse "indignado" com a versão de Mendes, que não foi corroborada por Jobim. A assessoria do ex-presidente disse ontem que não se manifestaria sobre as novas declarações de Mendes.

O ministro do STF disse que as pressões para que o julgamento do mensalão seja adiado seguem uma "lógica burra, irresponsável, imbecil" e voltou a defender a realização do julgamento ainda neste semestre. "Nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos", afirmou.

Lula chegou ontem a Brasília e se encontra hoje com a presidente Dilma Rousseff.

E o Gilmar, não parou de fazer comentários que ficam cada vez mais esquisistos. E a cada comentário, todo mundo desemente o sujeito. Deve ser uma grande conspiração contra ele. Só que além disso, ele mesmo se contradisse em mais de uma vez:

Agora, Mendes insinua que Jobim também tentou pressioná-lo
http://www.cartacapital.com.br/politica ... ssiona-lo/


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... u-hospicio
Supremo: circo ou hospício?

Luis Nassif


Nem Machado de Assis escreveria roteiro tão insólito.

Um Ministro do Supremo Tribunal Federal enlouquece. Passa a distribuir declarações cada vez mais alucinadas, trasformando o Supremo em circo ou hospício. O presidente do STF nada faz, porque é um poeta apartado das coisas vãs do mundo real.

Os demais Ministros percebem estar convivendo com um louco, mas não querem se meter na questão, porque loucos são imprevisíveis. E se o louco se volta contra eles? E se o louco convoca seu "personal aaponga"? Cada qual trata de se debruçar sobre seus próprios processos e ignorar o Ministro louco.

Sem saber o que fazer com o louco, o reino continua sua vida normal, fingindo que não existe o Ministro louco que desmoraliza o Supremo. De tempos em tempos, colunistas com dificuldade para preencher sua cota de notas, entrevista o Ministro louco. Ele dá uma declaração louca envolvendo algum colega.

No dia seguinte, burocraticamente os jornais procuram o colega que desmente a nota.

E o reino vai tocando sua vida, procurando ignorar que existe um Ministro louco na mais alta corte.

Só no dia em que o surto se tornar irreversível e o Ministro sair carregado em camisa de força o Supremo tomará alguma atitude.

O Estado de São Paulo

Fux contradiz Mendes e diz que nunca foi extorquido por petistas

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou ontem que nunca sofreu nenhum tipo de extorsão ou foi pressionado por petistas por causa do julgamento do mensalão, que deve se iniciar em 1.º de agosto. Ontem, nota publicada na coluna Panorama Político, do jornal O Globo, atribuiu ao ministro Gilmar Mendes a informação sobre a extorsão.

"Fascistas". "É coisa de canalha, de gângster mesmo. Passar isso (conteúdo de escutas) para mídia é coisa de fascistas. Eles (os petistas) estavam extorquindo o Toffoli e o Fux, oprimindo os dois. Estou indignado com essa estória de Berlim. Não vamos tratar como normal o que não é normal. Estamos lidando com bandidos", teria dito Mendes. Procurado pelo Estado, ele não quis se manifestar. O ministro Dias Toffolli estava em viagem.


http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... _para_tras
Folheando para trás

Por Luciano Martins Costa em 02/06/2012 na edição 696


O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes desapareceu das primeiras páginas dos jornais na sexta-feira (1/6). Folheando a semana para trás, o leitor atento há de ficar atônito. Nem mesmo o ingresso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na polêmica criada com a acusação de Mendes, de que se sentiu chantageado pelo ex-presidente Lula da Silva, foi suficiente para manter aceso o interesse da imprensa no acontecimento bizarro.

Então tudo aquilo não tinha o menor sentido? Onde foi parar, de repente, a absoluta credibilidade do ministro da Suprema Corte?

Em lugar das manchetes ruidosas, os jornais publicam sobre o assunto, além de uma frase de FHC, dita durante palestra a empresários na China, apenas uma declaração de Lula, feita em entrevista a um programa popular de televisão, segundo a qual “quem inventou a história que prove”. Aquilo que era manchete desde a segunda-feira, a partir de uma declaração de Gilmar Mendes à revista Veja, se desvanece no ar.

Os jornais teriam se convencido, de uma hora para outra, de que o ministro da Suprema Corte mentiu, exagerou, equivocou-se? Essa possibilidade transparece no editorial publicado nesta sexta-feira pela Folha de S. Paulo, no qual há uma clara condenação da atitude de Gilmar Mendes.

Criticando genericamente alguns episódios que provocaram crises no Supremo Tribunal Federal ao longo da última década, o jornal paulista afirma que a reunião cujo teor suscitou a controvérsia da semana foi uma impropriedade cometida pelos três protagonistas: o ex-presidente Lula da Silva, o ministro do STF Gilmar Mendes e o ex-ministro Nelson Jobim, anfitrião do encontro.

Mas as palavras mais pesadas caem do lado de Gilmar Mendes: o jornal pondera que ele não deveria ter buscado essa exposição, “em face da conjuntura politicamente aquecida pela vizinhança da CPI do caso Cachoeira, centrada na figura de um senador com quem o ministro Gilmar mantinha relacionamento próximo o bastante para aceitar caronas de avião”.

O que a Folha está declarando, implicitamente, é que o ministro do Supremo Tribunal Federal tem explicações a dar sobre suas relações diretas ou indiretas com o bicheiro e que o entrevero que provocou ao acusar o ex-presidente Lula não o exime dessa responsabilidade.

O jogo virou

Não se pode adivinhar o que a Folha tem em seus arquivos que possa comprometer um ministro do Supremo Tribunal Federal e se sua direção vai ou não autorizar a publicação. Mas, a julgar pelo tom do editorial, pode-se afirmar que essa decisão saiu das mãos do editor de Política do jornal, se é que ele algum dia teve autonomia para tratar desse tipo de assunto.

Como afirmou este observador durante a semana, trata-se de mais um episódio patético que começa em crise e termina em anedota (ver aqui e aqui). Mas, ao contrário de alguns casos anteriores, a imprensa não pode agora simplesmente virar as costas e fingir que nada aconteceu.

O ministro Gilmar Mendes colecionou desafetos em número e valor suficientes dentro do próprio Supremo Tribunal Federal para poder escapar da “insinuação escrachada” no editorial da Folha de S. Paulo sobre suas relações com o senador Demóstenes Torres.

Observe agora o leitor a mudança de rumo na lógica do episódio: se de fato o ex-presidente Lula da Silva tentou negociar um adiamento no julgamento do caso chamado “mensalão” em troca de blindar o ministro do Supremo com relação ao caso Demóstenes-Cachoeira, a própria imprensa tratou de romper o véu e acusar diretamente o ministro Gilmar Mendes – não em declarações de terceiros, mas em editorial! – de manter com o senador acusado “relacionamento próximo o suficiente para aceitar caronas de avião”. Se houve, como disse o ministro do STF, uma chantagem para mantê-lo fora do caso Demóstenes-Cachoeira, o episódio acaba por lança-lo diretamente no fogo.

Virado o jogo, o que fazer, então, dos dias anteriores, que o leitor revisita quando resolve folhear os jornais para trás? Onde foram parar todas aquelas fichas apostadas na versão do ministro, agora que o seu movimento acaba por colocá-lo oficialmente entre os suspeitos de “relacionamento inapropriado” com alguém que é acusado de corrupção, formação de quadrilha e outras delinquências?

Já não se trata agora da credibilidade da imprensa, mas do respeito que se deve à Suprema Corte de Justiça.
As 1001 versões
http://www.cartacapital.com.br/destaque ... /?autor=28



Até editorial do Estadão desenca o Ministro:

Para o bem do Supremo

http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0287,0.htm










http://www.jb.com.br/coisas-da-politica ... o-supremo/
Gilmar Mendes não é o Supremo
Jornal do Brasil
Mauro Santayana


Engana-se o senhor Gilmar Mendes, quando denuncia uma articulação conspiratória contra o Supremo Tribunal Federal, nas suspeitas correntes de que ele, Gilmar, se encontra envolvido nas penumbrosas relações do senador Demóstenes Torres com o crime organizado em Goiás.

A articulação conspiratória contra o Supremo partiu de Fernando Henrique Cardoso, quando indicou o seu nome para o mais alto tribunal da República ao Senado Federal, e usou de todo o rolo compressor do Poder Executivo, a fim de obter a aprovação. Registre-se que houve 15 manifestações contrárias, a mais elevada rejeição em votações para o STF nos anais do Senado.

Com todo o respeito pelos títulos acadêmicos que o candidato ostentava — e não eram tão numerosos, nem tão importantes assim — o senhor Gilmar Mendes não trazia, de sua experiência de vida, recomendações maiores. Servira ao senhor Fernando Collor, na Secretaria da Presidência, e talvez não tenha tido tempo, ou interesse, de advertir o presidente das previsíveis dificuldades que viriam do comportamento de auxiliares como PC Farias.

Afastado do Planalto durante o mandato de Itamar, o senhor Gilmar Mendes a ele retornou, como advogado-geral da União de Fernando Henrique Cardoso. Com a aposentadoria do ministro Néri da Silveira, Fernando Henrique o levou ao Supremo. No mesmo dia em que foi sabatinado, o jurista Dalmo Dallari advertiu que, se Gilmar chegasse ao Supremo, estariam “correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. Pelo que estamos vendo, Dallari tinha toda a razão.
"O STF deve julgar, como se espera, o processo conhecido como Mensalão, como está previsto "

Gilmar, como advogado-geral da União — e o fato é conhecido — recomendara aos agentes do Poder Executivo não cumprirem determinadas ordens judiciais. Como alguém que não respeita as decisões da justiça pode integrar o mais alto tribunal do país? Basta isso para concluir que Fernando Henrique, ao nomear o senhor Gilmar Mendes, demonstrou o seu desprezo pelo STF. O Supremo, pela maioria de seus membros, deveria ter o poder de veto em casos semelhantes.

Esse comportamento de desrespeito — vale lembrar — ocorreu também quando o senhor Francisco Rezek renunciou ao cargo de ministro do Supremo, a fim de se tornar ministro de Relações Exteriores, e voltou ao alto tribunal, reindicado pelo próprio Collor. O episódio, tal como a posterior indicação de Gilmar, trouxe constrangimento à República. Ressalve-se que os conhecimentos jurídicos de Rezek, na opinião dos especialistas, são muito maiores do que os de Gilmar.

Mas se Rezek não servia como chanceler, por que deveria voltar ao cargo de juiz a que renunciara? São atos como esses, praticados pelo Poder Executivo, que atentam contra a soberania da Justiça, encarnada pelo alto tribunal.

A nação deve ignorar o esperneio do senhor Gilmar Mendes. Ele busca a confusão, talvez com o propósito de desviar a atenção do país das revelações da CPI. O Congresso não se deve intimidar pela arrogância do ministro, e levar a CPMI às últimas consequências; o STF deve julgar, como se espera, o processo conhecido como Mensalão, como está previsto.

Acima dos três personagens envolvidos na conversa estranha que só o senhor Mendes confirma, lembremos o aviso latino, de que testis unus, testis nullus, está a nação, em sua perenidade. Está o povo, em seus direitos. Está a República, em suas instituições.

O senhor Gilmar Mendes não é o Supremo, ainda que dele faça parte. E se sua presença naquele tribunal for danosa à estabilidade republicana — sempre lembrando a forte advertência de Dallari — cabe ao Tribunal, em sua soberania, agir na defesa clara da Constituição, tomando todas as medidas exigidas. Para lembrar um autor alemão, Carl Schmitt, que Gilmar deve conhecer bem, soberano é aquele que pratica o ato necessário.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -de-gilmar
Decifrando os movimentos de Gilmar

Luis Nassif

A última edição da Carta Capital, matéria de Cynara Menezes, liquida de vez com o factoide Veja-Gilmar, meramente juntando a lógica com as diversas versões apresentadas por Gilmar.

Primeiro, desmascara o teatro da indignação de Gilmar com o encontro. Ele não se coaduna com uma espera de 30 dias, sem sequer comentar o episódio com seus colegas de Supremo. A revista mostra que o único comentário foi com o presidente Ayres Brito, na 4a feira anterior à capa da Veja. E teria sido uma conversa informal, papo de cafezinho, sem nenhuma dramaticidade. Provavelmente apenas para dar um gancho para a inclusão do ingênuo Ayres na matéria da Veja.

Depois, alinhava as diversas versões de Gilmar para o encontro, mostrando o festival de contradições. A reportagem da revista sustentava que Nelson Jobim não ouviu toda a conversa (uma maneira de desqualificar a negativa de Jobim sobre a versão de Gilmar); em uma das inúmeras entrevistas, o próprio Gilmar garante que sim.

Na versão da revista, houve pressão explícita de Lula para adiar o mensalão. Na entrevista de Manaus, Gilmar diz que houve uma breve menção ao mensalão que ele (trinta dias depois) intuiu ter sido pressão.

É certo que houve intriga da pesada de duas experientes jornalistas - uma da TV Globo, outra da Globonews. Algumas versões supõe que o explosivo Gilmar tivesse sido envolvido pela intriga. Mas se fosse tão fácil levar Gilmar no bico, ele não teria chegado aonde chegou.

O mais provável é que sua estratégia tenha sido montada rapidamente, depois do Ministro Ricardo Lewandovski, do STF, ter assumido as rédes da Operação Monte Carlo e liberado as chamadas gravações de conversas fortuitas não incluídas no relatório da PF.

É curioso também como mudou o comportamento da velha mídia em relação a Lewandovski - alvo de uma quebra de sigilo, quando filmadas as mensagens que trocava com uma colega, em uma sessão do Supremo. Agora, é tratado com deferência. A mudança se deve ao poder de que Lewandovski se viu revestido.

Agora, por sua posição no caso, tem poderes quase absolutos. Coube a ele quebrar o sigilo de todo mundo em Goiás. Pode convocar a Polícia Federal, pedir informações, quebrar sigilos.

Além da reportagem da Veja, mudou completamente o comportamento de Gilmar em relação ao Ministério Público Federal e ao próprio mensalão. De uma hora para outra criou caso com Lewandovski, pressionando-o a apressar o relatório.

Do mesmo modo, depois de qualificar o MPF como "milícias" - na Operação Satiagraha -, de repente tomou as dores do Procurador Geral Roberto Gurgel

Se o relatório tivesse sido entregue no prazo pelo qual a mídia pressionava, o julgamento começaria no dia 5 de junho. E, aí, adeus CPI do Cachoeira. Todos os jornais e a Rede Globo centrariam fogo no julgamento do mensalão, abafando completamente a CPI.

Por aí é possível entender a agonia de Gilmar, pressionando pelo relatório de Leeandovski.

Celso Melo e Marco Aurélio Melo já se manifestaram contra essa pressão da velha mídia. E consideraram que a pressão procura transformar o julgamento quase em um rito sumário, prejudicando o direito de defesa. Celso de Melo já opinou que a criação de um mutirão para acelerar o relatório comprometeria o rito legal da corte.

Não se tenha dúvida de que o julgamento do mensalão está sendo considerada a tábua de salvação dos possíveis alvos da CPI de Cachoeira.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#152 Mensagem por Carnage » 07 Jun 2012, 20:41

Ah, quando era o Palocci.... Todo mundo tava com sangue nozóio...

Marconi Perillo quintuplica patrimônio e omite bens
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/pos ... 448538.asp

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#153 Mensagem por Compson » 12 Jun 2012, 01:43

Nesta terça tem o Perillo, quarta o Agnello.

Como políticos eles não podem simplesmente ficar em silêncio. Mas ainda aposto numa aliviada geral...

Se bem que eu achava que nem seriam convocados e foram. Vamos ver o que acontece.

Aliás, quem anda em silênco é o pessoal que acreditou naquela pataquada da Veja/Gilmar Mendes e achava que o Lula ia se foder.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#154 Mensagem por Compson » 13 Jun 2012, 11:23

Compson escreveu:Nesta terça tem o Perillo, quarta o Agnello.
Nada, não vai sair nada...

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#155 Mensagem por Carnage » 17 Jun 2012, 19:27

http://blogs.estadao.com.br/radar-polit ... sta-terca/
Em depoimento de 9 horas, Perillo nega relações com Cachoeira e Cavendish

Ricardo Brito, da Agência Estado, e Lilian Venturini, do estadão.com.br

O governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo (PSDB), negou em seu depoimento na CPI do Cachoeira nesta terça-feira, 12, manter “qualquer relação” com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Perillo disse que das 30 mil gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal durante três anos, em apenas uma houve uma ligação para cumprimentar Cachoeira pelo aniversário. O governador negou também conhecer o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish. A sessão começou às 10h20 e terminou perto das 19hs.

Na sua exposição inicial, Perillo disse que jamais ocorreu outra ligação para o contraventor para seu telefone particular ou para o seu gabinete. E reforçou que quando telefonou para Cachoeira, ligou não para um “um contraventor”, mas para um empresário que atuava no setor farmacêutico.

O governador de Goiás disse que não há nenhum ato que tenha beneficiado ou sugira qualquer beneficiamento ao grupo de Cachoeira. Ele disse que compareceu à CPI para “restabelecer a verdade dos fatos”. “Estou sendo vítima de todos esses acontecimentos deflagrados pela Operação Monte Carlo”, afirmou. Perillo lembrou que pediu de “forma voluntária” o pedido de abertura do Ministério Público Federal contra ele e também esteve na CPI para se colocar à disposição para depor.

Questionado sobre as relações com os personagens da Delta citados no inquérito, ele nega contatos. ”Nunca conversei com o sr Cavendish. Sei que ele foi a Goiás, mas comigo (não esteve) nunca. Quanto ao sr. Claudio Abreu, estive com ele uma vez acho que na casa do senador Demóstenes e uma ou duas vezes na campanha”, diz Perillo.

Venda da casa. Sobre a venda da sua casa, imóvel onde Carlinhos Cachoeira foi preso, reafirmou que agiu de boa-fé. “Vendi (a casa) pelo valor de mercado. Depositei o pagamento em minha conta bancária. Declarei tudo no Imposto de Renda (…). Se houvesse qualquer elemento fraudulento nesse negócio, jamais teria anunciado esse negócio. E completou: “Se alguém tirou vantagem, foi sem meu conhecimento. Não tem qualquer relação comigo.”

Perillo disse que o ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB) se apresentou como comprador da casa. Quando a escritura seria lavrada, no entanto, o ex-verador disse não ter conseguido dinheiro para finalizar o negócio (inicialmente feito com dinheiro emprestado) e repassou a casa para o empresário do ramo educacional Walter Paulo Santiago. Ambos já prestaram depoimentos à CPI.

“Não há, portanto, contradições sobre a compra da casa e de sua absurda e delirante ilação de que haveria contradição, de que teria recebido duas vezes”, afirmou Perillo, que apresentou extratos bancários e documentos de cartório ao presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Ele admitiu, porém, não ter se preocupado em saber quem era o emitente dos três cheques na transação. Segundo a Polícia Federal, os cheques foram emitidos por Leonardo Augusto de Almeida, sobrinho de Carlinhos Cachoeira.

CPI. Para o governador, há quem queira usar a CPI para tentar desmoralizá-lo porque ele disse ter avisado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de denúncias de tentativa de cooptar parlamentares a aderir à base aliada antes do escândalo do mensalão, em 2005.

“Eu diria que muitas pessoas ligadas a alguns segmentos que são oposição a mim tentam usar a CPI com este objetivo: me desmoralizar, me desgastar”, afirmou. “Eu nunca imaginei que um aviso (ao ex-presidente Lula) poderia ter tanto problema para mim”, disse.

Jogos de azar. O governador também foi questionado se tinha conhecimento da rede de jogos de azar em Goiás. “Eu particularmente sou contra o jogo e não jogo. Entre a hipocrisia, talvez a legalização fosse melhor. Se eu tivesse que votar, votaria contra”, diz Perillo.

Delta. Perillo disse que grave não é investigar uma suposta transação irregular de sua casa ou uma doação de caixa dois para sua campanha. Para ele, grave é apurar as relações da Delta em todo o País. “É preciso ir a fundo nessas investigações todas”, disse.

Ele afirmou que está, após oito horas de depoimento, com a “consciência tranquila” e que, ao final, “esta página em relação ao governador de Goiás será virada”. “O sigilo da Delta foi quebrado. Muitas coisas vão acontecer certamente”, disse. “Nenhuma quebra de sigilo bancário vai levar a propina ao meu governo”, afirmou.
Perillo foi evasivo e pode se prejudicar, diz analista; tucanos comemoram depoimento
http://noticias.uol.com.br/politica/ult ... alista.htm

CPI do Cachoeira gira durante 9 horas ao redor de Marconi Perillo como um parafuso espanado

http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com ... -espanado/

Agnelo coloca sigilos à disposição da CPI; requerimento deve ser votado nesta quinta
Agnelo coloca sigilos à disposição da CPI; requerimento deve ser votado nesta quinta

Do UOL, em São Paulo e em Brasília


Numa postura diferente da adotada na terça pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que disse à CPI que não via justificativa para a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), decidiu, voluntariamente, nesta quarta-feira (13) colocar à disposição da comissão os seus sigilos. "Ouvi uma vez de um homem do povo que quem não deve, não teme", afirmou o governador em depoimento à CPI do Cachoeira nesta quarta-feira (13). Ao anunciar a sua decisão, partidários do petista o aplaudiram efusivamente.

Na tarde desta quarta, Perillo voltou atrás e procurou o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), e colocou à disposição da CPI do Cachoeira seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Araújo disse que a forma como ele foi questionado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), o colocava como investigado e, por isso, não foi possível chegar a esse acordo para fazer a quebra de sigilos do governador goiano. Segundo Araújo, “não há nada a esconder, e o PSDB tem confiança na idoneidade do governador Perillo”.

“Meu patrimônio hoje é bem modesto para um médico com mais de 30 anos de trabalho”, disse. A autorização foi concedida após o governador ter mencionado que está sendo acusado de enriquecimento ilícito. Um dos principais questionamentos da comissão está relacionado à casa que Agnelo e sua mulher adquiriram em 2007.

Após Agnelo oferecer a quebra de sigilo, um requerimento assinado por 16 parlamentares foi entregue à secretaria da CPI. O requerimento deve ser votado amanhã.

O requerimento pede quebra de sigilo dos dois governadores -- Agnelo Queiroz e Marconi Perillo -- nos últimos cinco anos. "Quem for contrário à quebra do sigilo do Perillo e do Agnelo tem que votar amanhã. Agnelo não precisava, porque já colocou à disposição da comissão voluntariamente. Mas, se alguém entender que seja [quebrado] por dez anos, não temos nenhum problema com isso", disse o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), um dos signatários do requerimento.

Falando por cerca de uma hora aos parlamentares, Agnelo disse sofrer perseguição política, criticou a imprensa por divulgar informações que seriam falsas e exaltou feitos do seu governo.

Agnelo respondeu a perguntas do relator da comissão, Odair Cunha (PT-MG), e agora responde a questões levantadas por deputados e senadores --mais de 20 se inscreveram para fazer perguntas ao governador.

"O grupo aqui investigado, a organização aqui investigada, tramou a minha derrubada, um governo legitimamente eleito pelo povo do Distrito Federal, e não agiu só, mas valeu-se das falsas acusações plantadas no noticiário, vozes com acesso às tribunas do nosso país, valeu-se da boa fé de pessoas ao misturar mentiras e meias-verdades para me desgastar e me tirar do governo do Distrito Federal", afirmou.

O governador negou que o contraventor Carlinhos Cachoeira ou qualquer outra pessoa tivesse influência no seu governo para indicar empresas ou nomear servidores públicos.

O governador do Distrito Federal apresentou à CPMI cópias das declarações de Imposto de Renda dele e de sua esposa. “Está aí para ser comprovado que não tenho nenhuma pendência com a Receita Federal”, disse.

Em alguns momentos, chegou a haver bate-boca entre alguns dos parlamentares presentes, que pediam a palavra com base no artigo 14 do regimento da Casa, que prevê réplica para o parlamentar citado na fala de outro.

Depoimento de Perillo

Ao depor na CPI na terça, Perillo foi indagado pelo relator da comissão, Odair Cunha (PT-MG), se estaria disposto a abrir o seu sigilo bancário e telefônico. Houve bate-boca com parlamentares aliados do governador, que defenderam que o pedido de quebra de sigilo só pode ser feito por meio de requerimento.
À CPI, o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) diz sofrer perseguição política. O que você acha?

Concordo, ele é inocente e está sendo vítima de armação
Discordo, ele está envolvido com o caso Cachoeira
Não tenho opinião formada sobre o assunto

Resultado parcial

Em resposta, Perillo disse que não achava que havia fundamentação para isso. "Não vejo, sinceramente, motivos suficientes, justificativas plausíveis, fundamentação para que haja quebra de sigilo bancário e telefonico, mas essa decisão não me cabe, mas à comissão e ao Tribunal de Justica", afirmou.

Relações com a Delta

Sobre as denúncias de favorecimento à empresa Delta em contratos de recolhimento de lixo em Brasília e região, Agnelo Queiroz disse que a empresa entrou no DF a partir de uma licitação de 2007, apresentando um preço 30% mais baixo do que as concorrentes. O governador desafiou qualquer pessoa a citar o nome de indicações políticas feitas por seu governo para favorecer a Delta.

Segundo disse Agnelo à CPI, seu governo não era "amigo" da empresa Delta nem do grupo de Cachoeira e que justamente por isso tentaram derrubá-lo do posto. "É por isso que queriam me derrubar, queriam derrubar o governo eleito que estava impedindo que o crime entrasse no DF", afirmou. Informou que a Delta possui apenas um contrato com o governo do DF para as atividades de varrição de rua e recolhimento do lixo, assinado na gestão anterior e que só foi mantido por decisão judicial. Segundo ele, 26 dias depois de assumir o governo do DF, em janeiro de 2011, ele ordenou uma auditoria em todos os contratos, incluindo os prestados pela Delta e identificou problemas na pesagem do lixo, o que aumentava o preço dos serviços prestados. Segundo Agnelo, com a instalação da balança para o lixão houve uma redução de gastos que antes eram de R$ 1,3 milhões por mês para R$ 350 mil por mês.

Relações com Cachoeira

Ainda de acordo com Agnelo, ele se encontrou com o bicheiro Carlinhos Cachoeira apenas uma vez, quando visitou a fábrica da farmacêutica Vitaplan em Anápolis (GO). Sobre as relações do contraventor com o governo do DF, o governador disse que o grupo de Cachoeira tentou entrar no sistema de bilhetagem de ônibus no DF, mas Agnelo teria impedido. "É verdade que a trama existiu", disse à CPI. Segundo o governador petista, antes de sua gestão, havia 2.000 cartões clonados, o que gerava um gasto de R$ 9 milhões por mês, cifra que teria sido reduzida para R$ 3 milhões mensais.

“Eu fiz uma visita à Vitapan, que era de propriedade do senhor Cachoeira, e na oportunidade ele estava presente”, disse Agnelo. “Esse foi o único contato que tive com ele. Não tenho absolutamente nada com o senhor Cachoeira”, completou.

Em resposta a uma pergunta do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), Agnelo negou ter se encontrado com Cachoeira nos Estados Unidos, em visita que teria feito com representantes de laboratórios, e em Anápolis.
Depoimento de Agnelo à CPI põe Perillo e mídia sob suspeita
http://www.blogdacidadania.com.br/2012/ ... -suspeita/


Achei bastante engraçado a cobertura da Globo dos dois depoimentos. No de Perillo, este foi bastante aplaudido por tucanos ao final (que até pagaram ônibus pra levar funcionários do governo goiano, em horário de expediente, pra ir lar torecer pelo "chefe") e a Globo mostrou os aplausos.
Já no de Agnelo, ele foi também bastante aplaudido no momento em que ofereceu de iniciativa própria a quebra de todos os seus sigilos, só que a Globo colocou a fala dele oferecendo, e no momento que os aplausos iam começar, cortou a cena! :lol:

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Carnage
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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#156 Mensagem por Carnage » 17 Jun 2012, 19:52

http://www.ocafezinho.com/2012/06/14/mi ... be-nextel/
Mídia continua apoiando Clube Nextel
Miguel do Rosário
14/06/2012


Um desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Tourinho Neto, declarou as escutas envolvendo Carlinhos Cachoeira como ilegais porque as justificativas do juiz foram "insuficientes". Em artigo publicado hoje na Folha, o professor de Direito Público, Joaquim Falcão, explica o negócio:

Indício, diz o dicionário, é sinal aparente de algo que existe. O juiz achou que havia desde o início aparência de ilícitos. Seu cálculo de probabilidade parece se confirmar. Mas o desembargador acha que os indícios só se confirmaram após a escuta.

Ou seja, a Polícia Federal consegue desbaratar uma das mais sinistas máfias políticas da República, e Tourinho Neto diz que "os indícios só se confirmaram após a escuta". Se outros desembargadores seguirem Tourinho Neto, Carlos Cachoeira, um dos maiores bandidos do Brasil, será solto e a operação Monte Carlo, que desbaratou uma das maiores máfias políticas que já atuaram na república, estará praticamente morta, com reflexos óbvios sobre a CPMI em curso.

É como se os EUA descobrissem os reais autores do 11 de setembro, baseados em escutas telefônicas, prendessem-nos, e um juiz os mandasse soltar porque os "indícios só se confirmaram após a escuta".

E a mídia, que pressionou o STF a julgar o mensalão às pressas, em pleno período eleitoral, tem dado um apoio tácito à posição de Tourinho Neto. Ninguém manifesta contrariedade. Ao contrário, Jânio de Freitas, para minha grande decepção, vem com aquela conversinha pra boi dormir sobre "uso abusivo de escutas policiais de telefones".

É a mídia, mais uma vez, dando uma forcinha ao Clube Nextel.

Ora, ontem publicou-se notícia de que as escutas representam um percentual mínimo nas investigações da Polícia Federal! Todas as escutas da PF são autorizadas judicialmente, e embasadas em indícios levantados por competentes investigadores.

A situação é particualrmente absurda porque o esquema desbaratado caracterizou-se justamente por fazer escutas clandestinas.

O modus operandis da organização quadrilheira baseava-se na realização de grampos ilegais, com os quais abasteciam órgãos de mídia, cumprindo dois objetivos centrais:

1) Fortalecer seus prepostos políticos, como Demóstenes Torres, que ia para tribuna brandir discursos éticos contra adversários fragilizados pelos grampos clandestinos e pelas reportagens relacionadas.

2) Chantagear funcionários públicos, forçando-lhes a entrar no esquema.

3) Descobrindo segredos de Estado que facilitavam suas operações.

Já se sabe hoje como funcionava a organização Cachoeira. Ela tinha três braços: o político, liderado por Demóstenes Torres, Marconi Perillo e vários outros políticos; o financeiro, liderado pela Delta, que obtinha contratos milionários e derrubava concorrentes a partir das ações da quadrilha; o administrativo, que era comandado por Carlinhos Cachoeira, seus assessores e arapongas.

Sendo que o braço político tinha ramificações no Executivo (Marconi Perillo), no Legislativo (Demóstenes), no Judiciário (Gilmar Mendes?) e na mídia (revistas Veja, Época e jornalistas a serviço). Os nomes entre parêntes são os mais importantes, mas a quadrilha era grande. Tinha no bolso muitos deputados, delegados, funcionários federais, jornalistas, etc.

A grande pergunta que se faz agora é: cade a pressão da opinião pública para impedir que membros corruptos ou incompetentes do judiciário apliquem um profundo golpe contra a democracia brasileira? Cadê os movimentos de corrupção? Onde estão os paladinos da ética? Nenhum estrela da mídia irá se manifestar? Quer dizer que agora só bandidos podem grampear?

Não, Merval Pereira hoje faz a sua bilionésima coluna sobre o... mensalão. Dora Kramer saúda a "concorrência salutar" entre petistas e tucanos, e Fernando Rodrigues repete que a CPMI "perdeu o rumo".

*

Na verdade, quem parece ter perdido o rumo são os jornalões, que voltaram a bater cabeça (o que é raro: em geral caminham sempre de mãozinhas dadas, com as mesmas opiniões, mesmos colunistas, mesmas fontes). Enquanto Dora Kramer elogia justamente o fato de haver concorrência política na CPMI, o que impede "acordões", Ilimar Franco critica petistas e tucanos por terem transformado a CPI num ringue de "galos de rinha".

O raciocínio de Franco, porém, traz um equívoco baseado no pressuposto de que há similaridade entre Agnelo e Perillo. Não há.

Ninguém jamais disse que Agnelo é santo, mas sim que não há nada que o ligue ao esquema Cachoeira. Muito pelo contrário. Ontem isso ficou bem claro, ao se fazer um levantamento dos fatos durante o seu depoimento. O Clube Nextel tentou derrubar Agnelo porque não conseguiu o que queria de sua administração. Pouco depois de Cachoeira e Dadá protestarem contra seus insucessos junto ao governo do Distrito Federal e externarem desejos de retalização contra Agnelo, Demóstenes Torres sobe a tribuna, pau mandado que era de Cachoeira, para pedir o impeachment do governador. E a revista Época inicia ataques sistemáticos a Agnelo.

*

Os jornalões hoje repetem ainda a estratégia de levantar suspeitas sobre a casa de Agnelo Queiroz. Ora, em primeiro lugar, o caso não tem nada a ver com o esquema Cachoeira, então não é escopo da CPI. Se quiserem façam uma CPI da Casa do Agnelo. Para um profissional bem sucedido, médico, deputado federal, ministro, diretor de agência federal e depois governador, comprar uma casa própria para si próprio, com ajuda da esposa, no valor de 400 mil reais, não é evidentemente nenhum absurdo.

O caso Perillo é totalmente diverso. Ele vendeu a casa ao principal bandido investigado pela CPI! Carlos Cachoeira, o homem central da organização criminosa que é o foco da CPI, morava na casa que o governador lhe vendeu! Ou seja, a casa de Perillo tem obviamente ligação com o esquema Cachoeira. A casa de Agnelo, não.

*

Assine a petição que pede à Justiça que não comete esse crime contra a democracia. Que não considere ilegal as escutas da Monte Carlo, o que praticamente anularia todo o inquérito e libertaria os principais bandidos.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#157 Mensagem por Compson » 24 Jun 2012, 20:31

Mas, e aí? Cadê a turminha que achava que uma pataquada do Gilmar Mendes ia acabar com o Lula?

Cadê? Cadê? Cadê?

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Aliás, este tópico virou um micão, pois nem o Lula acabou nem a CPI foi motivo para a completa desmoralização do PIG.

Uma guinada de 360º na política brasileira!

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#158 Mensagem por Compson » 27 Jun 2012, 02:10

"Coerência" é um termo que está em voga depois do Lula ter se aliado ao Maluf.

Já que o oGuto é ingênuo o suficiente para se chocar com a conversa de Lula com Gilmar Mendes (e vários outros ministros), gostaria de saber a opinião dele sobre a pressão sobre Lewandowski, incentivadas principalmente por matérias da imprensa tucana (Folha).
oGuto escreveu:Mas, como do outro lado está alguém como o Gilmar Mendes, pior ainda, visto que é isso que cria a mínima possibilidade de realmente ter se tentado avançar sobre o STF.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#159 Mensagem por Gilmor » 29 Jun 2012, 20:45

Impagavel a trollada que o Alvaro Dias levou na CPI :lol: :lol: :lol: :lol:


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... gUGNVXcbSA

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#160 Mensagem por Compson » 30 Jun 2012, 11:52

Gilmor escreveu:Impagavel a trollada que o Alvaro Dias levou na CPI :lol: :lol: :lol: :lol:


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... gUGNVXcbSA
Hahaha...

[ external image ]
-Pergunta idiota, tolerância zero!

Mas nada supera essa aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=Tiyezo1fLRs

Mas, ok, dou o braço a torcer: a CPI valeu a pena!

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#161 Mensagem por Compson » 01 Jul 2012, 14:54

Mais um estratagema maquiavélico de Lula pra melar o julgamento do mensalão:

Caça da FAB em voo rasante destrói fachada de vidro do STF
http://g1.globo.com/distrito-federal/no ... o-stf.html

Mas falando sério, golpe no Paraguai, tentativa na Bolívia... Como dizia meu avô quando morria um vizinho: "Tão me cercando"...

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#162 Mensagem por roladoce » 01 Jul 2012, 20:51

Compson escreveu:Mais um estratagema maquiavélico de Lula pra melar o julgamento do mensalão:

Caça da FAB em voo rasante destrói fachada de vidro do STF
http://g1.globo.com/distrito-federal/no ... o-stf.html

Mas falando sério, golpe no Paraguai, tentativa na Bolívia... Como dizia meu avô quando morria um vizinho: "Tão me cercando"...
Link do video!!

http://terratv.terra.com.br/videos/Noti ... do-STF.htm

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#163 Mensagem por Carnage » 08 Jul 2012, 18:02

Compson escreveu:
Gilmor escreveu:Impagavel a trollada que o Alvaro Dias levou na CPI :lol: :lol: :lol: :lol:


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... gUGNVXcbSA
Hahaha...

[ external image ]
-Pergunta idiota, tolerância zero!

Mas nada supera essa aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=Tiyezo1fLRs

Mas, ok, dou o braço a torcer: a CPI valeu a pena!
Pois é... Essa é a oposição que temos no Brasil... Patético...

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#164 Mensagem por Carnage » 08 Jul 2012, 18:04

Declaração obtida por CPI mostra que Perillo dobrou patrimônio em 2011
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 3666,0.htm

Ah, se fosse o Palocci...

Perillo cobrou dinheiro de empreiteira; indica grampo; ouça diálogo
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1112 ... logo.shtml

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#165 Mensagem por Kunta-Kin-The » 11 Jul 2012, 18:42

Senado Federal / Brasília-DF escreveu: Por 56 votos a 19, Demóstenes tem mandato cassado pelo Senado
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) teve nesta quarta-feira o mandato cassado por 56 votos a favor, 19 contrários e 5 abstenções. A sessão que cassou Demóstenes durou pouco mais de três horas.
Ele se tornou o segundo parlamentar, em 188 anos de história, a ser excluído da Casa pelos próprios colegas.
Cassar Demóstenes foi fácil, quero ver tirar Sarney, diz tuiteira
Antes de Demóstenes, só Luiz Estevão havia sido cassado
Cassar senador pelo uso do Nextel é 'over' e desproporcional, diz advogado
Para leitor, quem votou a favor da cassação de Demóstenes deve se revelar

Um dos principais líderes da chamada "bancada ética" do Senado, Demóstenes foi flagrado em escutas pela Polícia Federal em situações que sugerem o uso do cargo em benefício do suposto esquema criminoso comandado por Carlinhos Cachoeira.
Além disso, é acusado de ter mentido em plenário quando disse que somente mantinha relação de amizade com o empresário.
Em sua última tentativa de se manter no cargo, Demóstenes apelou aos senadores: "Quem cassa senador é senador e não a imprensa. Por favor, me deem oportunidade de provar que sou inocente. Não acabem com a minha vida."
Com a cassação, o empresário Wilder Pedro de Morais deve assumir o cargo. Ele é o atual secretário de Infraestrutura de Goiás e ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher de Cachoeira. Morais é citado pelo empresário em conversas telefônicas grampeadas pela Polícia Federal como alguém próximo.
Oitenta senadores acompanharam a sessão, um quorum raro nas sessões do Senado. Apenas o senador Clovis Fecury (DEM-MA) não compareceu. Ele está de licença para tratar de assuntos pessoais.
Até hoje o Senado só havia cassado o mandato de Luiz Estevão (DF), em 2000, no escândalo de desvio de recursos das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
O ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito após o término da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos.
A votação que levou a perda do mandato de Demóstenes foi secreta e os senadores foram proibidos de revelar o voto.

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