Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

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#46 Mensagem por Carnage » 29 Nov 2009, 16:49

http://www.cartacapital.com.br/app/colu ... 2=5&i=5381
A imprensa, Yeda e Lula no Pampa

30/10/2009 15:37:49
Paulo Cezar da Rosa

Muita gente acredita na recuperação de Yeda Crusius, na possibilidade dela vir até a reelege-se em 2010. Crê que vencidos os inquéritos, os processos administrativos, judiciais e políticos, como o impeachment e a CPI ainda em curso na Assembleia, a governadora renascerá das cinzas numa campanha eleitoral restauradora de sua imagem e sua política. O trabalho que está sendo feito nos últimos 60 dias para Yeda reforça essa tese. No lugar da governadora geradora de conflitos, uma Yeda "paz e amor" passou a ser apresentada em todos os meios de comunicação em fotos e manchetes.

Até ano passado a possibilidade de recuperação era real. Um conjunto de elementos indicava que Yeda poderia afirmar seu governo e, um pouco como Lula no pós-mensalão, dar a volta por cima. Agora, não existe mais gerenciamento de imagem que resolva seus problemas. Os que acreditam poder recompor sua viabilidade eleitoral em geral subestimam a inteligência do eleitor. Acham que o marketing e mídia podem tudo.

Os motivos que levaram Lula às alturas na avaliação do cidadão brasileiro são os mesmos que colocam Yeda entre os piores governos da história do Rio Grande. O presidente Lula chegou aos 80% de aprovação por causa da sua política e navegando na contra-mão do PIG. Já Yeda fez o inverso. Com uma proteção permanente do PIG, a governadora hoje tem cerca de 80% de desaprovação. Ou seja, assim como o PIG não derrotou Lula, o PIG não será capaz de reerguer Yeda em 2010.

Políticas inversas
A saga de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul repete, em grande medida, a de seus antecessores. Jair Soares, Alceu Colares, Antonio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto foram governadores que buscaram acertar e acabaram recusados pelo eleitor. Mas Yeda tem uma particularidade: ela sempre dependeu da força das suas ideias e pôde desprezar, em sua trajetória, partidos, forças sociais e soluções de compromisso. Até chegar, quase por acaso, ao cargo que ocupa hoje.

Tudo o que se pensar sobre Lula e suas políticas, deve-se colocar um sinal de negativo para compreender Yeda. Enquanto Lula agrega, Yeda confronta. Enquanto Lula conversa, Yeda briga. Enquanto o Brasil segue em frente, O Rio Grande vai para trás.

Yeda faz um governo que teve a ousadia de instalar uma representação em Brasília chamando-a de "embaixada", como se o Brasil fosse um outro país. No governo gaúcho, confrontada com uma posição em que, obrigatoriamente, é preciso "fazer política", Yeda revelou-se incapaz. Sua gestão é uma sucessão de confrontos e feitos inúteis ou negativos, a maior parte deles com os próprios aliados. Incluem-se nesta lista o vice-governador, Paulo Feijó, do DEM; o assessor morto em Brasília, que chegou a ser nomeado "embaixador" da "representação gaúcha"; o "companheiro" Lair Ferst, que teria feito uma delação premiada; o ex-secretário da Segurança Pública, Otávio Germano (PP), que teria a ver com a corrupção no Detran.... A lista é longa e deve frequentar as atas de julgamentos e condenações judiciais nos próximos anos. Diante de tudo isso, Yeda mostrou-se inconfiável ao eleitor. Ela havia prometido "um novo jeito de governar". O mínimo que deveria ter cumprido seria encarar de um modo diferente a corrupção. Mas, não. Yeda acabou decorando o quarto do neto em sua casa particular com dinheiro público. Comprou puffs e assoalhos emborrachados. E não existe PIG no planeta que consiga justificar isso. Nem vai resolver o PSDB intervir no estado gaúcho, nomeando uma agência paulista para cuidar da imagem de Yeda.

O papel do PIG gaúcho

Já manifestei aqui meu distanciamento crítico quanto ao termo PIG. Esqueçam! Vocês, leitores, me convenceram de que é preciso trabalhar com o conceito. Mas vamos ao que interessa: O PIG gaúcho fez tudo o que podia e não podia por Yeda Crusius. Se alguma coisa vale a minha palavra, eu testemunho: nunca um governante teve tamanha boa vontade da mídia quanto Yeda Crusius. Nem mesmo Antônio Britto foi tão defendido. Yeda teve tudo, tudo, tudo. E ainda está tendo. E, em que pese o peso e importância da mídia na formação da opinião das pessoas, todo o apoio que foi dado à governadora não conseguiu forjar uma imagem positiva de seu governo.

Ao mesmo tempo, o PIG gaúcho vem martelando contra Lula noite e dia nos últimos anos mas também não consegue imprimir uma imagem negativa ao presidente. Ao contrário, hoje Lula tem no RS praticamente os mesmos índices que possui no país. Ou seja, o papel do PIG gaúcho, cada vez mais, é enrolar peixe no dia seguinte.
http://www.cartacapital.com.br/app/colu ... 2=5&i=5466
A terceira via e o voto anti-cíclico no RS

06/11/2009 18:36:12
Paulo Cezar da Rosa

A última semana na cena política gaúcha foi dominada pelos movimentos dos atores que, hoje, são provavelmente secundários em 2010. Propositalmente, ou não, os protagonistas da sucessão estadual, PMDB e PT, recolheram-se para o fundo do palco. O PMDB aparentemente caminhando para afirmar a candidatura de José Fogaça. O PT envolto na disputa interna do comando partidário.

Como em política não existe espaço vazio, as outras duas alternativas para 2010 buscaram ocupar a cena. De um lado, a governadora Yeda Crusius seguiu recompondo a sua imagem, abalada pelas denúncias de corrupção em seu governo. De outro, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), tentou posicionar-se como candidato de renovação por uma terceira via.

Terceira via

A candidatura à releição de Yeda Crusius depende dos movimentos que vem fazendo. Aos poucos, no lugar de uma Yeda agressiva e abalada, começa a ser construída a imagem de uma Yeda “paz e amor”, que dribla os conflitos e não se expõe. Na Assembleia, a base yedista está sufocando a CPI da Corrupção. Nem mesmo a divulgação de áudios de políticos e empresários acertando propinas provoca qualquer reação. Com o fogo inimigo sob controle, Yeda conseguiu terminar a semana ganhando um troféu no II Congresso Brasileiro dos Municípios, realizado em Porto Alegre. Para não ouvir o discurso do presidente da Assembleia do Estado, Ivar Pavan (PT), também homeageado, Yeda exigiu alteração do protocolo.

Já Beto Alburquerque iniciou a semana com sua foto estampada em out doors espalhados por todo o Estado. Animado por pesquisas que vêm indicando seu nome em quarto lugar, com 7 ou 8% das intenções de voto, dependendo do cenário, Beto Albuquerque está se apresentando como candidato a candidato de um bloco de partidos que reuniria o PSB, PP, PCdoB, PDT, PPS, PTB, PR, PV e também do PSC, PTC e PtdoB. No meio da semana, contudo, dois dos principais partidos animadores da articulação já anunciaram discordância com o movimento do líder socialista. Sem os trabalhistas, a terceira via tende a se esvaziar, a começar pelo espaço reduzido de TV e pela falta de apoio social.

Sonhos, acredite neles

O ambiente político do Rio Grande do Sul é propício para o surgimento de uma nova alternativa. Foi sobre este terreno que Yeda Crusius elegeu-se em 2006. Todavia, hoje, as dificuldades de viabilização de um projeto como quer o líder do PSB talvez sejam maiores até que a candidatura à reeleição da governadora.

Yeda, em princípio, conta com o apoio nacional de seu partido. Serra (ou Aécio) é nome forte, que garante território de atuação. Já a terceira via regional talvez não conte com a mesma cobertura nacional. Até o momento, as tentativas de Ciro Gomes de posicionar-se como candidato não resultaram em nada sólido. Ao contrário, o surgimento de outras alternativas parece contra-indicar sua candidatura. Com isso, as possibilidades de uma terceira via no Rio Grande do Sul também se estreitam. E os sonhos de Beto Albuquerque de construir-se como solução de governo podem não prosperar.

Contraditoriamente, o ocaso de Yeda, que parece animar Fogaça e Tarso, pode ser mortal para Beto Albuquerque. Yeda transitou do novo ao velho na política gaúcha com a desenvoltura de um elefante numa cristaleira. Na memória recente do eleitor o novo está vinculado à decepção. E se isso se confirmar – ou seja – se Yeda aparecer no cenário de 2010 como portadora das piores práticas, a tendência dos gaúchos poderá ser buscar uma solução testada, tipo Tarso ou Fogaça, que foi prefeito de Porto Alegre, no caso do primeiro, e é, no caso do segundo. Albuquerque seria vítima da tendência anti-cíclica do eleitor gaúcho.

Isso, aliás, não seria novidade. Os gaúchos parecem adorar andar na contra-mão. Enquanto não era viável nacionalmente, os gaúchos votavam em Lula. Quando isso se tornou realidade, os gaúchos passaram para a oposição. Votaram em Serra e depois em Alckmin. E é exatamente essa rebeldia do eleitor gaúcho, essa imprevisibilidade que surpreende a todos a cada eleição, que parece animar o socialista Alburquerque.

Vai ver, ele está certo.

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#47 Mensagem por Carnage » 20 Dez 2009, 17:51

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... do-arruda/
Yeda teria ajudado Arruda?
Atualizado em 14 de dezembro de 2009 às 16:19 | Publicado em 14 de dezembro de 2009 às 16:12

Onde está o laudo da morte de Marcelo Cavalcante?

por Cristóvão Feil, em Diário Gauche

Vejam a comovente confissão do senador Pedro Jorge Simon (PMDB-RS) na tribuna do Senado na última quarta-feira:
“Nessa hora tão tumultuada, tão difícil, tão complicada, onde não se sabe mais o que está certo e o que está errado, não se sabe o que fazer e o que não fazer, mais uma vez o Senado vai fazer a sua parte e vai votar um projeto da maior importância e do maior significado no que tange à questão da corrupção”, disse o parlamentar se referindo ao Dia Mundial Combate à Corrupção.
Dois dias depois, o intrépido Pedro Jorge voltou à tribuna, de onde espargiu perdigotos e críticas ao que chamou de "truculência" da Polícia Militar de Brasília contra manifestantes que pediam a renúncia do governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de corrupção pesada.
Pedro Jorge, que dois dias antes ignorava "o que está certo e o que está errado, não se sabe o que fazer e o que não fazer", subitamente, ficou iluminado e protestou contra a opressão e a brutalidade da polícia do governador Arruda. Parcialmente iluminado, eu diria. Simon acometeu-se de meia lucidez, se é que isto exista. Faltou cobrar da polícia do Distrito Federal o laudo da causa mortis do ex-embaixador do governo Yeda no DF, Marcelo Cavalcante.
A propósito da morte misteriosa do ex-assessor de gabinete da então deputada federal Yeda Crusius (PSDB), Pedro Jorge poderia ajudar a esclarecer o motivo de a polícia de Arruda ter tanta dificuldade para emitir um laudo simples, que faz parte da rotina de qualquer força policial.
Para refrescar a memória de todos nós, vamos reler parte de um post deste blog, publicado em 19 de fevereiro último. Seis questões que intrigam:
1) É raríssimo suicídio por afogamento, tanto mais se o local escolhido for nas águas serenas de um lago (o Paranoá, de Brasília), onde não há correntezas, redemoinhos ou ondas.
2) Qual o motivo de apressar o sepultamento do corpo? O corpo foi encontrado no amanhecer de terça-feira, dia 17 de fevereiro de 2009, na quarta-feira (18) à tarde, já estava sepultado.
3) Por que não houve perícia técnica para examinar as vísceras do corpo? Em casos de suspeita de morte por afogamento é fundamental examinar a presença de microalgas no interior do pulmão da vítima. O exame legista pode dar respostas sobre agressão antes ou depois do óbito e qual foi de fato o agente causador do mesmo.
4) Como a hipótese de suicídio é remota, por que pessoas do centro do governo Yeda logo classificaram de forma perempta e uníssona, sobretudo uníssona, a morte por suicídio? Seria uma orquestração? De quem? Estranha muito a carta de Carlos Crusius que não disse a que veio, salvo para afirmar categoricamente que Marcelo Cavalcanti foi levado ao suicídio. Ficou evidente a “palavra de ordem” de Crusius: morte por suicídio e ponto final.
5) A mídia amiga e os correligionários do falecido passaram a repetir a hipótese do suicídio como uma verdade absoluta, fazendo cortina de fumaça para outras hipóteses e especulações menos ingênuas.
6) Uma questão importante: a Polícia Federal investiga ou investigou o caso?
Como já se notou, o escasso republicanismo do governo Arruda (Dem-DF) - ex-militante tucano - não teria contribuído para o descaso na emissão do laudo de causa mortis de Marcelo Cavalcante? As práticas convergentes dos governos do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal não teriam colaborado para que as investigações e diligências acerca da misteriosa morte do ex-assessor de Yeda tivessem resultados nulos, vagos ou não-conclusivos?
O senador Pedro Jorge bem que poderia usar a sua meia lucidez para mobilizar forças em torno dos esclarecimentos do propalado "suicídio" de Marcelo Cavalcante, chave para tantas indagações suspensas e mistérios irresolvidos no yedismo de fracassos.

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Re: Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande

#48 Mensagem por Carnage » 11 Abr 2010, 17:39

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16497
Política virou caso de polícia no Rio Grande do Sul

Contrariando versão da polícia gaúcha, o Ministério Público do Rio Grande do Sul anunciou que o ex-vice-prefeito e ex-secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos (PTB), não foi vítima de latrocínio, mas sim executado. O motivo teria sido vingança causada por desentendimento entre o secretário e uma empresa de segurança que prestava serviços à secretaria. Dono da empresa, apontado como um dos responsáveis pela morte, denunciou que era obrigado a pagar propina para financiar campanhas do ex-secretário. Vídeo mostra ex-assessor de Eliseu Santos recebendo dinheiro.

Marco Aurélio Weissheimer


E não é que os adeptos das “teorias da conspiração” tinham razão em, ao menos, desconfiar da pressa da polícia civil gaúcha nas investigações do assassinato do ex-secretário municipal da Saúde e ex-vice-prefeito de Porto Alegre, Eliseu Santos, ocorrida na noite do dia 26 de fevereiro, em uma rua no centro da capital. Essa desconfiança tinha base em informações e relatos da vida real, uma base que a maioria dos jornalistas resolveu deixar pra lá, aceitando logo a versão oficial e não falando mais no caso. Aqueles que ousaram fazer algum tipo de contestação à hipótese do latrocínio foram motivos de chacota nos dias que se seguiram ao anúncio da conclusão da investigação policial. Mas eis que o Ministério Público vem para estragar esse silêncio.

Eliseu Santos não foi vítima de latrocínio, mas sim de uma execução. Essa é a conclusão do MP que ofereceu denúncia, por crime de homicídio qualificado, contra mais cinco pessoas, além das três já indiciadas e presas pela Polícia Civil. A peça acusatória, anunciada um mês depois da entrega do inquérito policial à Justiça, é assinada pelos promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari, Eugênio Paes Amorim, Jorge Alberto dos Santos Alfaya e André Gonçalves Martinez, que atuam perante à 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. A denúncia criminal foi recebida hoje, 1º de abril, pela juíza Elaine Maria da Fonseca. O inquérito policial sustentou que Eliseu foi vítima de uma quadrilha de assaltantes de carros.

A conclusão do MP é bem diferente Segundo os promotores, Eliseu Santos foi morto, na noite do dia 26 de fevereiro, “por motivo torpe, com a utilização de meio que pode causar perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade em outro crime.” Ainda segundo o MP, o motivo do crime foi vingança, “tendo em vista que um deles perdeu seu cargo em comissão junto à Secretaria Municipal da Saúde, bem como uma empresa de vigilância e segurança a qual outros denunciados, sócios, tiveram o contrato finalizado, acabando a empresa por fechar, ficando, ainda, valores a serem recebidos e bloqueados para pagamento dos funcionários”.



Em maio de 2009, Eliseu Santos esteve envolvido em uma grave denúncia envolvendo sua gestão na Secretaria da Saúde de Porto Alegre (conforme reportagem da Rede Record no vídeo acima). A empresa Reação, que prestava serviço de segurança para a Secretaria da Saúde, denunciou que o ex-coordenador da assessoria jurídica da Secretaria, Marco Antônio de Souza Bernardes, do PTB, teria exigido dinheiro para prorrogar o contrato com a empresa. Segundo o diretor administrativo da empresa, Renato Mello, Bernardes teria cobrado, em nome do secretário Eliseu Santos, valores entre R$ 10 mil e R$ 30 mil, dinheiro que seria utilizado na campanha do secretário a deputado federal. Bernardes negou as acusações, mas foi exonerado logo após a denúncia. O secretário Eliseu Santos também negou, dizendo que iria processar criminalmente quem tivesse usado seu nome para “justificar uma falcatrua”.

Jorge Hardoff, proprietário da empresa Reação (que aparece fazendo a denúncia na reportagem da Record) e o ex-assessor jurídico da Secretaria da Saúde, Marco Antônio de Souza Bernardes, que seria o responsável por arrecadar a propina para campanhas eleitorais, estão entre os denunciados pelo MP.

Denúncias na área da Saúde

O assassinato de Eliseu Santos sacudiu mais uma vez a política gaúcha. O crime ocorreu no momento em que a Polícia Federal e o MP Federal investigam a ação de uma organização criminosa especializada em desviar dinheiro público na Prefeitura de Porto Alegre, especialmente na área da Saúde. Em 2007, o então prefeito José Fogaça (PMDB) anunciou a contratação do Instituto Sollus, até então um ilustre desconhecido no RS para administrar o Programa Saúde da Família. Sediado em São Paulo, o referido instituto foi tornado de utilidade pública pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSDB), pelo decreto 50.191/2005. O vice-presidente institucional do Sollus, Argemiro França Lopes, era, na época, primeiro-secretário do Secretariado do Terceiro Setor do PSDB de São Paulo.

Durante 24 meses, o Sollus faturou cerca de R$ 57,6 milhões em Porto Alegre. Em agosto de 2009, a prefeitura rescindiu o contrato com o Instituto, que é agora alvo de investigação, acusado de desviar cerca de R$ 5 milhões do Programa Saúde da Família.

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Re: Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

#49 Mensagem por Carnage » 29 Ago 2010, 16:23

http://wp.clicrbs.com.br/rosanedeolivei ... ?topo=77,1,
Atos falhos

17 de agosto de 2010


No primeiro ato conjunto de campanha, o lançamento do movimento suprapartidário em favor de sua candidatura, José Serra (PSDB) tratou a governadora Yeda Crusius, candidata do seu partido, com uma frieza que contrasta com os afagos feitos a José Fogaça (PMDB), que optou pela neutralidade. Como chegou à churrascaria Galpão Crioulo perto das 13h30min, e Yeda precisava sair antes das 14h, por se tratar de um ato de campanha, os dois dividiram o palco por apenas meia hora. Yeda já tinha ido embora quando ele começou a discursar. Na saudação, o candidato cometeu um ato falho:

– Meus amigos, minhas amigas. Queria saudar aqui a governadora Yeda Cruzes, Crusius, que teve que sair…

Depois, pediu votos para si mesmo, para os deputados, para Ana Amélia Lemos (PP) e Germano Rigotto (PMDB), “que são os dois candidatos (ao Senado)”.

– Espero não ter cometido nenhuma coisa indevida aqui. Fiz? Eu paro por aí.

A plateia reagiu:

– E a Yeda? E a Yeda?

Só então Serra lembrou da candidata ao Piratini, a quem chamou de uma grande governadora, mas emendou com um elogio a Fogaça.

* Texto publicado na página 10 de ZH desta terça-feira

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Re: Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

#50 Mensagem por Carnage » 05 Set 2010, 18:02

Por que que quando é com o PSDB não tem fotos da pilha de dinheiro nas capas dos jornais??

http://www.jornalnh.com.br/site/noticia ... 280072.htm
Três pessoas são detidas por susposto desvio de recursos do Banrisul
Entre elas, estaria um executivo do banco e representantes de agências de publicidade.
Da Redação


Porto Alegre - Três suspeitos de esquema de superfaturamento em campanhas de marketing do Banrisul foram detidos nesta manhã pela Polícia Federal, na Operação Mercari. Entre elas, há um executivo da instituição e representantes de agências de publicidade. Eles foram presos em flagrante por peculato e lavagem de dinheiro. Além disso, a PF também apreendeu uma quantia em dinheiro, ainda não confirmada oficialmente. A assessoria de imprensa do banco ainda não divulgou nota oficial sobre o caso.

Nesta quinta-feira, foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão, sendo dez em Porto Alegre e um em Gravataí, em duas agências, na sede do banco e na residência dos suspeitos. Eles estariam envolvidos no desvio de recursos de campanhas de marketing. O prejuízo pode chegar a mais de R$ 10 milhões nos últimos 18 meses.
http://www.jornalnh.com.br/site/noticia ... 280113.htm
Material apreendido pode apontar lavagem de dinheiro no Banrisul
Três já foram presos por superfaturamento nas ações de marketing do banco.
Da Redação


Ação da PF investiga suposto desvio de R$ 10 milhões no Banrisul
Porto Alegre - O material apreendido pela Operação Mercanti, da Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas, pode ser o indício de comprovaria a lavagem de dinheiro no caso de superfaturamento em campanhas de marketing do Banrisul. O superintendente da PF, Ildo Gasparetto, afirmou em entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira em Porto Alegre, que os valores apreendidos ainda estão sendo contabilizados, em reais, dólares e euros. Segundo ele, isto comprova a tese de lavagem de dinheiro e evasão de divisa.

Três suspeitos de envolvimento no esquema foram presos pela PF, entre eles um executivo da instituição e representantes de agências de publicidade. De acordo com Gasparetto, o sigilo da investigação deve ser quebrado em breve e, posteriormente, pode ser apurado o envolvimento de políticos e autoridades. O desvio de recursos teria sido denunciado por uma pessoa do setor de marketing de uma empresa. A testemunha deu como exemplo um projeto avaliado em R$ 350 mil, que foi faturado em R$ 546 mil.

A governadora Yeda Crusius convocou a direção e o Conselho do Banrisul para reunião na Casa Branca da Expointer para debater o caso.
http://blogs.estadao.com.br/radar-polit ... cao-no-rs/
PF divulga fotos de valores apreendidos em operação que investiga desvio no Banrisul

por Rodrigo Alvares

Seção: Brasil

02.setembro.2010 16:49:11

Rodrigo Alvares


A Polícia Federal divulgou fotos de valores apreendidos em busca realizada na Operação Mercari, que investiga possíveis desvios de recursos da área de marketing com prejuízo ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). A PF prendeu o superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, um representante da agência SL&M, Gilson Stork, e um diretor da DCS, Armando D’Elia Neto.

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Os três foram presos em flagrante por peculato e lavagem de dinheiro porque durante as buscas em residências e empresas a PF apreendeu dinheiro sem origem identificada. Até o momento, foi recolhido um total de cerca de R$ 2 milhões em poder dos três.

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A PF cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão nas duas agências, no Banrisul e na residência de suspeitos.

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http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16929
Novo escândalo atinge governo tucano no Rio Grande do Sul

Ação conjunta do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul, do Ministério Público de Contas e da Polícia Federal aponta existência de uma quadrilha no interior do Banco do Estado do RS (Banrisul). A força tarefa constituída pelos três órgãos investiga a ação de uma suposta organização criminosa, integrada por um alto funcionário do banco, agências de publicidade e prestadores de serviços, que pode ter causado um prejuízo de mais de 10 milhões de reais nos últimos 18 meses. Três pessoas foram presas em flagrante por peculato e lavagem de dinheiro. A PF encontrou em suas residências e empresas cerca de R$ 2 milhões sem origem identificada (foto).

Marco Aurélio Weissheimer


A Polícia Federal, o Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul e o Ministério Público de Contas deflagaram nesta quinta-feira (2) a Operação Mercari que apura possíveis desvios de recursos da área de marketing com prejuízo para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). O nome da operação, Mercari, vem do latim: “comprar para vender”, “comércio”. A força tarefa constituída pelos três órgãos investiga a ação de uma suposta organização criminosa, integrada por um alto funcionário do banco, agências de publicidade e prestadores de serviços, que pode ter causado um prejuízo de mais de 10 milhões de reais nos últimos 18 meses.

Segundo nota divulgada pela Superintendência da Polícia Federal no RS, “o esquema se daria através de superfaturamento na produção de ações de marketing contratadas junto a agências, as quais eram terceirizadas a empresas que, por sua vez, subcontratariam os reais executores dos serviços a preços muito menores do que aqueles cobrados do banco”.

A Justiça Estadual, acionada pelo MP Estadual, autorizou o compartilhamento de informações com o MP de Contas que, por sua vez, requereu ao Tribunal de Contas do Estado uma inspeção especial no Banrisul. A Polícia Federal atua na operação por causa da existência de indícios de crimes de evasão de divisas, ocultação de bens e valores e sonegação fiscal. A PF cumpriu hoje, atendendo determinação judicial estadual, 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em porto Alegre e um em Gravataí, com a participação de 76 policiais.

Três suspeitos foram presos. Segundo a jornalista Adriana Irion, de Zero Hora, os nomes são: o superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, um funcionário da agência SL&M, Gilson Storke, e um diretor da DCS, Armando D’Elia Neto. Eles foram presos em flagrante por peculato e lavagem de dinheiro. A PF encontrou em suas residências empresas cerca de R$ 2 milhões sem origem identificada.

TCE apontou irregularidades nos gastos do Banrisul

O período abrangido pelas investigações da Operação Mercari (18 meses) pega em cheio a gestão de Fernando Lemos na direção do banco. Considerado da “quota do PMDB” e, mais particularmente, do senador Pedro Simon, Lemos esteve a frente de uma megaoperação publicitária do governo tucano que despejou milhões de reais em anúncios e campanhas.

Cabe lembrar que a despesa total do governo Yeda Crusius com publicidade aumentou consideravelmente a partir de 2008: cresceu 23% acima da inflação. Foi uma das receitas para enfrentar os escândalos e denúncias de corrupção. O governo tucano abriu os cofres e despejou publicidade na mídia gaúcha. Em dois anos, foram gastos em propaganda (a preços médios de 2008) cerca de 306 milhões. Deste total, mais de 200 milhões foram gastos pelas estatais. Mais de 80% deste valor (cerca de 164 milhões de reais) vieram do Banrisul.

Segundo análise do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, relativa aos anos de 2007 e 2008, dos 164 milhões gastos pelo Banrisul em publicidade, menos da metade foi legalmente autorizada. Cerca de 90 milhões gastos pelo banco em publicidade contrariaram a Constituição Federal e as LDOs (Leis de Diretrizes Orçamentárias) de 2007 e 2008. Neste período, apenas 8% da despesa com publicidade se enquadra no item “publicidade legal obrigatória”. Cerca de 92% foram gastos com publicidade institucional, ou seja, propaganda do governo.

Em 2009, o governo Yeda gastou 201 milhões em publicidade – quase três quartos do montante gasto em obras (271 milhões). Do total gasto em propaganda, quase a metade (99,5 milhões), veio do Banrisul. Cabe observar que só havia autorização orçamentária para o banco estatal despender 50 milhões, 49,5 milhões foram gastos ilegalmente, contrariando o disposto no artigo 149, § 7º da Constituição estadual.

Além da análise desses gastos, o Tribunal de Contas também realizou uma inspeção especial no banco a pedido do Procurador Geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino. Coincidência ou não, em meio a esse processo de investigação, Fernando Lemos deixou a direção do banco no início deste ano, sendo premiado pela governadora Yeda Crusius com um cargo de juiz no Tribunal de Justiça Militar.

“Hoje é o Detran, no passado foi o Daer. Depois foi o Banrisul, depois a CEEE”

http://www.youtube.com/watch?v=a42N9V3A ... r_embedded

As denúncias envolvendo o Banrisul atualizam um dos temas mais polêmicos e explosivos do governo Yeda Crusius: as denúncias feitas pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM) sobre irregularidades na gestão do banco e a famosa conversa que manteve, no dia 26 de maio de 2008, com o então chefe da Casa Civil do governo estadual, Cezar Busatto, quando este afirmou, entre outras coisas, que o Banrisul seria usado para financiar campanhas eleitorais do PMDB. As palavras de Busatto:

“Hoje é o Detran, no passado foi o Daer. Quantos anos o Daer sustentou? Na época das obras polpudas. Depois foi o Banrisul, depois a CEEE. Se tu vai ver é onde os partidos querem controlar. Não querem saber se é área social. Onde têm as possibilidades de financiamento, pode ter certeza que tem interesses poderosos aí controlando. Então, é uma coisa mais profunda que está em jogo, né?”

“Eu não tenho dúvida de que o Detran é uma grande fonte de financiamento (do PP). Não é verdade? E o Banrisul com certeza, nesses quatro anos (…) O custo que teria ela (a governadora) ter que romper com Zé Otávio, Pedro Simon…”

Mas as denúncias de Feijó não se limitaram a este episódio. Em maio de 2008, um dia depois de defender a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, na Assembléia Legislativa, para investigar irregularidades envolvendo contratos do Banrisul, o vice-governador Paulo Feijó denunciou o desvio de cerca de R$ 18 milhões dos cofres públicos. Segundo Feijó, esse dinheiro teria saído do banco para a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sem ser contabilizado.

Segundo Feijó, em 2006, o banco teria repassado R$ 24 milhões para a Faurgs. No mesmo período, denunciou, foi contabilizada a entrada de apenas R$ 6 milhões na fundação. Uma empresa terceirizada que prestaria serviços exclusivamente para a fundação teria recebido o restante. Feijó disse que sua denúncia estava baseada em um documento resultante das investigações feitas pelo Ministério Público. Ele entregou esse documento à governadora Yeda Crusius, mas não teria obtido retorno. Feijó disse na época que que tomou conhecimento das irregularidades ainda durante o governo de Germano Rigotto (PMDB), mas que, na época, era apenas líder de uma entidade sindical (a Federasul). Indagado sobre as semelhanças entre as denúncias de irregularidades no Banrisul e as verificadas no Detran, Feijó afirmou na época: “se não são iguais, são muito parecidas”.

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Carnage
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Re: Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

#51 Mensagem por Carnage » 11 Set 2010, 00:30

Cadê os jornais fazendo alarde sobre a invasão de privacidade cometida pelo PSDB?

Cadê o Serra dizendo que está "indignado"???

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16941
Estado policial: filhos de deputada são espionados e seguidos no RS

Clima de faroeste segue no Rio Grande do Sul, beneficiado pelo silêncio da chamada grande mídia. Na tarde de segunda-feira (6) promotor que investiga sargento segurança de Yeda Crusius preso por extorsão avisou a deputada Stela Farias (PT), que presidiu CPI da Corrupção na Assembléia Legislativa, que seus três filhos, incluindo uma criança, foram espionados e seguidos pelo ex-integrante da Casa Militar do governo Yeda. O araponga do governo tucano no RS armazenou fotos e o itinerário dos filhos da parlamentar.

Marco Aurélio Weissheimer


A deputada Stela Farias (PT) denunciou ontem (6), em entrevista coletiva na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que seus três filhos foram espionados pelo sargento César Rodrigues de Carvalho, preso semana passada por extorquir proprietários de caça-níqueis e interferir nas investigações sobre o caso. O promotor Amílcar Macedo ligou ontem para Stela Farias e avisou-a que seus filhos tinham sido monitorados pelo integrante da Casa Militar do governo Yeda Crusius (PSDB). Monitorados, no caso, significa, fotos e registro do itinerário que eles percorriam, inclusive o filho mais novo, ainda uma criança. Na coletiva, a parlamentar questionou:

“Chamei essa coletiva, principalmente como mãe, porque estou muito preocupada com a segurança dos meus filhos. Durante a CPI da Corrupção, em julho do ano passado, recebi informações anônimas de que estava sendo monitorada pelo Palácio Piratini. Denunciei isto na Tribuna da Assembléia. Mas o que o promotor Amílcar me alertou hoje, vai muito além da política. A questão que paira agora é a mando de quem agia o sargento da BM e para que? Para que montar dossiês com a rotina de uma criança e de jovens filhos de parlamentares?”

Stela informou que vai aguardar as investigações do Ministério Público para tomar as devidas providências legais. Além disso, ela informou o presidente da Assembléia, deputado Giovani Cherini (PDT) sobre o ocorrido.

Deputada questionou chefe da Casa Militar

No dia 18 de junho de 2009, Stela Farias questionou a nomeação, pela governadora Yeda Crusius, do coronel João Batista Gil para o comando da Casa Militar do governo do Estado. Na ocasião, Yeda declarou à imprensa que que “o comando da Casa Militar tem no coronel Gil a continuidade daquilo que ele tem feito ao longo de seus 34 anos na Brigada Militar”.

“Qual é o serviço prestado pelo coronel ao longo de 34 anos? Por acaso seria ele ligado ao Serviço de Informações da Brigada Militar, a PM-2? Teve alguma relação com o extinto SNI? Seria esta a vocação que a governadora pretende imprimir à Casa Militar?”, perguntou a deputada.

Não é exagero supor, acrescentou, que essa mudança tem o objetivo de viabilizar o uso da estrutura da Casa Militar para investigar a oposição. “Não é a primeira vez que pesa sobre o governo gaúcho a acusação de utilizar o aparato do Estado para investigar opositores”, observou. Em março de 2009, o ex-ouvidor da Secretaria da Segurança Adão Paiani denunciou o uso político desse aparato para espionar adversários políticos do governo.
http://www.cartacapital.com.br/politica ... overnadora
No RS, a lama se aproxima da governadora
Redação Carta Capital 10 de setembro de 2010 às 15:10h


Entrevista exclusiva: Esquema tocado por sargento da Brigada Militar era de conhecimento de Yeda Crusius, diz ex-ouvidor

Em matéria exclusiva da edição de CartaCapital que chega hoje às bancas, nosso repórter Lucas Azevedo, de Porto Alegre, entrevistou Adão Paiani, ex-ouvidor da Secretaria Pública Estadual do governo do Rio Grande do Sul. Ligado ao DEM, aliado do PSDB, ele contradisse na entrevista a governadora Yeda Crusius. Ela havia afirmado desconhecer

o esquema descoberto pelo Ministério Público que aponta que o sargento da Brigada Militar César Rodrigues de Carvalho teria utilizado de forma ilegal do Sistema de Consultas Integradas do estado, que é um banco de dados de diversos órgãos, como o Detran.

O sargento, sempre a mando de superiores, vasculhava informações sobre políticos, serviores, advogados, partidos e policiais. Um dos alvos foi o candidato do PT ao governo, o ex-ministro Tarso Genro. Yeda Crusius também está na lista dos espionados.

Paiani afirmou ao nosso repórter que existe uma estrutura criminosa, encoberta por uma “falsa repressão à contravenção, principalmente no que diz respeito a jogos e caça-níqueis”. Disse também que a governadora “sempre teve total conhecimento” destas práticas e que a ação do sargento César era do conhecimento da governadora.

O ex-ouvidor conta como funcionava o esquema ilegal de coleta de informações e como ele foi instalado no governo de Yeda.

Leia a íntegra da matéria e da entrevista em CartaCapital 613, já nas bancas.

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Tiozinho50
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Re: Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

#52 Mensagem por Tiozinho50 » 14 Set 2010, 12:01

Rio Grande do Sul virou Estado perigoso para promotores, procuradores e juízes

Sep 13th, 2010
by Marco Aurélio Weissheimer.
15 comentários

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O Rio Grande do Sul está vivendo dias de surrealismo político. Talvez surrealismo não seja a palavra mais adequada e sim hiperrealismo. Se o governo Yeda Crusius tivesse algo mais do que alguns meses de vida, a população veria o seguinte quadro: promotores, procuradores da República, jornalistas, policiais e parlamentares presos ou respondendo a processo por terem ousado investigar atos da governadora e de aliados de seu governo. E parlamentares e integrantes do governo flagrados em gravações escabrosas sobre entregas de flores, fotografias, quilos de costela, livros, livres, processando quem ousou dizer que as costelas e as flores não eram costelas e flores. Contemplando esse espetáculo, passivos jornalistas dos grandes veículos de comunicação do Estado trabalhando para descrever tudo com o máximo de isenção. Noticiam algumas coisas, relatam outras, mas nenhuma síntese é feita e a memória é sistematicamente desprezada.


Pois a semana começou com mais um capítulo inacreditável desse processo grotesco e desagradável que acompanha o atual governo gaúcho. O promotor de Justiça, Amílcar Macedo, levou mais de uma hora para conseguir entrar na Casa Militar do governo do Estado. Após uma longa espera, o promotor finalmente foi chamado por nada mais nada menos do que o comandante da Brigada Militar, João Carlos Trindade, que, aparentemente, passou a despachar no Palácio Piratini. Amílcar Macedo queria cumprir uma ordem judicial: verificar dados de veículos do governo do Estado que podem ter sido utilizados para cobrar propinas de proprietários de máquinas caça-níqueis. E a governadora Yeda Crusius, como vem acontecendo desde o início de seu governo, atacou os investigadores. Em notas publicadas no twitter fez acusações genéricas ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Justiça, sem apontar provas, nem nomes, justamente uma das coisas que critica nas investigações contra seu governo. Yeda escreveu:

“Os abusos de promotores do Ministério Público estadual ou mesmo de agente do Tribunal de Justiça colocam insegurança aos cidadãos. Determinei à Procuradoria Geral do Estado as ações cabíveis para representar contra erros funcionais de agentes do MPE e do TJ”.

O cinismo da governadora parece inesgotável. Até agora, não foi capaz de emitir uma frase sequer condenando os atos de espionagem realizados por integrantes de seu governo contra políticos, jornalistas, filhos de parlamentares e até uma criança. Até agora, não determinou à Procuradoria Geral do Estado qualquer tipo de ação contra seu chefe de gabinete, Ricardo Lied, alvo de uma ação civil pública de responsabilidade por atos de improbidade administrativa. Tampouco determinou qualquer tipo de ação em relação à sua assessora direta, Walna Villarins Meneses, indiciada pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha, em um inquérito resultante da Operação Solidária, que investiga fraudes em licitações no Estado.

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Yeda garante que é uma vítima de uma conspiração articulada por agentes do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Ministério Público de Contas, juntamente com jornalistas e políticos inescrupulosos. Se isso é verdade, que sejam presos os delegados, promotores, procuradores, policiais, jornalistas e políticos que armaram essa conspiração contra governo tão probo. E que os jardins do Palácio Piratini possam ficar tomados de flores, churrasqueiras com dezenas de quilos de costela, caixas de fotografias espalhadas pelos corredores a simbolizar as marcas desse extraordinário “novo jeito de governar”. Por lá desfilarão os fiadores desse governo, aqueles senhores e senhoras que hoje passam meio envergonhados por perto do Palácio sem fazer questão de entrar.


Os senhores Simon, Padilha, Gerdau, Sirotsky e tantos outros que, seja por ação direta ou cumplicidade passiva são responsáveis pelo fato de o Rio Grande do Sul ter se tornado uma terra perigosa para promotores, procuradores, juízes, policiais e jornalistas. Há dois países, hoje, na América Latina, que apresentam situação similar: México e Colômbia, países onde o crime organizado passou a disputar o poder político e o aparato de Estado diretamente com a sociedade.
http://rsurgente.opsblog.org/2010/09/13 ... -e-juizes/

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Re: Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

#53 Mensagem por Carnage » 18 Set 2010, 00:17

Aparentemente a mídia acha que não tem nada de grave neste escândalo que envolve o PSDB, porque o Jornal Nacional ontem dedicou 25 minutos a falar do caso Erenice, que é um escândalo do PT e não perdeu nem 10 segundos pra falar deste:


http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=21251
PF vai investigar espionagem do Governo Yeda contra a FAB

15/09/2010

AYRTON CENTENO


A Polícia Federal entrou no caso da espionagem realizada a partir da Casa Militar do Governo Yeda Crusius (PSDB). Ontem, a PF abriu inquérito para apurar indícios de violação de sigilo de autoridades federais. O juiz Guilherme Pinho Machado, da Vara Federal, citou a Força Aérea Brasileira (FAB) como exemplo de possível alvo da investigação clandestina a partir do Palácio Piratini. Dados sigilosos da área de inteligência do 5º Comando Aéreo Regional (V Comar), que tem jurisdição sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina também teriam sido acessados através do Sistema de Consultas Integradas. Ignora-se a motivação da bisbilhotagem.

Também nesta terça-feira, a Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul reagiu às manifestações da governadora que, no “blog da yeda”, havia criticado veladamente o promotor Amílcar Macedo, que responde pelo caso. Yeda pediu “um basta” para “cenas preparadas e programadas, c/ ações espetaculosas acompanhadas por dezenas de repórteres e câmeras de tv (…)”, criticando “os abusos de promotores do minis. públ. estadual” e advertindo que determinara à Procuradoria Geral do Estado “as ações cabíveis p/ representar contra erros funcionais de agentes do mpe e do tj.”

Em resposta, uma nota da AMP/RS enfatiza que, “longe de traduzir ação espetaculosa ou representar qualquer ofensa a direitos dos cidadãos, as medidas adotadas pelo Promotor de Justiça têm assento em prerrogativas e atribuições próprias, alicerçadas em fatos concretos e decisões judiciais (…)”.

No texto, a entidade afirma que “não medirá esforços para fazer cessar quaisquer manobras intimidatórias direcionadas a impedir a atuação do Ministério Público e de seus membros, inclusive com avaliação de medidas judiciais cabíveis”.

O operador do Sistema de Consultas Integrados, sargento César Rodrigues de Carvalho, funcionário da Casa Militar do governo gaúcho e autor do acesso ilegal aos dados sigilosos, continua preso. Carvalho já afirmou que agiu obedecendo ordens superiores. Empregando sua senha do sistema, Carvalho espionou o ex-ministro Tarso Genro, atual candidato ao governo estadual pelo PT, o coordenador de campanha de Tarso, ex-deputado Flávio Koutzzi, o senador Sérgio Zambiasi (PTB), o deputado federal Luis Carlos Busato (PTB), os deputados estaduais Stela Farias (PT) e Luis Augusto Lara (PTB), além de dezenas de jornalistas, advogados e policiais.
http://www.vermelho.org.br/rs/noticia.p ... _secao=113
PT critica omissão da mídia sobre arapongagem do PSDB no RS

A espionagem de políticos, jornalistas, advogados e policiais na Casa Militar do Governo Yeda Crusius (PSDB) é, praticamente, dez vezes maior do que se imaginava. Em vez das 10.000 consultas já reveladas, o sargento César Rodrigues de Carvalho, atualmente preso, acessou 95.000 vezes os dados do Sistema de Consultas Integradas.


A informação foi dada à rádio Guaíba pelo promotor de Justiça Amilcar Macedo, encarregado da investigação. Macedo foi além: adiantou que a listagem que possui em mãos inclui muitos nomes novos, que não revelou, e a violação de sigilo de "autoridades de maior status".

Foram 51.000 acessos em 2009 - ou seja, 4.250 por mês. Em 2010, ano eleitoral, a atividade de arapongagem, que já era grande, aumentou expressivamente. Até o dia 10 de agosto, o total bateu em 44.000 acessos. Na tarde passada, o promotor Macedo foi barrado no Palácio Piratini, a sede do governo gaúcho. Ele pretendia conversar com a chefia da Casa Militar. Após 1h20m, o promotor conseguiu cruzar o portão. Dali, seguiu para uma garagem que abriga os carros da Casa Militar onde realizou diligência.

O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), qualificou como um "absurdo" o fato ocorrido no governo tucano do Rio Grande do Sul e estranhou o comportamento da mídia nacional em relação ao caso. "Tudo que resvala nos tucanos é omitido, a exemplo da reportagem da revista Carta Capital que mostra a participação de Verônica Serra e de sua sócia Verônica Dantas na violação do sigilo bancários de 60 milhões de brasileiros no governo Fernando Henrique", disse o líder.

Para Ferro, a omissão da mídia tanto no Rio Grande do Sul como do resto do País em relação à arapongagem no governo Yeda Crusius "mostra claramente a parcialidade da maior parte dos meios de comunicação do Brasil. Falam, sem nenhum fundamento, que o governo Lula seria uma ameaça à imprensa, mas a maior ameaça é o próprio comportamento da mídia, que ignora os princípios mais elementares do jornalismo. Na prática, a mídia brasileira foi ‘mexicanizada'. Isto é, criou-se uma espécie de PRI (Partido Revolucionário Institucional) da mídia, com um pensamento único prevalecendo, sem espaço para o contraditório".

O deputado Fernando Marroni (PT-RS) também mostrou perplexidade com os escândalo da arapongagem tucana no Rio Grande do Sul e com falta de disposição da mídia local e nacional de investigar o caso. "Dá-se uma enorme cobertura a denúncias falsas com suposto envolvimento do PT, como no caso da violação de dados da Receita Federal em São Paulo, mas no caso do Rio Grande do Sul, com provas claras de cometimento de um crime, há um silêncio sepulcral. Que liberdade de imprensa é esta? É um caso estarrecedor de omissão e posicionamento partidário da mídia".

Marroni lembrou que há dez dias a Polícia Federal prendeu três pessoas suspeitas de fazerem parte de um esquema fraudulento que teria causado um prejuízo de cerca de R$ 10 milhões ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Banrisul. "O grupo foi nomeado por Yeda Crusius, mas a mídia gaúcha refere-se aos suspeitos como quadrilha, como se nada tivesse a ver com a governadora", comentou o parlamentar.

O araponga do PSDB disse ao promotor que agia obedecendo determinações de superiores e, também, por curiosidade. Já o ex-ouvidor Paiani afiança que a ordem para espionar adversários políticos parte do núcleo de poder do governo tucano.

Usando sua senha do Sistema de Consultas Integradas, o sargento Carvalho violou dados sigilosos do ex-ministro Tarso Genro, atual candidato do PT ao governo estadual; do coordenador da campanha estadual petista, ex-deputado Flávio Koutzii; da ex-presidente da CPI da Corrupção, deputada Stela Farias (PT); do senador Sérgio Zambiasi (PTB), de dois deputados do PTB e do ex-vice prefeito de Porto Alegre, Eliseu Santos, assassinado em fevereiro deste ano.

Vasculhou ainda a vida de jornalistas, advogados e policiais. No caso de Stela e de seu colega, o deputado estadual Luis Augusto Lara, o espião acessou dados, fotos e monitorou as rotinas dos filhos deles, inclusive de uma criança de oito anos.

Fonte: Liderança do PT na Câmara

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Re: Corrupção, roubo, morte. O caso da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

#54 Mensagem por Carnage » 31 Dez 2010, 15:51

Ah se fosse um petista...

http://cloacanews.blogspot.com/2010/12/ ... e-pau.html
YEDA CRUSIUS INAUGURA PEDAÇO DE PAU FOSSILIZADO

No bruxulear de sua despirocada temporada como governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius resolveu deixar como legado, além dos incontáveis e milionários escândalos de corrupção que campearam o Piratini nos últimos quatro anos, uma obra iniciada ainda no tempo dos dinossauros, vale dizer, cerca de 200 milhões de anos atrás.
Na verdade, trata-se de um toco de madeira petrificada, semelhante ao da imagem acima, extraído de um sítio paleontológico no interior do estado, onde é tão abundante que as pessoas utilizam tais fósseis como banquinhos de botequim e até como ladrilhos para calçadas.

A surpreendente realização da mandatária foi noticiada, com alarde, pelo portal do governo estadual gaúcho (clique aqui para ler – e rir a dar com pau).

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#55 Mensagem por Tricampeão » 31 Dez 2010, 16:01

Carnage escreveu:
A surpreendente realização da mandatária foi noticiada, com alarde, pelo portal do governo estadual gaúcho (clique aqui para ler – e rir a dar com pau).
Não é para rir. Não foi nenhuma obra, e sim uma homenagem ao paleontólogo Fernando Ferrari. O cloacanews foi infeliz, nessa.
Aqui em Minas, quando querem homenagear um geólogo, muitas vezes inauguram uma placa associada a um bloco de hematita, que também é um material relativamente comum por estas bandas.

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