Gilmar Mendes ( O TODO PODEROSO)

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#91 Mensagem por Carnage » 27 Abr 2009, 17:14

E esta matéria aqui, da revista Carta Capita?
Coisas gravíssimas são sugeridas, e ficou por isso mesmo!

Globo parece que só repercute matérias capa da Veja, por mais que sejam provadas falsas depois, por que não repercutiu essa? Nem que fosse somente pra acusar a Carta Capital de difamação?
Nos rincões dos Mendes
20/11/2008 18:10:25
Leandro Fortes, de Diamantino (MT)

Existe um lugar, nas entranhas do Centro-Oeste, onde a vetusta imagem do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, nada tem a ver com aquela que lhe é tão cara, de paladino dos valores republicanos, guardião do Estado de Direito, diligente defensor da democracia contra a permanente ameaça de um suposto – e providencial – “Estado policial”. Em Diamantino, a 208 quilômetros de Cuiabá, em Mato Grosso, o ministro é a parte mais visível de uma oligarquia nascida à sombra da ditadura militar (1964-1985), mas derrotada, nas eleições passadas, depois de mais de duas décadas de dominação política.

O atual prefeito de Diamantino, o veterinário Francisco Ferreira Mendes Júnior, de 50 anos, é o irmão caçula de Gilmar Mendes. Por oito anos, ao longo de dois mandatos, Chico Mendes, como é conhecido desde menino, conseguiu manter-se na prefeitura, graças à influência política do irmão famoso. Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar Mendes, primeiro como advogado-geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, como ministro do STF, atuou ostensivamente para eleger o irmão. Para tal, levou a Diamantino ministros para inaugurar obras e lançar programas, além de circular pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, a pedir votos para o irmão-candidato e, eventualmente, bater boca com a oposição.

Em setembro do ano passado, o ministro Mendes foi novamente escalado pelo irmão Chico Mendes para garantir a continuidade da família na prefeitura de Diamantino. Depois de se ancorar no grupo político do governador Blairo Maggi, os Mendes também migraram do PPS para o PR, partido do vice-presidente José Alencar, e ingressaram na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem, como se sabe, Mendes costuma, inclusive, chamar às falas, quando necessário. Maggi e os Mendes, então, fizeram um pacto político regional, cujo movimento mais ousado foi a assinatura, em 10 de setembro de 2007, do protocolo de intenções para a instalação do Grupo Bertin em Diamantino, às vésperas do ano eleitoral de 2008.

Considerado um dos gigantes das áreas agroindustrial, de infra-estrutura e de energia, o Bertin acabou levado para Diamantino depois de instalado um poderoso lobby político capitaneado por Mendes, então vice-presidente do STF, com o apoio do governador Blairo Maggi, a quem coube a palavra final sobre a escolha do local para a construção do complexo formado por um abatedouro, uma usina de biodiesel e um curtume. O investimento previsto é de 230 milhões de reais e a perspectiva de criação de empregos chega a 3,6 mil vagas. Um golpe de mestre, calcularam os Mendes, para ajudar a eleger o vereador Juviano Lincoln, do PPS, candidato apoiado por Chico Mendes à sucessão municipal.

No evento de assinatura do protocolo de intenções, Gilmar Mendes era só sorrisos ao lado do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a quem levou a Diamantino para prestigiar a gestão de Chico Mendes, uma demonstração de poder recorrente desde a primeira campanha do irmão, em 2000. Durante a cerimônia, empolgado com a presença do ministro e de dois diretores do Bertin, Blairo Maggi conseguiu, em uma só declaração, carimbar o ministro Mendes como lobista e desrespeitar toda a classe política mato-grossense. Assim falou Maggi: “Gilmar Mendes vale por todos os deputados e senadores de Mato Grosso”. Presente no evento estava o prefeito eleito de Diamantino, Erival Capistrano (PDT), então deputado estadual. “O constrangimento foi geral”, lembra Capistrano.

Ainda na festa, animado com a atitude de Maggi, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) aproveitou para sacramentar a ação do presidente do STF. “O ministro Gilmar Mendes tem usado o seu prestígio para beneficiar Mato Grosso, apesar de não ser nem do Executivo nem do Legislativo”, esclareceu, definitivo. Ninguém, no entanto, explicou ao público e aos eleitores as circunstâncias da empresa que tão alegremente os Mendes haviam conseguido levar a Diamantino.

O Grupo Bertin, merecedor de tanta dedicação do presidente do STF, foi condenado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em novembro de 2007, logo, dois meses depois da assinatura do protocolo, por formação de cartel com outros quatro frigoríficos. Em 2005, as empresas Bertin, Mataboi, Franco Fabril e Minerva foram acusadas pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça de combinar os preços da comercialização de gado bovino no País. Foi obrigado a pagar uma multa equivalente a 5% do faturamento bruto, algo em torno de 10 milhões de reais. No momento em que Gilmar Mendes e Blairo Maggi decidiram turbinar a campanha eleitoral de Diamantino com o anúncio da construção do complexo agroindustrial, o processo do Bertin estava na fase final.

Ainda assim, quando a campanha eleitoral de Diamantino começou, em agosto passado, o empenho do ministro Mendes para levar o Bertin passou a figurar como ladainha na campanha do candidato da família, Juviano Lincoln. Em uma das peças de rádio, o empresário Eraí Maggi, primo do governador, ao compartilhar com Chico Mendes a satisfação pela vinda do abatedouro, manda ver: “Tenho falado pro Gilmar, seu irmão, sobre isso”. Em uma das fazendas de soja de Eraí Maggi, o Ministério do Trabalho libertou, neste ano, 41 pessoas mantidas em regime de escravidão.

Tanto esforço mostrou-se em vão eleitoralmente. Em outubro passado, fustigado por denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, o prefeito Chico Mendes foi derrotado pelo notário Erival Capistrano, cuja única experiência política, até hoje, foi a de deputado estadual pelo PDT, por 120 dias, quando assumiu o cargo após ter sido eleito como suplente. “Foi a vitória do tostão contra o milhão”, repete, como um mantra, Capistrano, a fim de ilustrar a maneira heróica como derrotou, por escassos 418 votos de diferença, o poder dos Mendes em Diamantino. De fato, não foi pouca coisa.

Em Diamantino, a família Mendes se estabeleceu como dinastia política a partir do golpe de 1964, sobretudo nos anos 1970, época em que os militares definiram a região, estrategicamente, como porta de entrada para a Amazônia. O patriarca, Francisco Ferreira Mendes, passou a alternar mandatos na prefeitura com João Batista Almeida, sempre pela Arena, partido de sustentação da ditadura. Esse ciclo foi interrompido apenas em 1982, quando o advogado Darcy Capistrano, irmão de Erival, foi eleito, aos 24 anos, e manteve-se no cargo por dois mandatos, até 1988. A dobradinha Mendes-Batista Almeida só voltaria a funcionar em 1995, bem ao estilo dinástico da elite rural nacional, com a eleição, primeiro, de João Batista Almeida Filho. Depois, em 2000, de Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes.

Gilmar nasceu em Diamantino em 30 de dezembro de 1955. O lugar já vivia tempos de franca decadência. Outrora favorecida pelo comércio de diamantes, ouro e borracha por mais de dois séculos, a cidade natal do atual presidente do STF se transformou, a partir de meados do século XX, num município de economia errática, pobre e sem atrativos turísticos, dependente de favores dos governos federal e estadual. Esse ambiente de desolação social, cultural e, sobretudo, política favoreceu o crescimento de uma casta coronelista menor, se comparada aos grandes chefes políticos do Nordeste ou à aristocracia paulista do café, mas ciosa dos mesmos métodos de dominação.

Antes do presidente do STF, a figura pública mais famosa do lugar, com direito a busto de bronze na praça central da cidade, para onde os diamantinenses costumam ir para fugir do calor sufocante do lugar, era o almirante João Batista das Neves. Ele foi assassinado durante a Revolta da Chibata, em 1910, por marinheiros revoltosos, motivados pelos maus-tratos que recebiam de oficiais da elite branca da Marinha, entre eles, o memorável cidadão diamantinense.

Na primeira campanha eleitoral de Chico Mendes, em 2000, o então advogado-geral da União, Gilmar Mendes, conseguiu levar ministros do governo Fernando Henrique Cardoso para Diamantino, a fim de dar fôlego à campanha do irmão. Um deles, Eliseu Padilha, ministro dos Transportes, voltou à cidade, em agosto de 2001, ao lado de Mendes, para iniciar as obras de um trecho da BR-364. Presente ao ato, prestigiado como sempre, estava o irmão Chico Mendes. No mesmo mês, um dos principais assessores de Padilha, Marco Antônio Tozzati, acusado de fazer parte de uma quadrilha de fraudadores que atuava dentro do Ministério dos Transportes, juntou-se a Gilmar Mendes para fundar a Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, a Uned.

O ministro Mendes, revelou CartaCapital na edição 516 (leia o post Gilmar: às favas a ética), é acionista de outra escola, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que obteve contratos sem licitação com órgãos públicos e empréstimos camaradas de agências de fomento. Não é de hoje, portanto, que o ensino, os negócios e a influência política misturam-se oportunamente na vida do presidente do Supremo.

No caso da Uned, o irmão-prefeito bem que deu uma mãozinha ao negócio do irmão. Em 1º de abril de 2002, Chico Mendes sancionou uma lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro recolhido pela Uned em diversos tributos, entre os quais o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e sobre alvarás, em descontos nas mensalidades de funcionários e “estudantes carentes”. Dessa forma, o prefeito, responsável constitucionalmente por incrementar o ensino infantil e fundamental, mostrou-se estranhamente interessado em colocar gente no ensino superior da faculdade do irmão-ministro do STF.

Em novembro de 2003, o jornalista Márcio Mendes, do jornal O Divisor, de Diamantino, entrou com uma representação no Ministério Público Estadual de Mato Grosso, para obrigar o prefeito a demonstrar, publicamente, que funcionários e “estudantes carentes” foram beneficiados com a bolsa de estudos da Uned, baseada na renúncia fiscal – aliás, proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal – autorizada pela Câmara de Vereadores. Jamais obteve resposta. O processo nunca foi adiante, como, de praxe, a maioria das ações contra Chico Mendes. Atualmente, Gilmar Mendes está afastado da direção da Uned. É representado pela irmã, Maria Conceição Mendes França, integrante do conselho diretor e diretora-administrativa e financeira da instituição.

O futuro prefeito, Erival Capistrano, estranha que nenhum processo contra Chico Mendes tenha saído da estaca zero e atribui o fato à influência do presidente do STF. Segundo Capistrano, foram impetradas ao menos 30 ações contra o irmão do ministro, mas quase nada consegue chegar às instâncias iniciais sem ser, irremediavelmente, arquivado. Em 2002, a Procuradoria do TCE mato-grossense detectou 38 irregularidades nas contas da prefeitura de Diamantino, entre elas a criação de 613 cargos de confiança. A cidade tem 19 mil habitantes. O Ministério Público descobriu, ainda, que Chico Mendes havia contratado quatro parentes, inclusive a mulher, Jaqueline Aparecida, para o cargo de secretária de Promoção Social, Esporte e Lazer.

No mesmo ano de 2002, o vereador Juviano Lincoln (ele mesmo, o candidato da família) fez aprovar uma lei municipal, sancionada por Chico Mendes, para dar o nome de “Ministro Gilmar Ferreira Mendes” à avenida do aeródromo de Diamantino. Dois cidadãos diamantinenses, o advogado Lauro Pinto de Sá Barreto e o jornalista Lúcio Barboza dos Santos, levaram o caso ao Senado Federal. À época, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não aceitou a denúncia. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a acusação contra a avenida Ministro Gilmar Mendes também não deu resultados e foi arquivada, no ano passado.

A lentidão da polícia e da Justiça na região, inclusive em casos criminais, acaba tendo o efeito de abrir caminho a várias suspeitas e deixar qualquer um na posição de ser acusado – ou de ver o assunto explorado politicamente.

Em 14 de setembro de 2000, na reta final da campanha eleitoral, a estudante Andréa Paula Pedroso Wonsoski foi à delegacia da cidade para fazer um boletim de ocorrência. Ao delegado Aldo Silva da Costa, Andréa contou, assustada, ter sido repreendida pelo então candidato do PPS, Chico Mendes, sob a acusação de tê-lo traído ao supostamente denunciar uma troca de cestas básicas por votos, ao vivo, em uma emissora de rádio da cidade. A jovem, de apenas 19 anos, trabalhava como cabo eleitoral do candidato, ao lado de uma irmã, Ana Paula Wonsoski, de 24 – esta, sim, responsável pela denúncia.

Ao tentar explicar o mal-entendido a Chico Mendes, em um comício realizado um dia antes, 13 de setembro, conforme o registro policial, alegou ter sido abordada por gente do grupo do candidato e avisada: “Tome cuidado”. Em 17 de outubro do mesmo ano, 32 dias depois de ter feito o BO, Andréa Wonsoski resolveu participar de um protesto político.

Ela e mais um grupo de estudantes foram para a frente do Fórum de Diamantino manifestar contra o abuso de poder econômico nas eleições municipais. A passeata prevista acabou por não ocorrer e Andréa, então, avisou a uma amiga, Silvana de Pino, de 23 anos, que iria tentar pegar uma carona para voltar para casa, por volta das 19 horas. Naquela noite, a estudante desapareceu e nunca mais foi vista. Três anos depois, em outubro de 2003, uma ossada foi encontrada por três trabalhadores rurais, enterrada às margens de uma avenida, a 5 quilômetros do centro da cidade. Era Andréa Wonsoski.

A polícia mato-grossense jamais solucionou o caso, ainda arquivado na Vara Especial Criminal de Diamantino. Mesmo a análise de DNA da ossada, requerida diversas vezes pela mãe de Andréa, Nilza Wonsoski, demorou outros dois anos para ficar pronta, em 1º de agosto de 2005. De acordo com os três peritos que assinam o laudo, a estudante foi executada com um tiro na nuca. Na hora em que foi morta, estava nua (as roupas foram encontradas queimadas, separadas da ossada), provavelmente por ter sido estuprada antes.

Chamado a depor pelo delegado Aldo da Costa, o prefeito Chico Mendes declarou ter sido puxado pelo braço “por uma moça desconhecida”. Segundo ele, ela queria, de fato, se explicar sobre as acusações feitas no rádio, durante o horário eleitoral de outro candidato. Mendes alegou não ter levado o assunto a sério e ter dito a Andréa Wonsoski que deixaria o caso por conta da assessoria jurídica da campanha.

CartaCapital tentou entrar em contato com o ministro Gilmar Mendes, mas o assessor de imprensa, Renato Parente, informou que o presidente do STF estava em viagem oficial à Alemanha. Segundo Parente, apesar de todas as evidências, inclusive fotográficas, a participação de Mendes no processo de implantação do Bertin em Diamantino foi “zero”. Parente informou, ainda, que a participação do ministro nas campanhas do irmão, quando titular da AGU, foram absolutamente legais, haja vista ser Mendes, na ocasião, um “ministro político” do governo FHC. O assessor não comentou sobre os benefícios fiscais concedidos pelo irmão à universidade do ministro.

A reportagem da Carta também procurou o prefeito Chico Mendes. O chefe de gabinete, Nélson Barros, prometeu contatar o prefeito e, em seguida, viabilizar uma entrevista, o que não aconteceu.

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Carnage
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#92 Mensagem por Carnage » 27 Abr 2009, 17:20

http://congressoemfoco.ig.com.br/notici ... acao=27950
A Comissão Executiva Nacional do Democratas vem a público manifestar seu apoio, sua confiança e seu respeito ao ministro Gilmar Mendes que, no exercício da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre com rigor e responsabilidade institucional o papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito.

Empenhado no aperfeiçoamento jurídico do país, o ministro Gilmar Mendes sabe responder aos desafios do nosso tempo e jamais deixou de iluminar e enriquecer o debate nacional com suas qualidades de pensador e estudioso da ciência jurídica.

De forma competente e objetiva, o presidente do STF dedica-se à atualização e à modernização da democracia brasileira, tarefa de grande dificuldade, que exige enorme esforço. A despeito dos obstáculos, o ministro tem sido exemplo de homem público que age com correção e profunda consciência institucional.

O comando do Democratas lamenta que o presidente do STF, a mais elevada corte do Poder Judiciário, tenha sido vítima de agressões e expressões insultuosas. A crítica faz parte da democracia que soubemos construir, mas pontos de vista divergentes devem ser expostos em clima de respeito e moderação. Só assim, vamos avançar no sentido da construção de um ambiente nacional civilizado e amigável, em compasso com a nossa gente, com os nossos costumes e nossos valores.

Brasília, 24 de abril de 2009

Rodrigo Maia
Presidente Nacional do Democratas

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#93 Mensagem por Tiozinho50 » 28 Abr 2009, 00:49

Peter_North escreveu: Eu não posso dizer que o problema dos assaltos são coisa de "negros com cabelo pixaim" porque se eu fizer isso vou para a cadeia (felizmente, porque a frase é errada, absurda e racismo é o fim) mesmo se eu depois arrumar um apologista para querer explicar que "na verdade essa expressão passou a significar um grupo, um grupo de bandidos que roubaram boa parte das pessoas que foram assaltadas, independente da cor dos olhos ou cabelos, tanto que nesse grupo de responsáveis pelos assaltos pode-se incluir o Ronald Biggs".

Racismo é racismo, não importa a cor da pele de quem é vítima dele. É nojento ver o presidente incitando ódio racial para ganhar mais uns votinhos em sua base eleitoral.
Concordo com o Peter, e vou mais além, incluo no mesmo patamar de repugnância o preconceito de classe social.

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Peter_North
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#94 Mensagem por Peter_North » 28 Abr 2009, 09:21

Carnage escreveu:E esta matéria aqui, da revista Carta Capita?
Carta Capital escreveu:maus-tratos que recebiam de oficiais da elite branca
Estão abertas as comportas da estupidez. O Lula e as revistas que o idolatram mais uma vez primam pelo mau exemplo e pela ignorância.

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#95 Mensagem por FucaBala » 29 Abr 2009, 00:28

Peter_North escreveu:
Carnage escreveu:E esta matéria aqui, da revista Carta Capita?
Carta Capital escreveu:maus-tratos que recebiam de oficiais da elite branca
Estão abertas as comportas da estupidez. O Lula e as revistas que o idolatram mais uma vez primam pelo mau exemplo e pela ignorância.
E o pior é que pessoas disseram que o comentário do "Presidente" era "irrelevante", já que no final ele disse uma certa verdade quando se refeiriu a origem da crise econômica.

Mas a PiL trata de explorar o tema a cada defesa do Governo...
Quando eu digo, inúmeras e inúmeras vezes, que o Lula "não dá ponto sem nó"... Ele sempre sabe o que está fazendo, ele sempre sabe os que os porões do Planalto e do PT estão aprontando.

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#96 Mensagem por Carnage » 29 Abr 2009, 10:56

http://cloacanews.blogspot.com/2009/04/ ... ta-em.html
Terça-feira, 28 de Abril de 2009
GLOBO OMITE FICHA DE VIGARISTA EM NOTÍCIA CONTRA JOAQUIM BARBOSA

Para o portal G1, ele é um "empresário do ramo de tecnologia". Na verdade, trata-se de um dos maiores estelionatários do país


Neste exato momento, esta é uma das manchetes de capa do portal das Organizações Globo:

"BATE-BOCA NO STF - Empresário pede ao CNJ punição a Joaquim Barbosa"

Ao clicar aqui, você lerá que "um empresário paulista protocolou nesta terça-feira (28), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma representação contra o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo foi a discussão travada na última quarta (22) entre Barbosa e o presidente da Corte, Gilmar Mendes".

A "notícia" dá o nome completo desse grande brasileiro: Luiz Eduardo Auricchio Bottura. Diz o texto : "Nos últimos meses, Eduardo Bottura ganhou destaque por entrar com dezenas de representações contra desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele acusa alguns magistrados do estado de tomaram decisões conforme o grau de relação com os advogados envolvidos nas causas. “Eu sou um patriota. Se vejo algo errado, em especial, que me ofende, pratico democracia”, explicou."

O que o brilhante jornalismo do maior grupo de comunicação do país não quis informar é que esse exemplar cidadão possui mais de 900 processos judiciais tramitando contra ele, por crimes como estelionato, contra a honra, extorsão, uso de documento falso, coação, denúncia caluniosa e falsidade ideológica.
Quis, porém, o destino que este Cloaca News encontrasse tal informação no insuspeito portal da TV Morena, membro da Rede Matogrossense de Televisão (RMT), uma das afiliadas da Rede Globo. Clique aqui para ler.
Polícia prende em Anaurilândia um dos maiores golpistas do País
Luis Eduardo Auricchio Bottura responde a mais de 900 processos em todo o País
Em respeito aos nossos leitores, vamos nos abster de comentar essa maravilha. Mas, você pode meter bronca à vontade.

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#97 Mensagem por capa dura » 29 Abr 2009, 11:41

Como q tem gente cara de pau nesse mundo, né?
Então quer dizer q o Sr. Luiz Eduardo Bottura responde a mais de 900 processos pelos mais variados crimes?
E é um cidadão que se acha no direito de ir peticionando ao CNJ para "moralizar o Judiciário".....
Q cara de pau.....
Até parece que o CNJ têm competência para julgar um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

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#98 Mensagem por ussama » 29 Abr 2009, 16:28

dizem em brasilia, que o nome correto deste cidadão é gilmar dantas, moderador mude o titulo do assunto. :D

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#99 Mensagem por Compson » 29 Abr 2009, 16:44

ussama escreveu:dizem em brasilia, que o nome correto deste cidadão é gilmar dantas, moderador mude o titulo do assunto. :D
Dá pra unificar os dois tópicos...

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#100 Mensagem por Carnage » 30 Abr 2009, 11:16

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =535IMQ003
BARRACO NO SUPREMO
Versão negligente da polêmica no STF


Por Maurício Caleiro em 28/4/2009

Dois dias depois (sexta, 24/4) da discussão entre os ministros do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes (que atualmente preside o órgão), a Folha de S.Paulo publicou editorial ("Altercação no STF") em que se posiciona ante o episódio – tema, ainda, de dois de seus colunistas e ao qual dedica cinco matérias no caderno "Brasil". A cobertura, embora farta em material, é, como veremos, estreita em abordagens, além de sonegar ao leitor informações essenciais para que componha um quadro amplo do conjunto de fatores que levaram ao enfrentamento no STF.

Se o sentido da presença de um sorridente Gilmar Mendes – ladeado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) – na foto de capa da edição, encimando a manchete "Após discussão, presidente do STF nega crise institucional", despertara dúvidas no leitor, o editorial as dirime. Eis sua abertura:

"O ministro Joaquim Barbosa excedeu-se na áspera discussão travada anteontem com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Não se justificam os argumentos `ad hominem´ e a linguagem desabrida empregada (...)".

À responsabilização inequívoca e única de uma das partes em litígio, segue-se um texto em que, ao contrário do que manda a norma de redação de editoriais, não há ponderação ou busca pelo equilíbrio argumentativo, analisando as razões e desrazões dos dois lados; a contextualização fornecida se resume à recriação – como se verá, manipulada – da discussão entre os dois ministros, sem nenhuma alusão às atitudes pregressas de Mendes e ao ânimo em relação a elas verificável no próprio Judiciário e na opinião pública.

Fator racial

Após uma descrição um tanto minuciosa do diálogo que precedeu o momento mais crítico da discussão, o editorial prossegue:

"Foi no ato seguinte, entretanto, que o ministro Barbosa abandonou a compostura e rompeu de vez o protocolo. Acusou Mendes de estar `destruindo a Justiça deste país´ e, num rompante descabido, afirmou que o presidente do tribunal não falava, ali, `com seus capangas de Mato Grosso´".

Para o jornal, portanto, Barbosa não teria apenas "se excedido" de forma unilateral, mas perdido a compostura – e por um motivo banal, já que o "objeto do debate" seria tão-somente "uma lei paranaense".

O leitor atento talvez tenha se dado conta de que, apesar de tão detalhada quanto à reconstituição dos diálogos preliminares à altercação entre os dois ministros – e de seu desfecho –, há uma omissão gritante na reconstrução do incidente pelo editorial. Essa elipse diz respeito, justamente, ao momento em que Barbosa clama Mendes a sair às ruas, ouve a resposta de Mendes afirmando que na rua está e retruca dizendo: "Vossa excelência não está na rua, vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro".

Não se trata de omissão casual ou inocente: sua função é desobrigar o editorialista a se referir ao mal-estar na sociedade e em setores do próprio ambiente judiciário causado pelos efeitos da superexposição midiática de Mendes e a decisões polêmicas que tomara, como a concessão do segundo habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas. Ou seja: é sonegação de informação visando manipular o sentido dos fatos.

É importante prestar atenção a essa estratégia empregada pelo editorial porque ela tende a ser, parcial ou integralmente, repetida por outros veículos de mídia. Trata-se de um estratagema que inclui o desprezo pela opinião pública, mas seu conceito-chave é a descontextualização – pois, esvaziando o ato de Barbosa de qualquer motivação anterior que o justifique, o que se tem é um ministro do mais alto tribunal exaltado e muito nervoso em meio a um debate corriqueiro sobre questiúnculas jurídicas – quais mesmo? Acrescente-se o fato de o ministro ter sido indicado por Luiz Inácio Lula da Silva e, numa sociedade racista como a brasileira, o fator racial e o potencial de exploração sensacionalista do caso – contra o ministro – cresce consideravelmente.

Regra de revezamento

No restante do editorial, são elencadas platitudes relativas ao funcionamento da Justiça e do STF, incluindo – baseado em não se sabe quais informações – o wishful thinking segundo o qual "é um evidente exagero afirmar que o episódio seja sintoma de crise no STF". Não deixa, porém, de ser curioso notar que, em relação ao ponto que dois articulistas deste Observatório – que de forma alguma se caracterizam pelo radicalismo – apontaram como a referência que mais deveria interessar à imprensa no episódio – os tais capangas matogrossenses –, o editorial se limita a criticar Barbosa pelo "rompante descabido" de mencioná-lo, sem demonstrar nenhum espanto ou interesse em investigar a denúncia implícita. Limita-se a ralhar – é precisamente este o verbo – contra a destemperança do ministro.

O esforço para denegrir a imagem de Barbosa prossegue na cobertura do fato pelo jornal. No caderno "Brasil", longa matéria assinada por Andréa Michael e Felipe Seligman, intitulada "`Não há crise, não há arranhão´, diz Mendes", alega que "a Folha apurou que a intenção do ministro [Barbosa] era sinalizar para Mendes, publicamente, que não aceitava ser tratado como um subalterno". Ou seja, desprezando todo um contexto muito mais amplo e de motivações e consequências muito mais sérias – com implicações para a ordem jurídica do país e para a avaliação que a sociedade faz do Poder Judiciário e do STF – a matéria tenta tornar pessoal a questão, através da caracterização do ministro Joaquim Barbosa como um complexado rancoroso, motivado pelo ego ferido.

Continuando a contrariar as normas do bom jornalismo – e do Manual de Redação – a matéria ouve apenas um dos ministros (difícil adivinhar qual?). O único arremedo de contextualização que oferece é quanto à hiperexposição midiática de Mendes, vocalizada por um assessor do Planalto. A opinião pública sobre o caso é completamente desprezada pela cobertura da Folha,não por falta de fontes: para ficar em apenas um exemplo, em votação promovida pelo portal UOL logo após a discussão, o apoio a Barbosa chegou a superar os 95%. Há uma grande chance, portanto, que ouvi-la significasse corroborar a afirmação do jornalista Luis Nassif quanto ao "descrédito dos jornalões" causado pela cobertura do affair Gilmar Mendes: "Jamais vi um divórcio igual entre a linha dos jornais e o pensamento do leitor".

Há diversos outros aspectos aparentemente menores na cobertura do caso que mereceriam comentário, mas, em respeito à paciência do leitor, limitemo-nos ao fato de a Folha – como a maioria dos órgãos da mídia corporativa – chamar Barbosa de "ministro" do STF e Gilmar Mendes de "presidente" da instituição, sugerindo uma hierarquia que não é estanque nem em méritos baseada, mas temporária e determinada por regra de revezamento. Desnecessário apontar que tal omissão colabora para tornar crível a tese do "subalterno de orgulho ferido" sugerida pelo jornal.

Anacronismo autoritário

Na mesma edição de sexta-feira (24/4), a única exceção a essa cobertura despudoradamente tendenciosa da discussão no STF vem de um texto opinativo do usualmente comedido Frederico Vasconcelos que, uma vez mais equilibrado, destoaria totalmente da linha do jornal não fosse o título que recebeu e que absolutamente não condiz com o conteúdo da análise: "Credibilidade versus populismo". Você, atento leitor, já adivinhou quem o outrora prestigiado jornal paulista julga ser digno de crédito e quem seria o populista, pois não?

Por fim, é importante ressalvar ser salutar que a linha editorial de um jornal mantenha uma prudente distância em relação à opinião pública – sem procurar doutriná-la ou guiá-la nem, por outro lado, submeter-se a seus humores e tendências. Ignorá-la, porém, confinando-a à exígua e censurada seção de cartas, mas sem sequer levar em conta – nem que seja para refutar – suas convicções predominantes, é algo bem diferente, e equivale a menosprezá-la como interlocutor e como sujeito político.

Num momento em que o jornal da Alameda Barão de Limeira admite práticas que não coadunam com a ética jornalística e não podem ser consideradas mero "erro", pois denotam má-fé, essa relação com a opinião pública – das ruas ou, principalmente, da internet – soa anacronicamente autoritária, chamando à reflexão sobre o futuro da publicação.

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#101 Mensagem por Carnage » 30 Abr 2009, 11:17

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =535IMQ004
BARRACO NO SUPREMO
A quem serve o "presta atenção" do ministro?


Por Márcio Sampaio de Castro em 28/4/2009

O nível no Supremo nunca esteve tão baixo. O primeiro negro a ocupar uma vaga no Supremo. A possibilidade de impeachment. Destempero emocional. Barbosa é de origem humilde.

Essas e outras frases e conceitos rodaram pelos quatro cantos da mídia nacional nos últimos dias, em referência ao entrevero ocorrido no plenário do Supremo Tribunal Federal entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Lidas isoladamente, são o que são: informações, dados. Reproduzidas largamente e lidas à saciedade ganham um sentido inescapável, certamente corroborado pelo título da matéria da edição corrente da revista Veja (nº 2110, de 29/4/2009): "O dia de índio de Joaquim Barbosa".

Curiosa esta sanha de levar às últimas consequências o debate sobre a fala do ministro Barbosa. Não pelo conteúdo em si, mas muito provavelmente por ter vindo de onde veio. Naquela mesma noite, à saída do ministro Marco Aurélio Mello do Supremo, perguntava a repórter da TV Globo: "E então, vai ter alguma punição [ao ministro Joaquim Barbosa]?". É claro que a busca pela informação representada pelo cândido questionamento é uma premissa mais do que legítima da prática jornalística, mas o que inquieta é o fato de a mencionada sanha ser invariavelmente seletiva. Seleção que se dá por critérios, para dizer o mínimo, questionáveis.

Sem cobranças

Os jornalões foram muito rápidos, por exemplo, ao reproduzir em finais de agosto de 2008, a história do grampo do diálogo telefônico entre o ministro Mendes e o senador Demóstenes Torres, também publicados pela Veja. As edições de sábado, o dia posterior à chegada da semanal às bancas, já traziam em suas primeiras páginas a indignada denúncia do "Estado policial" que vigia as autoridades da República. Nada se provou, mas o grau do ruído se mostrou mais importante do que a qualidade da música.

Três meses depois, a revista CartaCapital trouxe uma extensa reportagem assinada pelo jornalista Leandro Fortes, dando conta das importantes contribuições do ministro Mendes aos esforços de seu irmão Francisco para se manter à frente do poder municipal na localidade de Diamantino, no interior do Mato Grosso (talvez daí tenham surgido as ilações do ministro Barbosa). Nenhuma repercussão.

Mas o crème de la crème na fala biliar de Joaquim Barbosa foi: "Vossa Excelência não está na rua, vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade da Justiça". Novamente, nossa imprensa foi célere ao procurar especialistas para discutir "a crise no Judiciário" e a postura impulsiva dos ministros. Não foi capaz de discutir, contudo, as minúcias desta última fala, ou seja, por que Mendes é sistematicamente procurado para pontificar sobre tudo? Quais são as forças que se movem no interior de um tribunal que, antes de ser técnico, é político, dada a natureza das indicações de seus integrantes? E, por fim, retomando o início deste artigo, por que o ministro Barbosa precisa sempre se mostrar morigerado, detentor de notável saber e capacidade para estar onde está, enquanto dos demais nunca se lhes cobram tais atributos?

Para repensar

São vícios de uma sociedade que se imagina moderna, mas que diante de qualquer situação que escape à normalidade (onde todos devem saber muito bem os locais que ocupam) reage desorientada, dando vazão a indisfarçáveis conceitos que em nada guardam relação com esta suposta modernidade.

Uma sociedade na qual a mídia empobrece a cada dia, juntamente com o nível do debate e a capacidade de pensar com qualidade a respeito de si mesma. O "presta atenção" do ministro do Supremo poderia servir muito bem para se repensar uma série de coisas, a começar pelo tipo de jornalismo que não estamos fazendo.

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#102 Mensagem por kank » 30 Abr 2009, 11:39

texto postado pelo carnage
O nível no Supremo nunca esteve tão baixo. O primeiro negro a ocupar uma vaga no Supremo. A possibilidade de impeachment. Destempero emocional. Barbosa é de origem humilde.
sem querer ser chato mas o barbosa é o terceiro negro a ocupar uma vaga no supremo

ele é o unico negro entre os atuais

outros ex integrantes negros:
Hermenegildo de Barros (de 1919 a 1937)
Pedro Lessa (de 1907 a 1921)

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#103 Mensagem por Carnage » 30 Abr 2009, 12:40

Engraçado que essa informação é repetida por todos a mídia.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 5041.shtml
23/04/2009 - 10h37
Joaquim Barbosa é o 1º ministro negro do Supremo; veja perfil


http://terramagazine.terra.com.br/inter ... rbosa.html
Primeiro negro na suprema corte brasileira, Barbosa fez ontem acusações públicas ao presidente do STF, Gilmar Mendes.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... FEIRA.html
05/05/2003 - 09:44 | Edição nº 259
Primeiro ministro negro do STF pode ser indicado nesta segunda-feira
Diário de S.Paulo


http://www.eleitor.inf.br/modules/news/ ... toryid=104
Brasil : Lula indica primeiro jurista negro para o Supremo Tribunal Federal

http://www.horadopovo.com.br/2003/maio/ ... /pag3b.htm
Presidente nomeia o primeiro ministro negro para o Supremo Tribunal Federal

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#104 Mensagem por Carnage » 30 Abr 2009, 12:51

Segundo esta matéria da Veja:
http://veja.abril.com.br/140503/p_050.html

Tanto Hermenegildo de Barros quanto Pedro Lessa eram mulatos.
Festejando sua indicação, Barbosa Gomes foi o primeiro a reconhecer o simbolismo de sua ascensão. "Vejo como um ato de grande significação que sinaliza para a sociedade o fim de certas barreiras visíveis e invisíveis", disse. "Posso vir a ser o primeiro ministro reconhecidamente negro", completou. Isso porque, na história do STF, já houve dois negros – um mulato escuro, Hermenegildo de Barros, ministro de 1919 até a aposentadoria, em 1937, e outro mulato claro, Pedro Lessa, ministro de 1907 até sua morte, em 1921. Ambos nasceram no interior de Minas Gerais, como Barbosa Gomes, mas nenhum era "reconhecidamente negro" nem de origem tão humilde – o que empresta à indicação de agora um simbolismo ao mesmo tempo étnico e social. Na juventude, Barbosa Gomes trabalhava de madrugada, estudava de manhã e dormia à tarde. Na universidade, sustentou-se como funcionário da gráfica do Senado e, antes de se formar, prestou concurso para o Itamaraty. Como oficial de chancelaria, serviu na Finlândia. Mais tarde, fez doutorado em Paris e tornou-se professor visitante de duas universidades americanas – Columbia, em Nova York, e Ucla, em Los Angeles. É fluente em inglês, francês e alemão. Tem dois livros publicados. Um em francês, sobre o Supremo no sistema político brasileiro, e outro em português, a respeito da questão legal das ações afirmativas em favor dos negros
Portanto seria uma questão de terminologia. Barbosa não é mulato, é preto. Nesse quesito, seria o primeiro mesmo

Li uma vez que em quetão de terminologia, preto, seria o afrodescente puro, mulato o mestiço de preto e branco. Negro seria uma denominação que engloba pretos e mulatos. Não sei se isso é válido, não tenho mais o texto que li.

Imagino que a mídia use o termo "negro" por considerar que "preto" é ofensivo. Muita gente acha isso, o que é uma bobagem. Embora muita gente racista também goste de usar o termo "preto" como um xingamento.



Procurando por cima, encontrei isso:

http://br.geocities.com/resistenciamulata

Não encontrei nenhum texto que endosse o dito acima. Não tenho muito tempo agora pra ficar procurando e as buscas não tiveram resultados fáceis.
Se alguém mais souver de algo.

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#105 Mensagem por wheresgrelo » 30 Abr 2009, 14:17

Carnage escreveu:Segundo esta matéria da Veja:
http://veja.abril.com.br/140503/p_050.html

Tanto Hermenegildo de Barros quanto Pedro Lessa eram mulatos.
Festejando sua indicação, Barbosa Gomes foi o primeiro a reconhecer o simbolismo de sua ascensão. "Vejo como um ato de grande significação que sinaliza para a sociedade o fim de certas barreiras visíveis e invisíveis", disse. "Posso vir a ser o primeiro ministro reconhecidamente negro", completou. Isso porque, na história do STF, já houve dois negros – um mulato escuro, Hermenegildo de Barros, ministro de 1919 até a aposentadoria, em 1937, e outro mulato claro, Pedro Lessa, ministro de 1907 até sua morte, em 1921. Ambos nasceram no interior de Minas Gerais, como Barbosa Gomes, mas nenhum era "reconhecidamente negro" nem de origem tão humilde – o que empresta à indicação de agora um simbolismo ao mesmo tempo étnico e social. Na juventude, Barbosa Gomes trabalhava de madrugada, estudava de manhã e dormia à tarde. Na universidade, sustentou-se como funcionário da gráfica do Senado e, antes de se formar, prestou concurso para o Itamaraty. Como oficial de chancelaria, serviu na Finlândia. Mais tarde, fez doutorado em Paris e tornou-se professor visitante de duas universidades americanas – Columbia, em Nova York, e Ucla, em Los Angeles. É fluente em inglês, francês e alemão. Tem dois livros publicados. Um em francês, sobre o Supremo no sistema político brasileiro, e outro em português, a respeito da questão legal das ações afirmativas em favor dos negros
Portanto seria uma questão de terminologia. Barbosa não é mulato, é preto. Nesse quesito, seria o primeiro mesmo

Li uma vez que em quetão de terminologia, preto, seria o afrodescente puro, mulato o mestiço de preto e branco. Negro seria uma denominação que engloba pretos e mulatos. Não sei se isso é válido, não tenho mais o texto que li.

Imagino que a mídia use o termo "negro" por considerar que "preto" é ofensivo. Muita gente acha isso, o que é uma bobagem. Embora muita gente racista também goste de usar o termo "preto" como um xingamento.



Procurando por cima, encontrei isso:

http://br.geocities.com/resistenciamulata

Não encontrei nenhum texto que endosse o dito acima. Não tenho muito tempo agora pra ficar procurando e as buscas não tiveram resultados fáceis.
Se alguém mais souver de algo.
Caríssimo Carnage, é com bastante pesar que tomo a pena para lhe esclacecer uma questão
bastante ingreme de nossa cultura, onde se "tipifica" os cidadão afrodescendente.

o Quão mulato, o quão negro, o quão preto um afro descendente há de ser??? pergunto-lhe...

Respeitoso, polido e politicamente correto é afirmar que aqueles sem tipificação o serão
afrodescentes.

Eu acho como negro que sou, que o maior xingamento que poderiam me imputar seria o de
analfabeto, mas isso é pessoalmente falando ... :lol: :lol: :lol: :lol:

Alvissaras


WG

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