Bom, vamos lá, no melhor estilo Jack Estripador:
A iniciativa foi interessante. Revitalizou o conteúdo do fórum, empesteado por alguns tópicos absolutamente estúpidos na área de Assuntos Gerais, como a história do papagaio, do café, etc. Essas idéias na planilha do GPGuia deveriam ser uma constante. Ter o que ler, afinal, é um alívio.
Mas tenho algumas críticas construtivas ao produto alcançado.
Fazer uma entrevista com uma puta com destaque na mídia gpguiana, não posso dizer que foi exatamente inovador, porque a mídia televisiva tem o costume de fazer isso com as ditas "celebridades", porque é mais fácil para angariar audiência. A Mariana foi escolhida porque está fazendo sucesso ou porque suas respostas seriam supostamente contundentes, acachapantes?
Acho, então, que o "conteúdo" da entrevista deveria ser prioritário em relação à "pessoa" entrevistada, porque senão vira bopismo mesmo e marketing para a Vampira.
Sobre o método empregado, é uma sinuca de bico, porque entrevista boa só funciona se for feita no ritmo "PERGUNTOU - RESPONDEU DE IMEDIATO", sem consulta a advogado ou a BOP conselheiro. Se a puta teve tempo pra pensar na melhor resposta ou responder apenas o que lhe convinha, não funciona.
Daí que entrevista dada ao vivo, televisionado ou no rádio (as modulações da voz do entrevistado e o intervalo entre a pergunta e a resposta têm o seu poder), obtêm sempre o melhor resultado.
Mesmo dentro do que era possível no padrão "fórum internético", não sei se foi o melhor método empregado. MSN poderia ser confuso, mas me pergunto porque não poderia ser repassado ou transcrito "depois" para os moldes do fórum, já que a entrevista não seria ao vivo mesmo.
E pensei bastante sobre o que falou o Zé da Silva:
Zé da escreveu: Acho até que deveria haver apenas um entrevistador. Este sistema é meio lento, e com várias pessoas fazendo peguntas ao mesmo tempo ficou meio confuso. Ela não acompanhou e muitas das perguntas ficaram sem resposta. Eu sei que várias pessoas têm dúvidas e perguntas a fazer(vide o tópico de sugestões de perguntas, algumas muito boas, por sinal), mas teve uma hora em que a guria estava lendo as perguntas com duas páginas de atraso. Se for liberar para todo mundo entrar aí é que vai virar zona mesmo. Vai ter um monte de camarada fazendo perguntas fora do contexto, ou então "BOPando" a menina e fazendo propostas de pagar a passagem.
Trabalho coletivo é muito bonito até o ponto do planejamento, mas na realização da tarefa não funciona na maioria das vezes.
Vejam o que é o "Roda Viva". Uma merda, em certos momentos, porque são inúmeras perguntas, interrupções, respostas cortadas por outro entrevistador, e o coitado do telespectador fica sem entender nada. Um péssimo método de entrevista.
Bons meios de entrevistas ainda são aqueles com um entrevistador apenas, que seja gentil mas que saiba extrair do entrevistado "alguma verdade", com firmeza ou malícia. Bom exemplo disso é o Roberto D'Ávila (está na Cultura agora?), entrevistador malicioso e bem sucedido nos seus propósitos.
Gringo Aposentado escreveu:Essa entrevista não acrescentou em nada.
Acho que o problema não veio dos entrevistadores, mesmo que possa ser lamentado o tom benevolente e bopístico de certas colocações e as perguntas pouco incisivas e sem tréplicas apontando contradições e PPP.
A mídia utilizada é lenta e não permite a reatividade necessária. Ter mais que um entrevistador complicou ainda mais.
Este tipo de entrevista para ficar interessante e menos superficial deveria ser feita pessoalmente ou, no mínimo em sistema de bate-papo ou MSN.
Não seria tão duro ou radical assim, mas no fundo o problema é esse mesmo: de que valeu para a credibilidade (nem falo de sinceridade) das respostas o fato de a Mariana poder pensar por meia hora, sei lá, antes de responder a cada pergunta? É o mesmo caso, por exemplo, do inquérito a que o ex-presidente Fernando Collor respondeu, quando investigado por crimes de responsabilidade, onde pôde responder as questões por escrito e dias depois.
Por outro lado, como seria feita a tal entrevista perfeita: por video-conferência? A puta se disporia a falar pessoalmente? Iria cobrar o tempo perdido, para compensar não estar fazendo um TD? E sobre esse último aspecto: o tal "o que eu ganho com isso" seria compensado de que forma para a puta?
Tricampeão escreveu:Entrevistadores que não sejam BOPs eu acho que só vamos conseguir se procurarmos fora do Estado de São Paulo. Tá feia a coisa, viu.
Feio é não assumir que os maiores BOPS da Mariana Shater são, justamente, uns carinhas que vêm de outros Estados, com conversa pra boi dormir de que têm compromisso profissional ou convenção de passarinheiros, mas estão aqui só pra conhecer a sala de espera do Lido...
El_Loco escreveu:Parabéns a Mariana Shater, este pequeno satelite dessa mulher maravilhosa, amiga e ... por incrivel que pareça extremamente tímida.
Nem preciso dizer que o El Loco deve ser vetado como entrevistador de Vampiras, não é? Excesso de BOPismo... El Loco, meu velho, você já foi melhor que isso.