http://www.conversaafiada.com.br/brasil ... e-o-aecio/
Livro do Amaury:
A PF vai dizer que é o Aécio ?
O Conversa Afiada sabe que a Polícia Federal está indignada com a armação da Folha(*) de São Paulo: Folha entrevista advogada de EJ.
Não fosse o vasoduto do EJ a Polícia Federal não divulgaria o resultado da sua investigação sobre o livro do Amaury antes da eleição.
A Polícia Federal, que morre de medo do PiG (**), e muitas vezes para ele trabalha, temia ser acusada de ajudar a candidatura da Dilma.
O que a Polícia Federal pretende fazer agora é convocar uma coletiva para hoje ou amanhã e desmentir a Folha (*).
A PF já sabe que são sólidos os vínculos de Amaury Jr. e sua investigação como um trabalho que desenvolvia no jornal O Estado de Minas.
A PF suspeita seriamente que por trás do livro do Amaury esteja o governador Aécio Neves ou alguém a ele umbilicalmente ligado.
Aécio Neves está para O Estado de Minas como José Serra para o PiG (**).
A suspeita da Polícia Federal é que a reportagem de Amaury serviria como “argumento” para convencer José Serra a realizar prévias para escolher o candidato tucano à presidência da República.
A “reportagem” da Folha (*) seria o Golpe dentro do Golpe.
Clique aqui para ler no blog do Nassif.
Ou seja, botar a culpa do Amaury nas costas da Dilma.
E não chegar a ligação de Amaury com o Estado de Minas e com Aécio Neves.
Há mais verdades entre o céu e a Terra do que imagina a vã filosofia da Folha (*).
As impressões digitais do livro do Amaury não são da Dilma.
O Conversa Afiada encaminha nesse momento ao Ministro da Justiça que, supostamente, manda no Luiz Fernando Corrêa da Polícia Federal, as seguintes perguntas:
o Amaury pagou para obter o sigilo fiscal ?
Quem pagou pelo Amaury ?
Foi O Estado de Minas ?
Quem encomendou ao Estado de Minas ?
Foi o Aécio ?
Cordialmente, este ordinário blogueiro, Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... -de-serra/
Folha ouve advogada de EJ e faz manchete para programa de Serra
Saiu na primeira pág. da Folha (*):
“PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8172 ... ilma.shtml
(Até explicar isso ao pessoal lá de Marechal (**), vai ser difícil …)
“Despachante diz (êpa ! – PHA) que intermediou compra para jornalista (Amaury Ribeiro – PHA) que atuou (êpa !) na equipe de inteligência (sic).”
Segundo a Folha (*), Amaury teria pago R$ 12 mil a um Dirceu Garcia para abrir o sigilo fiscal da filha do Serra (aquela que abriu, com a irmã de Dantas, 30 milhões de sigilos fiscais), do genro do Serra e de outros notáveis cardeais do panteão tucano: Ricardo Sergio de Oliveira , Luiz Carlos Mendonça de Barros, e Eduardo Jorge.
Segundo a Folha (*), “ontem, a advogada de EJ foi à Superintendência da PF em Brasília para obter novas informações e cópias de depoimentos do inquérito”.
Navalha
Eduardo Jorge é o assessor especial que ligava para o Juiz Lalau do gabinete do presidente Fernando Henrique Cardoso, com frequência superior à da mulher do Lalau.
Luiz Carlos Mendonça de Barros foi o Ministro das Comunicações que fez a privatização do Fernando Henrique.
E Fernando Henrique o demitiu sumariamente, depois que a Carta Capital revelou o teor das fitas que revelam o caráter edificante da privatização.
E Ricardo Sergio de Oliveira foi chefe de “finanças” das campanhas de Serra e de Fernando Henrique – uma espécie de precursor do Paulo Preto – e autor daquela memorável frase dita ao Mendonção: “Se isso der m… estamos todos no mesmo barco”.
Foi, digamos assim, o momento “Péricles de Atenas” do Governo do Farol de Alexandria.
Agora, à manchete da Folha (*).
A manchete vem em letras bem grandes, E N O R M E S !
Como se dissesse assim: Gonzalez, olha aí, prontinha para você usar no horário eleitoral do Serra.
Letras tão grandes que parecem maiores que o próprio logotipo do jornal.
Infinitamente maiores, por exemplo, do que as letras que encimaram a reportagem de Monica Bergamo, que comprovou o aborto de D Monica Serra, no Chile (e que o jornal nacional ontem solenemente ignorou).
Letras infinitamente menores do que a noticia na própria primeira pagina da Folha.
A Folha fez as contas das “promessas que são anúncios” do Serra: salário mínimo, décimo terceiro do Bolsa Família, aumento para os aposentados, construir um cano que vai de Sergipe ao Ceará, duas professoras em cada sala de aula, o Muro Contra a Cocaína que vai do Uruguai à Venezuela …
E a Folha (*) descobriu o óbvio: que os “anúncios” do Serra estourariam o orçamento dos BRICs, combinados.
Ele, o Serra, disse à urubologa Miriam Leitão, na CBN, e ontem ao Casal 45: sou economista- o que não é -, fiz as contas e sei que dá para pagar.
Não dá.
Mas, isso fica pequenininho diante da manchete do Amaury.
Vamos ao livro do Amaury.
Antes de mais nada, vamos ler o prefácio do livro do Amaury, aqui neste ordinário blog publicado: “Este é o livro que aloprou o Serra”:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... e-aloprou/
Primeiro, a fonte da Folha (*) é a advogada do Eduardo Jorge.
A Folha (*) deve estar tão desesperada para ajudar o Serra, que pegou os dados da advogada do Eduardo Jorge e não ouviu mais ninguém.
Saiu correndo: parem as máquinas !
Não deu nem um telefoneminha ao Luiz Fernando Corrêa (por falar nisso, Dr Corrêa: já prendeu o Protógenes ? Achou o áudio do grampo ?).
Se a Folha não se bastasse com o depoimento insuspeito, desinteressado da advogada do EJ, poderia ouvir também a advogada do Amaury.
O Conversa Afiada sempre desconfiou que os vazamentos da tal crise do “sigilo fiscal” têm a ver com o fato de a Justiça conceder ao EJ (e à sua advogada, portanto) o direito de esmiuçar o processo do sigilo.
E sai informação à Folha a dar com pau.
Essa manchete do tamanho da ambição do Serra pode ter saído do mesmo vazoduto.
Tudo se baseia na advogada do EJ e em informação do senhor Dirceu.
Quem sabe o Dirceu não é do tipo “diz qualquer coisa” ?
Quem é o Sr Dirceu ?
Até que ponto a Polícia Federal leva ele a sério ?
O depoimento do Dirceu vale mais do que o depoimento de outra testemunha que inocente o Amaury ?
Como disse o Lula, na festa da Carta Capital: aqui no Brasil a gente acusa todo mundo de qualquer coisa.
E o desmentido sai numa notinha escondida lá embaixo.
Quem manda não ter uma Ley de Medios …
Segundo, o livro do Amaury não saiu.
Trata-se, portanto da moderna versão da Batalha de Itararé.
Amaury fez a este ordinário blogueiro várias promessas e, até agora, livro que é bom, nada.
Portanto, não se sabe o que o Amaury tem a dizer, além deste palpitante prefácio.
Terceiro, é preciso provar que ele fizesse parte do “núcleo de inteligência” da Dilma.
Ou que esse núcleo existisse.
E qual a finalidade deste núcleo.
Como se sabe, a Dilma demitiu o Luiz Lanzetta, que seria o chefe do “núcleo de inteligência”.
E terceiro, minimamente importante: o que a Dilma fez com o resultado do crime muitas vezes denunciado pela Folha ?
Nada.
Rigorosamente nada.
A Dilma não se referiu a nada que faça parte, por exemplo, do prefácio aqui mencionado.
Nada.
A Dilma não se referiu, sequer, à empresa (eis os documentos de fundação da Decidir) que a filha do Serra abriu com a irmã do Dantas em Miami (Miami !, amigo navegante ! Miami !, onde se lava até pensamento !).
A Dilma não se referiu, sequer, à denúncia do Leandro Fortes, essa de que a irmã do Dantas e a filha do Serra (êta dupla certeira, hein, amigo navegante !), na Carta Capital: as duas abriram 60 milhões (sessenta milhões !) de sigilos fiscais no Brasil.
Nem isso a Dilma usou (até agora).
Então, amigo navegante – a quem interessou abrir o sigilo fiscal da rapaziada do panteão tucano ?
Se é que o Amaury abriu mesmo …
Porque a mim ele disse e à Polícia Federal que não tinha aberto sigilo de ninguém, que eram todos documentos públicos.
Logo, estamos aí diante de um crime gravíssimo: o Amaury teria mentido à Polícia Federal.
Clique aqui para ler o documento que ele emitiu, depois de depor à Polícia Federal.
Se Dilma não usou os dados do livro do Amaury …
Se a Dilma não usou os dados da declaração de Imposto de Renda do Trio: Ricardo, Mendonção e EJ …
Logo, trata-se de um problema entre a Policia Federal, o Amaury e os citados no livro do Amaury.
Vamos esperar o livro do Amaury.
Aparentemente, confirma-se a informação que ele me deu: ao ser contratado pela TV Record, ele se comprometeu a publicar o livro só depois da eleição.
Depois de publicado o livro do Amaury, vamos ver o que ele diz.
Os “violados” poderão entrar na Justiça e processar o Amaury por violação do sigilo fiscal.
Poderão, inclusive, revelar à população brasileira que não fizeram nada daquilo de que o Amaury os acusa e, sponte propria, divulgar seu sigilo fiscal.
Seria interessante.
Ler a declaração do Imposto de Renda do Ricardo, do Mendonção e do EJ.
Isso ia dar m …
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) “Marechal” é o subúrbio de Marechal Hermes, no Rio, onde este ordinário blogueiro estudou a primeira série do curso Primário, na gloriosa Escola 3.2 Santos Dumont.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -a-noticia
Brigando com a notícia
Enviado por luisnassif, qua, 20/10/2010 - 13:42
Se alguém tem ilusão de ser bem informado contando com o noticiário da velha mídia, aí vai um exemplo clássico: a divulgação do inquérito da Polícia Federal sobre a quebra de sigilo dos tucanos.
É um desrespeito amplo aos princípios básicos de jornalismo e, especialmente, aos respectivos leitores de cada veículo. É menosprezo pela inteligëncia do leitor, especialmente nesses tempos de Internet, em que não é mais possível esconder informações. Desmoralizam-se voluntariamente. E comprovam, a cada dia, o papel essencial da Blogosfera para trazer à tona informações sonegadas.
Manchete da UOL

Manchete de O Globo

Manchete do Estadão

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... e-o-dossie
A cobertura do Blog sobre o dossiê
Enviado por luisnassif, qua, 20/10/2010 - 12:17
Do Blog - 03/06/2010
O caso do dossiê
À primeira vista, não fazia lógica a história da divulgação do suposto dossiê contra a filha de José Serra, que estaria sendo armado pelo PT.
Primeiro, por ser inverossímil. Com a campanha de Dilma Rousseff em céu de brigadeiro, à troca de quê se apelaria para gestos desesperados e de alto risco, como a divulgação de dossiês contra adversários? Se a campanha estivesse em queda, talvez.
Além disso, os dados apresentados pela Veja, repercutidos pelo O Globo, eram inconsistentes. Centravam fogo em Luiz Lanzetta, que tem uma assessoria em Brasília que serve apenas para a contratação de funcionários para a campanha de Dilma – assim como Serra se vale da Inpress e da FSB para suas contratações.
Serra atacou Lanzetta, inicialmente, através de parajornalistas usualmente utilizados para a divulgação de dossiês e assassinatos de reputação. Só que há tempos caíram no descrédito e os ataques caíram no vazio. Serviram apenas como aviso.
Aí, se valeu da Veja que publicou uma curiosa matéria em que dava supostos detalhes de supostas conversas sobre supostos dossiês, mas nada falava sobre o suposto conteúdo do suposto dossiê.
Até aí, é Veja. Mas os fatos continuaram estranhos.
Há tempos a revista também caiu em descrédito tal que sequer suas capas são repercutidas pelos irmãos da velha mídia. Desta vez, no entanto, entrou O Globo, inclusive expondo a filha de Serra – como suposto alvo do suposto dossiê. Depois, o próprio Serra endossando as suposições, em um gesto que, no início, poucos entenderam. A troco de quê deixaria de lado o «Serra paz e amor» para endossar algo de baixa credibilidade, em uma demonstração de desespero que tiraria totalmente o foco da campanha?
Havia peças faltando nesse quebra-cabeças. Mas os bares de Brasília já conheciam os detalhes, que acabaram suprimidos nesse festival de matérias e editoriais indignados sobre o suposto dossiê.
A história é outra.
Quando começou a disputa dentro do PSDB, pela indicação do candidato às eleições presidenciais, correram rumores de que Serra havia preparado um dossiê sobre a vida pessoal de seu adversário (no partido) Aécio Neves.
A banda mineira do PSDB resolveu se precaver. E recorreu ao Estado de Minas para que juntasse munição dissuasória contra Serra. O jornal incumbiu, então, seu jornalista Amaury Ribeiro Jr de levantar dados sobre Serra. Durante quase um ano Amaury se dedicou ao trabalho, inclusive com viagens à Europa, atrás de pistas.
Amaury é repórter experiente, farejador, que já passou pelos principais órgãos de imprensa do país. Passou pelo O Globo, pela IstoÉ, tem acesso ao mundo da polícia e é bem visto pelos colegas em Brasília.
Nesse ínterim, cessou a guerra interna no PSDB e Amaury saiu do Estado de Minas e ficou com um vasto material na mão. Passou a trabalhar, então, em um livro, que já tem 14 capítulos, segundo informações que passou a amigos em Brasília.
Quando a notícia começou a correr em Brasília, acendeu a luz amarela na campanha de Serra. Principalmente depois que correu também a informação de um encontro entre Lanzetta e Amaury. Lanzetta jura que foi apenas um encontro entre amigos, na noite de Brasília. Vá se saber. A campanha do PT sustenta que Lanzetta não tem nenhuma participação na campanha.
Seja como for, montou-se de imediato uma estratégia desesperada para esvaziar o material. Primeiro, com os ataques iniciais a Lanzetta, que poucos entenderam o motivo: era uma ameaça. Depois, com a matéria da Veja.
A revista foi atrás da história e tem, consigo, todo o conteúdo levantado por Amaury. Curiosamente, na matéria não foi mencionado nem o nome da filha de Serra, nem o do repórter Amaury Ribeiro Jr. nem o conteúdo do suposto dossiê.
O Globo repercutiu a história, dando o nome da filha de Serra, mas sem adiantar nada sobre o conteúdo das denúncias – medida jornalisticamente correta, se fosse utilizada contra todas as vítimas de dossiês; mas só agora lembraram-se disso.
Provavelmente Veja sairá neste final de semana com mais material seletivo do suposto dossiê. Mas sobre o conteúdo do livro, ninguém ousa adiantar.
Blog - 06/06/2010
Lanzetta quer depor
Postado por Luis Nassif em 6 junho 2010 às 17:37
Recebo telefonema de Luiz Lanzetta.
Diz ele que está ansioso aguardando a convocação para depor em qualquer ambiente, seja no Congresso ou em praça pública.
Lá, fará questão de dizer tudo o que ouviu do delegado Onézimo Souza, na presença de várias testemunhas. Onézimo descreveu o sistema de informações montado pelo Delegado Marcelo Itagiba, apresentou organograma, mencionou nomes de agentes da PF e da ABIN envolvidos.
Se houve grampo da parte do araponga, diz Lanzetta, exigiremos que seja apresentado na íntegra, sem cortes.
Lá, diz ele, ficará claro que nos limitamos a fazer perguntas enquanto ele informava sobre bombas de dossiês de todos os tipos.
Segundo Lanzetta, será uma verdadeira festa de São João – em termos de bombas – relatar a conversa com o araponga.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... OSSIE.html
Jornalista admite que buscou dados de tucanos para dossiê
Em depoimento à PF, Amaury Ribeiro Júnior diz que obteve dados sigilosos de dirigentes tucanos e de familiares de Serra para "proteger" Aécio Neves e que as informações foram roubadas por membros do PT, diz jornal
Redação Época
O jornalista Amaury Ribeiro Júnior afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que foi o responsável por encomendar os dados de dirigentes do PSDB e de familiares do candidato tucano à Presidência, José Serra. O jornalista afirmou ainda que buscou as informações sigilosas para “proteger” o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, rival de Serra na disputa interna do PSDB pela vaga nas eleições presidenciais, e disse que integrantes do PT roubaram esses dados. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a Folha, Amaury afirmou à PF que a “investigação” sobre os dirigentes tucanos teria sido iniciada quando ele era funcionário do jornal Estado de Minas. Amaury, prossegue a Folha, buscou os dados depois de ter “tomado conhecimento de que uma equipe de inteligência liderada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, estaria reunindo munição contra Aécio”. Esta primeira parte da versão de Amaury vai ao encontro do que dirigentes do PT têm afirmado depois que a sujeira do escândalo respingou na pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) – que a produção do dossiê é obra do Estado de Minas, que por sua vez teria interesse em defender a candidatura de Aécio Neves a presidente.
As boas notícias para o PT acabam aí. Segundo Amaury, integrantes do PT teriam roubado as informações de seu laptop enquanto ele estava em um quarto de hotel em Brasília. De acordo com a Folha, nessa época Amaury já trabalhava no chamado “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma, que teria pagado a viagem de Amaury à Brasília. Na capital federal, ele teria se encontrado em um restaurante com integrantes do grupo de inteligência petista, que incluía o jornalista e consultor Luiz Lanzetta, contratado para cuidar da área de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, e agora afastado do cargo.
No depoimento à PF, Amaury diz ainda que “os dados do dossiê foram vazados à imprensa por uma corrente do PT, envolvida em disputa interna por contratos na área de comunicação”. Em entrevista ao portal G1, em junho, Lanzetta disse que a disputa de poder envolvia um grupo integrante do governo da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (2001-2004) e o grupo comandado pelo ex-prefeito de Belo Horizonte (MG) Fernando Pimentel, ex-coordenador da campanha de Dilma. Ao G1, Lanzetta afirmou que o grupo adversário de Pimentel “queria entrar na campanha de Dilma a qualquer preço”.
Na mesma entrevista, Lanzetta acusou o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Souza de sugerir a criação de um dossiê, o que ele teria recusado de pronto. Onézimo, por sua vez, afirma que a ideia de bolar um dossiê contra José Serra teria partido do próprio Lanzetta.
Polícia Federal divulga nota sobre investigações
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (20), a Polícia Federal afirmou que Amaury Ribeiro Júnior começou a usar os "serviços de levantamento de informações" no fim de 2008 para "investigações próprias" e que os dados violados "foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política".
No mesmo documento, a PF refutou "qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação".
http://www.jusbrasil.com.br/politica/60 ... s-ele-nega
Depoimento liga quebra de sigilo tucano a Aécio Neves. Ele nega
Extraído de: O Povo
À Polícia Federal, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. disse que encomendou os dados como contra-ofensiva para proteger o ex-governador mineiro, que disputou com Serra a indicação para candidatura. Aécio refuta a versão
Por meio de sua assessoria, o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) rechaçou qualquer ligação com o episódio da quebra do sigilo fiscal de pessoas vinculadas ao candidato José Serra (PSDB).
Em depoimento à Polícia Federal, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. admitiu que encomendou a quebra dos sigilos fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, da filha de Serra, Verônica, do genro dele, Alexandre Bourgeois, e de outros tucanos entre setembro e outubro de 2009.
Os dados seriam usados por Amaury, que na época trabalhava para o jornal Estado de Minas, em uma apuração deflagrada quando Aécio e o ex-governador de São Paulo ainda disputavam no partido a indicação como presidenciável tucano.
Acompanhado do governador eleito Antonio Anastasia (PSDB) e do senador eleito Itamar Franco (PPS), Aécio participou ontem de um encontro com prefeitos e lideranças políticas em Juiz de Fora (MG), onde pediu votos para Serra.
A assessoria do ex-governador mineiro alegou que ele não tem qualquer relação com o episódio e a prática de quebra de sigilo nunca fez parte de sua trajetória política, em mais de 20 anos de vida pública.
No início de junho, durante viagem a Montes Claros (MG) - ao lado de Serra -Aécio reagiu com irritação às primeiras especulações de que o material contra o correligionário teria origem na disputa interna do PSDB. Eu exijo respeito. A minha trajetória política é conhecida. E nós sabemos onde estão os aloprados, até endereço têm, disse, se referindo ao QG da campanha do (PT).
É um movimento subterrâneo tão estranho à nossa prática política, um exercício que não tem nenhum conteúdo de verdade, disse o presidente do PSDB-MG, deputado federal Narcio Rodrigues. Segundo ele, a postulação de Aécio no partido não era contra Serra. É muito assustador que essas coisas sejam levantadas como se tivessem alguma procedência.
Narcio, contudo, não descartou a possibilidade de uma origem mineira do episódio, mas reiterou que o diretório estadual do PSDB e o ex-governador não têm nenhuma relação com os fatos.
Sem degrau seguinte
Ontem, durante a visita à cidade da Zona da Mata, Aécio disse que a vitória de Serra fortalece sim o projeto político de Minas Gerais, em referência a uma futura candidatura presidencial. Questionado se esse projeto ficaria mais fácil com a eleição do presidenciável tucano, o ex-governador disse que não faz política pensando no degrau seguinte.
Mas completou: O que eu posso dizer é que espero que o Serra seja vitorioso. Para Minas isso será muito melhor (...) a eleição de Serra fortalece sim o projeto político de Minas Gerais. (das agências de notícias)
E-Mails
Amaury não admitiu que pagou pelos dados nem que pediu a quebra de sigilo fiscal dos tucanos. O despachante Dirceu Rodrigues Garcia, porém, declarou à PF que o jornalista desembolsou R$ 12 mil em dinheiro vivo.
Amaury não disse à polícia se recebeu ou não orientação de Aécio ou de outros políticos de PSDB de Minas para levar adiante a pesquisa.
Afirmou que iniciou a apuração após uma equipe de inteligência liderada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, reunir munição contra Aécio. Itagiba nega.
O jornalista contou que petistas roubaram os dados de seu computador pessoal, em um hotel em Brasília. Ele já estava ligado ao grupo de inteligência do comitê de pré-campanha de Dilma.
http://www.cartacapital.com.br/politica ... l-as-favas
A verdade factual às favas
Sergio Lirio 21 de outubro de 2010 às 8:33h
A mídia torna secundárias as principais conclusões do caso da quebra de sigilo fiscal de tucanos
Na segunda-feira 18, durante a premiação das empresas mais admiradas do Brasil, Mino Carta causou certo mal estar na platéia de empresários ao falar, entre outras, que a mídia brasileira não costuma se guiar pela verdade factual, pelos acontecimentos como eles se deram. Prefere as versões de seu interesse. Mas como discordar dessa afirmação ao ler nos jornais desta quinta-feira 21 o relato das conclusões da investigação da Polícia Federal sobre a quebra de sigilo fiscal de tucanos e parentes do candidato José Serra. O Estado de S. Paulo, por exemplo, estampa: “Jornalista ligado ao PT pagou por dados de tucanos”. Para produzir essa linha, que me surpreenderá se não for utilizada no horário eleitoral gratuito de Serra, o jornal paulista tornou acessório o essencial dessa história. A saber:
O jornalista Amaury Ribeiro Jr. trabalhava no jornal Estado de Minas quando encomendou e pagou a um despachante de São Paulo pelos dados sigilosos. Segundo relatou à PF, as despesas do “trabalho” foram custeadas pelo jornal e sua missão era “proteger” o então governador Aécio Neves das investidas de José Serra, que teria encomendado ao deputado e ex-PF Marcelo Itagiba a fabricação de dossiês contra o correligionário de Minas.
Quando a quebra dos sigilos ocorreu, Serra e Aécio disputavam a indicação à vaga de candidato à presidência do PSDB. Aliás. Itagiba tem histórico no trabalho de atropelar adversários do presidenciável tucano. Quando Serra era ministro da Saúde e ele cuidava da “inteligência” da pasta, circulou um dossiê contra Paulo Renato de Souza, então ministro da Educação. À época, Souza andava tentado a fazer o mesmo que Aécio desejava: disputar a indicação do PSDB à presidência. Serra levou a melhor e acabou candidato em 2002, assim como foi o escolhido agora.
Ribeiro Jr. nunca foi contratado pela pré-campanha de Dilma Rousseff e nunca trabalhou para o PT antes. Ele apenas intermediou um contato entre Luiz Lanzetta, que prestava assessoria ao comitê, e o araponga Onésimo de Souza. Lanzetta estava preocupado com o vazamento de informações internas da pré-campanha. Uma briga por poder na equipe petista entre o grupo de Fernando Pimentel, que indicou Lanzetta, e de Rui Falcão está na base das “denúncias” que viriam a sair na mídia. Depois de o caso vir à tona, Lanzetta perdeu o contrato e o grupo de Falcão ganhou espaço e poder na estrutura.
A PF concluiu que não se pode ligar a violação dos dados com o suposto uso eleitoral das informações. De fato, não existe nenhum indício nem se imagina como a candidatura de Dilma Rousseff poderia se valer de informações obtidas de forma criminosa. Seria um tiro no próprio pé, pois resultaria na cassação de seu registro eleitoral.
Estes são os fatos. O resto…
Sergio Lirio
http://www.cartacapital.com.br/destaque ... -respostas
Perguntas sem respostas
Republicamos a matéria da edição 612 de CartaCapital, publicada em 8 de setembro, agora que a PF concluiu que o Amaury Ribeiro Jr. foi o responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra e outros líderes tucanos
[size120]Sergio Lirio 21 de outubro de 2010 às 9:23h[/size]
Na quarta-feira 1º, ante as evidências de que tanto a procuração quanto a assinatura de Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra, eram falsas, a Receita Federal foi obrigada a reconhecer que o sigilo fiscal da empresária havia sido acessado com base em documento falso. Foi mais um capítulo de um crime que a Receita não conseguiu dimensionar com clareza, que atingiu centenas de cidadãos e que tem alimentado o mais recente capítulo da disputa eleitoral.
É realmente suspeito o fato de cinco personagens ligados a Serra terem o sigilo fiscal violado. Além de Verônica, os ex-ministros Eduardo Jorge e Luiz Carlos Mendonça de Barros, o empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima do candidato, e Ricardo Sérgio de Oliveira, o homem do “limite da irresponsabilidade” da privatização do Sistema Telebrás, tiveram seus dados violados, segundo a investigação da própria Receita.
Mas, ao lidar de forma pouco transparente com o assunto, o órgão público alimenta as teses mais convenientes para quem ainda tem esperança de alterar o quadro da sucessão. A autarquia poderia se esforçar para elucidar algumas dúvidas: apenas tucanos – e só os ligados a Serra – tiveram seus sigilos quebrados ilegalmente? Há dirigentes de outros partidos? Trata-se de um crime político ou da descoberta de um balcão de venda de informações fiscais de contribuintes indefesos?
São algumas das muitas perguntas ainda em aberto. A revelação do acesso não autorizado à situação fiscal de Verônica elevou ao mais alto decibel as acusações do PSDB contra a suposta chantagem política armada pela campanha de Dilma Rousseff. Serra declarou que a adversária e o PT cometeram um “ato criminoso”. Sérgio Guerra, presidente do partido, afirmou que Dilma e o presidente Lula “atentam contra a democracia”.
Os tucanos entraram com representação no Tribunal Superior Eleitoral com o intuito de cassar o registro da ex-ministra, que lidera com ampla margem todas as pesquisas, e a mídia relembrou o fantasma do “aparelhamento do Estado” e cunhou a expressão “aloprados II”, em alusão à prisão de petistas em um hotel de São Paulo que provocou o segundo turno em 2006. Na quinta 2, o TSE arquivou a representação. O presidente da República disse confiar na Receita e Dilma chamou de levianas as acusações de que as violações são obra de sua campanha.
Até o momento, só muita imaginação e um alto grau de leviandade permitem uma ligação tão linear entre a violação de sigilo e o seu suposto uso como arma suja de campanha – e especificamente pelo comitê de Dilma Rousseff. O que não quer dizer que ela não possa vir a ser provada.
O próprio caso do acesso ao sigilo de Verônica destoa dos demais. Ele ocorreu no fim de setembro do ano passado em uma delegacia da Receita em Santo André (SP). Os outros foram violados no início de outubro em Mauá. Naquela altura, nem Dilma era candidata nem o PT havia montado uma estrutura de campanha, muito menos o intitulado “grupo de inteligência”.
Os dados da filha do presidenciável foram obtidos por um advogado que aparentemente frequenta o submundo da negociação de dados sigilosos, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira, dono de quatro CPF e com vários processos no lombo. Em várias entrevistas na quarta 1º, Ferreira admitiu ter solicitado à delegacia da Receita de Santo André as informações de Verônica, mas negou saber que a procuração e a assinatura eram falsas. Declarou-se eleitor de Serra e afirmou não lembrar o nome de quem lhe havia solicitado o serviço (“atendia de 15 a 20 pedidos desses por dia”). “Assinou, mandou para mim, eu tiro. E a Receita tem de entregar. A Receita não é nem a culpada, coitada. Não estou defendendo, mas a funcionária pega uma solicitação e tem de cumprir o ato administrativo”, afirmou o contador à Folha de S.Paulo. É a justificativa da analista Lúcia de Fátima Gonçalves, que liberou os dados mediante a procuração: “Não sou perita criminal. Não lembro a quem entreguei. Mas verifiquei que tinha firma reconhecida”.
Diante de uma funcionária enganada por fraude, como atribuir, neste caso, a culpa à Receita ou vociferar contra o “Estado policial”? E mais: quais as evidências a permitir as ilações de que os interessados em obter os dados de Verônica integrariam (integrariam, pois em setembro, recorde-se, não havia estrutura de campanha) o comitê de Dilma?
É preciso relembrar o noticiário que precedeu a atual celeuma. Em 12 de junho, a Folha de S.Paulo afirmou que entre os papéis de um suposto dossiê montado pelo “grupo de inteligência” sob o comando do jornalista Luiz Lanzetta constavam extratos da declaração de renda de Eduardo Jorge. Nenhuma menção a Preciado, Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio ou Verônica. O jornal, nem nenhum outro veículo, não foi capaz até o momento de responder às seguintes perguntas: quem da equipe de Dilma obteve de forma criminosa os dados dos tucanos? Quando? A candidata autorizou a baixaria ou ao menos soube da operação? Por que, em junho, falou-se apenas em Eduardo Jorge?
No início de junho desenrolava-se uma briga interna no comitê petista entre Lanzetta, indicado por Fernando Pimentel, amigo da presidenciável e ex-prefeito de Belo Horizonte, e o grupo paulista ligado ao deputado Rui Falcão. As facções disputavam o controle da milionária estrutura de comunicação da campanha.
Lanzetta tentava trazer para o comitê o jornalista Amaury Ribeiro Jr., repórter premiado e que trabalhou nas principais redações do País. Seu último emprego fora no Estado de Minas. Nesse diário, Ribeiro Jr. havia iniciado, a pedido da direção, uma apuração dos escândalos da privatização no governo Fernando Henrique Cardoso. Preciado, Ricardo Sérgio e Mendonção, além do próprio Serra e de Verônica, eram personagens na mira. O start da reportagem teria sido dado após uma solicitação do ex-governador Aécio Neves. Informado da existência de uma bisbilhotagem a seu respeito, supostamente conduzida por Marcelo Itagiba, deputado carioca e ex-policial federal ligado a Serra, Aécio teria buscado uma forma de neutralizar o “fogo amigo”. À época, o mineiro ainda alimentava o desejo de disputar a indicação do PSDB à Presidência com o colega paulista.
O jornal mineiro nunca publicou nada, mas Ribeiro Jr. afirma que, diante das informações recolhidas, decidiu escrever um livro sobre os escândalos. Ele promete lançá-lo no ano que vem. Segundo ele, a intenção é “evitar o uso político em ano eleitoral”. Mas um dos capítulos, no qual são citados explicitamente Preciado e Verônica Serra, veio a público em junho e pode ser facilmente encontrado na internet. O repórter, hoje no núcleo investigativo da Rede Record, nega ter se baseado em informações obtidas de forma ilegal. “São todos documentos públicos.”
Outra dúvida sobre o episódio: para ter o efeito eleitoral supostamente desejado, um dossiê contra Serra deveria ser amplamente divulgado e suas informações precisariam ser críveis ou, no mínimo, verossímeis. Em resumo: um meio de comunicação de influência nacional teria de aceitá-lo como verdade e uma onda de jornais, canais de tevê e rádio deveria repercuti-lo amplamente sem maiores objeções. Dia e noite. Espera aí. Não é justamente o que a mídia faz neste momento ao embarcar na teoria de que o comitê de Dilma Rousseff cometeu atos criminosos contra o adversário?
Sergio Lirio