Peter_North escreveu:O que menos importa é qual dos brinquedinhos são melhores. O que interessa é que o Lula perdulário está gstando 23 bilhões de reais em armamentos. Será que isso faz algum sentido? Isso é o mesmo que se gasta com educação no Brasil. Dava para DOBRAR o investimento em educação com este dinheiro que será dado a fabricantes de armamentos. E isso para nos defender de quem? Quem vai nos invadir? Que paranóia nacionalista idiota.
Este Lula é mesmo um imbecil. Foi na onda do Chavez e disse nas entrelinhas que os EUA poderiam nos invadir por causa do pré-sal. Patético. Aliás, mesmo se comprarem dez lotes destes caças basta aos EUA mandarem um único porta-aviões que já perdemos.
É ridículo querer nos tornar uma falsa potência militar enquanto tem tanta coisa realmente importante que precisa ser feita. Novamente, vê-se o quanto o estado é grande, pesado e perdulário.
Hum, acho que alguém precisa de uma aula de política internacional. Infelizmente eu não tenho articulação suficiente pra discorrer tudo o que li sobre o assunto. Talvez o MulderFox se aventure a dar um pitaco sobre isso.Peter_North escreveu:Eu acho inacreditável que se gaste 23 bilhões de reais em um país tão necessitado de tudo e tem gente que acha normal. Discutir qual é o melhor avião é inútil, até porque esta escolha é política e não técnica. Temos é que discutir o que dava para fazer com essa grana ao invés de jogar fora.
De qualquer forma esse argumento dos caças X escolas/hospitais não procede por um sem número de motivos. Não tem nada a ver com enfrentar os Estados Unidos, o que é impossível pra qualquer um, ou com se de fender de ataques de inimigos, que em teoria não temos. É bem mais profundo e amplo que isso. Essas coisas são balelas que um monte de gente que apenas quer atacar o governo propala e parece funcionar, porque a princípio parece ter lógica.
Qualquer um que já jogou um bom jogo de estratégia sabe o que significa.
Tem a ver com respeito, imposição, credibilidade, poder de barganha, retorno diplomático. Sem contar que a inteção é introduzir uma fábrica para produzir os aviões em território brasileiro que geraria milhares de empregos diretos e indiretos e enorme renda da venda dos aviões para todo o mundo, resultando em dinheiro para o governo gastar com educação e saúde, em renda pra muita gente pra ajudar a impulsionar a economia interna ainda mais e em grande progresso tecnológico que se espalharia por todo o parque industrial brasileiro o impulsionando de um mero vendedor de comodities pra uma potência na venda de produtos manufaturados. Criticar isso é visão muito estreita.
Por enquanto deixo apenas um texto retirado de um site especializado no assunto.
http://defesabr.com/blog/index.php/03/0 ... ais-brics/
Recomendo a leitura de material em sites especializados antes de continuar replicando mantras anti-Lula da grande imprensa. Não é questão de defender o PT, mas sim de defender os interesses do Brasil e sua possibilidade de ser realmente importante no cenário mundial, o que só traria benefícios a todo mundo.Mídia : Folha de São Paulo
Data : 03/04/2009
Folha Online – Fabrícia Peixoto da BBC Brasil, em Brasília
Gastos militares do Brasil estão muito abaixo dos demais Brics
Se no lado econômico os Brics –Brasil, Rússia, Índia e China– têm semelhanças e potenciais de crescimento comparáveis, quando o assunto é defesa o Brasil tem “outra realidade”.
A avaliação de militares e especialistas ouvidos pela BBC Brasil é que os investimentos militares estão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.
“Não precisamos nos tornar uma potência militar, capazes de conquistas. É apenas uma questão de termos forças compatíveis com a ambição estratégica do país”, diz o general Augusto Heleno Ribeiro, que chefiou as tropas brasileiras em missão no Haiti.
Os historiadores costumam classificar o Brasil como um país de caráter pacifista, ou seja, que evita utilizar recursos militares em situações de conflito com outros países.
O Brasil, por exemplo, está vetado pela constituição de produzir armas nucleares. Já os outros três emergentes do grupo têm esse tipo de arma.
“Não temos a necessidade, felizmente, de ter o aparato que esses países possuem. Mas ainda assim estamos longe do ideal”, diz o general Heleno.
O pesquisador Thomas Costa, da National Defense University, em Washington (será que ele é petista?? - Carnage), diz que o país não precisa necessariamente abrir mão da característica pacifista, mas que essa cultura precisará ser “repensada”, se o país quiser atingir certos objetivos.
“O fato de um país ter uma força bem estrutura não significa que terá de usá-la. Mas a partir do momento em que o Brasil demonstra interesse em participar de questões relativas à segurança mundial, terá de estar preparado para o custo”, diz Costa.
Influência
O Brasil vem pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, demanda que se tornou uma das marcas da diplomacia atual.
Ainda que a reforma no Conselho fosse aprovada –o que os especialistas acham improvável, mesmo nos próximos dez anos –a avaliação é de que o país, hoje, não estaria preparado para assumir essa função.
“Se entrarmos no Conselho de Segurança com as forças militares que temos hoje, seríamos apenas enfeite”, diz o especialista em Ciências Políticas e consultor da MCM, Amaury de Souza.
Segundo ele, a diversificação dos polos de poder, uma tendência para os próximos anos, exige que países de média influência, como o Brasil, tenham um arsenal militar relativamente maior. “Um mundo multipolar é também um mundo mais instável”, diz.
Mesmo fora do Conselho de Segurança, o Brasil vem demonstrando interesse em ampliar sua participação em questões internacionais. Recentemente, o Itamaraty tentou contribuir na intermediação entre palestinos e israelenses.
“É o tipo de questão da qual só participa quem tem algum poderio militar. A influência brasileira cresceu muito, mas ainda está restrita a assuntos econômicos”, diz Souza.
Diretrizes
Em novembro passado, o governo brasileiro divulgou sua Estratégia Nacional de Defesa, um conjunto de diretrizes que pretende reformular a questão militar no país.
Mesmo vago, o plano foi bem recebido por especialistas. O texto de quase cem páginas prevê a readequação das três forças armadas de acordo com os “interesses estratégicos” do país.
O texto traça os objetivos de médio e longo prazo para o setor, como por exemplo, a modernização das três forças e o incentivo à indústria bélica nacional.
Falta agora o governo discutir como essas tarefas serão colocadas em prática. O plano não fala, por exemplo, de orçamento e prioridades nos gastos – principal alvo de críticas por especialistas.
O Brasil é 12º país que mais investe em defesa no mundo, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). É também o campeão na América Latina. A previsão, para este ano, é de um gasto de R$ 50 bilhões.
Desse montante, 80% é destinado ao pagamento de salários e pensões. Outros 12% vão para despesas administrativas (custeio) e 8% para investimentos.
“Esse desequilíbrio compromete a modernização das forças armadas”, diz Souza.
Tabu
Além da questão orçamentária, os especialistas apontam ainda outro fator que pode atrapalhar o desenvolvimento militar brasileiro: a memória da ditadura.
“Em diversos setores da sociedade, sobretudo nas camadas decisórias, existe uma forte rejeição aos militares”, diz o historiador Carlos Fico, da UFRJ. Segundo ele, essa rejeição “não permite nem que o assunto da defesa seja debatido”.
Na avaliação do professor, os militares, por sua vez, “são prisioneiros de velhos hábitos corporativistas”, o que também prejudica o debate.
“O país vai ter de amadurecer para esse debate. As forças armadas precisam acompanhar a maior proeminência do país”, diz.
Nosso Comentário:
Quando o assunto é defesa, o Brasil está a milhares de anos-luz dos outros BRICs, pois Rússia, Índia e China tratam o assunto muito a sério. Eles não se deixam levar por corrupção e não se espelham em revanchismos internos estúpidos. E acima de tudo, não atiram no próprio pé, deixando seus países totalmente desprotegidos.
Mesmo que os russos tenham reduzido bastante seu poderio militar desde o colapso da URSS, seus políticos não deixaram de lado o tema. Pelo contrário, há poucos dias foi divulgado um plano de retorno aos fortes investimentos em suas forças armadas.
O problema brasileiro não é tanto revanchismo ou tabus, é de falta de responsabilidade e de leis de verdade, aquelas que punem de fato seus governantes em todos os níveis.
Em defesa, os investimentos acontecem como em saúde, educação e segurança, onde as coisas hoje parecem que funcionam, mas é tudo ilusão. Todos sabem disso e ninguém reclama. O povo sofre, mas tem é medo dessas chamadas “camadas decisórias”.
As verbas nas mãos dos nossos políticos e seus tecnocratas só existem mesmo para financiar seus interesses. Revanchismo e preconceitos do passado passam longe de suas mentes atarefadas.
Por ainda haver uma grande ausência de planejamento de estado em nível adequado, que governo algum poderia modificar para menos, os investimentos militares continuarão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.
Mas o que será que pretendem o Brasil e seu povo? Ninguém sabe!
Roberto Silva
MulderFox, a SAAB apresentou nova proposta, e concorde que ela é muito boa, mas como eu falei, pois li em diversos locais, o Gripen oferecido, o Gripen NG, é bem diferente dos que estão em operação e ainda está em desenvolvimento e existe apenas um protótipo de testes.
A intenção da SAAB é fazer uma parceira com o Brasil para terminar de desenvolver o caça.
Meu único medo seria por um grande atraso no projeto que poderia deixar o Brasil sem caças por ainda muito tempo.
De qualquer forma reforço que o F-18 é a pior opção.
Release da SAAB divulgado a pouco tempo:
http://www.aereo.jor.br/?p=13220
O Texto vale ser lido.