Eu cresci ouvindo dizer que água tônica era remédio para o estômago e puta não beijava na boca do cliente, porque era ato destinado somente para o consorte, o namorado, o marido ou o companheiro.
Eu enxergava a regra como uma atitude tremendamente ética e romântica, por assim dizer, a de reservar o beijo para aquele que mantinha verdadeiramente a propriedade do seu coração e não para aquele que detinha a posse momentânea do seu corpo. A distinção entre propriedade e posse os advogados conhecem bem, né, woodstock?

Pois bem, isso acontecia na época em que puta era chamada de puta ou prostituta, nos dias de hoje a acompanhante ou garota de programa usa os recursos fornecidos pela mídia para divulgação dos seus serviços e oferece o beijo na boca como um diferencial de atendimento.
O beijo na boca para os mais novos, digo assim porque estou na casa do “inta”, pode ser uma coisa banal hoje, pois as adolescentes “ficam” e beijam “trocentos” nas baladas, mas antes isso tinha um caráter realmente mais intímo, estou certo? Ah, burning_organ, antes que me esqueça, tiozinho é a véia!...
Um abraço do Che
