Opa! Como as histórias foram bem recebidas, vamos seguir com o tema...
4 - PRONAMP PARA GASTAR EM BET
Esta é recente... O assuntou caiu em mim indicado por um colega procurado pelo sujeito - Sr. X. O colega queria saber se eu poderia orientar um caminho, mas ao me inteirar do tema, pulei fora.
Sr. X, tinha um pequeno negócio. Desde a pandamia as coisas não estavam indo bem. Desgostoso e sem motivação para fazer acontecer, o Sr. X não sabia para onde ir. Num dia qualquer tocou o telefone e era o gerente do banco dizendo que havia crédito pré-aprovado para seu CNPJ - R$ 100 mil via PRONAMP.
Sabe-se-lá por qual razão o Sr. X achou que se "investisse" a grana em bets, multiplicaria o dinheiro. Pegou o crédito e gastou (literalmente) tudo em bets. Dos R$ 100 mil gastos, teve retorno de R$ 180,00. Prejuízo de R$ 99.820,00.
Enquanto alguma Deolane por aí gasta a grana do PRONAMP do Sr. X, este está enlouquecendo dizendo que foi vítima de um golpe. Não foi. Foi vítima da própria e extrema estupidez. Agora precisa passar 60 meses pagando esta conta.
5 - DÍVIDA, DIVÓRCIO E FILHOS CONDENADOS A MERDA DESDE CEDO
Esta história é dura de ser contada pois a pessoa foi, por muitos anos, próxima a mim e tentei com muita energia conversar sobre o rumo que as coisas tomavam antes de estourarem. Vamos lá...
O Sr. C tinha uma pequena empresa de produção de materiais de construção em Alphaville/SP. Por dez anos as coisas foram bem e o negócio cresceu. Uma equipe foi montada e no final da década de 2010 a empresinha tinha tudo para arrebentar a boca do balão!
Mas, como estupidez pouca é bobagem, o Sr. C e sua esposa, Sra. J, foram tomados pela crença de que eram incríveis e que o sucesso era fruto apenas de seus espíritos iluminados. Passaram a se achar a última bolacha do universo. Este comportamento não passou despercebido por pessoas importantes da empresa. Clientes, vendedores, técnicos... todos tiveram suas cabeças cagadas pelo casal insano.
Em pouco tempo a situação se tornou insustentável. Uma das pessoas chave do negócio saiu. Isto abriu a porteira para que boa parte da equipe também pulasse do barco... em seis meses (literalmente) todos que faziam o negócio acontecer foram embora. O cara da venda pulou fora, o cara da quimica pulou fora, o cara da produção pulou fora, o cara da instalação pulou fora, o cara do financeiro pulou fora...
O casal acreditou que não precisaria de ninguém! Enxergou todos como ingratos e ficaram ofendidíssimos pela debandada. A coisa desandou... o Sr. C, conhecedor de finanças corporativas, foi capaz de levantar crédito para mantar o negócio operando enquanto buscava uma espécie de reestruturação. O casal não repensou seu padrão de vida e muito menos sua atitude. Envolveram os filhos (jovens universitários) e passaram a levantar dinheiro no CPF dos filhos! Em poucos anos a dívida somanva R$ 24 MILHÕES para uma empresa que, então, FATURAVA R$ 600 mil/mês.
O estresse e os esquemas destruíram a família. O casamento acabou, o Sr. C perdeu tudo o que tinha, os filhos estão com nome sujo até hoje. Ambos os filhos casaram, mas quando os cônjuges descobriram os rolos familiares e as dívidas, pularam fora. A filha ficou casa por poucos meses - o marido pulou fora quando a mão dela, sogra dele, o impediu de visitar a esposa do hospital após um colapso nervoso decorrente da situação familiar/empresarial. Descobriu o tamanho da encrenca e pulou fora. O filho casou e na lua-de-mel a esposa ficou sabendo que o garoto tinha milhões de reais em pendências feitas pelo pai. O casamento não durou até o fim da lua-de-mel.
É triste... muito triste. O Sr. C e a Sra. J tinham TUDO na mão. Tinham um negócio, tinham uma equipe e tinham uma família. Foram tomados pela estupides e conseguiram destruir a vida deles e dos filhos. Todos estão enrolados e presos uns aos outros por incontáveis processos judiciais e cobranças e podem levar décadas para serem sanados.
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A dica é: PENSE MUITO BEM E ANALISE CONSTANTEMENTE QUAL É O CONTEXTO.
Cagar a vida é relativamente fácil e corrigir a merda pode demandar MUITO tempo e corroer vidas e gerações no processo.