Independentemente do resultado bom ou ruim, a posição do Brasil frente a um governo golpista foi totalmente correta. E mesmo que o resultado não foi bom, foi elogiada em diversas ocasiões por diversas pessoas.
Acho esquisito se comemorar a derrota do Brasil já que isso significa que um golpe militar foi bem sucedido! E não venham com ladainhas da imprensa de direita, mas foi um golpe.
Se Zelaya tivesse sido legalmente tirado do poder, não teria sido do jeito que foi. Se ele cometeu algum crime ou irregularidade, deveria ter sido preso, ou pelo menos indiciado e aguardado o julgamento em território nacional. Teria que ter sido tirado do poder por um processo legal, que não seria imediato.
Mas o que aconteceu foi que um bando de militares invadiu sua casa no meio da noite, o pegou de pijamas e colocou num avião pra fora do país! Isso não é uma forma legal de tirar um governante do poder. E se era por um crime que ele cometeu, qual o sentido de levar o cara pra fora do país?? Por que ele não foi preso e mantido lá?? E a suprema corte e o congresso somente ratificaram a decisão depois do fato consumado, somente pra dar um falso ar legítimo a um crime internacional. Isso foi claramente um golpe de estado militar, ilegal, imoral e intolerável. Não há minúcias e preciosismos que mudem este fato. Deixar que as coisas acabem lindamente pros golpistas é endossar o golpe e estimular quem mais queira fazer o mesmo!!
A eleição atual foi conduzida num país que sofreu toques de recolher, que teve escritórios da imprensa invadidos pela polícia, que teve gente presa por se manifestar contra o golpe. Que tipo de campanha eleitoral se conduz sob essas condições??
E mais, queria ver se quem tivesse ganhado a eleição fosse um partidário do Zelaya. Queria mesmo ver se o “governo interino” aceitaria os resultados graciosamente! Mas não foi o que aconteceu, quem ganhou foi um oposicionista. Aí fica muito fácil pras coisas “correrem normalmente”...
Se o Brasil não conseguiu ajudar a resolver o problema do jeito que queria é uma coisa, mas a posição diplomática do Brasil é outra, e estava correta. Não importa que o presidente do país seja um idiota, maluco, boçal. Ele foi eleito democraticamente, e teria que ser tirado do poder também democraticamente.
Quem comemora o desenrolar final da situação legitima a instituição de um golpe militar, e deve achar que é normal o uso da força pra se livrar de alguém com quem não se concorda politicamente.
Com certeza deve achar o máximo quando os EEUU invadem o Iraque jogando bombas na cabeça de civis pra “libertá-los” do seu governo ditatorial. E depois quando eles ficam lá ocupando o território e colocando um governo fantoche pra servir aos seus interesses.
http://olharglobal.blogspot.com/2009/09 ... +Global%29
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
O Brasil de Lula é inimigo do golpismo
por Elio Gaspari
Lula disse bem: “O Brasil não acata ultimato de governo golpista. E nem o reconheço como um governo interino (…) O Brasil não tem o que conversar com esses senhores que usurparam o poder”.
Os golpistas hondurenhos depuseram um presidente remetendo-o, de pijama, para outro país, preservam-se à custa de choques de toque de recolher e invadiram emissoras. Eles encarnam praga golpista que infelicitou a América Latina por quase um século.Foram mais de 300 as quarteladas, uma dúzia das quais no Brasil, que resultaram em 29 anos de ditaduras. Na essência, destinaram-se a colocar no poder interesses políticos e econômicos que não tinham votos nem disposição para respeitar o jogo democrático.
Decide-se em Honduras se a praga ressurge ou se foi para o lixo da história. Nesse sentido, o governo de Nosso Guia tem sido um fator de estabilidade para governos eleitos democraticamente.Se o Brasil deixasse, os secessionistas de Santa Cruz de La Sierra já teriam defenestrado Evo Morales. Lula inibiu a ação do lobby golpista venezuelano em Washington. Se o Planalto soprasse ventos de contrariedade, o mandato do presidente paraguaio Fernando Lugo estaria a perigo.
Para quem acredita que a intervenção diplomática é uma heresia, no Paraguai persiste a gratidão a Fernando Henrique Cardoso por ter conjurado um golpe contra Juan Carlos Wasmosy em 1996. Em todos os casos, a ação do Brasil buscou a preservação de governos eleitos pela vontade popular.
No século do golpismo dava-se o contrário. Em 1964, o governo brasileiro impediu o retorno de Juan Perón a Buenos Aires obrigando-o a voltar para a Europa quando seu avião pousou para uma escala no Galeão.
A ditadura militar ajudou generais uruguaios, bolivianos e chilenos a sufocar as liberdades públicas em seus países. (Fazendo-se justiça, em 1982 o general João Figueiredo meteu-se nos assuntos do Suriname, evitando uma invasão americana. Ele convenceu o presidente Ronald Reagan a botar o revólver no coldre. Nas suas memórias, Reagan registrou a sabedoria da diplomacia brasileira).
O “abrigo” dado ao presidente Manuel Zelaya pelo governo brasileiro ofende as normas do direito de asilo. Pior: a transformação da Embaixada do Brasil em palanque é um ato de desrespeito explícito. Já o cerco militar de uma representação diplomática é um ato de hostilidade. Fechar a fronteira para impedir a entrada no país de uma delegação da OEA é coisa de aloprados. A essência do problema continua a mesma: o presidente de Honduras, deportado no meio da noite, deve retornar ao cargo, como pedem a ONU e a OEA.
Lula não deve ter azia com os ataques que sofre por conta de sua ação.Juscelino Kubitschek comeu o pão que Asmodeu amassou porque deu asilo ao general português Humberto Delgado. Amaciou sua relação com a ditadura salazarista e, com isso, o Brasil tornou-se um baluarte do fascismo português.Ernesto Geisel foi acusado de ter um viés socialista porque restabeleceu as relações do Brasil com a China e reconheceu o governo do MPLA em Angola.
As cartas que estão na mesa são duas: o Brasil pode ser um elemento ativo para a dissuasão de golpismo, ou não. Nosso Guia escolheu a carta certa.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... 02,00.html
30/10/09 - 09h01 - Atualizado em 30/10/09 - 13h22
Hillary elogia acordo para encerrar a crise política em Honduras
Declaração foi feita durante visita ao Paquistão.
EUA vinham sendo criticados por suposta omissão na crise.
Da Reuters, em Islamabad
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, elogiou o acordo fechado entre as partes adversárias em Honduras para encerrar a crise iniciada após a deposição do presidente Manuel
"Nós estávamos claramente do lado da restauração da ordem constitucional, e isso inclui eleições", disse Hillary a repórteres durante visita ao Paquistão.
O governo interino de Honduras aceitou na noite de quinta-feira (madrugada de sexta-feira em Brasília) um acordo que abre as portas para o retorno ao poder de Zelaya, pondo fim a uma crise que representa uma dor de cabeça para a política externa do presidente Barack Obama. Os EUA vinham sendo criticados por sua suposta omissão na crise, apesar de a administração Obama desde o começo ter apoiado a volta de Zelaya ao poder.
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4952477,00.html
Mundo | 30.11.2009
Eleições de Honduras dividem comunidade internacional
Vitória de Porfirio Lobo nas eleições presidenciais de Honduras se tornou motivo de dissenso internacional. Liderados pelo Brasil, governos latino-americanos se recusam em sua maioria a reconhecer eleições hondurenhas.[color]
Cinco meses após o golpe de Estado que destituiu o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, o candidato do opositor Partido Nacional, Porfirio Lobo, venceu as eleições presidenciais de Honduras, realizadas neste domingo (29/11).
O Tribunal Superior Eleitoral do país informou, nesta segunda-feira (30/11), que o deputado do partido conservador teria recebido mais da metade dos votos apurados. O rival do Partido Liberal, Elvin Santos, conquistou por volta de 38%. Lobo, um empresário agrícola de 61 anos, assumirá oficialmente o poder em 27 de janeiro próximo.
No entanto, ele deverá começar a trabalhar já nesta semana para convencer os governos que rejeitam uma eleição tutelada pelo governo de fato de Roberto Micheletti. O presidente interino ocupou a presidência hondurenha após a expulsão de Zelaya para Costa Rica, em junho último, e seu posterior retorno a Honduras, onde recebeu refúgio na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Defesores e opositores
Após a vitória de Porfirio Lobo, as eleições em Honduras passaram a ser motivo de dissenso internacional. Enquanto Estados Unidos, União Europeia (UE) e alguns países latino-americanos saúdam o resultado e o transcorrer pacífico do pleito, a maioria dos governos do subcontinente – reunidos em Portugal a partir desta segunda-feira na 19ª Cúpula Ibero-Americana – disse que não irá reconhecer as eleições organizadas por um governo ilegítimo.
Entre os países do continente americano favoráveis ao processo eleitoral e dispostos a reconhecer o novo chefe de Estado hondurenho estão Estados Unidos, Peru, Panamá, Costa Rica e Colômbia. Do lado dos opositores estão Brasil, Argentina, Nicarágua, Equador, Bolívia, Paraguai, Uruguai, El Salvador e Guatemala.
Após sua chegada a Lisboa, no domingo, o presidente Lula afirmou, num aparente braço-de-ferro com Washington: "No caso de Honduras, tive uma conversa com Celso Amorim e disse-lhe que o Brasil não tem motivo de repensar nada". Lula acresceu que o "Brasil vai manter sua posição, porque não é possível aceitar um golpe".
Para o Departamento de Estado norte-americano, por outro lado, a eleição foi a melhor forma de superar a crise, representando um importante avanço. "A participação dos eleitores parece ter excedido a das últimas eleições presidenciais, o que demonstra que, tendo a oportunidade de se expressar, o povo hondurenho encarou a eleição como uma contribuição importante à solução da crise política no país", afirmou o porta-voz Ian Kelly.
Posição europeia
A Comissão Europeia expressou sua satisfação pelo fato de as eleições terem transcorrido "sem incidentes violentos". "Agora é importante que as partes interessadas intensifiquem seu trabalho para chegar a uma verdadeira reconciliação nacional", afirmou um porta-voz da Comissão nesta segunda-feira, em Bruxelas.
A França, por outro lado, lamentou que a eleição não tenha se realizada num contexto de "ordem constitucional que garanta legitimidade incontestável". A posição da Espanha, que condenou o golpe de Estado em junho, é de não reconhecer as eleições, mesmo admitindo que elas representam um passo no sentido de resolver a crise política.
"A ruptura institucional agora tem outros protagonistas", comentou o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, na cúpula de Lisboa. Em Portugal, Zapatero apelou por um "grande consenso nacional" como saída para a situação de Honduras.
CA/lusa/dpa/rtrs
Revisão: Simone Lopes
Provocação
Porfírio 'Pepe' Lobo pede diálogo em Honduras e diz que 'Zelaya já é história'
Publicada em 01/12/2009 às 09h03m
O GloboAgências internacionais
TEGUCIGALPA - O presidente eleito após um polêmico pleito em Honduras no domingo , Porfírio "Pepe" Lobo pediu o diálogo nacional como forma de resolver os problemas internos e externos de Honduras. O novo líder, no entanto, disse que seu maior desafio será conquistar a confiança de muitos países que não reconhecem a legitimidade de seu governo.
- É difícil para um país em democracia não reconhecer um processo eleitoral que legitima um governo. Entendo que alguns países amigos, por questões de geopolítica, possam ter suas opiniões. Peço que respeitem nossos direitos e queremos que nossas relações com todos sejam normais - disse Lobo durante uma entrevista coletiva em Tegucigalpa.
A crise desencadeada após Manuel Zelaya ser deposto não representa nenhuma preocupação para Lobo, que afirma: "Zelaya já é história, já faz parte do passado".
" Peço que respeitem nossos direitos e queremos que nossas relações com todos sejam normais "
O novo presidente afirmou que pedirá a chefes de Estado estrangeiros que "compreendam a realidade hondurenha e parem de punir o país" ao não reconhecer as eleições. Na segunda-feira, a eleição de Honduras concentrou as atenções na Cúpula Iberoamericana em Estoril, Portugal , expondo a enorme divisão no continente americano sobre como reagir, agora que a eleição de Lobo é um fato consumado. Diante do racha, a cúpula poderá acabar nesta terça-feira sem uma declaração sobre Honduras. Alguns países que se alinhavam à posição do Brasil - de não reconhecer os golpistas -- começaram a caminhar na direção do diálogo com o presidente eleito. ( Atitude de presidente eleito vai definir relação com Honduras, diz Garcia )
O novo presidente, que assume dia 27 de janeiro, disse pretender iniciar rapidamente um diálogo também com opositores internos, simpatizantes de Zelaya, que já recusaram negociar. Segundo o novo líder, Zelaya e o presidente interino, Roberto Micheletti, "já firmaram um acordo e disseram que se submetem à opinião do Congresso. Que o Congresso faça o melhor, levando em conta que o que mais convêm é trazer paz à nação. Então, temos que esperar que o Congresso defina a situação", resumiu Lobo. O legislativo planeja debater nesta quarta-feira a restituição de Zelaya.
No domingo, Zelaya disse que não aceitará ser restituído no cargo após as eleições presidenciais, às quais ele considera ilegítimas porque foram organizadas pelo governo interino que tomou o poder depois de um golpe de Estado em junho. Zelaya afirmou que um acordo firmado com o governo de Micheletti no final de outubro, patrocinado pelos Estados Unidos, estabelecia que o Congresso decidiria sobre a possível restituição antes das eleições, mas o legislativo adiou a votação sobre o tema para 2 de dezembro.
Durante a coletiva de segunda-feira, Lobo criticou também o presidente venezuelano, Hugo Chávez, aliado de Zelaya, dizendo que não aceitará "imposições" de outros países.
- Nem Chávez nem ninguém se atreva a meter seus narizes em Honduras - afirmou.
Lobo passou a segunda-feira dando entrevistas e se reunindo com assessores para fechar os nomes que farão parte do seu governo. Em entrevista à imprensa estrangeira, adiantou algumas prioridades de sua administração, que começará em 27 de janeiro de 2010. Ele disse que entre os principais problemas do país estão a falta de segurança, o desemprego crescente, a dívida externa, a educação ineficiente e a saúde precária, quadro que se agravou, segundo ele, na administração de Manuel Zelaya.
Quando um presidente eleito numa eleição controlada por membros de um golpe militar de direita diz que ninguém deve “meter o nariz” nos assuntos do país dele, todo mundo aplaude.
Quando os Estados Unidos mente o nariz deles pelo mundo afora. Ninguém dá conta...
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... DURAS.html
Cúpula iberoamericana termina sem declaração comum sobre Honduras[/b]
Da France Presse
ESTORIL, Portugal, 1 dez 2009 (AFP) - Os presidentes dos países iberoamericanos não conseguiram chegar a um acordo sobre a situação em Honduras na declaração final de sua décima-nona cúpula, em Estoril, Portugal, dois dias depois das polêmicas eleições presidenciais neste país da América Central, que dominaram os debates de segunda e terça-feira.
Diante da divisão de opiniões, a presidência da cúpula, ocupada por Portugal, emitiu um comunicado afirmando que "os chefes de Estado e governo consideram que a restituição do presidente José Manuel Zelaya (...) é um passo fundamental para o retorno à normalidade constitucional".
Os líderes também indicam que "continuarão contribuindo ativamente na busca por uma solução que permita a abertura de um diálogo nacional" em Honduras.
"Há divergências nas opiniões dos diferentes governos sobre o futuro imediato" e "a discrepância reside na validação das eleições", declarou o presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, ao término do encontro em Estoril, 25 km a oeste de Lisboa.
O tema da cúpula foi "Inovação e o Conhecimento, e suas mesas de discussão foram marcadas pela ausência dos presidentes de Venezuela, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Nicarágua, Guatemala, Cuba e Honduras.
Na declaração aprovada pelos 22 países, o grupo se compromete a "promover a criação de um novo e ambicioso programa, cuja definição estará a cargo" de autoridades dos países e da secretaria iberoamericana (SEGIB).
A região se comprometeu a "avançar em direção a políticas públicas em matéria de inovação e conhecimento que propiciem a equidade".
No texto não aparece o programa "Iberoamérica Inova", promovido pelo Brasil e pela Espanha, entre outros, que deveria ser aprovado para incentivar a inovação, sobretudo no campo empresarial, e para o qual a Espanha deveria aportar três milhões de euros.
Os chefes de Estado e governo discutiram ainda sobre a cooperação necessária para combater as mudanças climáticas na América Latina, a poucos dias da cúpula da ONU sobre o clima em Copenhague.
Na declaração final, afirmaram que para combater o aquecimento global serão necessários "fluxos financeiros internacionais novos e adicionais, suficientes e previsíveis", além de "apoio financeiro e tecnológico dos países desenvolvidos", levando em consideração "as condições nacionais dos países em desenvolvimento".
Os países do Mercosul e a Espanha aproveitaram a Cúpula de Estoril para convocar uma reunião ministerial, realizada na segunda-feira, na qual conversaram sobre o "alto interesse" mútuo de reativar as negociações entre o bloco sul-americano e a União Europeia (UE) no sentido de aprovar um acordo de livre comércio ainda no primeiro semestre de 2010, quando a Espanha ocupará a presidência rotativa do bloco.
Itália e Bélgica participaram da cúpula como observadores, da mesma forma que várias instituições, como a FAO e a OCDE.
Assessor diz que Zelaya deve ser restituído sem condições em Honduras
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... DURAS.html
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/1 ... 050353.asp
Dilma diz que eleição de Honduras terá que ser considerada
Plantão | Publicada em 04/12/2009 às 09h29m
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira durante viagem à Alemanha que o governo brasileiro terá de considerar as eleições em Honduras nas discussões sobre a crise política no país.
"Em Honduras não estávamos discutindo eleição, estávamos discutindo golpe de Estado. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra", disse Dilma
"Acho que esse novo processo aí [eleitoral] vai ter que ser considerado. Houve uma eleição"
"Mas continuamos divergindo (de outros governos) em chamar o governo do [presidente interino Roberto] Micheletti de algo que não seja um golpe de Estado. Vamos ter que levar isso agora em consideração."
Ela disse que a situação em Honduras é "bastante turbulenta".
"Vamos ter que levar isso [as eleições em Honduras] em consideração. Não vou comparar com o Irã, no Irã houve uma eleição." (...)
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/ ... ection=889
4 de dezembro de 2009. | N° 605AlertaVoltar para a edição de hoje
CRISE
EUA se desapontam com decisão em Honduras
Os Estados Unidos declararam-se “desapontados” com a decisão de quarta-feira do Congresso Nacional de Honduras de não restituir ao cargo o presidente deposto, Manel Zelaya, disse ontem o subsecretário de Estado para a América Latina, Arturo Valenzuela. Apesar disso, os EUA afirmaram que “respeitam” a decisão. Zelaya classificou o desfecho como “vergonhoso”. “Historicamente, serão julgados”, disse Zelaya, referindo-se à maioria dos deputados que ontem confirmou o decreto que o destituiu do cargo no dia 28 de junho. A responsabilidade do Congresso pela decisão estava prevista no acordo entre Zelaya e o governo interino, liderado por Roberto Micheletti.
É óbvio que depois das eleições consumadas, ninguém teria o menor interesse em restituir Zelaya ao poder, mesmo que pelos poucos dias que sobraram de seu mandato. Aí se mostra a outra face do governo golpista, que fecha um acordo que depois descumpre, em termos. Adia a votação para depois das eleições e aí, quando tudo está resolvido, simplesmente chutam o acordo pro lado.
Infelizmente, frente a atual situação, não vejo muita opção ao Brasil senão tentar trabalhr em cima da merda já feita. Dificilmente a eleição será revertida, e a falta de vontade de muitos países em enfrentar os golpistas, principalmente dos Estados Unidos, possibilitou o desenrolar vergonhoso da situação em Honduras, legitimando o Golpe.
Agora o Brasil vai ter que dançar conforme a música que está tocando. Mas isso não quer dizer que o governo estava errado em sua posição.
Uma beleza mesmo. E tem gente que defenda e comemore.