Qual o montivo deste seu entendimento?Tricampeão escreveu:Mecânica Quântica dá margem a uma interpretação não mecanicista do mundo, uma interpretação que é, portanto, compatível com a existência do livre arbítrio. Mas eu entendo que essa visão não é correta, de um ponto de vista científico.
Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
Tudo está predestinado, incluindo a ação que se considera produto do livre arbítrio, numa equação de um número de variáveis próximas ao infinito.



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O motivo é que essa indeterminação só existe no nível microscópico. O princípio não permite dizer que as ações humanas, que se dão no mundo macroscópico, seriam indeterminadas.Carnage escreveu:Qual o montivo deste seu entendimento?Tricampeão escreveu:Mecânica Quântica dá margem a uma interpretação não mecanicista do mundo, uma interpretação que é, portanto, compatível com a existência do livre arbítrio. Mas eu entendo que essa visão não é correta, de um ponto de vista científico.
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
se Stephen Hawking não acredita na vida após a morte, eu digo mais:
vc é uma ilusão — criada por seu pinto visando satisfazer suas necessidades de se enterrar num buraco e espalhar espermatozóides por aí
vc é uma ilusão — criada por seu pinto visando satisfazer suas necessidades de se enterrar num buraco e espalhar espermatozóides por aí
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
É, eu já vinha suspeitando mesmo que não existem outras dimensões pós-morte. Esses dois lugares (ceu ou inferno) talvez sejam apenas tentativas humanas de se confortar com o fim da existência. Além de ser também uma boa forma de controlar a massa popular através da ideia de recompensa e punição severa.
Mas é meio arriscado viver a vida pintando o 7 e depois de bater as botas e...
Vai qui ...
Encontar algum chifrudo rabudo te esperando com um grande garfo na mão
.
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
Como eu já disse...
Tem pessoas que precisam de algo inexplicavel, para suportar a dureza da vida (lá ele)
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”

Do ponto de vista físico, seria impossível acreditar que alma existe.
Basta uma rápida visita a um asilo para ver que capacidades de reconhecimento, memória e trocentas outras coisas ficam seriamente comprometida com a idade. Ao ponto de muita gente nem reconhecer o próprio filho ou a cada 10 minutos ficarem perguntando a mesma coisa.
Dependendo do que fizerem com seu cerebro, vc vira um retardado. Seja dopando, uma pancada na cabeça.
Talvez até exista outro mundo, mas teriamos que ir como energia pura e simples....
E outra para que Deus iria querer a seu lado seres tão imperfeitos como a gente. Nem o diabo quer, tanto que joga direto no Caldeirão.
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
Uma observação cotidiana que qualquer pessoa pode fazer, e que nos leva a desconfiar seriamente das teses que afirmam a manutenção do espírito para além do corpo. Afinal, isso que chamamos de "eu" ou de "nossa alma" é o conjunto de nossas memórias, nossas habilidades físicas, intelectuais e perceptivas, que se desenvolve e perece ao longo do tempo.Wasabi escreveu:Do ponto de vista físico, seria impossível acreditar que alma existe.
Basta uma rápida visita a um asilo para ver que capacidades de reconhecimento, memória e trocentas outras coisas ficam seriamente comprometida com a idade. Ao ponto de muita gente nem reconhecer o próprio filho ou a cada 10 minutos ficarem perguntando a mesma coisa.
Dependendo do que fizerem com seu cerebro, vc vira um retardado. Seja dopando, uma pancada na cabeça.
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Re:
Metendo o bedelho, agora que pararam de discutir literatura de gosto duvidoso:Tricampeão escreveu:O motivo é que essa indeterminação só existe no nível microscópico. O princípio não permite dizer que as ações humanas, que se dão no mundo macroscópico, seriam indeterminadas.Carnage escreveu:Qual o montivo deste seu entendimento?Tricampeão escreveu:Mecânica Quântica dá margem a uma interpretação não mecanicista do mundo, uma interpretação que é, portanto, compatível com a existência do livre arbítrio. Mas eu entendo que essa visão não é correta, de um ponto de vista científico.
(1) O comportamento ou ação humana não é um objeto muito mais difícil de delimitar do que o movimento de uma locomotiva ou mesmo de um méson? Em última análise, ele não é um objeto de modo nenhum, mas o resultado de diversos determinantes que vão desde impulsos elétricos, reações hormonais, até representações sociais e ideológicas. Embora (até onde eu saiba), estejamos muito longe de descobrir todas as relações causais entre essas instâncias, ainda assim seria possível imaginar que o comportamento humano seja determinado, no sentido de se analisar todas as origens que lhe condicionam. Seria possível, mas...
(2) O problema talvez esteja no próprio conceito de indeterminação: não existe nada determinado nem indeterminado em si mesmo, mas a aplicação de certos critérios de determinação, que enquadram determinados objetos como determinados ao mesmo tempo em que excluem outros como indeterminados. Nossos critérios de determinação foram historicamente constituídos a partir da "lógica" macroscópica simplesmente porque as milhares de gerações anteriores ao século XIX não tinham a menor condição técnica de verificar fenômenos microscópicos. Portanto, é natural que quando destacamos o conceito de determinação de sua genealogia histórica e projetamos sobre um objeto para o qual ele não é adequado, esse objeto parecerá "indeterminado". Se existissem homens microscópicos capazes de observar nosso mundo, eles certamente achariam um absurdo que se possa conhecer previamente o caminho de um trem com quase nenhum grau de incerteza.
(3) No caso do comportamento humano, a coisa é mais complicada, pois as "determinações" costumam ter profundos conteúdos morais e normativos e, ao contrário dos mésons, os seres humanos têm especial prazer em subverter, perverter ou mesmo destruir esses conteúdos, o que nada mais é do que o conceito lacaniano de gozo. Ou seja, nós "naturalmente" buscamos espapar dos critérios de determinação historicamente constituídos, mesmo que isso seja inconsciente. Ser humano é ser indeterminado, e o próprio desejo de determinação pode ser uma reação a isso. O que não quer dizer que não existam técnicas (sempre instáveis) para que esse gozo destrutivo se exprima por caminhos mais sadios do que matar a mãe, estuprar criancinha ou casar com puta.
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Colocações interessantes. Veja que o livre arbítrio não deve ser atribuído apenas aos seres humanos, mas também aos irracionais. Quem acredita no livre arbítrio em geral acredita também no livre arbítrio dos cachorros e dos gatos, embora não no dos vegetais ou no dos minerais.Compson escreveu:(1) O comportamento ou ação humana não é um objeto muito mais difícil de delimitar do que o movimento de uma locomotiva ou mesmo de um méson? Em última análise, ele não é um objeto de modo nenhum, mas o resultado de diversos determinantes que vão desde impulsos elétricos, reações hormonais, até representações sociais e ideológicas. Embora (até onde eu saiba), estejamos muito longe de descobrir todas as relações causais entre essas instâncias, ainda assim seria possível imaginar que o comportamento humano seja determinado, no sentido de se analisar todas as origens que lhe condicionam. Seria possível, mas...
(2) O problema talvez esteja no próprio conceito de indeterminação: não existe nada determinado nem indeterminado em si mesmo, mas a aplicação de certos critérios de determinação, que enquadram determinados objetos como determinados ao mesmo tempo em que excluem outros como indeterminados. Nossos critérios de determinação foram historicamente constituídos a partir da "lógica" macroscópica simplesmente porque as milhares de gerações anteriores ao século XIX não tinham a menor condição técnica de verificar fenômenos microscópicos. Portanto, é natural que quando destacamos o conceito de determinação de sua genealogia histórica e projetamos sobre um objeto para o qual ele não é adequado, esse objeto parecerá "indeterminado". Se existissem homens microscópicos capazes de observar nosso mundo, eles certamente achariam um absurdo que se possa conhecer previamente o caminho de um trem com quase nenhum grau de incerteza.
(3) No caso do comportamento humano, a coisa é mais complicada, pois as "determinações" costumam ter profundos conteúdos morais e normativos e, ao contrário dos mésons, os seres humanos têm especial prazer em subverter, perverter ou mesmo destruir esses conteúdos, o que nada mais é do que o conceito lacaniano de gozo. Ou seja, nós "naturalmente" buscamos espapar dos critérios de determinação historicamente constituídos, mesmo que isso seja inconsciente. Ser humano é ser indeterminado, e o próprio desejo de determinação pode ser uma reação a isso. O que não quer dizer que não existam técnicas (sempre instáveis) para que esse gozo destrutivo se exprima por caminhos mais sadios do que matar a mãe, estuprar criancinha ou casar com puta.
Se aceitarmos a hipótese a) de alguns seres terem livre arbítrio e outros não, as questões gerais são as seguintes:
1) A partir de que grau de complexidade o livre arbítrio se manifesta?
2) Como esse maior grau de complexidade suscita o livre arbítrio?
3) Como conciliar o livre arbítrio com a Ciência moderna?
Podemos rejeitar esssa hipótese e aceitar uma das outras duas possíveis:
b) Não existe livre arbítrio. Neste caso, não precisamos responder as questões 1 a 3, mas nossa liberdade seria uma ilusão.
c) Todos os seres, até mesmo o bósson de Higgs. possuem livre arbítrio. Neste caso, também não precisamos responder as questões 1 a 3, mas a Ciência seria impossível.
Todas as opções são dolorosas.
Parece-me que sua consideração número (1) aponta no sentido da opção b, sua consideração número (2) aponta no sentido da opção c, e sua consideração número (3) aponta no sentido da hipótese a
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Re:
Mas o que seria exatamente livre arbítrio? A capacidade de determinar conscientemente sua ação? Ou apenas a possibilidade fazer alguma coisa que não seja passível de previsão teórica?
No primeiro caso, creio que os seres humanos são os únicos que têm algum grau de livre arbítrio. No segundo, acho que quase tudo tem, dependendo das minúcias da previsão.
Outra solução seria deslocar a questão. Em vez de pensar sobre a intencionalidade/causalidades das ações, simplesmente considerar as ações dadas. Isso esvaziaria a distinção entre seres com e sem livre arbítrio...
O sol, por exemplo, seria mais competente para convencer os planetas a girarem ao seu redor do que a equipe econômica do governo para convencer os agentes a reduzirem o ritmo de aumento de seus preços.
Mas isso seria apenas uma descrição conjuntural. Sempre seria possível uma rebelião planetária e até mesmo o Mantega conseguir baixar a inflação...
No primeiro caso, creio que os seres humanos são os únicos que têm algum grau de livre arbítrio. No segundo, acho que quase tudo tem, dependendo das minúcias da previsão.
Outra solução seria deslocar a questão. Em vez de pensar sobre a intencionalidade/causalidades das ações, simplesmente considerar as ações dadas. Isso esvaziaria a distinção entre seres com e sem livre arbítrio...
O sol, por exemplo, seria mais competente para convencer os planetas a girarem ao seu redor do que a equipe econômica do governo para convencer os agentes a reduzirem o ritmo de aumento de seus preços.
Mas isso seria apenas uma descrição conjuntural. Sempre seria possível uma rebelião planetária e até mesmo o Mantega conseguir baixar a inflação...

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Você negaria o livre arbítrio dos gatos e dos cachorros?Compson escreveu:Mas o que seria exatamente livre arbítrio? A capacidade de determinar conscientemente sua ação? Ou apenas a possibilidade fazer alguma coisa que não seja passível de previsão teórica?
No primeiro caso, creio que os seres humanos são os únicos que têm algum grau de livre arbítrio. No segundo, acho que quase tudo tem, dependendo das minúcias da previsão.
Eu negaria sem problemas o das pedras e até mesmo de seres vivos menos sofisticados, como cobras e sapos. Mas não podemos negar o dos mamíferos superiores.
Acredita mesmo que seria possível uma rebelião planetária?Compson escreveu:Outra solução seria deslocar a questão. Em vez de pensar sobre a intencionalidade/causalidades das ações, simplesmente considerar as ações dadas. Isso esvaziaria a distinção entre seres com e sem livre arbítrio...
O sol, por exemplo, seria mais competente para convencer os planetas a girarem ao seu redor do que a equipe econômica do governo para convencer os agentes a reduzirem o ritmo de aumento de seus preços.
Mas isso seria apenas uma descrição conjuntural. Sempre seria possível uma rebelião planetária e até mesmo o Mantega conseguir baixar a inflação...
De qualquer forma, o abandono do conceito não é viável, uma vez que algumas das nossas mais importantes instituições, como o Direito, por exemplo, foram construídas com base nele.
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Re:
Eu não nego o livre arbítrio de nenhum animal.Tricampeão escreveu:Você negaria o livre arbítrio dos gatos e dos cachorros?Compson escreveu:Mas o que seria exatamente livre arbítrio? A capacidade de determinar conscientemente sua ação? Ou apenas a possibilidade fazer alguma coisa que não seja passível de previsão teórica?
No primeiro caso, creio que os seres humanos são os únicos que têm algum grau de livre arbítrio. No segundo, acho que quase tudo tem, dependendo das minúcias da previsão.
Eu negaria sem problemas o das pedras e até mesmo de seres vivos menos sofisticados, como cobras e sapos. Mas não podemos negar o dos mamíferos superiores.
Todos os animais tomam decisões conscientes baseadas em seu desejos, necessidades e medos.
Isso pode diminuir quanto mais se vai em direção dos animais menos desenvolvidos, mas acredito que até mesmo as formigas tem um componente de decisões próprias em seus atos.
- Mike Logan
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
Como seria uma decisão consciente tomada por um animal não-humano?Carnage escreveu:Eu não nego o livre arbítrio de nenhum animal.
Todos os animais tomam decisões conscientes baseadas em seu desejos, necessidades e medos.
(...)
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Re: Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”
Pegunta difícil Mike. Precisaríamos antes definir o que é "consciência".