20/11 - Dia da Consciência Negra

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#151 Mensagem por O Pastor » 13 Mai 2011, 20:18

rapaz solitário 2 escreveu: Cara, eu já sofri preconceito nessa vida: entrar em restaurante e ver playboy me olhar de cima pra baixo; trabalhar em clube de tênis em bairro nobre e ver playboy me olhar de cima pra baixo, jogar dinheiro na minha mão por nojo; ir a hospital chique e ver velhota rica sair de perto de mim; ser chamado de "negão" em entrevista de emprego com cara de deboche da entrevistadora (por sinal, negra);


Sobre suas experiências com o preconceito...vc não é único e sabe bem disso. A pior mentira que escuto, PRINCIPALMENTE de negros/pardos de classe média, é que o racismo/preconceito no Brasil é de posição social, não de “raça”. Tipo, “- eu nunca sofri racismo, isso não existe, todo mundo me trata bem”. Mentira!!!!!! SE o sujeito é negro/pardo, no Brasil, com certeza ABSOLUTA que ele sofreu/sofre algum tipo de descriminação. O que ele pode é não se dar conta disso OU SIMPLESMENTE quer fugir da dura realidade. A famosa "dor da cor"...

Negros de classe média alta ou mesmo ricos, na minha opinião sofrem até mais preconceito do que os de classe mais baixa. Explico. O que as pessoas vêem em primeiro lugar, não é a sua posição social, mas sim a sua cor, a sua raça, a sua etnia, a sau cara. A sua cor, representa na cabeça das pessoas, uma série de valores arraigados. SE vc é negro e está zanzando no Country Club de Golf de Itaparica, as pessoas imediatamente vão pensar que vc não deveria estar ali. Digo, vão logo pensando: “ - Huumm, deve ser o carregador de tacos de alguém”; “- Deve estar estudando a área pra planejar um assalto”; “- Deve estar perdido e entrou aqui sem querer”. Isto porque numa sociedade excludente como a brasileira, vc não espera encontrar um NEGRO/PARDO freqüentando o country club de golf de Itaparica.

O mesmo vale para outros locais, chamados de “exclusivos”. Vc pode ter a senha, o cartão, o ticket de vip, mas o segurança vai conferi-lo umas 1000 vezes antes de deixá-lo entrar, pra ver se não é falso. O maitre do restaurante 5 estrelas ou vai dizer que todos os lugares estão reservados, ou vai te colocar numa mesa dos fundos, em frente à porta do banheiro dos funcionários. Quando vc for comprar um carro de luxo, o vendedor vai pensar 1,000,000 de vezes antes de gastar o precioso tempo dele cm vc. Isto ocorre porque as pessoas vêem primeiro a cor de tua pele e associam a ela uma série de características que não correspondem a freqüentadores daquele recinto. Logo, NEGRÕES/PARDÕES de classe média vão estar sempre no lugar errado, na hora errada, com a cor errada, segundo a cabeça da sociedade.

Mas aí vai uma dica pra negrada. Nesses casos, de se ser discriminado na ponta da agulha, a melhor coisa a fazer é não ficar calado. É preciso sim, chamar a atenção da pessoa que pratica tal ato. Entendam, não é fazer escândalo, não é partir pra briga ou pra ignorância, mas sim, mostrar pra ela a atitude correta. Quando acontece comigo, eu imediatamente peço pro vendedor chamar o gerente. Digo tudo o que aconteceu. Feito isso, a partir da atitude do gerente, eu decido se compro ou não naquela loja. Eu acho que todo mundo tem o direito de não gostar de NEGROS, INDIOS, QUAKERS, TESTEMUNHA DE JEOVÁ, JUDEUS, BRANCOS, ou o que for, mas vc tem OBRIGAÇÃO de respeitar a todos. Leve seu ódio pra tua casa e desconte de outra maneira, que afete somente a você. E outra coisa, bateu, levou. SE a pessoa gritar com vc, grite com ela também, se te ter um tapa, dê outro. Nunca abaixe a cabeça, porque é isso que os interlocutores do racismo querem que aconteça, eles querem provar que podem fazer o que quiser com os ditos inferiores.

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#152 Mensagem por O Pastor » 13 Mai 2011, 20:58

Rapaz,

Esse seu drama de ser uma espécie de “patinho feio” da família é bem comum no Brasil. Minha família é formada em parte por espanhóis, meus bisás vieram de lá, gente muito orgulhosa de suas origens. Ai meu avô que nasceu aqui, gostava de samba e se enrabixou por uma , por uma negra, pra desespero da familia. Daí a história começa. Soma-se a isso a outra parte do meu sangue que é uma leva de negrada do interior de MG. Gente bem brasileira, muito orgulhosa de suas origens. E reza a lenda que a minha avó por parte de mãe, era uma índia capturada a laço pelo meu avô negrão. O meu fenótipo é todo de negrão, todo mundo me chama assim, de negão, só acho ruim ser chamado assim quando não conheço a pessoa.

Alguns membros da minha família, parte espanhola, são bem racistas. Cara, eu tinha um tio branco, dos olhos azuis, que era um merda. Cabra bruto. Médico, ficava falando merdas pra mim quando era criança do tipo brincar bem longe do carro dele, que eu ia sujar, que eu ia fazer isso, que ia fazer aquilo. O fdp ficava pegando no meu pé de maneira sistemática, em toda reunião de família. Acontece que os netos loirinhos dele me adoravam/adoram. Ele tinha (porque o infeliz morreu) uma neta, uma loirinha linda, ele ficava possesso quando me via brincando com ela, já projetando que o negrão iria crescer e ia quere comer a netinha dele. FDP. Até hoje ela e o imrão dela são dos poucos primos da parte branca que considero de coração. Hoje em dia, tenho pouco contato com eles, não participo mais das famosas reuniões de fim de ano e digo que não me fazem falta alguma. Alguns falam que sou um preto metido, que não apareço, minha mãe me enche o saco, porque eles são sínicos e ficam fazendo a cabeça dela, etc, eu quero mais é que se foda.

Meus melhores parentes são da minha família preta, que é de origem mais humilde, gente que veio pobre lá do interior, mora na capital, mas que cresceu na roça. Eu me identifico mais com eles, gosto mais do convívio com eles.


Tenho um amigo que é filho de pai de ascendência italiana e de mãe negra. Ele nasceu com um fenótipo bem puxado pra italiano: olhos verdes, cabelos lisos e castanhos, traços faciais bem aquilinos e apenas uma pele levemente amorenada, pouca coisa. SE não fosse pela pele, vc dizia que era um branco perfeito. Já o irmão dele, é um pouco mais moreno, com traços médios e o famosíssimo cabelo “ruim”. São dois irmãos que cresceram sob a mesma criação de classe média. Agora, adivinha quem é o Engenheiro?? Adivinha quem deu certo na vida?? O irmão mais pra branco. O irmão negro meio que se deixou levar pela “dor da côr” e teve muitas dificuldades. Chegou no máximo a técnico. Sempre é o que bebe mais nas festas, quebra o pau com sua esposa branca, enfim, é uma puta vida sofrida. Mas fazer o que??

Sei lá, pra essas coisas pessoais é cada um com suas cruzes, cada um com suas felicidades e infelicidades....issom independe de cor, de raça, de origem. Todo mundo tem problemas pessoas, seja com familia ou não.

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#153 Mensagem por O Pastor » 13 Mai 2011, 21:23

E, Rapaz, sobre idealização de mulheres, isso depende muito de sua relação com elas. Tem cara que idealiza demais e pratica de menos. Digo, tem cara que fica a vida toda esperando por uma PRINCESA ALEMÃ e quando essa princesa aparece, ele descobre que ela é uma puta de uma mulher chata, sem graça, que mete mal, tem mau hálito, etc. Estou exagerando, mas é bem por aí. O ideal não é vc ficar escolhendo o fenótipo que vc vai se interessar e sim deixar a vida te levar. Esse tipo de coisa vc só aprende depois de muita porrada. Até lá, não adianta ninguém te falar sobre isso, sobre aquilo, que vc só vai entender quando chegar a hora de entender.

Hj eu digo: negra ou branca, acho que todas tem o seu valor. Pra mim, desde que me agradem, eu to passando o rodo. Para uma relação séria só não sinto atração por mulheres feias, obesas e que fumem. A questão da cor, do fenótipo, não é tão essencial.

Reconheço que existe por parte da mídia essa idéia fixa de que todo negrão quer um loirão. O poeta Thaíde já dizia: "- Negro quando faz sucesso, vai logo comprando o kit fama, que vem com cordão de ouro, carro 0Km e uma loira em cima da cama". Heheheheh!! E o pior que é bem por aí mesmo. Vc tem razão com sua colocação, há um equilibrio tênue, entre a PREFERENCIA e o PRECONCEITO. No caso dos pretos seria a preferencia por brancas e o preconceito com as negras. Conheço negrões que nunca namoraram negras, simplesmente por acharem que as brancas dão mais status. É melhor pra mostrar pros amigos. Isso é a mais pura burrice. Mas isso tem haver com o tal do racismo-reverso, que significa que o cara se acha tão inferior que acredita que somente será alguém se puder se apropriar dos valores do opressor. No fundo, negros que pensam assim possuem baixa auto-estima e seus relacionamentos com brancas, dificilmente dá certo. É quebrar a cara várias vezes´.

Eu vou ser honesto com vc, nos meus 38 anos de vida, tive duas namoradas brancas. Quase casei com uma que acho que amo até hoje e a outra era uma pilantrinha que me enfiou uma galhada, me trocou por um cara bem mais feio que eu, :mrgreen: foi meu ultimo relacionamento, ehehehehehh!!! No mais, acho que tendo a levar as negras mais a sério, tive mais namoradas negras. SE isso é preconceito contra as brancas, não sei.

Mas pra dar umas pegadas, branca ou preta, se me agradar e ela se agradar de mim, eu tô mais é pegando.

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#154 Mensagem por Tricampeão » 13 Mai 2011, 23:00

rapaz solitário 2 escreveu:Tricampeão, então, seria o "branquelo paga pau de negros", em contra partida aos termos "branquelo filho da puta" e "paga pau de gringos branquelos filhos da puta"... .
Não, eu não gosto de preto. Apenas encaro os FATOS.
rapaz solitário 2 escreveu:Cara, eu já sofri preconceito nessa vida: entrar em restaurante e ver playboy me olhar de cima pra baixo; trabalhar em clube de tênis em bairro nobre e ver playboy me olhar de cima pra baixo, jogar dinheiro na minha mão por nojo; ir a hospital chique e ver velhota rica sair de perto de mim; ser chamado de "negão" em entrevista de emprego com cara de deboche da entrevistadora (por sinal, negra); ser chamado de negão por um pentelho de 9 anos, e com nítido senso de deboche por parte dele; ir a uma clínica e ver um segurança desconfiar que eu estou armado; ser preterido em uma peça de igreja quando criança por crianças brancas; ser preterido em vaga temporária de emprego, junto com outros 2 pardos, por 3 brancos; ser vigiado em corredor de supermercado com olhar estranho de funcionários; entrar junto com um colega meu em uma padaria, e funcionários ficarem me olhando, temendo assalto; e outras coisas que não recordo, no momento. Discriminação, eu posso até me considerar sortudo por não ter sofrido tanto. Mas preconceito, negativo!
Não sofreu preconceito? E sofreu pouca discriminação? Porra, esses exemplos que você deu não são suficientes? É masoquista? Ou é mentiroso?
rapaz solitário 2 escreveu:Cara, você pode explanar o quanto for preciso pra ti, mas esse seu conceito de democracia não fará sentido. Pode fazer pra você, ou pra quem convir tal definição. Mas, numa sociedade, onde deveria prevalecer o que está na Constituição, a sua democracia não faz sentido mesmo!
Magistral a sua maneira de falar muito e não dizer nada.
rapaz solitário 2 escreveu:Cada um ter o seu espaço significa, necessariamente, ratear os setores de forma que cada um tenha seu espaço garantido matematicamente?
É óbvio que sim. Qualquer desvio significa um problema que deve ser resolvido. É para isso que os números servem.
rapaz solitário 2 escreveu:Se há vagas pra uma pessoa trabalhar no setor e, desconsiderando o fato de empregadores privilegiarem brancos (e eu já sofri por isso), por coincidência, a maior parte dos negros não são realmente qualificados (considerando que ambos tiveram as mesmas condições de qualificação pra área) pra tal vaga, é democrático que tais pessoas despreparadas ocupem a vaga de pessoas preparadas, unicamente por supremacia de contingente?
Por que desconsiderar o fato de empregadores privilegiarem brancos?
E por que a maior parte dos negros não são realmente qualificados?
rapaz solitário 2 escreveu:A partir do momento em que for resolvida a questão de oportunidade de qualificação profissional pra todo mundo, que ambos compitam de igual pra igual e, quem perder, perdeu.
Exatamente. Quando for resolvida. É para isso que serve o sistema de cotas.
E, enquanto não for resolvida, fazemos como eu falei.
rapaz solitário 2 escreveu:Só que... como eu mesmo já citei anteriormente, muita gente (você, por exemplo), acha isso utopia e encheção de linguiça e prefere o caminho mais feroz pra se conseguir as coisas.
Eu prefiro? Onde falei isso? Quem prefere são vocês, branquelos do Sul, que não querem reconhecer os direitos dos negros e dos pobres, e os forçam a recorrer à violência.
rapaz solitário 2 escreveu:Só que, no final das contas, estará se repetindo a mesma coisa que os tais "branquelos filhos da puta" fizeram com negros e indios. Não falo de extermínio e escravidão de brancos, mas digo de fazer as coisas de forma distorcida. E, eu fico tranquilo quanto ao que você escreveu sobre "estar na pele (branquela filha da puta) na hora que a guerra civil estourar". Mas... eu nao ficaria tão tranquilo se estivesse na sua pele. Ou você acha que essa sua atitude "lambe-saco de preto e indio (ou só de preto, pelo o que me parece)" vai salvar seu traseiro de alemão de levar uma sova, caso a tal guerra estourar?
Quando a guerra civil estourar, estarei do lado da Justiça, como deixei claro. Isso me deixa absolutamente tranquilo.
rapaz solitário 2 escreveu:É engraçado você postar excessivamente o termo "branquelo filho da puta", mesmo o sendo, também. O faz por ser "justo"? Realmente, seu senso de democracia e justiça está distorcido... .
Não posto excessivamente. Posto quando é apropriado.
Não sou branquelo, pois não defendo as idéias de supremacia branca, como vocês. Defendo a democracia racial.
E só sou filho da puta quando estou jogando Banco Imobiliário.
rapaz solitário 2 escreveu:Que diferença há entre preconceito e preferência? [...] E, quanto a essa tal confusão minha, atribuída por você, se for seguir pelo mesmo sentido, poderia dizer que não é preconceito, mas preferência por parte do pai branco da filhinha linda branca em querer que sua filha não se case com um negro, ou qualquer coisa que ele 'não prefira". Sem essas de que estou confundindo as coisas.
Você mesmo confessa que confunde as duas coisas ao dizer que não vê diferença entre elas.
rapaz solitário 2 escreveu:Cara, agir assim não vai fazer você ir aos Céus quando morrer, não!
Deus não existe.
rapaz solitário 2 escreveu:Essas suas idéias sobre democracia, justiça, e por último, de confundir preconceito com preferência, só convence a quem se agrada com isso, a quem é conveniente isso. Pois, se é pra analisar isso imparcialmente, suas idéias não serão aceitas assim tão facilmente.
Estamos esperando seu conceito de democracia para contrapô-lo ao meu.

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#155 Mensagem por rapaz solitário » 13 Mai 2011, 23:38

Tricampeão, em primeiro lugar:
Não sofreu preconceito? E sofreu pouca discriminação? Porra, esses exemplos que você deu não são suficientes? É masoquista? Ou é mentiroso?
Você não entendeu o que eu queria expor com o "quanto a não passar por preconceito, negativo!". Quis dizer que passei, sim, por preconceito, mais que discriminação. O "negativo" foi a não ser sortudo. Sacou?

E, quanto ao resto de sua postagem, resumiria da seguinte forma: a gente vai ficar aqui contra-argumentando, achando uma verdade absoluta dos fatos, quando tudo se resume a unicamente visão dos fatos ser diferente por conta de cada um, estando ninguém certo ou errado nessa discussão, o que torna inviável continuar uma discussão dessas onde ninguém dá o braço a torcer. Quanto a estes trechos seus:
Por que desconsiderar o fato de empregadores privilegiarem brancos?
E por que a maior parte dos negros não são realmente qualificados?
Exatamente. Quando for resolvida. É para isso que serve o sistema de cotas.
E, enquanto não for resolvida, fazemos como eu falei.
Se você tivesse lido meu post na integra (se bem que eu acho que você leu, mas apenas fez este post de acordo com o que lhe convém, ou não entendeu tudo o que eu postei), teria lido que eu postei exatamente essas coisas postadas por ti, o que tornaria desnecessário a você postar tais quotes. Eu citei a parte de Constituição e das vagas de emprego como exemplos, e logo citei abaixo os poréns disso. Portanto, FAIL pro seus quotes. Quer dizer... nem tão fail assim, pois tanto eu quanto o Pastor pensamos que tais ações afirmativas, realmente, seriam uma solução mais imediata pra resolução dos problemas, e que os exemplos que eu dei seriam os mais corretos se não fosse o porém da negligência contra negros, indios e mestiços por todos esses séculos. Porém, continuarei não achando que seria a maneira correta de se resolver as coisas. E, quanto ao meu conceito de democracia, oras: já dei exemplo nos meu post anterior. Exemplo suficiente pra compreensão da questão, e o Pastor compreendeu.

E, quanto à tal confusão, ela está na sua cabeça, pois estou esclarecido quanto ao que postei sobre preconceito e preferência. Se você tem uma avaliação a respeito disso que difere da minha, repito o que postei acima: é opinião sua, e não verdade absoluta. Avalie como quiser!

E você continua pensando que eu sou branco... . Que piada!! rsrs

Sinceramente: não vai ter como a gente discutir tal assunto. E eu estou cansado desses temas, pois já discuti com muita gente a cerca de tais assuntos, e sempre chego à conclusão de que se trata, unicamente, de conceitos (ou preferências) em torno de uma causa, e cada um vai fazer/pensar de acordo com o que lhe for conveniente, e um monte de gente querendo fazer valer seus conceitos (ou preferências) como se fossem a Verdade. Nem perco tempo com isso.
Editado pela última vez por Anonymous em 14 Mai 2011, 00:21, em um total de 1 vez.

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#156 Mensagem por Tricampeão » 14 Mai 2011, 00:02

Sugiro ao colega rapaz solitário que, da próxima vez que quiser concordar comigo, seja mais sucinto.

Aproveitando que a situação no Inferno do Norte foi mencionada, e percebendo que os branquelos que querem se passar por moreninhos só porque agora o jogo está virando desconhecem a História da luta dos negros naquele país, começarei com uma série de posts que visam ilustrar os pontos que tão habilmente tratei:
http://www.msnbc.msn.com/id/5158315/ns/us_news-life/
Reagan: A contrary view
The 40th president led a sustained attack on programs of importance to African Americans
By Joe Davidson

[...]

After taking office in 1981, Reagan began a sustained attack on the government’s civil rights apparatus, opened an assault on affirmative action and social welfare programs, embraced the white racist leaders of then-apartheid South Africa and waged war on a tiny, black Caribbean nation.

So thorough was Reagan’s attack on programs of importance to African Americans, that the Citizens Commission on Civil Rights, an organization formed in the wake of Reagan’s attempt to neuter the official U.S. Commission on Civil Rights, said he caused "an across-the-board breakdown in the machinery constructed by six previous administrations to protect civil rights."

During his two terms in office, Reagan captured, solidified and came to personify America’s move to the political right. His greatest legacy is as leader of that swing in the American political spectrum. That shift made “liberal” a dirty word and Democrats cower. What had been conservative became moderate. What was moderate was pushed to the left wing. The shift was so pronounced and profound that black America giddily embraced Bill Clinton despite his promotion of programs, criminal justice and welfare policies in particular, that would have been called racist and reactionary under Reagan.

[...]

In 1984, he successfully campaigned for reelection on a “Morning in America” theme. But his presidency was a long and dreary night for African Americans. Consider this record. Reagan:

. Appointed conservative judges, like Supreme Court Justice Antonin Scalia, who continue to issue rulings to the detriment of African Americans. Walters notes that just 2 percent of Reagan’s judicial appointments were black.
. Began his 1980 presidential campaign in Philadelphia, Miss., near the site where three civil rights workers were murdered in 1964.
. Supported racism with remarks like those that characterized poor, black women as “welfare queens.”
. Fired U.S. Commission on Civil Rights members who were critical of his civil rights policies, including his strong opposition to affirmative action programs. One of the commissioners, Mary Frances Berry, who now chairs the Commission, recalls that the judge who overturned the dismissal did so because “you can’t fire a watchdog for biting.”
. Sought to limit and gut the Voting Rights Act.
. Slashed important programs like the Comprehensive Employment and Training Act (CETA) that provided needed assistance to black people.
. Appointed people like Clarence Thomas, who later became a horrible Supreme Court Justice, to the Equal Opportunity Commission; William Bradford Reynolds, as assistant attorney general for civil rights; and others who implemented policies that hurt black people.
. Doubted the integrity of civil rights leaders, saying, “Sometimes I wonder if they really mean what they say, because some of those leaders are doing very well leading organizations based on keeping alive the feeling that they're victims of prejudice."
. Tried to get a tax exemption for Bob Jones University, which was then a segregated college in South Carolina .
. Defended former Sen. Jesse Helms’ “sincerity” when that arch villain of black interest questioned Martin Luther King’s loyalty.

The federal budget during the Reagan years tells the tale in stark, dollar terms. According to the Center on Budget and Policy Priorities, as reported by the Los Angeles Times as Reagan left office in 1989, programs that helped black America suffered greatly during his tenure.

Using information from the Center, the Times published a table showing “some reductions in social programs under the Reagan administration; in constant dollars, adjusted for inflation”:

[...]

He also was on the wrong side of international issues important to African Americans. Reagan crushed the government of Grenada in 1983 because he felt it had fallen too far into the orbit of Cuba’s Fidel Castro. Grenada is a tiny place, smaller in size than Philadelphia, with fewer people than Peoria. His trumped-up excuse was American medical students on the Caribbean island nation were threatened by government officials he called “a brutal group of leftist thugs.”

He outraged African Americans and others by relating to apartheid South Africa as a friend and ally. His program of constructive engagement amounted to a go-slow policy under which apartheid was criticized but essentially tolerated. It was a policy that delayed the independence of Namibia, then controlled by South Africa, blocked United Nations’ condemnations of South African attacks on nearby African countries and permitted American corporate support for the racist régime. He was loyal to South Africa because, as he told CBS during an interview early in 1981, it was "a country that has stood by us in every war we've ever fought, a country that, strategically, is essential to the free world in its production of minerals."

Even as the majority of the American people came to oppose South Africa’s racist repression, Reagan stood by his friend. Pushed by black leaders and organizations, Congress passed sanctions against South Africa. Reagan, on the wrong side of history, vetoed the bill. Congress, to Reagan’s shame, overrode the veto.
Muita coisa, e isso por parte de apenas um governante filho da puta.
Apenas um exemplo do que os branquelos que não querem largar o osso costumam fazer quando veem que os negros estão conquistando um lugar na sociedade que eles acham que lhes pertence.
Em próximos posts vamos analisar com mais calma essa lista de golpes contra os negros americanos perpetrada pelo gringo mais filho da puta da História.

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#157 Mensagem por rapaz solitário » 14 Mai 2011, 00:17

Pastor.


Como eu já tinha postado ao Tricampeão, eu já tinha citado a respeito da tal negligência por parte das minorias sociais, o que torna diferente essa questão de fazer as coisas da forma realmente democrática. Mas, não consigo me sentir a vontade com isso, com essa coisa de cotas e tudo mais.

A parte do patinho feio da familia, é algo complicado. Imagine crescer numa familia onde o seu pai declara não gostar de negros? Que fica irritado ao notar seu filho mais velho (que não é branco, também) namorando uma mulata, e sai batendo pé ao vê-la? Que pede pra um sobrinho dele (branco do cabelo duro) não se casar com uma negra? Pra ser sincero: nunca fiquei pensando nessas coisas, quando criança, mas passei a pensar nisso, de tempos pra cá. Quanto ao meu pai ter seus gostos e desgostos por certo tipo, eu não estou nem ai! Não sou do tipo de pessoa que pensa que todo mundo deve se gostar, que todo mundo é lindo, e todo esse blablabla. Como você postou, só peço respeito por parte das pessoas. Quem gostou, goste; se não gostou, continue não gostando. Só implico com certas motivações a respeito desses gostos (e não dos desgostos). Mas o que eu passei a pensar é: se meu pai não gosta de negros, como é que ele vê a mim e aos seus outros filhos? Sendo que não tem nenhum filho que se possa dizer que é branco, de fato. Só cito o meu irmão do meio, que quando pequeno era loiro e branco, e hoje, tem mistura de traços italianos com alguma coisa de negro e a pele amorenada. Apenas atento a isso como algo estranho. Mas, no fim das contas, foda-se, também!! Se quer ver os filhos como brancos, esquizofrenicamente, ou se não gosta deles, que assim seja. O pior disso tudo é ver a "nona" (mãe do meu pai) ter se casado com um mulato (que eu acho que tem descendência italiana, também, mas não sei e nunca vou saber) e ter negado a sua filha branca se casar com um negro! Vai entender esse povo... . Que não tivesse se casado com um mulato, se assim fosse.
Cara, isso tudo me gera uma falta de identidade das bravas! Me vejo como um adotado diante dos meus pais. Antes fossem todos iguais de fato, em vez dessa misturaiada toda. Tenho dificuldades pra lidar com essas diferenças. E eu me olho no espelho, e poderia dizer, de forma segura, que sou pardo, mas não saberia dizer se tendo mais pra ser negro, indio ou branco. Ficaria entre ser cafuzo e caboclo. E, já me deparei muito com gente sem saber me identificar, com alguns me achando ser negro, tipo nordestino (já me chamaram de baiano, pernambucano, cearense e paraibano), ou mesmo branco! Muitos podem dizer pra eu não me importar com essas coisas, que o que importa é a pessoa, somos todos iguais e blablabla, mas as coisas não são assim, na realidade. Muita gente cultua como sendo a coisa mais bela do Mundo essa miscigenação toda, passando a impressão de igualdade e respeito entre todos os povos (e acho que você deve pensar assim), mas só acho isso um mero conceito, que cada um vê de um jeito. E eu não lido bem com isso. Antes eu fosse de uma familia só de negros, brancos, indios ou orientais do que passar por essa esquizofrenia identitária. Queria me identificar com algo, e não com todas as coisas. Até porque, multi-identidade sempre tende a se diluir em uma identidade só, o que não ajuda em nada.

E, talvez, essa sua idéia de "deixe a vida me levar" a lá Zeca Pagodinho seria a maneira mais natural de encarar as coisas. Mas, até que ponto as coisas são naturais nessa vida? Eu mesmo já cheguei a pensar que, se a gente fosse colocar todas as pessoas do Mundo lado a lado, que seriam mais bem rankeadas as pessoas brancas. Mas, tudo isso baseado em que? Eu continuo com esse pensamento, hoje em dia. Mas, em vez de achar que é uma Verdade, passo a achar que é apenas uma opinião minha, que venha a coincidir com a opinião de outras pessoas. E tal conjunto de opiniões é que fazem isso se valer como uma verdade, mesmo que seja algo relativo. Passando a acompanhar alguns blogs, como alguns de países asiáticos, nota-se que lá existe um conceito de beleza que valoriza a beleza local e, mesmo pessoas brancas, sejam elas germânicas, eslavas ou latinas, sofrerão preconceito. Paises assim são a China e as Coréias. Se bem que na Coréia do Sul, há pessoas que vêem beleza em brancos, a considerar o tamanho do nariz deles! Alguns coreanos têm nariz mais achatado, e muitos são complexados com isso, e vêem nos europeus narigudos uma qualidade. Mas, pra um branco se unir a um coreano(a), não é fácil. Existe a questão da homogeneidade coreana, da pureza racial, e pais ficam loucos ao ver seus filhos se unindo com brancos, principalmente se for um homem branco com uma filha coreana. Mas, parece que isso está mudando aos poucos. Mas, pouco me importo! Agora, se é dificil pra um branco, imagine pra um asiático do Sudeste ou pra negros e indios? Também cito o exemplo de uma angolana mulata, que é modelo, que foi lhe negado o direito de representar a Angola num concurso de Miss, por ela não representar a beleza e o povo angolano, por ser mestiça. Bem, até ai, não sei se existe um conceito de beleza por trás disso (de não reconhecerem a beleza da mestiça) ou se é conceito racial, por ela simplesmente ser mestiça, sendo ela feia ou não. Mas, atentando a isso tudo, passei a pensar na relatividade das coisas, e que nem tudo aquilo que achamos é igual em outras partes do Mundo. Por isso, penso se essa coisa de deixar a vida nos levar tem algum significado? Pode, sim, haver uma atração natural por pessoas, sejam elas de origens iguais ou diferentes. Mas, passo a ver de outra forma essa parte de conceitos por trás de tais uniões, e a gente nem se depara com isso, pensando ser algo natural. Muitos até podem se aproveitar disso e inventar uma desculpa pra dar razão às suas escolhas, sendo essas escolhas motivadas por conceitos questionáveis, e assim, ficarem com desencargo de culpa. E, o maior exemplo que eu posso citar disso é que eu já postei muito sobre a visão politicamente correta da mistura negro x resto do Mundo. Diferente do que se nota no Brasil, nos EUA, embora haja mistura também, não se vê negros idealizando em demasia pessoas brancas pra serem suas parceiras, onde prevalece o orgulho negro, a valorização do seu povo. E vejo que essa questão da mistura, a dar como exemplo os negros, os atrapalha na parte de estabelecerem identidade, busca por valores e tal. Não dá pra gente esperar que ninguém deixe de se misturar nesse Mundo, mas poderiamos ver que não é necessário ver a mistura de forma banalizada.

Cara, mas essas coisas me atormentam tanto, tomam tanto do meu tempo e pensamentos, que certas horas não resta outra alternativa, a não ser, deixar a vida no levar mesmo! :mrgreen: Um dia, eu acabo me suicidando por causa disso... .

É foda... . :cry:

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#158 Mensagem por rapaz solitário » 14 Mai 2011, 00:56

Tricampeão:

Sucinto? Me desculpe se sou assim tão prolixo na hora de explanar sobre algo! rsrs Se bem que eu acho que nem fui tão extenso assim... .

Corcordar? Nem tanto! Eu digo que, pela situação atual do país, até pode ser necessário tais ações afirmativas. Mas, não gostaria que assim fosse.

E continue pensando que eu sou branco... . rsrsrs

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#159 Mensagem por Tricampeão » 14 Mai 2011, 10:03

Vamos retomar meu post anterior e resumir, então, o que os branquelos do Inferno do Norte fizeram, na década de 1980, para fuder com os negros do país:
After taking office in 1981, Reagan began a sustained attack on the government’s civil rights apparatus, opened an assault on affirmative action and social welfare programs, embraced the white racist leaders of then-apartheid South Africa and waged war on a tiny, black Caribbean nation.
Os branquelos do Sul fazem exatamente o mesmo hoje, com exceção do último item.
Mas os branquelos do Sul não o admitem. Insistem que não sacaneiam mais os negros, e dizem, olha só, eu também tenho um pé na cozinha by NHC.
Os branquelos do Sul, que afirmam que não sacaneiam mais os negros, atacam os programas de direitos civis, tipo o PNDH, não atacam? Não querem que os torturadores e sequestradores da ditadura militar sejam deixados livres?
Os branquelos do Sul, que agora se dizem moreninhos porque estão vendo o barco virar, atacam os programas de ação afirmativa e bem estar social do governo (cotas em empresas e escolas, Bolsa Família, etc.), não atacam? Não dizem que são injustos, eleitoreiros, etc.?
Os branquelos do Sul, que dizem, olha só, eu também tenho um pé na cozinha by NHC, apoiam o apartheid vigente em Israel, não apoiam? Dizem que papai do céu deu as terras para os judeus e mandou que eles matassem todos os nativos, não dizem?
Então, branquelos do Sul, quem vocês acham que vão enganar?
Se querem enganar alguém, branquelos do Sul, pelo menos criem alguma coisa, não fiquem apenas copiando os branquelos do Norte.

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#160 Mensagem por Nazrudin » 14 Mai 2011, 12:02

Ainda não entendi quem são esses branquelos do sul, raiz de todos os males...
Pelo que entendi devem ser os gaúchos. Vamos aos fatos. Os gauchos são do sul, tiveram uma grande colonização européia, de brancos do norte, sul (nem tão brancos assim), de leste e de oeste (os açorianos...).
O Pastor vai ter de me perdoar em não incluir a grande influência negra na cultura gaúcha, e o rapaz solitário à índia, para que se possa fazer essa deferência aos argumentos do nosso estimado Tricampeão.

Os gaúchos sempre muito empreendedores e aguerridos, não só estiveram a frente em campanhas pela defesa do Estado brasileiro como também para lutar contra a política estatal (status quo) quando injustas. Também tiveram a ousadia de se lançar ao desbravamento de novas fronteiras por todo o país trazendo desenvolvimento e progresso. É claro que pelo caminho esses branquelos foram se misturando, passando o rodo na mulherada local e daí veio a tal da fama de que gaúcho é viado, simplesmente uma reação (compreensível) dos descornados, fossem eles branquelos ou não.

É claro que esses branquelos do sul nunca copiaram e colaram os branquelos do norte que evitavam se misturar (até hoje), inventaram kúskús-kan e aquelas merdas todas de superioridade racial. No fundo as pesquisas genéticas vieram para comprovar aquilo que todo brasileiro já sabe ao olhar para irmãos, primos, parentes de norte ao sul.... O preconceito aí, sem dúvida, vem entre outras coisas da falta de uma identidade cultural já citada pelo nosso estimado rapazsolitário. Isso sim um grande problema para um país grande como o nosso. Só futebol não adianta. Um país de instituições fortes, democracia plena, com o tripé básico de saúde, EDUCAÇÃO e segurança vencidos é que pode fazê-lo.

Para finalizar as elucubrações desse sociólogo putanhista (não fui eu que inventei isso aí!), devo dizer que além dos gaúchos existe uma outra turminha que possui essas características de se mudar, ir para outros estados, emigrar. Já foi matéria inclusive do famigerado Globo Repórter (não chequei as estatísticas). São os mineiros. Gaúchos e mineiros portanto, são todos farinha do mesmo saco ou, para seguir na mesma imagem linguística, estão todos no mesmo barco.

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#161 Mensagem por Tricampeão » 14 Mai 2011, 13:08

Para mim, de Nova Lima pra baixo é Sul. Todos falam com o mesmo sotaque, seja lá, seja em São Paulo, Porto Alegre ou Bariloche. Como vou conseguir diferenciar?
Mas, justiça seja feita, tirando o lance de querer se separar do resto do Brasil de vez em quando, os gaúchos têm a barra relativamente limpa. Talvez seja mais correto chamar sua região de Centro do Sul, para contrapô-la aos piratiningas do Norte do Sul e aos patagônios do Sul do Sul.
Os piratiningas, como sabemos, eram escravagistas ferozes, contrapõem-se à Reforma Agrária e ao estabelecimento do sistema de cotas com argumentos pífios e manipulações midiáticas, elegem tiriricas e bolsonaros, guardam metralhadora na gaveta, pagam pau pra gringo filho da puta e acham que os alagados devem ser espancados porque atrapalham o trânsito. Minto?
Já os patagônios, como foi falado por outros, tentaram promover a limpeza étnica em suas inóspitas plagas (e nas dos outros, como o Paraguai) e ainda hoje acham que são mais brancos que o resto.
Ambos os grupos certamente copiaram e colaram os branquelos do Norte naquilo que trouxeram de pior para a tecnologia da infâmia.
Nazrudin escreveu:Um país de instituições fortes, democracia plena, com o tripé básico de saúde, EDUCAÇÃO e segurança vencidos é que pode fazê-lo.
Falemos, então, de EDUCAÇÃO.
O sistema de cotas se justifica, ao proporcionar EDUCAÇÃO de nível superior à maioria de negros e pardos, que se encontra subrepresentada nas universidades brasileiras, graças às inúmeras barreiras erigidas pelos branquelos ao longo da nossa História.
Devem ser eliminadas quando, e apenas quando, a democracia racial estiver consolidada. Acho que todos concordamos quanto a isso.
O sistema de cotas, como todas as medidas que visam a Justiça Social, foi, é, será e serará sempre combatido pelos branquelos e seus asseclas tiriricas e bolsonaros, tanto aqui quanto no Inferno do Norte, bem como em todos os outros países do mundo, pois todos enfrentam problemas similares, em maior ou menor grau. Acho que isso já foi suficientemente demonstrado.
Concedo que talvez não seja necessário instituir o sistema de cotas para branquelos onde eles, por sua vez, se encontram subrepresentados, como nas favelas, na prisões e na torcida do Galo. Deixemos as coisas se ajeitarem naturalmente..
O que falta, então, discutir?
Acho que apenas a visão ingênua de alguns, branquelos, negros e branquelos que se fingem de negros, de que a democracia racial poderá ser atingida por meios pacíficos.
Cabe aos colegas que defendem essa visão argumentar a favor disso, em vez de apenas mostrar que torcem para que aconteça assim.
Onde foi que a democracia racial foi conseguida por meios pacíficos, eu vos pergunto?
Onde foi que alguma forma de democracia foi conseguida por meios pacíficos, eu vos pergunto?
Onde foi que alguma concessão por parte dos dominadores foi conseguida por meios pacíficos, eu vos pergunto?

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#162 Mensagem por Nazrudin » 14 Mai 2011, 13:44

Obrigado Tricampeão. Agora que a questão ficou definida e polarizada, posso tranquilamente tomar o meu chimarrão. Mais uma influência gaúcha... :roll:

Agora sabemos que sua bronca é com os piratiningas paulistas, o que acho justa, já que aquela história de café-com-leite (sem conotações raciais... será?) nunca foi realmente resolvida. Ficaram para a final Minas contra São Paulo e claro PT contra PSDB. Como não torço para nenhum dos dois, não vou comprar ingresso para esse jogo claro, talvez assista pela TV.

Não vou me furtar a trazer alguns argumentos sobre o que acho da EDUCAÇÃO e suas implicações no sistema de cotas, embora já os tenha insinuado. Mas vou aguardar primeiro as manifestações do rapaz-solitário como uma deferência a sua representatividade indígena. Faço questão de frizar todavia, que não é cota.

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#163 Mensagem por O Pastor » 14 Mai 2011, 20:06

Rapaz,

Seu pai é racista. Cruzeta, nele :lol: , É um mestiço de negro e racista. E existem muitos, mas muitos iguais a ele. Há muito negros racistas com sua própria raça. O engraçado é que quando esses caras são enquadrados na lei anti-racista, eles saem dizendo pra policia: "-Eu não sou racista, minha mãe é negra!!", "O amigo do tio da minha avó é negro". E por ai vai. 80% dos casos denunciados de racismo, vem de pardos. Me lembro do jogador Paulo Nunes, aquele loirinho que jogou no Palmeiras, ele disse injurias raciais ao jogadir do São Paulo, o Vagner. O Vagner acionou a lei. E o Paulo Nunes pra ficar bonito na fita com a imprensa, começou com suas histórias: "Eu não sou racista, meu melhor amigo no futebol é o Junior Baiano". "A minha avó é negra". Ou seja, o cara acha porque tem amigos negros e tem até sangue negro nas veias, que pode cometer crime de racismo e mesmo assim, não é racista. Ele é racista. O fato dele ser negro, não faz dele menos racista que um branco que tome tal atitude. Ele tem o direito de ser racista, mas não pode nunca insultar outras pessoas.

Isto é esquizofrenia, como vc mesmo disse. A pessoa se olha no espelho e não se enxerga por inteiro. Ela ve apenas metade dela, no caso de seu pai, apenas a metade branca. Faltou no seu pai, alguém que alimentasse sua identidade negra. Mas como isso poderia acontecer, se vivemos numa sociedade que supervaloriza as matizes européias e subvaloriza as africanas. A culpa não é da miscigenação, neste caso, e sim da falta de equilibrio entre as duas matizes. Eu sempre digo e repito: miscigenação é muito positivo, mas ambos os casais precisam se auto-valorizar. SE um negro de baixa auto-estima casa com uma branca de alta auto-estima, a coisa tende a não dar certo. Ambos precisam estar no mesmo nível de auto-conhecimento. O que se vê muito por ai, são negros que casam com brancas por acharem que vão "melhorar" a raça. Absurdo, mas é um dos efeitos da falta de auto-estima. Dai, vc tem filhos que crescem num ambiente sem identidade e causa toda essa confusão.

Me desculpe, mas pregar a homogeneização também é ERRADÍSSIMO e anti-natural. SE a miscigenação forçada é ruim, a homogeneização também está longe de ser o ideal. Em geral, não funciona. Coreanos, chineses seja lá quem for, estão errados em praticarem isto em excesso. Não que vc não possa admirar os aspectos de uma sociedade homogen, mas vc não pode também querer colocar isso numa arredoma e dizer que ninguém entra e ninguém sai. Os próprios nazistas reconheciam que o ser humano naturalmente se miscigena. O povo se miscigena com uma naturalidade espantosa. SEmpre foi assim ao longo dos séculos. O problema acontece apenas quando um dos lados miscigenados não tem sua identidade respeitada. POrque acho que vc poder ter duas identidades é uma coisa fantástica, uma herança tremenda. Agora, o drama advem da falta de respeito com uma das identidades. É o caso do Brasil, onde apenas a matiz branca é admirada e repseitada.

No entanto, as coisas estão lentamente melhorando. Quando vc imaginou que num Forum de putaria, a gente discutiria este assunto, neste nível?? Este tipo de coisa nem se cogitava discutir. Hoje a negrada vai pouco a pouco se mostrando, aumentando a auto-estima. Finalmente, o Brasil vai valorizando sua preciosa herança negra.

Quanto a crescer. As coisas pra mim também nunca foram fáceis. Imagine vc ser sempre o único negro do pedaço. SE por um lado é bom, porque vc se destaca, por outro é ruim, porque fatalmente em vários momento, vc acaba sendo discriminado. Comigo sempre foi assim: meus amigos de bairro eram todos brancos, meu amigos de escola, faculdade, no trabalho, os primos que moravam mais perto (inclusive meu maldito tio-avô), sempre todo mundo branco. O que ajudava muito é que meu pai, mulato mais pra branco, sempre foi muito consciente, nos protegeu, nos ensinou direito e sempre teve casa aberta pra todo mundo. MInha mãe, cafuza, mais pra negra, é de gênio dificil, daquelas que nunca levou desaforo pra casa. Além da minha familia preta que visitava de vez em quando. Isso me ajudou muito a não desmoronar na "dor da cor", na tal esquizofrenia. Mas mesmo assim, nunca foi fácil.

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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra

#164 Mensagem por Carnage » 14 Mai 2011, 20:25

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 6366,0.php
Médicos da Uerj põem à prova sistema de cotas
Primeira universidade pública a formar turma com cotistas mantém qualidade de ensino e índice de aprovação, mas revela mudança sutil causada pela diversidade

Márcia Vieira - O Estado de S.Paulo


Os defensores falam em justiça social. Os críticos invocam a meritocracia. No acalorado debate sobre a política de cotas sociais e raciais nas universidades públicas sobram argumentos por todos os lados. Dois pontos permeiam inevitavelmente a discussão: a capacidade dos cotistas em acompanhar o ritmo das aulas e a possibilidade de queda na qualidade do ensino das universidades.

O Estado fez um levantamento no curso mais disputado (Medicina) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a primeira a adotar as cotas no País. No vestibular de 2004, foram aprovados 94 jovens (43 cotistas). Apenas oito alunos - quatro cotistas - não se formaram em dezembro do ano passado, como previsto.

O Estado localizou 90% dos jovens que chegaram à festança black-tie de formatura: 35 eram cotistas; 44, não. O caminho natural, após seis anos de faculdade, é fazer residência, o estágio de dois ou três anos em que os médicos se especializam em hospitais universitários ou da rede pública. O desafio é grande. As provas são mais disputadas que o vestibular. Nelas não há sistema de cotas. Passa quem sabe mais. É a meritocracia em estado puro.

Fazer residência garante não só mais conhecimento da medicina como salários melhores no futuro. Dos 35 cotistas localizados, 25 passaram nas provas. Os outros 9 cotistas nem tentaram entrar para residência. Ou porque não sabiam que especialidade escolher ou porque tinham pressa em trabalhar em plantões e ganhar muito mais que os R$ 2,2 mil da bolsa residência. Médicos recém-formados, mesmo sem especialização e prática, chegam a ganhar R$ 12 mil por mês, um valor inimaginável para a família de qualquer cotista. Entre os 44 não cotistas, 37 estão na residência.

Na maioria dos casos, a forma de entrada na universidade não influencia na escolha da especialidade. Não há, entre os cotistas, uma opção majoritária pela medicina de família, por exemplo, que atende prioritariamente à população carente e é mais fácil de passar. Tampouco há entre os não cotistas uma preferência por especialidades que paguem mais e sejam mais difíceis de entrar. É o caso de dermatologia, garantia de bons salários e zero de estresse com emergências. Nessa turma, duas alunas passaram, uma delas cotista.

"Cotistas ou não cotistas, todos têm uma tendência de procurar especialidades que compensem mais financeiramente", diz o cardiologista Plínio José da Rocha, diretor da faculdade de Medicina. "A gente escolhe a especialidade pelo que gosta de fazer. Não é só uma questão financeira", rebate o paulistano Thiago Peixoto, de 28 anos, cotista e residente de clínica médica na Uerj. Prova disso é que pediatria, que anda em queda entre os jovens médicos, é a especialidade com o maior número de residentes da turma - são 11, sendo 6 cotistas.

A presença dos cotistas na universidade provocou debates acalorados entre os professores, mas o diretor afirma que o curso continua o mesmo. "No início houve receio, mas cobramos igual de todos." Difícil é avaliar se o nível das aulas foi alterado. "Eu não vejo diferença. Mas há todo tipo de opinião entre os professores", diz Rocha.

Não há como negar que a mudança no tipo de aluno mexeu com os professores. Antes de 2002, quando começou a política de cotas, passavam para a Medicina da Uerj apenas a nata da elite que frequenta os melhores colégios. Agora, 45% dos alunos são da rede pública de ensino. A diferença na relação candidato/vaga é cruel.

Entre os cotistas, é de 5,33. Entre os não cotistas, de 55,80. A discrepância influencia na nota mínima para entrar na universidade. Um cotista garante a vaga se fizer 41,50 pontos. O não cotista tem de chegar a 75,75.

A discussão sobre a queda na qualidade do ensino com a entrada de alunos que não acertam nem 50% das questões do vestibular chegou ao Conselho Universitário da Uerj. A questão é emblemática. "Somos uma grande universidade porque recebemos os melhores alunos ou uma grande universidade é aquela que pega qualquer tipo de aluno e o transforma num bom médico?", diz Rocha.

Desempenho.

Ainda este ano, a Uerj terá uma pista mais conclusiva sobre a questão. A turma de 2010 fez o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em novembro. É a primeira com cotistas que passa pela prova do Ministério da Educação (MEC) que avalia os cursos de nível superior. No último, em 2007, a Uerj foi a única do Rio a tirar 5, a nota máxima. A prestigiada UFRJ ficou com 4. Seja qual for o resultado, a Uerj mantém sua filosofia. "O espírito desta escola é a formação de bons médicos. Porque até nós temos medo de quem vai nos atender num hospital", diz o diretor.

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Re:

#165 Mensagem por O Pastor » 14 Mai 2011, 20:56

Tricampeão escreveu:Para mim, de Nova Lima pra baixo é Sul. Todos falam com o mesmo sotaque, seja lá, seja em São Paulo, Porto Alegre ou Bariloche. Como vou conseguir diferenciar?
Mas, justiça seja feita, tirando o lance de querer se separar do resto do Brasil de vez em quando, os gaúchos têm a barra relativamente limpa. Talvez seja mais correto chamar sua região de Centro do Sul, para contrapô-la aos piratiningas do Norte do Sul e aos patagônios do Sul do Sul
Heheheheh!!! Cara o Rio Grande, junto com MG, BA e PE são dos poucos estados que colocaram a tal brasilidade na ponta da faca. A Revolução Farroupilha foi grandiosa; bem como a Inconfidência MIneira, dos aristocratas donos de mina de ouro; a subestimadíssima Inconfidência Baiana, inconfidencia dos pobres, por isso mesmo esquecida na história; e a tal Revolta dos Guararapes em PE.

Tricampeão escreveu: Os piratiningas, como sabemos, eram escravagistas ferozes, contrapõem-se à Reforma Agrária e ao estabelecimento do sistema de cotas com argumentos pífios e manipulações midiáticas, elegem tiriricas e bolsonaros, guardam metralhadora na gaveta, pagam pau pra gringo filho da puta e acham que os alagados devem ser espancados porque atrapalham o trânsito. Minto?
Não mente.

Moro na cidade de São Paulo e percebo uma oposição a mudanças quase histérica. O tucanato aqui é barra pesada, vc não tem noção do que escuto diariamente. Com algumas excessões, o paulistano de classe média acha, ou melhor, acredita, que São Paulo ou é Londres, ou é NOva Iorque. Acho que mais pra Nova Iorque, porque Londres não merece isso. Ele é incrivelmente anti-brasileiro. Acho que são muito mais anti-brasileiros do que os mais ferrenhos separatistas alemães de Santa Catarina. Quando conversa é um tal de misturar expressões em inglês com português, coisa irritante, beira a cafonice. E a maniera negativa com a qual se refere ao povão, ao seu proprio povo, ao povo nordestino por exemplo, eu nunca tinha visto coisa assim em MG e RS. Alias esta é a primeira coisa que vc percebe, depois de 1 mês na cidade. E já morei em tudo quanto é lugar, mas São Paulo me surpreendeu neste aspecto.

POr outro lado, a cidade, o estado, possuem pessoas admiráveis que realmente tentam equilibrar essa merda toda. A cidade é ótima pra se trabalhar, putanhar e viver na boemia. Mas atualmente a balança pesa mais pros pró-tucanos, infelizmente.


Tricampeão escreveu: Acho que apenas a visão ingênua de alguns, branquelos, negros e branquelos que se fingem de negros, de que a democracia racial poderá ser atingida por meios pacíficos.
Cabe aos colegas que defendem essa visão argumentar a favor disso, em vez de apenas mostrar que torcem para que aconteça assim.
Onde foi que a democracia racial foi conseguida por meios pacíficos, eu vos pergunto?
Onde foi que alguma forma de democracia foi conseguida por meios pacíficos, eu vos pergunto?
Onde foi que alguma concessão por parte dos dominadores foi conseguida por meios pacíficos, eu vos pergunto?

Hehehehe!! Essa foi pra mim??

É complicado, TRica. Vc não deixa de ter razão. O problema é que este é o lado nefasto de nossa miscigenação. O Nazrudin tem razão nisso. A cama jogou por terra muito das possibilidades de uma revolução "racial". Os conflitos raciais possíveis, no médio e curto prazo, que poderão haver no Brasil, serão de forma indireta. Algo como Canudos ou mesmo o MST. Não que venha pelo fanatismo religioso ou pela luta no campo, mas através de algo indireto, como a violência crescente nos centros urbanos. O quadro de exclusão pode atingir tal gravidade, que os negros/pardos irão partir pro pau, mas sem a consciência racial por tras. A não ser que todos comecem a escutar e admirar os Racionais MCs,o Manu Brau se torne uma espécie de Jesus Cristo do século XXI, eheheheheh!! Fora isso, não vejo, não sinto na negrada, ainda, condições de uma revolução, não no curto-médio prazo. Posso estar subestimando o povo negro, mas é o que percebo.

Agora pra longo prazo, não tenho dúvidas. Ela virá, caso nada seja feito. Caso nossas elites CORRUPTAS, insistam com esse modelo. SE o atual quadro sócio-economico persistir, com a negrada cada vez mais consciente de sua capacidade, a tendencia é partir pro pau, mesmo. Teremos um quadro muito complicado, tal como previa o geografo/pensador MIlton Santos.

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