Uma análise do programa Bolsa Família

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#61 Mensagem por PAULOSTORY » 25 Jan 2013, 04:16

ENGRAÇADO QUE A TURBA QUE DEFENDE ESSE ABSURDO, E QUE RECLAMA QUE NINGUÉM COMENTA "UMAS SIMPLES MATÉRIAS DE JORNAL", NÃO COMENTA NADA , QUANDO SE APRESENTAM OUTROS FATOS QUE NÃO SÃO "TÃO MARAVILHOSOS", QUANTO AOS DOS TEXTOS COLADOS!!
POR QUE SERÁ??
MAS VAMOS TENTAR DE NOVO!
TÁ CERTO ISSO??

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Carnage
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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#62 Mensagem por Carnage » 27 Fev 2013, 23:32

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... 001-a-2011
Do Portal Planalto

Estudo destaca redução da desigualdade e avanços em saúde e educação


A partir de dados estatísticos, o estudo “Indicadores de Desenvolvimento Brasileiro” demonstra a relação entre as políticas públicas brasileiras e a aceleração do desenvolvimento humano no país de 2001 a 2011. “O país apresentado por Josué de Castro em Geografia da Fome (mostrando que esse era um fenômeno cultural, impossível de ser revertido) hoje é o país da fome zero”, afirmou o representante residente no Brasil do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud/ONU), Jorge Chediek.

O estudo foi realizado pelos ministérios do Planejamento, Desenvolvimento Social, Educação e Saúde, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Pnud. “O Brasil é referência mundial no combate à pobreza e à desigualdade”, diz Chediek, no prefácio do trabalho. “A geração expressiva de empregos e o aumento dos salários impactam na economia cada vez mais inclusiva e na ascensão social dos mais pobres”.

Além de destacar a agenda de universalização de direitos sociais e a inclusão de segmentos populacionais historicamente excluídos, o estudo avalia que foram importantes as decisões de política econômica no sentido de fortalecer o mercado interno. Essas ações foram executadas de forma articulada entre as três esferas de governo e com participação social. “A realidade não é mais a mesma. O nosso desafio agora é dar o passo seguinte, as políticas complementares, com o mesmo objetivo, mas que exigem novas ações”, diz a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

De acordo com a publicação, o crescimento econômico da última década beneficiou de forma mais significativa a população de renda mais baixa e contribuiu para reverter a histórica desigualdade regional no país. Entre 2001 e 2011, a renda dos 20% mais pobres aumentou em ritmo sete vezes maior do que a dos mais ricos (5,1% ao ano, em média, acima da inflação, ante 0,7%). A renda média domiciliar per capita mensal dos 20% mais pobres passou de R$ 102 em 2001 para R$ 167 em 2011.

Inclusão - A elevação da renda familiar, em especial nas regiões mais pobres, levou à redução da extrema pobreza no Brasil. Entre 2001 e 2011, a população com renda domiciliar per capita até US$ 1,25 por dia recuou de 14% para 4,2%, percentual bem abaixo da meta estipulada pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (12,8%). “Além disso, a renda da população mais pobre foi se aproximando, em termos relativos, da linha internacional de pobreza ao longo do período: a distância entre a renda dos mais pobres e a linha reduziu-se de 6% para 2,3%”.

Na análise das Nações Unidas, esses resultados na promoção da inclusão social se deram na medida em que os recursos orçamentários foram dirigidos de forma crescente em políticas sociais. Essa movimentação foi realizada tanto no fortalecimento da educação, saúde, trabalho, assistência e seguridade social, como nos programas de transferência de renda, de fomento ao agricultor familiar, e de garantia à segurança alimentar.

“Outro fator distintivo do período recente é o resgate da atuação do estado brasileiro como investidor e como indutor do investimento privado, o que tem permitido a eliminação de gargalos ao desenvolvimento econômico e social”. Nesse processo, segundo o estudo, o mercado interno, com consumo e investimento doméstico, tornou-se o principal motor do crescimento econômico, contribuindo para reforçar, ainda mais, a expansão da renda.

Leia mais sobre o estudo Indicadores do Desenvolvimento Brasileiro no boletim Em Questão:
(ver link acima)


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... e-inclusao
Do Globo

É só um começo

Tereza Campello

Por muito tempo o Brasil viveu uma falsa dicotomia entre desenvolvimento econômico e políticas de inclusão. Esse mito pairou sobre a sociedade brasileira durante períodos em que o país cresceu, mas não garantiu a sustentabilidade social desse crescimento, justamente porque deu as costas a uma parcela significativa da população.

Na última década, porém, um conjunto vigoroso de políticas sociais mostrou que outro caminho era possível. Um marco nesse novo direcionamento foi o Bolsa Família. Criado em 2003, no Governo Lula, o programa representou a primeira grande incursão do país em políticas sociais centradas de fato na pobreza. Hoje, ele é âncora do Plano Brasil Sem Miséria. Mas, para encarar esse desafio, precisou se reinventar.

Após anos trabalhando com valores fixos, em 2012 o programa lançou o benefício do Brasil Carinhoso, voltado a famílias com crianças até 15 anos. O pagamento varia de acordo com a severidade da pobreza de cada família, o que modificou a lógica de funcionamento e tornou a gestão do programa ainda mais complexa.

O esforço valeu a pena. Ontem, a presidente Dilma assinou medida que, a partir de março, estende o mesmo tipo de benefício a todas as famílias do Bolsa Família em situação de extrema pobreza, garantindo renda suficiente para que cada pessoa ultrapasse o patamar de 70 reais mensais. Assim, o Bolsa Família chega aos seus dez anos com uma enorme conquista: o fim a miséria, do ponto de vista da renda, no universo dos seus beneficiários.

Mas o impacto definitivo e estrutural do Bolsa Família vai além da renda. Diz respeito a uma geração inteira que, por conta das condicionalidades do programa, quebra o circulo de ferro da miséria pela via da educação. São 16 milhões de crianças e adolescentes que, com frequência escolar acompanhada pelo Bolsa Família, apresentam evasão menor e desempenho equiparado à média dos estudantes do ensino público brasileiro. Isso os conduz a um futuro diferente da vida de exclusão de seus pais e avós.

Superando o preconceito e limites, 266 mil trabalhadores de baixa escolaridade que querem melhorar de vida estão de volta à sala de aula nos cursos de qualificação profissional do Pronatec Brasil Sem Miséria.

Até 2014 chegaremos a um milhão de matrículas nesses cursos e a 253 mil famílias de agricultores extremamente pobres atendidas com assistência técnica, insumos e recursos de fomento.
Queremos também igualar o acesso dos brasileiros mais pobres aos serviços públicos com a média nacional, especialmente no acesso à creche.

Em pouco mais de um ano e meio, o Brasil foi capaz de retirar 22 milhões de pessoas da miséria. O fim da miséria para nós é só um começo.


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -a-miseria
Da Folha

O princípio do fim da pobreza


TEREZA CAMPELLO E MARCELO NERI


A última década testemunhou queda inédita na desigualdade de renda brasileira, que atingiu o menor nível da série histórica, iniciada em 1960.

Neste ínterim, houve conquistas em várias dimensões do desenvolvimento humano, como queda de 47% da mortalidade infantil, três anos mais de expectativa de vida, aceleração da escolaridade com ganhos de qualidade a partir de 2005, geração de duas vezes mais empregos formais a partir de 2004.

A pobreza caiu 58% de 2003 a 2011, velocidade três vezes superior àquela prevista no primeiro e principal objetivo do desenvolvimento do milênio da ONU.

A queda da pobreza foi propulsionada pela criação do Bolsa Família, em 2003. Mesmo sendo um dos mais bem focalizados no mundo, o programa teve de se reinventar para fazer frente aos desafios do Brasil Sem Miséria. A superação da extrema pobreza até 2014 constitui o lema e a principal meta do governo federal.

O primeiro passo nessa direção foi a definição de uma linha de extrema pobreza. O parâmetro usado foi a linha da ONU, de US$ 1,25, correspondendo a renda mensal de R$ 70 por pessoa em junho de 2011, quando o Brasil Sem Miséria foi lançado. O desafio brasileiro é, em quatro anos, superar a miséria em termos de renda, enquanto a ONU propõe a cada país percorrer a metade desse trajeto em 25 anos.

Desde 2011, aperfeiçoamentos no Bolsa Família reforçaram as transferências, especialmente com o novo benefício cujo valor varia de acordo com o déficit de renda de cada família. Quem tem menos renda recebe mais, possibilitando superar a extrema pobreza ao menor custo fiscal possível. Não há caminho mais curto para o fim da miséria no que diz respeito à renda.

Estudos do Ipea mostram que, a despeito das características que diferenciam censo, PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e Cadastro Único, todos eles mostrarão uma diminuição vigorosa da pobreza extrema a partir da instituição do Brasil Sem Miséria.

A estruturação do Cadastro Único para Programas Sociais, ocorrida entre 2003 e 2011, com a inclusão de 70 milhões de pessoas, permitiu ao poder público não só implementar o Bolsa Família mas saber quem são, como vivem e onde moram os mais pobres dentre os brasileiros.

Além de abrir caminho para que recebessem transferências de renda, o cadastro permitiu priorizá-los no acesso a serviços públicos como creches, cursos profissionalizantes, serviços de assistência técnica e extensão rural, cobertura de água e tarifas reduzidas de energia elétrica, entre outros. Mais do que contar pobres, os pobres passaram a contar mais no desenho das políticas públicas brasileiras.

Além de usar o Cadastro Único como via expressa para levar políticas públicas aos mais pobres, houve empenho redobrado em incluir as famílias que, tendo o perfil requerido, ainda não faziam parte dele. Desde junho de 2011, a busca ativa possibilitou a entrada de 791 mil famílias extremamente pobres no Bolsa Família. Estima-se ser necessário encontrar mais 700 mil para atingir plena cobertura.

No próximo mês, alcançaremos um objetivo que já pareceu impossível. O Bolsa Família vai garantir a todos os seus beneficiários renda de pelo menos R$ 70. Com mais essa medida, 22 milhões de pessoas terão saído da extrema pobreza desde o lançamento do Plano Brasil Sem Miséria. Do ponto de vista da renda, não haverá mais pobreza extrema no universo do Bolsa Família.

Mas ainda há muito por fazer nos campos da própria renda, do trabalho, da saúde, da educação, da infraestrutura e da moradia, entre outros desafios. O que está acontecendo agora é apenas um começo.

TEREZA CAMPELLO, 50, é ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MARCELO NERI, 49, é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#63 Mensagem por Mistar Gaga » 28 Fev 2013, 00:20

Já está mais do que provado que o programa bolsa família é uma ótima medida emergencial, sanados os problemas graves da miséria brasileira, nas sequência deve haver medidas estruturais. Esse mimimi de reacionário e tiozinho de classe média metido a bacana niguém mais liga, nem a Veja se mete com o programa bolsa família. Agora vamos aguardar o futuro, que não me parece tão promissor assim pelo menos a curto, médio prazo. Bom, não voltando a lixaiada incompetente do PSDB já é lucro.

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Quem criou o termo bolsa-esmola?

#64 Mensagem por J.R. » 07 Mar 2013, 21:03


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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#65 Mensagem por Carnage » 11 Mar 2013, 16:40

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... 5-ate-2011
A “gastança” pública nos últimos dez anos

por João Sicsú

Em 2009, o PSDB soltou uma nota em que afirmava: “o Palácio do Planalto promove uma gastança…”. Em qualquer dicionário, gastança significa excesso de gastos, desperdício. A afirmação feita na nota somente tem utilidade midiática, mas não é útil para a produção de análises e discussões sérias em torno da temática das finanças públicas brasileiras.

A dívida pública deixada para o presidente Lula era superior a 60% do PIB. O déficit público nominal era de 4,4% do PIB. Esses são os números referentes a dezembro de 2002, o último mês de Fernando Henrique Cardoso na presidência.

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De forma ideal, a administração das contas públicas deve sempre buscar a redução de dívidas e déficits. Deve-se buscar contas públicas mais sólidas. A motivação para a busca desta solidez não está no campo da moral, da ética, da religião ou do saber popular que diz “não se deve gastar mais do que se ganha”.

A motivação está no aprendizado da Economia. Aprendemos que o orçamento é um instrumento de combate ao desaquecimento econômico, ao desemprego e à falta de infraestrutura. Contudo, o orçamento somente poderá ser utilizado para cumprir estas funções se houver capacidade de gasto. E, para tanto, é necessário solidez e robustez orçamentárias.

A ideia é simples: folgas orçamentárias devem ser alcançadas para que possam ser utilizadas quando a economia estiver prestes a provocar problemas sociais, tais como o desemprego e a redução de bem-estar. Portanto, a solidez das contas públicas não é um fim em si mesma, mas sim um meio para a manutenção do crescimento econômico, do pleno emprego e do bem-estar.

A contabilidade fiscal feita pela equipe econômica do governo do presidente Lula mostrou como essas ideias podem ser postas em prática. Houve melhora substancial das contas públicas que resultaram da boa administração durante o processo de aceleração das taxas de crescimento. O presidente Lula entregou à presidenta Dilma uma dívida que representava 39,2% do PIB. Ao final de 2012, a dívida foi reduzida ainda mais: 35,1% do PIB. O presidente Lula entregou para a sucessora um orçamento com déficit de 2,5% do PIB. Ao final de 2012, este número foi mantido.

Foi essa administração fiscal exitosa que deu ao presidente Lula autoridade política e solidez orçamentária para enfrentar a crise de 2009, evitando que tivéssemos uma profunda recessão e uma elevação drástica do desemprego. No ano de 2009, a relação dívida/PIB aumentou para 42,1% e o déficit público nominal foi elevado de 2% para 3,3% do PIB. Em compensação, naquele ano de crise, foram criados mais de 1,7 milhão de empregos formais e o desemprego subiu apenas de 7,9%, em 2008, para 8,1%, em 2009.

[ external image ]

Em paralelo à consolidação fiscal, os governos dos presidentes Lula e Dilma promoveram ampliação dos gastos na área social. A área social engloba: educação, previdência, seguro desemprego, saúde, assistência social etc. O investimento social per capita cresceu 32% em termos reais entre 1995 e 2002. De 2003 a 2010, cresceu mais que 70%. Cabe ser destacado que mesmo diante da fase mais aguda da crise financeira internacional de 2008-9 os investimentos sociais não foram contidos – a partir de 2009, houve inclusive uma injeção adicional de recursos nessa área.

Os números não são refutáveis. São estatísticas oficiais organizadas por milhares de técnicos competentes. O Estado brasileiro está consolidado em termos de responsabilidade com a geração de estatísticas. No Brasil, não há maquiagem ou ocultação de dados. Portanto, temos elementos para fazer análises consistentes das finanças públicas que dispensam a utilização de termos midiáticos jogados ao ar: gastança! Nos últimos dez anos não houve gastança, houve organização fiscal. Houve também aumento significativo de gastos na área social. Essa é a radiográfica precisa dos números.

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#66 Mensagem por Carnage » 27 Jul 2013, 00:05

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs ... EIRA+LEITE
Guerra aos direitos do povo
A mais nova campanha contra os direitos do povo envolve uma luta mais antiga - contra o Bolsa Família.


A partir de uma nota de jornal, criou-se um alvoroço em torno de  Sebastiana da Rocha, cidadã de Cuiabá. Em 2010, dizem os registros do TSE, ela doou R$ 510 para a campanha de Dilma Rousseff. Como o benefício de Sebastiana é de R$ 528, logo renasceu a mais antiga suspeita contra o programa – de que ela estaria sendo usada para transferir dinheiro para a candidata do governo. Divulgada a notícia, o assunto chegou às rádios e já se fala até em abrir uma investigação. É bom que tudo seja bem apurado e não reste nenhuma dúvida a respeito. 

Cabe, no entanto, reparar num ponto essencial.
 
Os mesmos registros do TSE informam que a doação de Sebastiana tem um valor “estimado” em R$ 510. Quando o tribunal registra um valor “estimado”  isso quer dizer que não se usou dinheiro – nem cheque, nem transferência bancária -- para a doação. Foi uma prestação de serviços. Advogados contribuem para campanhas políticas oferecendo serviços aos candidatos. Empresários de comunicação usam suas gráficas como panfletos – e registram o serviço. Outras empresas emprestam funcionários – e assim por diante. 
 
O mesmo vale para o cidadão comum, como Sebastiana. Não há registro, no TSE, de qual serviço a beneficiária prestou. No PT de Cuiabá, um dirigente afirmou que não se recordava de uma militante com esse nome. 


[img] http://content-portal.istoe.com.br/isto ... 811354.jpg[/img]
No registro do TSE, a doação de Sebastiana é definida por valor estimado -- típico de quem presta serviço

Em busca de uma visão jurídica, fui atrás de dois advogados especialistas em direito eleitoral. Um deles, de Brasília, preferiu conversar sem dar entrevista. Informado sobre os detalhes do caso, concluiu: “É tão estranho fazer um escândalo em torno de R$ 500 que só existem duas possibilidades. Ou é tudo verdade e não vejo problema algum. Ou os adversários plantaram uma doação para fazer um escândalo depois”.
 
Alberto Rollo, advogado eleitoral de São Paulo, falou no mesmo tom. “Por mim, dona Sebastiana está absolvida”. Rollo questiona a suspeita: “Não se pode falar em fraude eleitoral, porque uma doação neste valor é perfeitamente lícita em seu caso. Não se pode falar em fraude ao programa Bolsa Família, a menos que se prove que a beneficiária não era uma pessoa hipossuficiente,” acrescenta, empregando o termo técnico para cidadãos carentes. 
 
Mas é claro que o debate não é jurídico. O esforço para denunciar o Bolsa-Família é tão antigo quando o programa. Quando o ministro Patrus Ananias se preparava para lançar o programa, foi informado de que os jornalistas estavam preparando denúncias sobre irregularidades encontradas na distribuição de benefícios. Patrus se reuniu com Luiz Gushiken, na época responsável pela Secom, para discutir o que fazer. Gushiken conta o que se decidiu: “Resolvemos não fazer nada. Mesmo que houvesse alguma denúncia verdadeira, o que é sempre possível, o programa fora bem feito e iria atingir a meta de proteger a população mais pobre”. Quando me deu um depoimento recente sobre este episódio, Gushiken dava boas risadas: “As emissoras de TV pensavam que iam nos prejudicar fazendo denúncias contra o governo. Não perceberam que o povo aprovou o programa, porque recebia benefícios, e sabia que as denúncias eram pontuais. Vinculando o Bolsa Família ao governo, acabaram nos ajudando”.
 
Histórias como a de dona Sebastiana não são uma novidade. Outros casos apareceram na internet, em maio. Todos haviam ocorrido em Goiás. Um deles envolvia uma beneficiária que ajudou com R$ 320  a campanha de um vereador em Pirenópolis, em Goiás. Outro envolvia uma doação – desta vez em espécie -- de R$ 1.000 para um diretório municipal de Uruaçu, também em Goiás. Num terceiro caso, em Itaberaí, a doação foi de R$ 800. Nenhum desses casos envolvia políticos do PT, o que talvez ajude a explicar porque tiveram pouca repercussão. O primeiro beneficiou um candidato do PPS, o antigo PCB, hoje na oposição. O segundo chegou ao PMN, que até pouco atrás debatia uma fusão com os ex-comunistas. O outro caso envolvia um candidato do PP. 
 
É claro que todos estes casos podem ser explicados e esclarecidos. Mas vamos combinar que é um interesse grande demais para quantias muito pequenas. Até porque seu caráter é irrisório. Quem se der ao trabalho de somar os casos conhecidos de brasileiros que abriram mão dos benefícios quando conseguiram atingir uma vida melhor  irá encontrar um número infinitamente maior do que de denúncias apuradas e comprovadas. 
 
O Bolsa Família incomoda porque seu valor é muito maior do que os R$ 500 da dona Sebastiana ou os R$ 320 de uma beneficiária de Goiás.
 
Capaz de afastar 40 milhões de famílias da miséria mais dura, este programa é uma forma do Estado cumprir seu dever de proteger quem não tem proteção. 
 
Num universo que elimina conquistas sociais, representa um esforço para implantar as bases de um Estado de bem-estar social. É tão bem sucedido que depois de um combate sem trégua, o PSDB baixou a guarda e diz que o governo Lula roubou a ideia. 
Olha lá, mais uma pro florestal comentar, veja o destaque sobre um candidato de certo partido que foi beneficiado pelo mesmo tipo de doação que a Dilma. Que teria nosso amigo a dizer a respeito??

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#67 Mensagem por Carnage » 04 Dez 2013, 21:52

A real reforma do Estado
http://www.cartacapital.com.br/politica ... -do-estado


Porque o Bolsa Família é importante
http://jornalggn.com.br/noticia/porque- ... importante


Gasto com Bolsa Família aumenta PIB em R$ 23,7 bi

http://economia.ig.com.br/gasto-com-bol ... 27945.html


Principal benefício do Bolsa Família é manter as crianças na escola, afirma Tereza Campello
http://blog.planalto.gov.br/principal-b ... -campello/


FAO: Brasil está entre os que mais reduziram a fome
http://www.brasil247.com/pt/247/agro/11 ... a-fome.htm


PIB aumenta R$ 1,78 a cada R$ 1 investido no Bolsa Família, diz Ipea
http://jornalggn.com.br/noticia/pib-aum ... a-diz-ipea


Bolsa Família é modelo para programa que atende cinco mil famílias em Nova York
http://ultimosegundo.ig.com.br/bolsa-fa ... -york.html


O Bolsa Família e os gastadores de gente
http://assisprocura.blogspot.com.br/201 ... gente.html


Bolsa Família: dez anos que mudaram a face do Brasil
http://jornalggn.com.br/noticia/bolsa-f ... -do-brasil


A cruzada de Almeidinha contra a 'Bolsa Esmola'
http://www.cartacapital.com.br/politica ... a-271.html


Campello derruba os mitos contra o Bolsa Família
http://www.conversaafiada.com.br/brasil ... a-familia/


Bolsa Família supera preconceitos e retira 36 milhões da miséria
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria ... a-/4/29394

Aécio Neves surfa no Bolsa Família: programa perene
http://www.viomundo.com.br/politica/aec ... erene.html


Por que o PSDB, agora, é a favor do Bolsa Família?
http://www.cartacapital.com.br/politica ... -8786.html









http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... imes_rsquo
Deu no ‘New York Times’

Por Luciano Martins Costa em 15/11/2013 na edição 772

“Suíça pode criar renda mínima de R$ 6,3 mil”.


A notícia, publicada na edição de sexta-feira (15/11) do Estado de S. Paulo, é a versão traduzida de um texto da jornalista especializada em política econômica Annie Lowrey, que escreve no New York Times.

Na linha fina que sustenta o título, o jornal afirma: “Programas assistenciais tipo Bolsa Família são cada vez mais debatidos em todo o mundo”. A seguir, relatos de experiências desse tipo feitas em países ricos e opiniões de economistas sobre os resultados dessas ações sociais.

Agora, sugerimos que o prezado leitor e a leitora atenta tentem se recordar de como a imprensa brasileira tratou, desde o início, os programas sociais de distribuição de renda adotados pelo governo do ex-presidente Lula da Silva. Expressões como “bolsa-esmola” e “incentivo para a vagabundagem” ainda podem ser apreciadas em artigos e reportagens publicados a partir de 2003, quando a prática de combater a miséria com a concessão de renda virou política pública.

Depois de passar anos condenando o programa, a imprensa se convenceu de seus resultados e passou a cobrar uma “porta de saída” para os beneficiários e “adequações” do sistema. Ainda no ano passado, o Globo publicava ampla reportagem na qual fazia uma avaliação dos benefícios da injeção de dinheiro nas famílias pobres, reconhecendo como efeitos colaterais alguns dos resultados previstos ainda no lançamento do projeto: drástica redução do trabalho infantil, aumento da escolaridade nas regiões beneficiadas, diminuição da violência familiar e novo protagonismo da mulher.

Ao cobrar “aperfeiçoamentos”, o jornal citava o caso de uma faxineira, do Piauí, que rejeitou um emprego de babá porque preferia continuar com seus próprio filhos, sustentada pelo dinheiro do governo. O Globo apresentava essa história como crítica ao programa, como exemplo de que em alguns casos os beneficiários prefeririam não trabalhar fora, com medo de perder a renda mínima.

E é justamente nesse ponto que se revela a miopia social da imprensa brasileira: ao escolher ficar com seus próprios filhos, a mulher citada na reportagem estava justamente realizando o propósito do projeto social, ou seja, procurava assegurar com sua presença que os filhos fossem à escola. Se fosse cuidar dos filhos da patroa, certamente ganharia mais dinheiro, mas quem cuidaria de suas próprias crianças?

Pobres países ricos

A reportagem do New York Times, reproduzida pelo Estado de S. Paulo, observa que a crise nos países ricos está estimulando debates sobre a ideia de prover uma renda básica para famílias em dificuldades, principalmente para os jovens que não encontram emprego (ver aqui o texto original em inglês).

O caso da Suíça é emblemático: lá, uma campanha defende a concessão de um cheque mensal de 2.500 francos suíços – o equivalente a R$ 6.348 – a cada cidadão, rico ou pobre, idoso ou jovem, esteja ou não empregado. Como resultado imediato, a pobreza desapareceria completamente. A proposta é de um artista nascido na Alemanha, mas, segundo o texto, está mobilizando a sociedade e provoca grande debate entre economistas.

Mesmo nos Estados Unidos, pátria do liberalismo econômico, a discussão mobiliza as forças políticas de todos os matizes, mas praticamente já não se questiona a conveniência de programas de assistência: a controvérsia gira em torno do modelo mais adequado, se a renda básica será proporcionada por um programa de seguridade social expandido ou pela simples entrega de dinheiro, sem nenhuma obrigação em troca. Daí a uma ação internacional para o resgate da África, por exemplo, o caminho fica mais curto.

Uma pesquisa feita no Canadá e citada pelo jornal observa que a experiência de doação pura e simples de um salário mínimo a todos os cidadãos de uma pequena cidade durante um curto período conseguiu eliminar a pobreza, os índices de conclusão do ensino médio subiram e o número de pessoas hospitalizadas, caiu. O estudo projeta resultados mais amplos, demonstrando que uma política de renda básica não produz uma sociedade ociosa, como diziam os jornais brasileiros.

Programas de incentivo à base de transferência de renda vinham sendo experimentados no Brasil desde 1994, em Campinas, e acoplados a planos de educação, como aconteceu em 1995 em Brasília, durante o governo do hoje senador Cristovam Buarque. Mas foi o ex-presidente Lula da Silva que transformou essa ideia em política nacional, sob o nome de Bolsa-Família.

A reação da imprensa foi o que se viu.

Passados dez anos, o Brasil produziu o fenômeno da mobilidade social, milhões de cidadãos foram resgatados da miséria, muitos celebram o ingresso de seus filhos na universidade, os pobres aprenderam o que é autoestima, e países ricos pensam em aplicar a mesma receita para reduzir os danos do capitalismo especulativo.

Agora os jornais brasileiros não falam mais em “bolsa-esmola”.

É que deu no New York Times.



Os mitos populares sobre o bolsa-família
http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... a-familia/

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#68 Mensagem por Carnage » 08 Jan 2014, 20:15

“Preconceito contra Bolsa Família é fruto da imensa cultura do desprezo”, diz pesquisadora.
http://blogs.estadao.com.br/roldao-arru ... quisadora/

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#69 Mensagem por Pro » 13 Jan 2014, 20:18

Se o BOLSA FAMILIA realmente mudou a vida de milhoes de familias beneficiadas,mas elas não conseguem se virar sem esse auxilio.
outra coisa que precisa ser melhor explicada:R$ 152,00 é por filho e não por familia.
se fala em 0,5% do PIB isso é por o que?dia,semana,quinzena,mes ano?
o programa precisa de muitas regulamentaçoes e contençoes.

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#70 Mensagem por Compson » 26 Jan 2014, 23:09

Pro escreveu:se fala em 0,5% do PIB isso é por o que?dia,semana,quinzena,mes ano?
Não sei se o valor é esse, mas essa conta é feita por ano...

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#71 Mensagem por Compson » 27 Jan 2014, 15:06

Mais um país de vagabundos adota o Bolsa-Esmola... E os comunistas sorriem em sua estratégia de dominação global!

#ForaPeTralhas
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Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia
http://dinheiro.br.msn.com/mercado/gove ... r-economia

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#72 Mensagem por Pro » 27 Jan 2014, 19:31

Compson escreveu:Mais um país de vagabundos adota o Bolsa-Esmola... E os comunistas sorriem em sua estratégia de dominação global!

#ForaPeTralhas
#AbaixoOforoDeSãoPaulo

Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia
http://dinheiro.br.msn.com/mercado/gove ... r-economia



O governo japones ja tentou isso,e não deu certo. A população tem uma educação economica tão diferente,que ao receber o dinheiro mais de 90% do beneficiados acabou poupando o dinheiro.

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#73 Mensagem por Carnage » 23 Jun 2014, 21:48

http://jornalggn.com.br/noticia/o-perec ... encialismo
O perecimento do velho assistencialismo

sex, 09/05/2014 - 08:20 - Atualizado em 09/05/2014 - 08:22

Por Diogo Costa


O PERECIMENTO DO VELHO ASSISTENCIALISMO - O governo federal já entregou mais de 750.000 cisternas no Nordeste. Isso fere de morte a secular prática eleitoreira dos velhos coronéis dos carros-pipa.

O segundo ferimento, importantíssimo, foi transferir a tarefa do abastecimento com carros pipa, quando ainda necessários, ao Exército.

E tem mais.

O Bolsa Família esculhambou de vez com o assistencialismo barato e fajuto de vereadores, deputados e prefeitos que condicionavam a "ajuda" (cestas básicas, dinheiro, etc), em períodos eleitorais, aos mais necessitados habitantes do Nordeste.

O cartão do Bolsa Família é praticamente um grito de independência e de liberdade das pessoas que antes tinham que se submeter aos chefetes dos grotões.

Não há mais intermediários operando com fins escusos, hoje as pessoas que tem direito ao benefício o retiram diretamente no banco, com o seu cartão magnético, sem precisar sequer olhar na cara dos antigos coronéis que antes os mantinham em situação de vexatória dependência.

Em função disto que foi relatado, e da várias outras coisas, é que o fenômeno Lula destruiu e varreu o PFL nos grotões do Nordeste, em 2006.
Assistencialismo era o que existia no tempo dos carros pipa bancados por chefetes políticos. Assistencialismo era o que existia no tempo dos "benefícios" condicionados que os coronéis ofereciam, em tempo eleitoral, ao povo mais humilde.

As cisternas, o carro pipa sob controle do Exército e o cartão magnético do Bolsa Família, bem como este benefício em si, são o contraponto ao assistencialismo. Esta é a verdade incômoda que uns e outros teimam em não ver.

Assistência social é o antônimo do velho e carcomido assistencialismo. E é assistência social que o Partido dos Trabalhadores vem construindo desde 2003, emancipando àqueles que dela se beneficiam.


http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... a-familia/
Quanto recebe um beneficiário do Bolsa Família?
Postado em 15 mai 2014
por : Fabiano Amorim

Em novembro do ano passado, fiz um texto sobre o Programa Bolsa Família (PBF) chamado: Os mitos populares sobre o bolsa família, o qual foi bem acessado na época e continua sendo, tanto no Diário do Centro do Mundo quanto no meu blog.

Há cerca de uma semana, recebi algumas mensagens de leitores questionando uma informação contida nesse texto. Eu afirmei que o valor máximo do benefício pago pelo PBF seria de R$ 306,00.

Porém essa informação está incompleta, pois existem alguns casos excepcionais de famílias que recebem valores acima dos R$ 306,00 mencionados.

Por exemplo, na cidade de Maceió em 2013, quatro beneficiários receberam valores mensais entre R$ 710,00 e R$ 768,00. Foram os quatro maiores recebedores do benefício na cidade. Confira neste link.

Na cidade de Cacimbinhas, interior de Alagoas, houve duas famílias em 2013, que receberam valores entre R$ 940,00 e R$ 1022,00 mensais. Confira neste link.

O recebimento de valores acima de R$ 306,00 é algo excepcional, como é possível observar nos relatórios sobre o PBF no Portal da Transparência.

Beneficiários de Maceió e Cacimbinhas

Em Maceió, cuja população em 2013 era de 996 mil habitantes, havia cerca de 103 mil famílias beneficiadas pelo PBF. Abaixo está a quantidade de beneficiários que receberam valores acima de R$ 300,00 em 2013:

mais de 700 reais: 4 beneficiários

entre 600 e 700 reais: 12 beneficiários

entre 500 e 600 reais: 48 beneficiários

entre 400 e 500 reais: 296 beneficiários

entre 300 e 400 reais: 1350 beneficiários

total: 1710 beneficiários (1,66% dos beneficiários de Maceió)

De acordo com esses dados, apenas 1,66% dos beneficiários de Maceió em 2013 ganharam mais de R$ 300,00 mensais do bolsa família e apenas 0,28% ganharam mais de R$ 400,00. Isso prova que tais valores não são recebidos por todos os beneficiários do programa e sim por uma pequena minoria.

Também analisei a quantidade de pessoas de Maceió que receberam valores abaixo de 300 reais em 2013.

entre 200 e 300 reais: 7181 beneficiários (6,9%)

entre 100 e 200 reais: 56445 beneficiários (54,8%)

entre 32 e 100 reais: 37700 beneficiários (36,6%)

Na cidade de Cacimbinhas, com pouco mais de 10 mil habitantes, houve cerca de 2355 famílias que receberam o bolsa família em 2013. Dessas, apenas 43 famílias (1,8%) receberam valores mensais maiores que R$ 400,00. Cerca de 75% dessas famílias (1770) receberam menos de R$ 200,00 mensais.

Por que estou mostrando esses números?

Porque existe uma grande quantidade de pessoas que acha que qualquer beneficiário do bolsa família recebe valores como R$ 800,00 ou até R$ 1000,00 mensais.

Na cabeça dessas pessoas, todas as famílias que recebem o bolsa família estão sendo sustentadas pelo governo e nenhuma delas quer trabalhar. O bolsa família estaria transformando todos em preguiçosos.

Só que, de acordo com os dados que mostrei acima, uma quantidade ínfima de pessoas ganha mais de R$ 400,00 de bolsa família. A esmagadora maioria, 91,4% em Maceió e 75% em Cacimbinhas, ganha valores abaixo de R$ 200,00. Duvido muito que exista uma grande massa de pessoas deixando de trabalhar para sustentar seus filhos com menos de R$ 200,00 por mês.

Mas por que alguns ganham valores como R$ 600 ou R$ 1000?

Fiz uma consulta a algumas assistentes sociais que trabalham diariamente com o bolsa família, que me informaram como é feito o cálculo do benefício a ser pago às famílias.

Parte do cálculo do benefício pode ser vista neste link do site do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o restante das informações sobre o cálculo pode ser visto em três informes do Programa Bolsa Família: o 321, o 344 e o 353.

Com base na renda declarada pela família no cadastro único, na quantidade de filhos, de gestantes e de nutrizes na família, os valores recebidos podem variar de R$ 32,00 até R$ 306,00 mensais. A renda declarada será somada com o valor a ser recebido do bolsa família. Caso o valor dessa soma não seja maior que R$ 70,00 por cada membro da família, ela receberá um valor adicional, chamado de “Benefício para Superação da Extrema Pobreza” ou BSP, para que a renda total da família supere o valor de R$ 70,00 por pessoa.

Por exemplo, imagine uma família composta por um pai, uma mãe e 3 filhos. Somente o pai declarou uma renda de R$ 200,00 e a mãe está desempregada. A renda familiar neste caso é de R$ 40,00 por cada membro da família.

Com base nos dados fornecidos pelo site do MDS, essa família teria direito a receber um valor de R$ 166,00. Ao somar a renda atual dessa família, com o valor do bolsa família, a renda dela passaria a ser de R$ 366,00, ou seja, R$ 73,20 por cada membro da família. Com isso o governo considera que a família saiu da extrema pobreza e por essa razão não recebe nenhum valor adicional.

Imaginemos a situação menos comum, mas real, em que uma família possui pai, mãe e 12 filhos (ou dependentes). Apenas a mãe declara uma renda de R$ 200,00. Nesse caso, a renda familiar seria de R$ 14,28 por cada membro da família.

Agora imagine que a família terá direito ao benefício máximo de R$ 306,00. Nesse caso, após receber o benefício, a renda familiar passaria a ser de R$ 506, ou seja, R$ 36,14 por cada membro da família.

Para que essa família seja considerada fora da miséria, precisa ter sua renda aumentada em R$ 34,00 para cada membro da família. Assim, essa família terá direito ao valor adicional de R$ 476,00 (34×14), recebendo no total R$ 782,00 (476+306) de bolsa família.

Devemos observar porém, que tais famílias que recebem valores como esse de R$ 782,00 são famílias muito pobres onde os pais criam uma enorme quantidade de filhos, sobrinhos ou até netos dependentes. Esse valor será uma ajuda na renda dessa família, que irá apenas atenuar um pouco a miséria em que vivem. Não irá retirá-los da miséria, não irá sustentá-los e nem será um incentivo para que não trabalhem.

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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#74 Mensagem por Carnage » 23 Jun 2014, 21:49


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Re: Uma análise do programa Bolsa Família

#75 Mensagem por Nazrudin » 18 Ago 2014, 13:52

O maior colégio eleitoral do Brasil:

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil ... -do-brasil

O número de beneficiários só tem aumentado: em 2004, eram 6,6 milhões de famílias atendidas. A elevação desde então foi de 215%, muito acima do crescimento vegetativo na população – e se deu num período em que, segundo o governo, dezenas de milhões de pesoas deixaram a pobreza. Os números ajudam a entender o que é fácil de constatar in loco.

...a tendência é que o PT se encastele ainda mais no Nordeste, onde estão 52% dos beneficiados pelo Bolsa Família (a região tem apenas 27,7% da população brasileira).

O efeito do Bolsa Família nas eleições de 2006 e 2010 foi objeto da análise de pesquisadores do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Conclusão: havia uma forte correlação entre o voto no PT e a participação no programa do governo.

Independentemente da postura dos adversários de Dilma Rousseff, a maior parte dos eleitores que recebem o Bolsa Família não arrisca apoiar aquilo que veem como uma aposta duvidosa. Para o jogo democrático, o efeito é desastroso. Se o único critério na escolha do candidato é o Bolsa Família, o eleitor vota sem levar em conta outros temas essenciais, como as políticas para saúde, segurança e o combate à corrupção. “É como se nós tivéssemos voltando para o século XIX, com os currais eleitorais fechados”, diz o professor José Matias-Pereira, da UnB.

Como o número de beneficiários do Bolsa Família cresce continuamente, é cada vez maior o contingente de eleitores que escolhe seu candidato presidencial apenas com base no receio de perder o pagamento mensal. “O coronel local está sendo substituído pelo coronel federal. Mas o padrão é o mesmo: o modelo patrimonialista onde indivíduo usa os bens do estado para se beneficiar politica ou em benefício próprio”, afirma o professor da UnB.

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