mulher é condenada a levar chicotadas no irã

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Re: mulher é condenada a levar chicotadas no irã

#16 Mensagem por Trainee-de-Picareta » 11 Ago 2010, 18:25

Vou ser contraditório aqui , como muitos são e não reconhecem . Não concordo com a atitude dos Iranianos , mas que seria legal ver algumas vadias do Brasil recebendo uma punição desta... seria ! Temos que acabar com esta ladainha de que só os homens traem . Odeio falsos moralistas e defensores que vivem propagando na TV " estão matando as mulheres do Brasil". Se for ver o histórico dessas vítimas, todas se envolveram com homens errados e agora posam de santas, imaculadas e coitadas, após receberem o castigo que elas mesmas procuraram .
Então vagabundas, quando reclamarem do Brasil, vejam que existem países cujo seus comportamentos, diminuiriam as suas expectativas de vida, em menos de um ano.

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Hammermart
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Re: mulher é condenada a levar chicotadas no irã

#17 Mensagem por Hammermart » 12 Ago 2010, 06:57

Quando o assunto é Irã fica muito difícil fazer qualquer julgamento, a mídia é toda muito parcial e as informações dos fatos reais se perdem.
Pelo que li, no entanto, parece que essa mulher está sendo condenada, inclusive à morte, por ter conspirado para matar seu ex-marido. Se isso fôr verdade, em muitos países que têm pena de morte ela estaria sujeita a ser executada também. Incluindo nos EUA.
Se isso não fôr verdade e o delito fôr somente o de adultério, então a pena de morte parece exagerada, mas isso tem a ver com a cultura de cada povo, em alguns países pode parecer normal e em outros pode gerar homicídios pela parte traída, como no Brasil...

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ZeitGeist
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Re: mulher é condenada a levar chicotadas no irã

#18 Mensagem por ZeitGeist » 13 Ago 2010, 23:34

A mulher, Sakineh Mohammadi Ashtiani, esta sendo acusada de adultério, por ter transado com outros dois homens após a morte do marido, no Irã a mulher deve ser fiel ao marido mesmo depois de morto. E por coincidência, estes homens foram acusados de assinar o marido de Sakineh. Foi isso que fiquei sabendo pela CBN.

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Re: mulher é condenada a levar chicotadas no irã

#19 Mensagem por Carnage » 13 Ago 2010, 23:57

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... na_id=4736
O apedrejamento e outras formas de suplícios letais

A lapidação no Irã, bem como outras penas de morte terríveis de outros países, é algo brutal, bem como as demais execuções oficiais e oficiosas obtidas pelos meios ‘limpos’ do mundo atual. O caso iraniano não deveria causar espanto especial, em um mundo repleto de violências de todo o tipo.

Luís Carlos Lopes


Deve ter causado espanto aos menos informados, a persistência da pena de morte por apedrejamento no Irã contemporâneo. As grandes mídias, para variar, trataram do problema com elevado nível de espetacularização, sem qualquer preocupação em esclarecer. A lapidação, tal como é conhecida, aparece nos Evangelhos, no episódio do encontro de Jesus com Maria Madalena. Trata-se de um modo muito antigo de executar pessoas, acusadas de crimes que pretensamente feririam a moral pública e privada. Destaca-se, como um dos mais cruéis meios, ainda existentes, de matar para organizar a sociedade ou para vingar a moral estabelecida. A crucificação, desde bem antes de se transformar em um símbolo religioso, foi a principal forma de execução usada pelos romanos em séculos de história. A fogueira, como modo de eliminar os acreditados como inimigos da Igreja, tem uma longa história de terror.

A moral coletiva é formada por um conjunto de normas acreditadas como naturais, mas, de fato, profundamente artificiais. Estas desenham a ordem estabelecida. Seguem o que determina o poder de cada época. Desde tempos imemoriais, estas normas foram usadas para disciplinar o tecido social e fazer com que os membros de uma mesma comunidade aceitem seus destinos sem objetar nada ou discordar das verdades estabelecidas pelos poderosos do momento. Trata-se da aceitação consensual obtida pela força e pelo exemplo. Alguns são executados para que os demais percebam o risco e não transgridam o que é considerado ou imposto como o certo.

Desde a Antiguidade, as sociedades humanas deixaram para o Estado a tarefa de discipliná-las, normalizando o convívio social através de leis e aplicando punições, se necessário. Se o Estado deixa de funcionar ou o faz em desacordo com as crenças sociais hegemônicas ou minoritárias, está aberto o caminho para justiça pelas próprias mãos. O linchamento é um exemplo de justiça arcaica, radical e punitiva ao extremo do fim da vida. Tende a ser praticado à margem do funcionamento estatal. Em casos especiais, o Estado o estimula e o aceita como natural. A lapidação é uma espécie de linchamento oficial. Existem situações mais recentes que este tipo de justiça foi e pode ser praticado ao arrepio da lei, lembrando os velhos padrões de violência social homicida do passado.

Com a modernidade urbano-industrial a pena de morte evoluiu, sob o pretexto de civilizá-la e torná-la mais palatável. Na França, a velha guilhotina saiu da praça pública foi para o pátio das prisões, até que François Mitterand, em meados dos anos oitenta, abolisse a pena de morte em todo território francês. Permanecem sendo usados em inúmeros países: o fuzilamento, herdado da tradição militar; o enforcamento etc. A injeção letal e a câmara de gás são coisas dos EUA. O uso do gás para matar ficou famoso durante a Segunda Guerra, como forma de eliminar civis e militares presos nos campos de concentração nazistas.

A primeira experiência do uso do gás na Alemanha de Hitler (1933-1945) foi feita contra os próprios alemães. Dezenas de milhares de deficientes físicos e mentais foram eliminados por meio desse recurso, entre 1939 e 1941. Um deles era o irmão do atual Papa. O Programa T4, tal como foi denominado pelos nazistas, consistiu no balão de ensaio para eliminação sistemática de prisioneiros políticos locais, soldados inimigos, milhões de judeus, ciganos, civis tomados como reféns, dentre muitos outros. Conformava-se, como antes não se conhecia, a prática de genocídio, tão banalizada em inúmeros conflitos do pós-guerra.

A pena de morte atualmente mais usada no mundo é a execução extrajudicial, esta é bem conhecida dos brasileiros, existindo em inúmeros países. Os índices do Brasil de pessoas executadas, sem julgamento oficial, pelas polícias e por delinqüentes são, quantitativamente, muito expressivos. Com exceção dos países que vivem guerras civis ou contra o narcotráfico, será difícil encontrar os mesmos números em outros lugares. Por aqui, mata-se todo dia, deliberadamente ou por ‘acidente’ de serviço. Alguns corpos podem ser enterrados por suas famílias, outros desaparecem da face da Terra. Já haveria no país a profissão em ascensão de carrascos especializados não só em matar, como em fazer sumir os vestígios dos que foram vivos. Tem-se a triste memória que jamais deverá calar dos 144 mortos insepultos da ditadura.

A lapidação no Irã, bem como outras penas de morte terríveis de outros países, é algo brutal, bem como as demais execuções oficiais e oficiosas obtidas pelos meios ‘limpos’ do mundo atual. O caso iraniano não deveria causar espanto especial, em um mundo repleto de violências de todo o tipo. É difícil dizer que este atentado aos direitos humanos, existente no Irã, seja algo isolado. Em outras culturas, existem casos, talvez aparentemente menos bárbaros, mas igualmente cruéis. Está correto combater a lapidação como a pena de morte em geral e clamar pela erradicação de todas as formas de execução. Falar em direitos humanos é defender a mesma plataforma básica para todas as culturas e nações. O relativismo cultural, sempre invocado pelos conservadores, serve para defender ordens sociopolíticas contrárias ao bem-estar das maiorias. De outro mirante, a islamofobia contemporânea tende a dar excessivo valor aos problemas dos países muçulmanos e diminuir a importância da barbárie quando é praticada por não seguidores de Alá.

No Brasil, a pena de morte legal desapareceu há mais de cem anos. Foi fartamente usada na época colonial e no Império. Colonos brancos de várias cepas e escravos indígenas e de origem africana foram vitimados por penas aplicadas sem dó e nem piedade. As idéias do exemplo e da vingança ficaram tragicamente registradas nas páginas da história do Brasil. Desde a República Velha, ela já não mais aparece em nossos diplomas legais. Isto não impediu que continuasse a ser usada, como antes. Agora, tudo é feito com o cuidado de escondê-la ou disfarçá-la, quando praticada pelo Estado. Ninguém mais é formalmente condenado à morte por qualquer meio. Todavia, é muita hipocrisia deixar de lembrar que o procedimento continua vivo, como nunca. Infelizmente, um dos vícios da cultura brasileira é o de negar o óbvio e de postergar ad infinitum a solução de antigos problemas.

O espelho da barbárie existente nos países muçulmanos deveria ser usado para se discutir os motivos da persistência histórica de antigos costumes lá, como em todo o planeta Terra. Deveria, igualmente, servir para se atacar e tentar erradicar todo e qualquer tipo de tratamento desumano e degradante, praticado em qualquer quadrante do mundo atual. Facilmente, se podem levantar transgressões aos direitos humanos cometidas pelos países mais ricos e pelas culturas mais letradas. A barbárie não é privilégio de nenhuma etnia ou religião, a não ser que se aceitem os critérios racistas. A questão dos direitos humanos não deve ser compreendida como algo válido somente para as culturas que os propuseram. Ao levantar esta bandeira, nenhuma formação histórica nacional está livre de ser examinada em suas mazelas. O resto é hipocrisia pura, esta, moeda corrente no mundo contemporâneo.

Luís Carlos Lopes é professor e escritor.

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#20 Mensagem por Tricampeão » 14 Ago 2010, 17:26

Tambem sou contra a pena de morte, em qualquer caso, e quando aplicada por qualquer governo.
Infelizmente, o Êxodo prescreve o apedrejamento para o crime de bruxaria.
Infelizmente, o Levítico prescreve o apedrejamento para diversos crimes: bestialidade, blasfêmia, necromancia, viadagem, comer a cunhada, comer a mãe, comer a madrasta, amaldiçoar os pais e oferecer um filho a Moloch.
Infelizmente, o Deuteronômio prescreve o apedrejamento para diversos crimes: idolatria, incitamento à idolatria, desobedecer os pais e comer uma virgem comprometida.
Infelizmente, o Números prescreve o apedrejamento para o crime de trabalhar no Sábado.
Assim, os povos que seguem esses livros (judeus, cristãos e muçulmanos, ou seja, mais de 2 bilhões de pessoas nas estatísticas oficiais) acham justo que as pessoas que cometem tais delitos sejam apedrejados, pois tais textos nunca foram revisados.
Com o que eu concordo. Ninguém é obrigado a seguir livro nenhum. Nem sob o Talibã a adoção de uma determinada religião é compulsória. Então, uma vez que adotou, que a siga. Se, por outro lado, você quiser fazer tudo o que foi absurdamente listado acima como crime e não ser apedrejado, basta adotar o ateísmo. A única coisa que não vai conseguir fazer é oferecer um filho pro Moloch, porque o distinto não dá as caras por aí há muito tempo.

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Re: mulher é condenada a levar chicotadas no irã

#21 Mensagem por Carnage » 29 Ago 2010, 15:32

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16883
Será que Stalin tinha razão?

Nada mais justos do que os protestos internacionais no caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento. O caso não é único. No Iraque, um país sob ocupação dos EUA, foram assassinadas (“assassinatos pela honra”), somente em Bagda, 133 mulheres em 2007. Devemos olhar para outros registros também. Calcula-se que a invasão dos EUA já deixou mais de um milhão de iraquianos mortos. Em que termos deve ser colocado o debate sobre direitos humanos? Será preciso dar razão a Stalin quando disse que “a morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística”? O artigo é de Reginaldo Nasser.

Reginaldo Nasser (*)


O caso da iraniana, Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, tem despertado a atenção da mídia internacional e já causou protestos em vários países. Nada mais justo! Mãe de duas crianças, já recebeu 99 chibatadas por ter mantido um “relacionamento ilícito” com um homem acusado de assassinar seu marido. Além disso, há indícios de que tenha sido torturada. O Irã é um dos paises onde mais têm ocorrido execuções (388) no mundo com um aumento significativo após a fraude eleitoral, mas não é caso único. Segundo estimativas da Anistia Internacional aproximadamente 714 pessoas foram executadas em 2009. (Iraque, 120; Arábia Saudita, 69; EUA, 52; Yemen, 30. A China não fornece nenhum tipo de informação, provavelmente foram milhares). Houve repercussão? Ou o problema maior é o apedrejamento num pais inimigo?

No Iraque, um país sob ocupação dos EUA, foram assassinadas (“assassinatos pela honra”), somente em Bagda, 133 mulheres em 2007. Mas, devemos olhar para outros registros também. Numa pesquisa realizada pelo conceituado jornal médico The Lancet, estima-se que mais de 600 mil iraquianos foram mortos como resultado da invasão dos EUA até 2006. Calcula-se que já está em torno de mais de um milhão de Iraquianos mortos de acordo com a Opinion Research Business (conceituada agência britânica de pesquisa). A grande imprensa não deu o devido destaque, mas há uma discussão no Congresso dos EUA sobre a possibilidade de cortar a ajuda humanitária às vítimas civis de ataques das forças americanas.

Nesse mês de agosto, em que o tema dos Direitos Humanos passou a ser ventilado por todos, inclusive pelo Jornal Nacional que questionou a candidata do PT, deveríamos aproveitar a ocasião das “celebrações” e relembrar o que aconteceu há exatamente 65 anos para podermos compreender como as potências mundiais se preocupam com os direitos humanos.

O então presidente dos EUA Harry Truman foi um dos maiores entusiastas da Declaração Universal dos Direitos humanos aprovada na ONU em Dezembro de 1948. (Será preciso lembrar a condição de desrespeito aos direitos humanos dos negros nos EUA?) Isso mesmo, 3 anos após ( Agosto de 1945) ter autorizado o lançamento das bombas nucleares que causou a morte imediata de 200 mil pessoas e aproximadamente 100 mil feridos com o objetivo “humanitário” de "salvar milhões de vidas", proporcionando um fim rápido para a guerra.

Para além das questões morais envolvidas, foi necessário o ataque nuclear? O Japão já havia sido derrotado militarmente. Contra a defesa área e marítima japonesa praticamente aniquiladas, os bombardeiros dos EUA promoviam uma verdadeira devastação em suas cidades. Na noite de 10 março de 1945, uma onda de 300 bombardeiros americanos atingiu Tóquio, matando 100 mil pessoas e queimando 35 % das residências. Um milhão de moradores foram desalojados. A comida tinha-se tornado tão escassa que a maioria dos japoneses sobreviviam com uma dieta de fome. No dia 23 de maio ocorreu a maior incursão aérea da Guerra do Pacífico, quando foram lançadas 10 mil toneladas de bombas incendiárias em Tóquio e outras grandes cidades (veja esse relato no Filme: A Nevoa da Guerra).

De acordo com comandante da força aérea americana, LeMay, o objetivo dos bombardeiros americanos era conduzir os japoneses “de volta à idade da pedra". Mas o mesmo general disse que "A bomba atômica não tinha nada a ver com o fim da guerra." Hoje, há farta documentação mostrando que os japoneses, em meados de abril de 1945, estavam oferecendo termos de rendição praticamente idênticos aqueles que foram aceito pelos norte-americanos em setembro (ver a excelente pesquisa histórica sobre essa questão no The Journal of Historical Review, May-June 1997, Vol. 16, No.3).

Em que termos deve ser colocado o debate sobre direitos humanos? Se a tortura e a pena de morte devem ser repudiadas, independentemente das circunstâncias, a questão dos meios e sua efetividade são irrelevantes? Por que condenar a tortura e silenciar sobre atos de “guerra”? Por exemplo, os bombardeios, que se sabe previamente que causam dano à vida humana, dado o seu alto poder destrutivo, são justificáveis para a segurança e a defesa nacional? Para o mainstream as operações militares, em que morrem ou resultam feridos civis, não podem ser qualificados imediatamente como crimes, sempre que seu objetivo não seja infligir “deliberadamente” o individuo indefeso.

Será preciso dar razão a Stalin quando disse que “A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística”?

(*) Professor de Relações Internacionais da PUC-SP

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