Porém, mesmo dentro da minha posição agnóstica, fica evidente que a não existência de vida após a morte não exclui a eventual existência de deus.
Ou, o contrário, a existência de deus não garante a imortalidade da alma, sendo antes necessário esta ser real.
Resumindo, deus, alma, vida após a morte, etc etc, são conceitos independentes, entrelaçados por obra e responsabilidade da imaginação humana.
Então, não estamos aqui discutindo deus, mas sim religiões, crenças e afins, tudo colocado dentro do mesmo balaio.
Obviamente, quem crê num deus, o faz dentro de concepções religiosas, único e exclusivo critério razoável para esse fim.
Não creio que tenha sido dentro desses parâmetros que o notável físico tenha tecido suas considerações.
Se o fez, foi leviano, porque deveria, então, discutir religião ao menos filosoficamente e nunca cientificamente.
Assim como não há utilidade em se achar que o maior desafio da ciência seja comprovar ou enterrar a existência de deus.
O que equivale a dizer que a opinião desse ou de qualquer outro cientista tem relevância zero nesse assunto.
E isso porque, por mais extraordinários que sejam todos os estudos científicos até hoje feitos, por maior que seja a complexidade daquilo que foi estudado, no raso, eles não passam de uma busca constante pela compreensão lógica das coisas, as quais tiveram origem e continuarão a existir, independente dessa observação.
Ou seja, o pensamento humano se pretende analítico, mas não vai além de observador, passando longe de ser criador.
O que nos exclui desse entendimento, quando o que se discute é a criação, ou, aos que crêem, o criador (deus).
Aos racionais, resta aceitar que o conhecimento humano ainda rasteja, tal qual bebê que se deslumbra com qualquer coisa.
O resto é soberba e presunção, ou, se assim não for, melhor decretar o fim da ciência, uma vez que tudo já explicado.