Eleições 2006 - Comentários pós 2º TURNO e Questões à respeito de um povo sem memória

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#106 Mensagem por brucutu69 » 09 Out 2006, 21:55

Carnage escreveu:
marcos6969 escreveu: e também o Kirchmer: Sua economia cresceu 9% (Brasil 2,5) em parte graças ao Brasil...
Mais uma adendo:
Tudo bem que a economia Argentia cresceu 9% este ano. Mas se ela subiu 9% agora, é bom lembrar que na última crise ela tinha descido %25
E também a Argentina tem crescido isso graças a uma pesada intervenção do Estado na economia. O governo tem controlado tudo, inclusive a cotação do dólar, mantida "artificialmente" E se vocês lembrarem o Brasil já tentou isso no passado e não deu certo. Muitos analistas estão dizendo que esse crescimento de agora pode cobrar um grande preço mais pra frente.


Nosferato escreveu:Andam dizendo que esta eleição e dos burros contra os inteligentes, será?
Ser inteligente, baseando-se em qual conceito de inteligência? para quem?
Ser burro, baseando-se em qual conceito de burrice? para quem?
A quem você está servindo ou defendendo?
Será ao seu país? será a você mesmo? sua classe social? ou nem uma das opções?
Muito bom para se pensar...
Carnage,

Fiz 3 considerações e vc contestou somente um. Eu citei um fato e o que vc destá fazendo são suposições. O que eu citei é verdade mas o que vc está falando pode ou não ocorrer...
Eu particularmente não acredito no vizinho a longo prazo lá (nem aqui do jeito que está, daí a mudança). Mas lá já era uma tragédia antes... Quanto a opinião de analistas econômicos... Quem garante que estão certos?
Lembro de duas declarações do Mercadante(economista e político) na época do lançamento do plano real.
Primeira(Na manhã do lancamento): O plano é ótimo!!!
Segunda(Depois de uma bronca do partido, no mesmo dia): O plano é uma bosta(usou outro adjetivo que não me lembro)!!! Devo acreditar em suas declarações??? É opinião econômica ou política partidária???
Tinha votado nele por anos, nesse dia reconsiderei, embora não o considere ruim, nem o mentor da últimas bobagens do partido...
Outro fato: O Brasil cresceu muito pouco... Na américa do sul perdeu de outros, muitos outros...
Eu disse 2,5% mas ontem no debate falaram que é menos ainda 2,3% rsrsrs
Porém todos sabemos que sem investimentos em infra, crescer é volta do terror da inflação, instabilidade, risco País, etc... E perda de eleição.

Mas certos adjetivos não convém a um debate de idéias porque tem forte conotação pessoal, quando colocada fora de contexto. Em política e religião, o adjetivo burro ou inteligente pela escolha, normalmente não se aplica, tem a ver muito com as crenças pessoais e suposições, que podem ou não ser frustradas com fatos, que podem ou não ser verdadeiras... Em política e marketing nunca as coisas são totalmente verdadeiras, pelo menos não tenho mais idade nem ingenuidade para acreditar totalmente nas coisas que querem que acredite. O adjetivo que melhor se aplica na minha opinião é preguiça. Preguiça de estudar, se informar, questionar, discutir, tentar entender. Não falta inteligência, falta conhecimento... Ou falta querer entender...

Pelo que estou vendo vc tem uma tendência anti-Alckmin (nada contra) e eu um anti-PT, por enquanto. Durante anos fui pró. Quem sabe no fututo... Novos fatos, novas evidencias. Não tem nada de ideológico... Tipo de esquerda!!! Ou de centro!!!

Quanto a quem estar defendendo, ouvi duas histórias:
De uma eleitora da Marta(Suplicy, ex-prefeita de SP): Voto nela porque ela fez o C.E.U.. É uma escola muito boa, não interessa se atende pouca gente, interessa que me atende BEM... Falar o que?
De uma eleitora do lula no Amazonas: Voto no lula porque senão posso perder o bolsa família...
A maioria está pensando em si e no curto prazo, políticos e eleitores.
E os do Maluf: Rouba mas faz rsrsrs
Acho que para longo prazo precisamos de políticos melhores e talvez eleitores melhores...
Porque política de longo prazo não aparece e eleitor desavisado não entende, resultado, o cara perde a eleição e deixa os frutos para outros... Que politico está disposto a fazer isso?
O resultado da última eleição para a camara não trouxe boa notícia quanto a políticos e quanto a eleitores. E não vejo solução a curto prazo. Nem sei se eu estou fazendo boa escolha. Só o futuro dirá. Se for uma má escolha porém consciente, tenho grandes chances de aprender a fazer boas escolhas no futuro.

Sobre as teses do Nosferato achei muito interessante e tenho algumas considerações mas estou sem tempo agora...

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#107 Mensagem por Zooboo » 09 Out 2006, 22:13

Eu vi parte do debate, e chamei uma pizza e comi durante debate.
Achei que o Alkimin levou alguma vantagem e desmistificou várias inverdades que o Lulinha insitia em aribuir a ele.

Acho que pode levar a eleição, desde que tenha ajuda de Serra e Aécio, e da sua assessoria de imprensa e comunicação.

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#108 Mensagem por Trankera » 10 Out 2006, 02:50

Vi o debate também...
O Alkimin falando de energia elétrica...:-k foi foda.
Na época do apagão quase tive que tomar banho frio aqui em casa :?

E a porra do avião não é da FAB?
Vender pra que? Não quer usar? Transforma então em um avião de resgate pra força aérea ou em avião tanque.

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Dom Braz
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#109 Mensagem por Dom Braz » 10 Out 2006, 08:13

Os gráficos do Estadão sobre a votação apontam que o eleitor do Alckmin está maciço no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, o do Lula no Norte e Nordeste. É um duelo entre 2 Brasis.

O fodão foi a ex-prefeita de São Paulo aparecendo logo após o término do debate, a loira oxigenada com a cara cheia de plásticas mal feitas... o filminho dela ainda tá bem queimado... lembram, a cidade caótica e a mulher fazendo operação pra trocar árvore de lugar, ai, ai, ai viu...

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Edu39
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Eleições

#110 Mensagem por Edu39 » 10 Out 2006, 09:27

Srs.
Gostaria de fazer algumas observações sobre o comentário abaixo:
Detalhe: pessoas falam muito de escandalos que ocorreram há dez, vinte anos atras.

Esses escandalos infelizmente fazem parte do passado. Não adianta ficar indignado hoje e tentar buscar os responsaveis... Vai levar muito tempo, custar muito dinheiro e provavelmente não culpabilizar... Se não provar, não dá cadeia, se provar, talvez de cadeia...
Existiam poucos recursos tecnológicos para PEGAR os caras.
HOJE NÃO. A partir de agora é importante a vigilancia para indignar quando ocorrer, porque AGORA DÁ PARA IR ATRÁS E PEGAR... SE QUISEREM...
Não concordo com essa idéia; se concordasse, deveria estar aplaudindo a eleição do Maluf, já que seus escândalos ocorreram há dez, vinte anos atrás.
Tenho convicção que este governo não é o mais corrupto, mas sim o mais investigado.
Se isto ocorreu pelo reaparelhamento da PF, desvinvulação política dos antigos "Engavetadores", TCU mais atuante, imprensa contra, incompetência política para evitar CPIs, incompetência para roubar, ou um pouco de cada, é o que menos importa.
Creio também que a indignação é atemporal.

Quanto ao debate, na minha opinião houve um nivelamento por baixo.
Por mais que saibamos dos problemas do governo atual, me irritou a maneira repetitiva com que o assunto do dossiê foi tratado.
Pelo discurso do Alckmin, no primeiro dia ele descobre o(s) culpado(s), e o restante do mandato, vai fazer o quê?
Será que o Alckmin sabia que a Daslu era uma das maiores sonegadoras de impostos, já que sua filha trabalhava lá??

Outra coisa irritante, que ambos os candidatos se utilizaram, foi a informação falsa ou, principalmente, fora do contexto - Aliás, essa é uma tática comum na imprensa marrom, e também naquela nem tão marrom assim.
Exemplos: Investi Bilhões/milhões em tal coisa... Isso é relevante?
O governo fez xx escolas, isso é pouco ou é muito?

Quanto ao crescimento argentino:
Se compararmos a evolução do PIB da Argentina e do Brasil desde 1998, o Brasil cresceu muito mais. O que a Argentina fez foi despencar e começar a voltar ao que era em 1998, uma recuperação nem um pouco surpreendente. O PIB do Brasil hoje é maior que o de 1998, o que não é o caso da Argentina.
Página 15, de um documento elaborado em conjunto pelo governo argentino e brasileiro- http://www.bndespar.gov.br/conhecimento ... tina%22%22

Sds

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Edu39
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#111 Mensagem por Edu39 » 10 Out 2006, 11:35

Srs.
Apenas mais uma observação:
Que bom seria se os eleitores bresileiros pudessem travar uma discussão política como esta que estamos tendo aqui.
E olha que estamos em um fórum de putaria.
Sds

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o ultimo a sair apaga a luz

#112 Mensagem por DUK7 » 10 Out 2006, 16:12

SINCERAMENTE SENHORES,

Vivemos num país onde o último a sair apaga a luz!! Tiro o meu agora ou depois pode não sobrar..
Contrato O Thomas Bastos pra segurar toda a parte criminal que vou cometer!!

O Lula com aquela cara de Grimlin juntando as mãos sempre e se afastando do microfone procurando a água.. teve a cara de pau de falar que antes os ministros da economia viviam buscando empréstimo para cubrir furos.. É verdade mas agora o nosso consegui ter a prisão preventiva decretada.. Porra cara.. Imagine os caras lá fora nos USA, INglaterra, e todos os outros..

Come here dear B... Look that asshole down there in the forest has been almost arrested..

Porraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! LULA FILHO DA PUTA , MISERÁVEL DO CARALHO....
Acostumado a comer merda agora fazendo isso...

Sinceramente , tudo um bando de Filhos da puta... Se tem uma raça que eu detesto é político e polícia..

Deixa o Carnage votar no LULA.. não tem jeito... vai votar mesmo...

Eu to com meu atestado do primeiro turno prontinho ( Tive uma crise renal)
A do segundo tb tá prontinha ( diarreia e vómitos constantes com sangue)

Lá no reduto do LULA Norte, Nordeste vou ver se acho uma mulata bem burra e miserável que vote no Lula pra comer o cu dela por 50 mango, enquanto ocorre a votação...

DUK7

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#113 Mensagem por Carnage » 11 Out 2006, 11:23

Que o debate foi um conjunto de bobagens ditas dos dois lados eu já tinha visto.
Mas vejam como se tenta manipular quem assiste jogando com o desconhecimento das pessoas sobre os assuntos abordados. Todos adoram vomitar números pra tentar impressionar as pessoas, mas este número dizem realmente alguma coisa? E são precisos? Parece que não...

http://www.estadao.com.br/ultimas/nacio ... /10/59.htm
10 de outubro de 2006 - 09:24

Dados de Lula e Alckmin não batem com a realidade


Em boa parte das vezes, a omissão é o subterfúgio usado para ressaltar o que favorece o candidato e esconder o que lhe prejudica

Sérgio Gobetti e Leonardo de Goy

BRASÍLIA - Os dois candidatos à Presidência da República escorregaram nos números e falsearam algumas comparações no primeiro debate do segundo turno, realizado domingo pela Rede Bandeirantes. Em boa parte das vezes, a omissão é o subterfúgio usado para ressaltar o que favorece o candidato e esconder o que lhe prejudica.

O petista Luiz Inácio Lula da Silva chegou a desafiar o tucano Geraldo Alckmin a comparar os investimentos em saneamento realizados nos oito anos do governo FHC (1995-2002) com os quase quatro anos de administração petista. "Nenhum governo investiu tanto em saneamento básico como o nosso. Foram R$ 10 bilhões nesses quatro anos. São 14 vezes mais dinheiro disponibilizado”, disse Lula.

Na realidade, o governo anterior destinou - pelo mesmo critério - R$ 13,5 bilhões para a área de saneamento, de acordo com estudo oficial divulgado pelo próprio Ministério das Cidades e pela Secretaria do Tesouro Nacional, em dezembro de 2004, já na gestão petista.

Além disso, tanto os R$ 10 bilhões do governo Lula quanto os R$ 13,5 bilhões de FHC não correspondem ao efetivo desembolso de recursos para as obras de saneamento. Representam o valor inicialmente disponibilizado, entre recursos do Orçamento e empréstimos do FGTS e do BNDES.

Mesmo contando esses financiamentos, de acordo com o Ministério das Cidades, o governo do PT aplicou efetivamente apenas R$ 3,4 bilhões até março deste ano - um terço do valor que aparece na propaganda oficial. Em apenas dois anos, entre 2001 e 2002, o governo FHC gastou igual quantia, quase integralmente por meio de recursos orçamentários.

Ao citar o Bolsa-Família, o presidente Lula acertou no número oficial - 11,1 milhões de famílias atendidas hoje -, mas omitiu que seu governo não partiu do zero nessa área. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso terminou seu segundo mandato com os programas que deram origem à iniciativa petista atendendo pouco menos de 6 milhões de famílias - mais precisamente 5.010.331 famílias no Bolsa-Escola e 966.553 no Bolsa-Alimentação.

Ao mostrar números sobre energia, Lula também derrapou. Desde o início do seu governo, foram acrescentados ao sistema elétrico nacional 12.509 megawatts, número inferior aos 13 mil MW que o presidente mencionou no debate. É um arredondamento nada insignificante. A diferença entre o número real, calculado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e o dado citado por Lula, 500 MW, equivale a uma usina hidrelétrica de médio porte, como a de Cana Brava, no Rio Tocantins, que tem 456 MW de potência.

Outra obra na área de infra-estrutura citada por Lula no debate, a ferrovia Transnordestina, teve suas obras só iniciadas em junho deste ano. A previsão do governo é de que todas as obras estarão prontas em cerca de quatro anos. A ferrovia, de 1.800 quilômetros, ligará Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).

Os candidatos também se equivocaram ao irem para o ataque. O tucano Alckmin, por sua vez, exagerou ao dizer que seu oponente tinha gasto mais em publicidade do que em saneamento. Restringindo-se às verbas orçamentárias, Lula já gastou R$ 413,5 milhões em publicidade e R$ 2,23 bilhões em saneamento.

O candidato do PSDB também errou ao dizer que Lula gastava R$ 8 bilhões por ano com o pagamento de 20 mil cargos de confiança. As gratificações pagas aos 19.925 cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) da administração federal custaram, no ano passado, R$ 685,4 milhões, de acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento. O ex-governador paulista também atacou o adversário por gastar R$ 700 milhões por ano com viagens e diárias, mas omitiu o fato de que o governo FHC gastava valor parecido. Foram R$ 2,35 bilhões de gastos no triênio 2003-2005, contra R$ 2,53 bilhões de 2000 a 2002.

Alckmin também disse que economizou R$ 4 bilhões em três anos, mas os dados de execução orçamentária do Estado de São Paulo mostram que as despesas de custeio aumentaram de R$ 10,6 bilhões em 2002 para R$ 13,7 bilhões em 2005, já descontado o efeito da inflação.

O tucano reprovou a atitude de Lula de comprar um avião no exterior e “de luxo” para seus deslocamentos. Ele anunciou que pretende vender o Aerolula, se for eleito, como fez no governo do Estado. Segundo Alckmin, ele repassou os dois helicópteros que o governador tinha para a Polícia Militar - o que a Secretaria da Segurança Pública confirma.

Alckmin omitiu, no entanto, que os helicópteros são usados nos deslocamentos do governador sempre que necessário - ocasiões em que deixam de ser usado no combate ao crime.

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Carnage
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#114 Mensagem por Carnage » 11 Out 2006, 11:27

10/10/2006
Quem pagará a conta do ajuste?
KENNEDY ALENCAR
Colunista da Folha Online


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin estão omitindo de propósito que ambos farão um forte ajuste fiscal se conquistarem o Palácio do Planalto.

Para desgastar Alckmin, Lula diz que o tucano promoverá cortes na área social. O ex-governador, que entoava com orgulho os bordões "choque de gestão" e corte "de despesas correntes", já não bate tanto nesta tecla, com medo do carimbo que Lula tenta lhe dar. Yoshiaki Nakano, ex-secretário da Fazenda de Alckmin e um dos formuladores de seu programa econômico, defende uma tesourada de R$ 60 bilhões nos gastos públicos.

Tanto Lula como Alckmin deverão cortar na área social caso não queiram alimentar a possibilidade de séria crise fiscal a partir de 2009 ou 2010. Ambos deveriam dizer ao eleitor como pretendem fazê-lo, em qual grau, em quais áreas. Esse ajuste não é indolor. E significa arbitrar quem pagará a conta num país pobre e desigual.

Como os dois candidatos falam em preservar investimentos (obras e projetos novos que a União faz a cada ano), restaria a opção de passar a faca no custeio. Diferentemente do que o nome sugere, custeio é algo muito maior do que a manutenção da máquina pública, da burocracia.

Do jeito que os candidatos e economistas falam, parece que cortar gasto de custeio é economizar em material de escritório, nas contas de água, luz e telefone, no tradicional cafezinho das repartições públicas e em viagens supostamente desnecessárias. Essas despesas equivalem a uma parcela quase insignificante de custeio. A maior fatia dessa dinheirama vai para as áreas social e de infra-estrutura.

Por exemplo, construir um novo hospital é gasto de investimento. Manter esse hospital funcionando é despesa de custeio. O que é mais importante? Os dois são relevantes, mas, entre construir um hospital novo e manter funcionando outro que já existe, a prioridade parece óbvia.

O mesmo raciocínio vale para as escolas. Novos prédios escolares são despesas de investimento. Já a verba para a merenda escolar entra em custeio.

A discussão orçamentária é árida, chata, cheia de detalhes. No entanto, é a mais importante de um país. Ainda mais de um país com cobertor curto. O número geral do Orçamento de 2007 é R$ 1,5 trilhão. Isso mesmo. Mais ou menos uns 65% do valor do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no Brasil).

Dois terços do Orçamento se referem às chamadas despesas financeiras. Resumidamente: os juros e os encargos da dívida do governo, a quitação de parte desse débito (amortização), a rolagem dessa dívida e outros tipos de despesas financeiras complicadas de detalhar numa coluna.

Um terço do Orçamento é destinado às chamadas despesas primárias: de fato, o dinheiro que a União distribuirá. No Orçamento de 2007, a previsão para esse tipo de despesa é de R$ 547,8 bilhões. É uma montanha de dinheiro. No entanto, o governo tem controle sobre um pequeno pedaço da montanha.

Dos R$ 547,8 bilhões, apenas R$ 91,4 bilhões se referem às chamadas "despesas discricionárias" do Poder Executivo_aquelas que o governo destina às áreas que deseja. Mas não tão livremente. Há vinculações constitucionais que obrigam o governo a aplicar um valor mínimo em saúde e educação, por exemplo.

Os outros R$ 456,4 bilhões são despesas obrigatórias, como repartição de impostos com Estados e municípios, pagamentos da Previdência, folha de salário do funcionalismo etc.

Relembrando: daquele R$ 1,5 trilhão, apenas R$ 91,4 bilhões poderão efetivamente ser cortados. Para ter liberdade de passar a tesoura, seria preciso mudar a lei, provavelmente a Constituição, o que não é tarefa fácil nem para governo recém-eleito.




O nó da questão

Leitor, se já chegou até aqui, tenha só um pouco mais de paciência para entender que cortar em custeio é tarefa inglória e que costuma resultar em desgaste político. Os R$ 91,4 bilhões de despesas discricionárias do Orçamento se dividem em custeio (R$ 73,8 bilhões) e investimento (R$ 17,6 bilhões).

Desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) aos quase quatro anos de gestão Lula, os investimentos têm sido o alvo preferencial da tesoura oficial. Não há lei que imponha um gasto mínimo nessa área e é sempre mais fácil cortar o que ainda não existe, o que está no papel ou ainda em andamento (este um outro problemão, que não vem ao caso agora). Como fazer a economia crescer sem obras novas é complicado, cortar os investimentos cria gargalos que dificultam o crescimento do PIB, pois faltam portos, estradas, linhas de transmissão etc.

Para dourar a pílula, Alckmin fala que a solução é cortar no custeio da máquina, os tais "gastos correntes". Lula afirma que não cortará, mas já encomendou estudos para fazê-lo. Que fique claro que o corte de custeio afeta as áreas social (educação e saúde) e de infra-estrutura (energia e transportes).




Em tempo

Os benefícios do Bolsa Família são despesas de custeio. No Orçamento de 2007, estão previstos R$ 8,7 bilhões para o pagamento de 11,1 milhões de famílias.

Se Lula for eleito, terá de enviar um pedido de crédito suplementar ao Congresso, pois o petista já pediu à sua equipe que estude um aumento do valor dos benefícios. Se Alckmin vencer, já disse que manterá o principal programa social do país. E prometeu até melhorá-lo, sem dizer o que isso significa.


Kennedy Alencar, 38, é colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre os bastidores da política federal, aos domingos.

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Carnage
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#115 Mensagem por Carnage » 11 Out 2006, 12:04

Essa é pra rir:
http://www.quatrocantos.com/lendas/295_ ... plutao.htm

Pulha virtual
Sociedade dos Amigos de Plutão (SAP):
mais uma ONG ou uma plutaria?

Às vésperas do primeiro turno das eleições de 2006, a "notícia" revoltou muita gente e com justa razão.

Uma ONG (Organização Não Governamental) teria sido criada em Brasília para defender o retorno de Plutão à condição de Planeta.

Seria apenas uma ONG a mais não fossem os privilégios de cada um dos seus 800 diretores. Isso mesmo: oitocentos diretores.

Cada um desses oitocentos privilegiados diretores receberia vinte mil reais por semana. Isso mesmo: vinte mil reais por semana. Oitenta mil reais por mês. Novecentos e sessenta mil reais por ano.

E mais: cartões de crédito institucionais para enfrentar despesas pessoais de hospedagem, alimentação, vestuário e transportes. ... O presidente da entidade, diz a "notícia", é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula.

Haja revolta...

E de onde vem essa dinheirama pra pagar tanta mordomia? Vem da 'viúva', uai:

O Diário Oficial publicou a liberação de 7,5 milhões de reais para estimular as primeiras ações da nova ONG, que também celebrará convênios de publicidade com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios.

Mais revolta! Enquanto verbas para pesquisas são reduzidas...

E algumas perguntas:

- qual o nome dos diretores da entidade?

- qual o local de funcionamento?

- qual a data do Diário Oficial que publicou a liberação dos 7,5 milhões de reais?

Nenhum nome, nenhum endereço, apenas um vago 'esplanada dos ministérios' como endereço.

Sete e meio milhões de reais? Mixaria.

Fazendo as contas, vê-se que esse dinheiro não dá pra muita coisa. A tal ONG gastaria, apenas com os seus 800 diretores, nada menos que 64 milhões de reais por mês (768 milhões por ano), sem contar os cartões de créditos, viagens e otras cositas más.

A notícia da criação da Sociedade Amigos de Plutão - SAP é da lavra do jornalista Carlos Chagas que a divulgou em sua coluna no dia 29 de agosto de 2006.

Na verdade, muita gente logo acreditou na história, pois havia clima favorável para acreditar em qualquer coisa suja ou sórdida ocorrida em Brasília, principalmente se vinculada ao PT.

Apesar do absurdo da 'notícia', por ser de autoria de famoso jornalista logo se transformou em coisa certa e verdadeira.

"Tem tudo para ser uma piada ou fake difundido pela internet, mas não é, pois foi relatada pelo jornalista Carlos Chagas" diz um inconformado blogueiro. (Amigos de Plutão e do dinheiro público.)

Pois é, por se tratar de um conhecido jornalista, então tudo o que ele disser ou for publicado em seu nome deve ser tomado como verdadeiro.



Um piadista brasileiro criou a SAP e um espirituoso português criou a LAPINHA

"... cujos objectivos [ ...] são promover uma aproximação planetária entre a Terra e Plutão executando manobras apropriadas que redefinam a órbita do nosso amado planeta, de modo a aproximá-lo de nós..."

(Cumprimentos à LAPINHA pelos nobres propósitos e os melhores votos de êxito na empreitada :)

Até agora, não há notícias de farta liberação de recursos para a laboriosa LAPINHA. Em EUROS, é claro.

Em além-mar, pelo menos menos para nós de cá, foi criada outra entidade, a LAP - Liga dos Amigos de Plutão.

Sucesso absoluto, dizem os seus criadores:

"Membros eminentes da nossa classe política e intelectual disputam os impressos para inscrição e as bichas para entrega da documentação são imensas."



Como foi divulgado pela imprensa, em agosto de 2006 a União Astronômica Internacional 'decretou' o rebaixamento de Plutão. Ele não mais seria considerado um planeta, mas um planeta anão ou um simples asteróide.

As conseqüências disso?

Certamente, elas não serão percebidas de imediato pelo chamado grande público.

Do ponto de vista prático, é o mesmo que mudar o nome de rótula para patela. A pancada nessa parte do joelho continua doendo da mesma maneira. Compressas de gelo ainda são recomendadas.



A mudança da condição astronômica de Plutão tem provocado bem-humoradas reações.

O blog ESPÍRITO DE XABREGAS anuncia o GAP - Grupo de Amigos de Plutão e lança o seu apelo:

"junte-se a nós e proclame bem alto:

Plutão é um planetão!"

Já o blog Veneno Crônico procura reunir os fdp - filhos de plutão e propõe o grito de guerra:

"Os fdp unidos jamais serão vencidos!"



Há outra Sociedade Amigos de Plutão cuja

"... sede está registrada no INSTITUTO FHC, em São Paulo. O presidente da entidade é um ex-Editor de revista, filiado ao PSDB, amigo íntimo do Alckmin. O objetivo é conscientizar a população para o perigo que significa o rebaixamento de Plutão, primeiro passo para a reeleição em primeiro turno."



Mais uma piada política.

Moral da história: leia as notícias com espírito crítico. Isso não significa ler as coisas com a idéia pré-estabelecida de que tudo é mentira.

Procure ver coerência entre as informações fornecidas. Se houver cifras, faça alguns cálculos e veja se os valores apresentados são razoáveis.

Se mencionar fontes, como jornais e revistas, vá até lá e confira.



Em 30 de setembro de 2006, o jornalista Carlos Chagas publicou a Retratação:
http://www.tribunadaimprensa.com.br/ant ... una=chagas

"...

A 29 de agosto, enveredei pela mesma trilha, diante da desclassificação de Plutão de planeta para asteróide. Por conta da proliferação de ONGs fajutas mamando nas tetas do governo, [ ...] , imaginei outra, a "Sociedade dos Amigos de Plutão".

"Ao descrever suas atividades, obviamente fictícias, não resisti à tentação de apresentá-la como da mesma forma presidida por líder sindical, suposto amigo do presidente, claro que inexistente, por isso jamais fulanizado. A ONG teria sede na Esplanada dos Ministérios e seus diretores empreenderiam farta e luxuosa viagem ao redor do mundo, pregando a imprescindível reabilitação de Plutão.

..."

O artigo original foi publicado em 29 de agosto de 2006. A retratação é datada de 30 de setembro do mesmo ano. O primeiro turno das eleições foi no dia seguinte à retratação: primeiro de outubro.



O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) ficou irado com a notícia e proferiu veemente protesto (êpa!) no Senado Federal. Ele recebeu a informação através da coluna de outro bem informado jornalista: Cláudio Humberto, ex-assessor de imprensa do senhor F. Collor.

Das duas uma: ou o senador agiu de má fé ou é muito mal informado. (Ou talvez seja mais uma barriga de sua excelência. A segunda :)

Veja o vídeo do pronunciamento do senador, mais um sucesso no Youtube.com:
http://www.youtube.com/watch?v=07V8doqQIVI





(Que tal instalar uma CPI para investigar o QI de suas excelências? E outra CPI para investigar a liberação de verbas para a Frente de Libertação dos Anões de Jardim?)
Mensagem original.

Subject: Fwd: ONG do Planeta Plutão (não deixe de ler)

Acaba de ser criada, em Brasília, uma nova ONG, chamada de Sociedade dos Amigos de Plutão (SAP), destinada a protestar contra decisão da União Astronômica Internacional que rebaixou o nono planeta do sistema solar à condição de asteróide.

Isso porque, semana passada, reunidos em Praga, 2.500 astrônomos tomaram essa decisão. Agora, somos apenas oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

A sede da Sociedade dos Amigos de Plutão está registrada na Esplanada dos Ministérios, ainda que sem particularizar qual deles. O presidente da entidade é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula.

O Diário Oficial publicou a liberação de 7,5 milhões de reais para estimular as primeiras ações da nova ONG, que também celebrará convênios de publicidade com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios.

O objetivo é conscientizar a população para o perigo que significa o rebaixamento de Plutão, primeiro passo para a exclusão da Terra.

Estão definidas viagens de comitivas da Sociedade dos Amigos de Plutão pelas principais capitais do mundo, pretendendo entrevistas com presidentes e primeiros-ministros capazes de integrar-se à campanha em defesa do infeliz planeta agora degradado.

Programou-se, é claro, retiradas de 20 mil reais semanais para cada um dos 800 diretores da nova ONG, que também receberão cartões de crédito institucionais para enfrentar despesas pessoais de hospedagem, alimentação, vestuário e transportes.

Alguma surpresa? De jeito nenhum.

A SAP será apenas mais uma ONG entre as centenas criadas ao longo dos últimos anos, boa parte subsidiada pelo governo, com as mais diversas finalidades: a defesa da floresta amazônica, o estimulo ao programa do primeiro emprego, a exigência de ética nos negócios públicos e, certamente, a que dá proteção aos gatos cegos.

Vale a ressalva: existem ONGs de grande importância, que prestam relevantes serviços à sociedade. No reverso da medalha, porém, ONGs fajutas.

Umas financiadas por multinacionais e até por governos estrangeiros, empenhadas em impor interesses estranhos à nossa soberania. Outras, de simples picaretagem.

Numa época em que se acendem esperanças para os trabalhos do futuro Congresso, que tal programar uma CPI destinada a investigar a atuação, o funcionamento, as origens, os objetivos e os recursos das Organizações Não Governamentais?

==========

Você deve estar achando que eu endoidei ao escrever este e-mail, certo? Então leia a notícia completa em:

http://www.brasiliaemdia.com.br/ 2006/9/1/Pagina744.htm

e veja como Lula e sua quadrilha de PTistas distribuem o dinheiro dos nossos impostos para seus amados "companheiros"...

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Carnage
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#116 Mensagem por Carnage » 11 Out 2006, 14:51

http://contasabertas.uol.com.br/noticia ... ?auto=1521
Gastos com viagens: quem está certo, Alckmin ou Lula?

O último debate entre os presidenciáveis (08/10) foi bastante acalorado. Com farpas vindas de ambos os lados, os eleitores tiveram que se contentar com a troca de acusações entre o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva e seu adversário Geraldo Alckmin, ao invés de ouvir uma discussão sobre as tão esperadas e, nunca mencionadas, propostas de governo.

Uma das muitas polêmicas levantadas, foram as despesas com viagens. Alckmin acusou o atual presidente de gastar muitos recursos da União em passagens e diárias. Lula, por sua vez, rebateu que os números de seu governo são semelhantes ao dos outros. Afinal, qual dos dois estaria correto?

O candidato do PSDB não se enganou ao afirmar que a atual gestão destinou mais de R$ 700 milhões à viagens em 2006. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), foram tirados dos cofres públicos R$ 456,2 milhões para diárias e R$ 433,7 milhões para passagens aéreas, totalizando R$ 889,9 milhões gastos até o dia 9 de outubro deste ano. Esses valores incluem diárias com civis, militares e colaboradores, tanto no país quanto no exterior.

Alckmin também afirmou que os gastos com viagens superaram a quantia utilizada para o Reaparelhamento Militar. O que também é verdade já que o governo destinou, até o dia 7 de outubro deste ano, R$ 773,9 milhões (sem contar os restos a pagar pagos) para esse fim.

Em sua réplica, Lula se defendeu. Disse que os números de sua gestão são semelhantes aos do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele também não estava errado. Na verdade, foi até generoso, visto que em seus dois mandatos, FHC gastou mais do que o atual presidente.

De 95 a 98, a União desembolsou R$ 5,7 bilhões, em valores corrigidos (IGP-DI/FGV), com diárias e passagens. Nos quatro anos seguintes, foram R$ 5,5 bilhões. Já no governo petista, até outubro de 2006, foram 4, 5 bilhões. Mesmo com o ano não terminado, é difícil que Lula ultrapasse FHC, já que os valores gastos no decorrer do seu mandato foram, em sua maioria, menores que os do tucano. Clique aqui para ver tabela com os dados citados.

Ainda que os dois candidatos estejam corretos, a única coisa que se pode concluir é como essa troca de acusações é infrutífera. Ao invés disso, eles deveriam apresentar propostas para diminuir esses valores, que, sem sombra de dúvidas, são muito elevados. Soluções existem.

Em 2003, o presidente do Contas Abertas (CA), Augusto Carvalho, encaminhou formalmente proposta à Controladoria Geral da União (CGU) para que os descontos de milhagens oferecidos pelas companhias aéreas fossem revertidos em favor da União, que é quem banca as viagens. Da mesma forma, o CA propôs que fossem identificados nominalmente no Siafi, os usuários das passagens aéreas. Assim, ficaria aberto ao público, os servidores que abusam desse benefício. A Câmara dos Deputados, por exemplo, já fez isso.

O Contas Abertas espera que o próximo debate aborde, não apenas os gastos elevados com passagens aéreas e diárias de vários e sucessivos governos, mas também, as soluções para a redução desses dispêndios. Afinal, é disso que o país precisa.

Camilla Shinoda
Do Contas Abertas

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Carnage
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#117 Mensagem por Carnage » 11 Out 2006, 15:00

Investimentos no governo Lula são equivalentes aos dois últimos anos de FHC

Entre as causas do crescimento reduzido da economia brasileira, encontram-se os investimentos* declinantes do setor público, tendência observada nas últimas décadas. De 2001 para cá, porém, o quadro agravou-se. Em valores atualizados, a soma de todas as aplicações feitas durante o atual governo, até setembro deste ano, totalizam R$ 34,7 bilhões contra R$ 34,5 bilhões investidos nos últimos dois anos do governo passado.

No primeiro ano do governo Lula, os investimentos, incluindo os restos a pagar pagos, foram da ordem de R$ 6,1 bilhões. Em 2004, subiram 61% e atingiram R$ 9,8 bilhões. No ano passado, a cifra total de aplicações chegou a R$ 10,4 bilhões. Este ano, até 23 de setembro, o governo já investiu R$ 8,3 bilhões. Clique aqui, para ver os investimentos em valores correntes e constantes (corrigidos) nos últimos seis anos.

O total em quase quatro anos de gestão petista, (R$ 34,7 bilhões) atualizado pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas, é praticamente igual a dois anos do governo FHC. Nesse período, foram aplicados R$ 16,8 bilhões em 2001 e R$ 17,7 bilhões em 2002.

A comparação dos investimentos nos dois últimos anos da gestão de Fernando Henrique, com todo o período do governo Lula até agora, mostra que diversos ministérios sofreram expressivas quedas. É o caso do Ministério do Trabalho e Emprego que investiu R$ 169,2 milhões em 2001 e 2002 e, em quase quatro anos, apenas R$ 78,3 milhões.

Outra pasta bastante prejudicada com redução de 31,2%, foi o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que recebeu apenas R$ 509,5 milhões neste governo e R$ 740 milhões nos dois últimos anos da gestão passada.

Na lista de órgãos menos favorecidos, também está o ministério sob o comando da ministra Marina Silva, que recebeu 57,1% a menos de investimentos. Em 2001 e 2002, o Meio Ambiente contou com R$ 447 milhões, enquanto que na adiministração petista sua verba se restringiu a R$ 192 milhões. O Ministério das Comunicações, que teve R$ 121,7 investidos nos dois últimos anos de FHC, sofreu baixa de 32,1% com apenas R$ 82,6 milhões nos últimos quatro anos.

As aplicações feitas no Ministério da Saúde (MS), em 2005 e 2006, que totalizam aproximadamente 2 bilhões, também foram menores comparadas com os dois anos finais (R$ 4,7 bilhões) do governo FHC. As tímidas aplicações neste período provocaram queda de 57,32%.

No Ministério da Justiça, os anos de 2001 e 2002 (R$ 2 bilhões) também superaram os quase quatro anos da administração atual (R$ 1,7 bilhão). A pasta, que realiza boa parte das aplicações em segurança pública, teve apenas R$ 770 milhões efetivamente pagos nos últimos dois anos do governo Lula. Clique aqui, para ver os valores de todos os ministérios, considerando os valores pagos nos exercícios e os restos a pagar pagos.

Como explicar a redução dos investimentos

Nos últimos vinte anos (1985-2005), as despesas do Executivo, Legislativo e Judiciário cresceram acentuadamente. Os juros e encargos da dívida pública elevaram-se, neste período, a uma taxa média anual real de 10,6% ao ano. Os benefícios previdenciários aumentaram, no mesmo intervalo, 13,1 % ao ano. Da mesma forma, as despesas com pessoal e encargos subiram para 9,4% ao ano. Essas elevações reais superaram, em muito, o crescimento do Produto Interno Bruto.

A Constituição de 88, ao resgatar a “dívida social”, alterou a estrutura dos gastos, introduzindo o conceito de “seguridade social”, englobando as áreas de previdência e assistência social e saúde. Paralelamente, foram criadas novas “contribuições sociais”. Foi definido ainda, que o excedente não financiado pelas contribuições previdenciárias, teria recursos garantidos do Tesouro. As medidas estabeleceram um canal indevido de comunicação entre os recursos dos caixas do Tesouro e do INSS. Tudo isso ampliou as despesas da União, sem elevar na mesma proporção, as receitas do Governo Federal.

A título de exemplo, a Constituição de 88 aumentou as despesas com inativos e pensionistas e incrementou de forma expressiva as despesas do INSS. Estima-se que cerca de 400.000 celetistas tenham ganho direito a aposentadoria, sem jamais terem feito qualquer contribuição prévia que lhes permitisse assegurar o benefício.

A Constituição de 88 concedeu, também, autonomia financeira e administrativa aos Poderes. A mudança acarretou aumento das despesas com pessoal do Judiciário e do Legislativo. Exemplo disso é a participação dos gastos com pessoal do Poder Judiciário na área federal que cresceu de 4% em 1987 para 12% em 1999. Simultaneamente, para tentar equilibrar receitas e despesas, o Governo Federal elevou a carga tributária de 25% do PIB em 1980, para aproximadamente 37% em 2005. Os sucessivos recordes de arrecadação, contudo, não refletem em benefícios diretos à economia brasileira.

Em nome do ajuste fiscal, os investimentos em áreas vitais, como energia e transportes, foram reduzidos ao longo das últimas décadas, o que nos levou aos apagões e ao deplorável estado das rodovias brasileiras. Melhor seria, termos buscado o ajuste fiscal por meio do combate à sonegação, da incorporação da economia informal, da recuperação de créditos da Dívida Ativa da União, da otimização do uso do Patrimônio da União e, inevitavelmente, da contenção dos gastos correntes.

Em decorrência da busca de vultuosos superávits primários (em 2005 de 4,84% do PIB, ou seja, R$ 93,5 bilhões), imprescindíveis para o pagamento dos juros das dívidas (sobretudo a interna), foram reduzidos os investimentos federais, quando o correto seria a compressão dos gastos correntes. Apesar dos relevantes superávits, a incorporação de juros recordes (R$ 157,1 bilhões em 2005) provocou uma dívida líquida do setor público que foi de R$ 1 trilhão no mesmo ano.

A redução da poupança pública associada à política de taxas de juros elevadas também implicou no crescimento do endividamento público. Simultaneamente, a deficiente oferta de infra-estrutura (vide estradas e setor elétrico) aumentou a percepção do risco do País e os juros. O combate rigoroso à inflação como meta política do governo, é mais uma causa para os juros elevados, que impedem a compressão da razão dívida líquida / PIB.

Nas últimas décadas, a redução dos investimentos da União foi flagrante. Em uma perspectiva ampla, há 20 anos, não se observava um triênio com investimentos da União tão reduzidos como no período entre 2003 e 2005. Clique aqui, para ver uma série histórica de investimentos da União de 1980 à 2005 (despesa liquidada, sem os restos a pagar).

Ainda que os índices de atualizações dos investimentos (IGP-DI da FGV) possam sem questionados, em valores atualizados, os investimentos dos últimos 24 meses do governo FHC são equivalentes aos 44 meses do governo Lula. Convém ressaltar, que o IGP-DI também é utilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional nas correções de despesas.

Mesmo com a recuperação dos investimentos observada em 2005 e 2006, se não houver uma redução substancial dos gastos correntes, será impossível conjugar a ampliação dos investimentos federais com a redução da dívida pública e da carga tributária.

Nessa perspectiva, o Contas Abertas acompanha minuciosamente a execução do Orçamento da União, informando os dispêndios públicos. Essa prática estimula a participação popular na discussão da execução orçamentária, amplia a transparência, o controle social e aprimora a qualidade e a legalidade dos gastos. A sociedade tem o direito de saber como são utilizados os recursos dos impostos, taxas e contribuições.

*INVESTIMENTO é a Despesa de Capital que compreende os gastos para planejamento e execução de obras, inclusive os destinados à aquisição de imóveis considerados necessários à realização dessas últimas, assim como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro (art. 12, § 4º, Lei 4.320/64). Os investimentos mencionados nesta matéria não incluem as Empresas Estatais.

Da Redação
Do Contas Abertas

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Sempre Alerta
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Por que vou votar em Lula

#118 Mensagem por Sempre Alerta » 11 Out 2006, 17:15

Por que vou votar no Lula

Por Ziraldo

Segundo o Mauro Santayana, que não nasceu em Minas – como o Itamar, que nasceu no mar –, mas é uma instituição mineira, a gente tem que ter muito cuidado com paulista.

É claro que estou tratando a coisa como uma brincadeira, somos todos brasileiros (meus seis netos nasceram em São Paulo, a esposa do meu filho e os maridos de minhas filhas são paulistas e estou muito feliz com essa arrumação).

Como em nossa História, porém, nós, mineiros, andamos de pinimba revolucionária com a paulistada, as lendas correm soltas. Os cariocas diziam que mineiros compravam bondes.

Compravam, sim, confirmam alguns mineiros mais espertos; mas pra vender pra paulistas. Conta-se também que mineiros nunca se importavam de ver seus times sempre perdendo para os times paulistas.

E explicavam: ""Futebol nós perde; o que nós num perde é revolução."" Segundo o Mauro, que explica como a frase que vou citar surgiu – história da qual me esqueci –, a rapaziada de Minas mais próxima da fronteira com São Paulo avisa pro resto da mineirada: ""Paulista, nem à prazo nem à vista!""

Taí o FHC que não deixa a mineirada mentir, não é mesmo, Itamar? Bem, depois de ler esta introdução e ver lá em cima o título do artigo, os mineiros que me leêm neste instante e para quem um pingo é letra já perceberam onde quero chegar.

Pra simplificar, antes de entrar em considerações é só lembrar ao meu povo – mineiro, como vocês sabem, chama o povo lá de casa de povo – que nós, o Brasil inteiro, ficamos, a esta altura, entregues a duas possibilidades paulistas: ou entra o Álck"min (cujo sobrenome é um desrespeito a Minas, terra dos alquimíns de Bocaiúva) ou entra o Lula que, no fundo, é um metalúrgico paulista que venceu na vida.

Nunca podemos nos esquecer de que, quando FHC assumiu, o projeto deles era o de ficar 20 anos no poder. Dentro do plano, tiveram a cachimônia (adoro esta palavra!) de inventar o acontecimento mais antiético da história da República brasileira: a reeleição.

Ela foi um sujo golpe às instituições, uma medida que nem os militares da ditadura tiveram a coragem de perpetrar, realizada em causa própria – com o principal beneficiário no poder – e conseguida da maneira mais desonesta de que se tem notícia: comprando, por preço nunca sabido, o voto dos deputados que, sem que a imprensa brasileira se escandalizasse ao nível do que se escandaliza hoje, começavam a desmoralizar mais ainda o nosso tão desmoralizado Congresso. Tudo começou com essa gente. E eles querem voltar ao poder.

""Non pasarán!"" – os mineiros têm a obrigação de dizer. A trajetória política do Lula serviu para provar que a alma humana é que atrapalha todos os mais nobres planos de salvação de um povo. A verdade é que ninguém, mas ninguém mesmo, ama o povo. É tudo conversa.

As pessoas se movem em torno do poder e só depois é que descobrem uma causa para justificar sua luta por ele (o poder). Enquanto o ser humano, como indivíduo, mover-se em função do rancor, da carência afetiva e da inveja, não haverá possibilidade de êxito para qualquer causa coletiva.

Mas isso é outra história. O Luis Fernando Veríssimo descobriu a pólvora: Lula é o sertão – vejam sua vitória no Norte e Nordeste; na alma do povo ele é mais de lá do que de São Bernardo – e o Alckmin é da Daslu.

Delenda Daslu! Não é possível que nós, mineiros – depois de termos cometido o erro que o Itamar cometeu, este de inventar essa deletéria figura do Fernando Henrique – vamos agora eleger o Alckmin.

""Um erro, nós admitimos, dois, não."" – como diria o macaco que não devolveu o troco a mais na primeira compra e exigiu o troco a menos na segunda.

Tenho certeza de que o Aécio está no palanque apoiando o Alckmin por uma questão de lealdade ao seu partido – onde ele me parece um estranho no ninho, mas já que está lá... – e não por convicção.

Ele sabe que Lula tem que ganhar disparado em Minas neste segundo turno para evitar que Alckmin assuma a presidência e mele o projeto nacional de ter o Aécio como presidente do Brasil no próximo pleito.

Então, é isto: o Aécio está falando que é pra gente de Minas votar no Alckmin. Mas, todo mineiro sabe que isto é como aquela velha anedota da rodoviária: ""Ocê tá dizendo que vai pra Manhuaçu pra eu achar que ocê vai pra Manhumirim, mas, ocê vai é pra Manhuaçu, mesmo"".

Ou seja, ele tá dizendo pra nós votá no Geraldo, mas é pra nós votá no Lula, mesmo. Para aplacar a consciência dos possíveis eleitores do Lula que não votarão nele com muita alegria, prestem atenção: independente das razões que dei até agora pra nós, mineiros, votarmos no Lula, tenho outras razões mais consistentes.

Todo mundo fala do escândalo da corrupção no governo Lula. É realmente assustador, nunca vimos pessoal mais incompetente, mais desastrado, mais canhestro e – vamos lá – mais desonesto.

Quer dizer, mais desonestos já vimos, sim. É só lembrar que a maioria dos escândalos que são atribuídos a estes melancólicos sindicalistas da tropa do Lula, esses peleguinhos de quinta ordem, sempre foram frequentes em administrações anteriores, só não tiveram tanta visibilidade como têm agora.

Muitos dos escândalos que se creditam à administração Lula começaram no governo anterior, como o escândalo dos sanguessugas – cujo teor de gravidade pode ser medido pelo valor atribuído ao dossiê que o denuncia – e a fabulosa aventura do Marcos Valério.

Agora tudo se denuncia, tudo se apura, ainda que tudo vá ficar por isso mesmo, mas vejam um detalhe: a turminha do Lula, meus amigos, é descartável! Eles são ladrõezinhos de m. dos quais o país pode se livrar com um peteleco.
Vai ser fácil ficar livre deles.

O que nós nunca conseguiremos é livrarmo-nos da oligarquia brasileira, dos bornhauses da vida, dos jereissatis, dos ACMs, dos ricos paulistas que já tiveram a coragem de confessar: ""Somos todos corruptos!""

É essa gente que herdou as capitanias hereditárias e que está montada no povo desde que os portugueses chegaram aqui. É essa gente que construiu a parte indecente da história do nosso país. É essa gente que fala em ética, mas acha que aceitar voto de qualquer um é correto.

É essa gente farisaica que pensa que é melhor do que o povo do Lula. Mas, não é. Temos que dar mais uma chance a este segmento da sociedade que chegou ao poder com o Lula.

Eles estão sendo minados o tempo todo, mas, pelo menos, são outra gente. Não quero de volta os hipócritas da paulicéia desvairada. Prefiro o messianismo sertanejo do Lula.

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brucutu69
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Duda

#119 Mensagem por brucutu69 » 12 Out 2006, 14:19

Impressionante a competencia do marketeiro Duda mendonça:

1) Elegeu Maluf

2) Elegeu seu sucessor o Pitta em São Paulo.

3) Elegeu Lula

4) Vai reeleger Lula

Acho que ele é capaz de eleger o Simão. Aquele que teve muitos votos anos atrás, quando o voto ainda não era eletronico. Claro que os votos foram anulados...
Simão era candidato do casseta e planeta rsrsrsrs...

Além de uma militancia paga.

Não me importaria se não fosse com a dureza de mais impostos...

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Nosferato
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#120 Mensagem por Nosferato » 15 Out 2006, 21:26

Atrás de qualquer político eleito, haverá sempre um bom marqueteiro, isso não é exclusividade do PT. Desde o fim do período chamado República Velha, onde o voto era aberto, e instituições como a Comissão de Verificação encarregavam-se de ratificar o resultado pré-combinado entre as classes dominantes da época, sobretudo os cafeicultores paulistas, os políticos passaram a se utilizar do chamado marketing político de forma mais intensa e refinada. Jânio Quadros, por exemplo, em seus discursos, costumava apresentar-se com paletós, cujos tamanhos não condiziam com o seu número, deixando a caspa acumular em seus ombros, além do que, várias vezes, parava de discursar e retirava do bolso um sanduíche de mortadela, passando a mastigá-lo. Desmaiava no meio do discurso, caindo no chão; o povo se desesperava, e ele, subitamente, “ressuscitava”, bradando contra os inimigos do povo. Diante desse quadro, previamente preparado, o povo contemplava-o como um autêntico homem do povo. Como resultado, elegeu-se Presidente da República, ficando apenas oito meses no cargo, pois renunciou, segundo ele devido às “forças terríveis”, logo após reatar relações com países comunistas e condecorar o “Che”, aliás, a renúncia foi um outro golpe estratégico, pois acreditava que o povo sairia às ruas para exigi-lo no cargo, algo que não aconteceu.
Para quem se interessar pelo assunto, há um documentário do João Moreira Salles, chamado “Entreatos”, que mostra os bastidores da campanha de Lula em 2002. Nota-se no filme que cada detalhe da campanha é arquitetado com o maior esmero possível; Duda Mendonça, que, atualmente, não é mais o marqueteiro de Lula, figura entre os protagonistas do filme. Vi uma charge, outro dia, que apresentava várias caricaturas do Lula em sequência, partindo do homem das cavernas, paulatinamente, adquirindo postura ereta, até chegar na presidência, trata-se de piada, mas é um ótimo retrato do que é o marketing. Todavia, recomendo assistir ao supracitado filme com um olhar apartidário, pois com relação a outros candidatos, tucanos, principalmente, o processo é o mesmo ou ainda mais intenso. Um exemplo clássico é o do vampiro gripado, atual governador eleito de São Paulo. Tal figura, sempre foi distante do povo, mas sem a mesma sinceridade de um presidente-general, que costumava declarar coisas do tipo “prefiro o cheiro do meu cavalo ao cheiro do povo”; inclusive, ao fazer campanha para presidente na área rural, Serra chamou as vacas de bois, os nabos de mandiocas, tudo isso em meio às risadas dos seus próprios correligionários, porém, o que prejudicava, sobretudo, a sua campanha era a sua imagem caracterizada pela antipatia e arrogância, sendo, pois, submetido a uma verdadeira metamorfose, processo capitaneado por um marqueteiro, que já havia trabalhado também para Roseana Sarney, chamado Nizan Guanaes, o qual, à época, foi atribuída uma missão tão inglória quanto a do Dr. Frankenstein, que lançando mão de pedaços de cadáveres, a partir de uma centelha de vida, deu vida a um monstro; ressalto, sobretudo, que não quero ofender a personagem-protagonista de Mary Shelley com tal comparação, pois ao contrário do Serra, o monstro, ao menos antes de ser segregado e humilhado pelo mundo, tornando-se um assassino, possuía um bom caráter, além de representar os excluídos, estigmatizados etc, diferentemente do Serra e dos seus congêneres tucanos, que só representam as classes poderosas, a miséria, a falsidade, a submissão ao capital internacional etc.
Por todos os lados, há muito dinheiro, muitos interesses e promessas, apoiar um candidato é um investimento dos mais rendosos, caso o apoiado saia vencedor;logo acredito que não podemos ser maniqueístas quando o assunto é eleição, colocando sempre a razão na frente do coração.

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