VOCÊ CONTINUA REFERENDANDO ESSA SUA AFIRMAÇÃO NA PRIMEIRA PÁGINA DO TÓPICO:
Joaquim Barbosa é um imbedil demagógico? Com certeza!
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Juízes não podem um montão de coisas.Compson escreveu:Mas e aí, oGuto, pode ou não pode?Compson escreveu:Juiz pode sair por aí falando sobre julgamento durante o julgamento, hein, oGuto?
http://radio.estadao.com.br/audios/audi ... 38EC07C52B
(é claro que ele não vai responder, pois sabe que vai levar uma trolha)
"esse processo [mensalão mineiro] e o mensalão PRINCIPAL [com ênfase]"
Realmente, um exemplo de imparcialidade esse ministro...
E vai empunhar a terceira caneta mais poderosa do país! Ainda bem que o STF só serve pra perfumaria...
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Veja, o oGuto, lição zero: quem vai bem em uma discussão é quem RESPONDE melhor, não quem TERGIVERSA melhor. Até era engraçado no começo, mas já deu no saco você ficar fugindo dos assuntos como um moleque querendo se meter a malandrinho...oGuto escreveu:Juízes não podem um montão de coisas.Compson escreveu:Mas e aí, oGuto, pode ou não pode?Compson escreveu:Juiz pode sair por aí falando sobre julgamento durante o julgamento, hein, oGuto?
http://radio.estadao.com.br/audios/audi ... 38EC07C52B
(é claro que ele não vai responder, pois sabe que vai levar uma trolha)
"esse processo [mensalão mineiro] e o mensalão PRINCIPAL [com ênfase]"
Realmente, um exemplo de imparcialidade esse ministro...
E vai empunhar a terceira caneta mais poderosa do país! Ainda bem que o STF só serve pra perfumaria...
Mas, pelo visto, o que eles não podem mesmo é contrariar os petistas e afins (esse pessoal esquisito que acredita em contos da carochinha......)
Com certeza. Eu não acho que ele seja um safado como o Lewandowski e muito menos que Dirceu e o PT sejam inocentes.PAULOSTORY escreveu:COMPSON,
VOCÊ CONTINUA REFERENDANDO ESSA SUA AFIRMAÇÃO NA PRIMEIRA PÁGINA DO TÓPICO:
Joaquim Barbosa é um imbedil demagógico? Com certeza!
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O ponto não é tergiversar ou não, mas sim a utilidade em se discutir o Joaquim Barbosa.Compson escreveu:Veja, o oGuto, lição zero: quem vai bem em uma discussão é quem RESPONDE melhor, não quem TERGIVERSA melhor. Até era engraçado no começo, mas já deu no saco você ficar fugindo dos assuntos como um moleque querendo se meter a malandrinho...oGuto escreveu:Juízes não podem um montão de coisas.Compson escreveu:Mas e aí, oGuto, pode ou não pode?Compson escreveu:Juiz pode sair por aí falando sobre julgamento durante o julgamento, hein, oGuto?
http://radio.estadao.com.br/audios/audi ... 38EC07C52B
(é claro que ele não vai responder, pois sabe que vai levar uma trolha)
"esse processo [mensalão mineiro] e o mensalão PRINCIPAL [com ênfase]"
Realmente, um exemplo de imparcialidade esse ministro...
E vai empunhar a terceira caneta mais poderosa do país! Ainda bem que o STF só serve pra perfumaria...
Mas, pelo visto, o que eles não podem mesmo é contrariar os petistas e afins (esse pessoal esquisito que acredita em contos da carochinha......)
O que não passa de uma porca encenação, já que se fossem absolvidos os atuais chorões seriam os primeiros a enaltecer os valorosos ministros do glorioso STF.
Melhor os crédulos e os idiotas se conformarem: o Joaquim Barbosa é tão isso e aquilo quanto o Zé Dirceu é inocente.
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Essa tinha me passado batido.PAULOSTORY escreveu: FORISTAS QUE CAGAM E ANDAM ÀS OPINIÕES DE OUTROS FORISTAS, NO MÍNIMO MOSTRA-SE O QUANTO ESSES FORISTAS CAGÕES (QUE CAGAM E ANDAM) AGREGAM UMA OPINIÃO!!
E é isso mesmo! Só que isso é problema meu, concorda? Não vejo quais frutos querem colher reclamando do jeito que eu posto.kank escreveu:mas infelizmente faz tempo que parece ter preguiça de escrever
Credibilidade? Provarem que não são mentirosos??kank escreveu:o que ganham espondo a fita?
Não entendi exatamente a pergunta.oGuto escreveu:Para que a Veja perder tempo com suas denúncias contra o Lula se existe o GPGuia?
Essa eu deixo para o Carnage responder direta ou indiretamente, com quantas colagens quiser e achar necessário.
A oposição em peso votou a favor da reforma da previdência! Eles foram comprados também?? Se a oposição estava no barco, pra que diabos precisaram comprar a base aliada? Que adiantou comprar a câmara e não comprar o senado?Compson escreveu:Salvo possível ignorância jurídica deste pobre analista, a decisão do STF sobre a parte de corrupção passiva indica que houve compra de votos na Câmara...
Em quais votações? A reforma da previdência está inclusa?
Essas votações serão anuladas? Ou será que o STF quer incriminar o PT, mas não quer prejudicar outros interessados nessas votações?
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Mais umas "colagens"Joaquim, o anti-herói
Relator do mensalão revela voto em Lula e Dilma, diz que a imprensa trata escândalos com dois pesos e duas medidas e que o racismo está estampado na TV
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
O "dia mais chocante" da vida de Joaquim Benedito Barbosa Gomes, 57, segundo ele mesmo, foi 7 de maio de 2003, quando entrou no Palácio do Planalto para ser indicado ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ocasião era especial: ele seria o primeiro negro a ser nomeado para o tribunal.
"Eu já cheguei na presença de José Dirceu [então ministro da Casa Civil], José Genoino [então presidente do PT], aquela turma toda, para o anúncio oficial. Sempre tive vida reservada. Vi aquele mar de câmeras, flashes...", relembrava ele em seu gabinete na terça-feira, 2.
No dia seguinte à entrevista com a Folha, e nove anos depois da data memorável de sua nomeação, Joaquim Barbosa condenou Dirceu e Genoino por corrupção.
Para conversar com o jornal, impôs uma condição: não falar sobre o processo, ainda em andamento no STF.
O TELEFONE TOCA
Barbosa diz que foi Frei Betto, que o conhecia por terem participado do conselho de ONGs, que fez seu currículo "andar" no governo.
"Eu passava temporada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Encontrei Frei Betto casualmente nas férias, no Brasil. Trocamos cartões. Um belo dia, recebo e-mail me convidando para uma conversa com [o então ministro da Justiça] Márcio Thomaz Bastos em Brasília." Guarda a mensagem até hoje.
"Vi o Lula pela primeira vez no dia do anúncio da minha posse. Não falei antes, nem por telefone. Nunca, nunca."
Por pouco, não faltou à própria cerimônia. "Veja como esse pessoal é atrapalhado: eles perderam o meu telefone [gargalhadas]."
Dias antes, tinha sido entrevistado por Thomaz Bastos. "E desapareci, na moita." Isso para evitar bombardeio de candidatos à mesma vaga.
"Na hora de me chamar para ir ao Planalto, não tinham o meu contato." Uma amiga do governo conseguiu encontrá-lo. "Corre que os caras vão fazer o seu anúncio hoje!"
Depois, continuou distante de Lula. Não foi procurado nem mesmo nos momentos cruciais do mensalão. "Nunca, nem pelo Lula nem pela [presidente] Dilma [Rousseff]. Isso é importante. Porque a tradição no Brasil é a pressão. Mas eu também não dou espaço, né?"
O ministro votou em Leonel Brizola (PDT) para presidente no primeiro turno da eleição de 1989. E depois em Lula, contra Collor. Votou em Lula de novo em 2002.
"Vou te confidenciar uma coisa, que o Lula talvez não saiba: devo ter sido um dos primeiros brasileiros a falar no exterior, em Los Angeles, do que viria a ser o governo dele. Havia pânico. Num seminário, desmistifiquei: 'Lula é um democrata, de um partido estabelecido. As credenciais democráticas dele são perfeitas'."
O escândalo do mensalão não influenciou seu voto: em 2006, já como relator do processo, escolheu novamente o candidato Lula, que concorria à reeleição.
"Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma."
DE LADO
No plenário do STF, a situação muda. Barbosa diz que "um magistrado tem deveres a cumprir" e que a sociedade espera do juiz "imparcialidade e equidistância em relação a grupos e organizações".
Sua trajetória ajuda. "Nunca fiz política. Estudei direito na Universidade de Brasília de 75 a 82, na época do regime militar. Havia movimentos significativos. Mas estive à parte. Sempre entendi que filiação partidária ou a grupos, movimentos, só serve para tirar a sua liberdade de dizer o que pensa."
VENCEDOR E VENCIDO
Barbosa gosta de dizer que não tem "agenda". Em 2007, relatou processo contra Paulo Maluf (PP-SP). Delfim Netto não era encontrado para depor como testemunha. Barbosa propôs que o processo continuasse. Foi voto vencido no STF. O caso prescreveu.
No mesmo ano, relatou processo em que o deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) era acusado de tentativa de homicídio. O réu renunciou ao mandato e perdeu o foro privilegiado. Barbosa defendeu que fosse julgado mesmo assim. Foi voto vencido no STF.
Em 2009, como relator do mensalão do PSDB, propôs que a corte acolhesse denúncia contra o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Quase foi voto vencido no STF -ganhou por 5 a 3, com três ministros ausentes.
Dois anos antes, relator do mensalão do PT, propôs que a corte acolhesse denúncia contra José Dirceu e outros 37 réus. Ganhou por 9 a 1.
NOVELA RACISTA
Barbosa já disse que a imprensa "nunca deu bola para o mensalão mineiro", ao contrário do que faz com o do PT. "São dois pesos e duas medidas", afirma.
A exposição na mídia não o impede de fazer críticas até mais ácidas.
"A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem", diz. "Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras."
O racismo se manifesta em "piadas, agressões mesmo". "O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas."
Já discutiu com vários colegas do STF. Mas diz que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos".
"O racismo parte da premissa de que alguém é superior. O negro é sempre inferior. E dessa pessoa não se admite sequer que ela abra a boca. 'Ele é maluco, é um briguento'. No meu caso, como não sou de abaixar a crista em hipótese alguma..."
Barbosa, que já escreveu um livro sobre ações afirmativas nos EUA, diz que o racismo apareceu em sua "infância, adolescência, na maturidade e aparece agora".
Há 30 anos, já formado em direito e trabalhando no Itamaraty como oficial de chancelaria -chegou a passar temporada na embaixada da Finlândia-, prestou concurso para diplomata. Passou. Foi barrado na entrevista.
DE IGUAL PARA IGUAL
É o primeiro filho dos oito que o pai, Joaquim, e a mãe, Benedita, tiveram (por isso se chama Joaquim Benedito).
Em Paracatu, no interior de Minas, "Joca" teve uma infância "de pobre do interior, com área verde para brincar, muito rio para nadar, muita diversão". Era tímido e fechado.
A mãe era dona de casa. O pai era pedreiro. "Mas ele era aquele cara que não se submetia. Tinha temperamento duro, falava de igual para igual com os patrões. Tanto é que veio trabalhar em Brasília, na construção, mas se desentendeu com o chefe e foi embora", lembra Joaquim.
O pai vendeu a casa em que morava com a família e comprou um caminhão. Chegou a ter 15 empregados no boom econômico dos anos 70. "E levava a garotada para trabalhar." Entre eles, o próprio Joaquim, então com 10 anos.
RUMO A BRASILIA
No começo da década, Barbosa se mudou para a casa de uma tia na cidade do Gama, no entorno de Brasília.
Cursou direito, trabalhou na composição gráfica de jornais, no Itamaraty. Ingressou por concurso no Ministério Público Federal.
Tirou licenças para fazer doutorado na Universidade de Paris-II. E passou períodos em universidades dos EUA como acadêmico visitante. Fala francês, inglês e alemão.
Hoje, Barbosa fica a maior parte do tempo em Brasília, onde moram a mãe, os sete irmãos e os sobrinhos. O pai já morreu. Benedita é evangélica e "superpopular". Em seu aniversário de 76 anos, juntou mais de 500 pessoas.
O ministro tem também um apartamento no Leblon, no Rio, cidade onde vive seu único filho, Felipe, 26. Se separou há pouco de uma companheira depois de 12 anos de relacionamento.
PÚBLICO
A Folha pergunta se Barbosa não tem o "cacoete da condenação" por ter feito carreira no Ministério Público, a quem cabe formular a acusação contra réus.
"De jeito nenhum. O que eu tenho do MP é esse espírito de preocupação com a coisa pública. Mesmo porque não morro de amores por direito penal. Sou especialista em direito público."
DEVER
Nega que tenha certa aversão por advogados [ver página ao lado]. E nega também que tenha prazer em condenar, sem qualquer tipo de piedade em relação à pessoa que perderá a liberdade.
"É uma decisão muito dura. Mas é também um dever."
"O problema é que no Brasil não se condena", diz. "Estou no tribunal há sete anos, e esta é a segunda vez que temos que condenar. Então esse ato, para mim e para boa parte dos ministros do STF, ainda é muito recente."
Diante de centenas de grandes escândalos de corrupção no Brasil, e de só o mensalão do PT ter chegado ao final, é possível desconfiar que a máquina de investigação e punição só funcionou para este caso e agora será novamente desligada?
"Não acredito", diz Barbosa. "Haverá uma vigilância e uma cobrança maior do Supremo. Este julgamento tem potencial para proporcionar mudanças de cultura, política, jurídica. alguma mudança certamente virá."
MEQUETREFE
O caso Collor, por exemplo, em que centenas de empresas foram acusadas de pagar propina para o tesoureiro do ex-presidente, chegou "desidratado" ao STF, diz o ministro. "Tinha um ex-presidente fora do jogo completamente. E, além dele, o quê? O PC, que era um mequetrefe."
O país estava "mais próximo do período da ditadura" e o Ministério Público tinha recém-conquistado autonomia, com a Constituição de 1988. Até 2001, parlamentares só eram processados no STF quando a Câmara autorizava. "Tudo é paulatino. Mas vivemos hoje num país diferente."
PONTO FINAL
Desde o começo do julgamento do mensalão, o ministro usa um escapulário pendurado no pescoço. "Presente de uma amiga", afirma.
Depois de flagrado cochilando nas primeiras sessões, passou a tomar guaraná em pó no começo da tarde.
Diz que não gosta de ser tratado como "herói" do julgamento. "Isso aí é consequência da falta de referências positivas no país. Daí a necessidade de se encontrar um herói. Mesmo que seja um anti-herói, como eu."
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Em Goiás, falta de provas já livrou Serra e Perillo de condenação
Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual
Nos anos de 2001 e 2002, José Serra (PSDB) era ministro da saúde, no governo FHC, e Marconi Perillo (PSDB) era governador de Goiás. O Ministério da Saúde repassou dinheiro federal para a Secretaria de Saúde de Goiás para controle de epidemias. Do dinheiro dessa parceria Serra-Perillo, R$ 2.482.099,11 foram parar nas agências de publicidade de Marcos Valério, por conta de serviços supostamente prestados para a divulgação de ações do ministério naquele estado.
O relatório de auditoria número 3.458 do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS), de 2006, identificou diversas irregularidades. Uma delas foi a campanha goiana de vacinação da gripe em 2001. A semana da vacinação começou em 25 de abril, mas toda a campanha de divulgação foi resolvida em um único dia, na véspera. No dia 24, o processo tramitou por cinco setores diferentes da Secretaria de Saúde – quatro agências de publicidade apresentaram orçamentos, houve a criação e produção de dois anúncios em vídeo para televisão e um "spot" de rádio. E também foi definida a estratégia de inserções em TVs e rádios do país. Tudo isso aconteceu no dia 24, segundo a documentação.
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Os auditores concluíram que todo esse processo não passou de simulação, pois seria impossível tudo isso ser realizado no mesmo dia. Em outras campanhas também foram encontradas diversas irregularidades, inclusive indícios de notas frias, empresas de fachada, orçamentos combinados entre empresas que deveriam ser concorrentes etc.
Em 2002, ano em que Perillo candidatou-se à reeleição e José Serra à presidente, o Ministério da Saúde prestou um duvidoso serviço na campanha de prevenção à dengue em Goiás. Em tese, a divulgação da campanha envolveria milhões de panfletos, adesivos, cartazes e várias outras peças de propaganda. Os auditores do Denasus, porém, não encontraram comprovação de que os materiais foram produzidos, e as datas dos documentos também levaram a suspeitas de simulação. É praticamente inevitável suspeitar, por tabela, que em vez de material sobre dengue, o que se produziu mesmo foi material de campanha eleitoral.
Como agravante, a funcionária do governo de Goiás que assinava os comprovantes de execução dos serviços, disse ao Denasus que não era ela quem atestava os documentos. Portanto não houve comprovação da realização dos serviços. Outra grave irregularidade é que a SMPeB (de Marcos Valério) prestou serviços com contrato vencido, e as notas fiscais foram emitidos com três CNPJs diferentes, dois deles sem qualquer contrato com o governo de Goiás.
Dois pesos e duas medidas
Desta auditoria, o Ministério Público Federal de Goiás abriu ação de improbidade administrativa. No mês passado, em 2 de setembro, foi julgada e saiu a sentença. Diferentemente do STF, a juíza federal concedeu o benefício da dúvida aos réus e os absolveram.
A juíza reconheceu a série de irregularidades, mas disse que a má fé necessária à condenação precisaria ser cabalmente demonstrada pelo Ministério Público, o que não ocorreu. Por mais que a gente pense que ali tem maracutaia, a juíza está certa e errou o MP ao não produzir provas, não seguir o caminho do dinheiro, se limitando ao relatório de auditoria, sem se aprofundar nas investigações.
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Porém não deixa de ser curioso – e necessária – uma comparação com a Ação Penal 470 no STF, o chamado "caso mensalão".
No caso de Goiás, um relatório de aprovação de contas de 2003 pesou a favor dos réus (inclusive a SMPeB), mesmo a auditoria de 2006 encontrando as irregularidades posteriormente, ao fazer o pente fino. Com indícios bem mais robustos e abundantes de irregularidades, os réus não tiveram que provar sua inocência. Cabia ao Ministério Público provar cabalmente a culpa.
Na AP 470 ocorreu o inverso. Os réus que não provaram sua inocência, foram condenados, ainda que o procurador-geral não tenha provado cabalmente a culpa.
A pergunta que fica é: se o governo goiano fosse petista, e os réus da AP 470 fossem tucanos, a decisão dos dois casos seria inversa? E se hipoteticamente José Serra fosse petista, ele seria condenado com base no domínio do fato?
Bomba! Aparece gente do Serra ligada ao 'mensalão'
Em 2000 e 2001, a filha de José Serra (PSDB) era vice-presidente da empresa Decidir.com Brasil S.A. O presidente era James Rúbio Jr.
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A empresa recebeu dinheiro vindo do paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, do grupo Opportunity (de Daniel Dantas), e de um fundo do Citibank. Ambos foram ganhadores na privataria, durante o governo Serra-FHC.
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http://www.terra.com.br/istoedinheiro-t ... rcado2.htm
Estas operações estão minuciosamente descritas e documentadas no capítulo 9 do livro "A privataria Tucana". Lá há documentos mostrando que a empresa Decidir.com na Flórida (EUA) tinha como sócias a filha de José Serra e a irmã do Daniel Dantas (que chegou a ser presa na Operação Satiagraha).
Os dirigentes da Decidir.com Brasil respondem à Ação Penal no. 0000370-36.2003.403.6181, pela quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros através de um convênio com o Banco do Brasil. Neste processo, a filha de José Serra aparece hoje como "averiguada".
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Em 2003, com a posse do governo Lula, dentro da política de não produzir desestabilização econômica e desemprego resultou a carta aos brasileiros. Com isso acabou sendo nomeado para a presidência do Banco do Brasil um executivo do mercado financeiro, Cassio Casseb, que havia passado pelo Citibank e pela Credicard (controlada pelo Citibank), junto com James Rúbio Jr (antes de presidir a Decidir.com).
No BB, Casseb contratou James Rubio Jr como consultor de marketing, ou seja, era quem dava orientações sobre o que o setor do então diretor Henrique Pizzolato deveria contratar e fazer. Pizzolato foi o único do BB denunciado e punido no processo do "mensalão". Os tucanos que estavam lá naquela "balbúrdia", vinda da turma do governo FHC no bojo da "carta aos brasileiros", foi poupada pelo Ministério Público, sabe-se lá por que.
O noticiário da época atribuía a James Rubio Jr a contratação de 2 shows de Caetano Veloso por R$ 1,2 milhão na Casa Tom Brasil.
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No relatório de um inquérito complementar ao "mensalão", do delegado Zampronha, da Polícia Federal, aparece pagamentos da DNA Propaganda à Casa Tom Brasil (do referido show do Caetano), mas em valor mais alto do que o noticiado. Foram R$ 2,5 milhões, com recursos da Visanet.
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Em julho deste ano, James Rubio Jr, voltou a integrar os quadros da administração demotucana Serra-Kassab. Assumiu o cargo de Diretor de Marketing e Vendas da empresa da turismo da prefeitura:
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Agora o povo quer saber, e José Serra precisa explicar:
Como José Serra explica o ex-associado da sua filha ser aparelhado na área de marketing do Banco do Brasil, já no governo Lula?
Por que o ex-associado da filha do José Serra foi aparelhado pelos demotucanos justamente na "balbúrdia" do "mensalão"?
Para onde e para quem foi a parte do dinheiro da Visanet no "valerioduto", cujo "domínio do fato" estava nas mãos dos tucanos?
Serra se atola no 'mensalão': chefe da campanha 2002 recebeu R$ 452 mil de Valério
José Serra (PSDB) disse que quer discutir "valores" e "mensalão" no 2o. turno.
Podia começar discutindo os "valores" de R$ 452 mil que seu chefe da campanha de 2002 recebeu de Marcos Valério.
Pimenta da Veiga, do PSDB de Minas (onde nasceu o "mensalão"), foi Ministro das Comunicações de FHC, entre 1999 até sair do cargo em 2002 para ser o chefe da coordenação de campanha de José Serra à presidente em 2002.
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http://www.terra.com.br/istoe-temp/1694 ... _crise.htm
Quando Pimenta da Veiga era ministro das Comunicações, as agências de Marcos Valério entraram nos Correios (estatal ligada ao Ministério). O governo Lula encontrou os contratos em vigor.
O relatório do delegado Zampronha da PF, do inquérito complementar ao "mensalão" rastreou pagamentos totalizando R$ 300 mil de Marcos Valério para Pimenta da Veiga.
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Na CPI dos Correios, também havia sido identificado outro pagamento de R$ 152 mil para o ex-ministro tucano, conforme deu no jornal Valor Econômico, abaixo.
A explicação chega a ser surreal: o tucano diz que prestou serviços advocatícios, mas recebeu honorários através de um contrato de mútuo, como se tivesse tirado um empréstimo, para Marcos Valério pagar como fiador.
Cadê uma investigação profunda desses fatos, hein Dr. Gurgel e Dr. Joaquim Barbosa?
28/07/2005 - 12h20
Valério avalizou empréstimo de Pimenta
BRASÍLIA - Dados em poder da CPI Mista dos Correios revelam uma estreita ligação entre o ex-ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga, e o empresário Marcos Valério de Souza, acusado de ser o operador do mensalão. Um contrato de mútuo em poder do Valor comprova que Pimenta fez um empréstimo no Banco BMG de R$ 152.045,00, onde figura como devedor. Marcos Valério e sua esposa, Renilda Maria Santiago, aparecem como devedores solidários.
O contrato foi firmado em 31 de março de 2004 e tem com garantia uma nota promissória de R$ 195 mil, onde Pimenta é o emitente e Valério e Renilda são avalistas. " Isso é algo novo, demonstra uma relação além da prestação de serviços de advogado que o ex-ministro diz ter feito e que teria garantido o recebimento de R$ 150 mil. Temos que investigar a fundo " , afirmou o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).
O ex-ministro negou veementemente qualquer irregularidade, e disse que esse mútuo se refere à prestação de serviços advocatícios à SMPB. " A empresa sempre foi considerada uma das mais sérias de Minas Gerais e parte do valor da prestação do serviço foi transformado neste mútuo, que foi pago em uma parcela de R$ 20 mil e outras dez de R$ 17,3 mil, a última vencendo no início deste ano " , afirmou o ex-ministro tucano...
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