caçador_novo escreveu:Carnage escreveu:mariana@_ escreveu:Edu28 escreveu:Estou feliz por ela. Aparentemente viveu a vida que quis. Uma fracao minima consegue.
Concordo!
Alguém que se entope de alcool e drogas não pode ser feliz. Se precisa alterar o seu estado mental toda hora, é porque detesta a vida que tem. Duvido que tenha "vivido a vida que quis".
Concordo.
Também não acredito que no caso dela, principalmente nos seus últimos anos de vida (fisicamente debilitada a ponto de sequer conseguir exercer a única coisa que a distinguia dos outros "viciados inúteis e idiotas" - o talento) ela fosse feliz. Mas a maioria das pessoas vive no máximo resignadas ou conformadas, vão só tocando o barco para frente sem pensar muito no assunto, tendo a felicidade apenas como algo utópico ou limitando-a apenas a coisas comuns e facilmente atingidas - formar uma família, ter um emprego estável, comprar uma casa...
O que dizer de Amy Winehouse? Ela tinha talento, tinha uma família ao que parece estável, tinha dinheiro e oportunidade de viver de música, do que ela amava fazer, era feia mas vá lá... com fama e uma conta recheada, a aparência é só um detalhe.
Ela tinha todos os motivos para ser feliz e amar a vida. Tinha mesmo? Não sei. Se existe o extremo da pessoa que vive na miséria (favelados, moradores de rua, catadores de papel...) e se dizem felizes (e como não inventaram uma forma científica de se medir isso, só podemos tomar como verdade a palavra da pessoa) o oposto pode ser factível - quem tem "tudo" e se sente infeliz. O problema no caso em alguns casos é a tendência (ao que tudo indica biológico) ao vício e algo muito comum em pessoas que fogem ao padrão que é uma certa falta de flexibilidade em aceitar menos do que ela sonha como ideal. Todos sonham em trabalhar na área com a qual se identifica, para a qual tem talento e ser bem sucedido finaceiramente, ser admirado no que faz de melhor. Mas quantos realmente conseguem? A minoria. A maior das pessoas falha e se contenta em conseguir um emprego que pague as contas no final do mês e garanta uma aposentadoria lá na frente. E passam a vida conhecendo apenas os pequenos prazeres e não a felicidade em si. Para outros é tudo ou nada. Não existe a possibilidade de se conviver com o meio termo. Se a felicidade é inatingível e você não suporta o mediano, o melhor que se pode fazer é se dopar ou "colorir" o cotidiano. Se você tiver sorte talvez se torne apenas um consumidor esporádico. Agora se a arma tiver uma bala no tambor, uma hora o gatilho vai disparar. Acredito que no caso da Amy ela não fizesse nem idéia do que realmente a faria feliz - a depressão era só um buraco que ela tentava tapar se enchendo de drogas.