Dr. Zero escreveu:"Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar."
—Wittgenstein. Tractatus, 7
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http://www.buscasons.com/desc/965.html
Dr. Zero escreveu:"Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar."
—Wittgenstein. Tractatus, 7
Improvável que algo escrito às uma e pouco da madruga (para quem acorda todo dia às cinco e meia) tenha qualquer qualidade além da intenção.Fortimbrás escreveu:Concordo plenamente.pepsicool escreveu: Aproveitando esqueci de comentar o post do OGUTO .......excelente ..............
Quem sabe a "ínfima princesinha" queira participar desse debate proposto pelo caro Florestal.florestal escreveu:Se formos analisar a prostituição a fundo teremos de questionar o casamento monogâmico e a família.
Oh, my god! Outra partida?pepsicool escreveu:Ínfima ........que tal uma melhor de três ???
Tá bom, tá bom, até que a moça tem seu charme...infimaprincesinha escreveu:Oh, my god! Outra partida?![]()
Então, não tenho autoridade alguma para desenvolver esses temas mais complexos, mas como o tópico rendeu uma discussão interessante, vou dar alguns pitacos descompromissados. Como eu acredito na heterossexualidade desse fórum, sei que ninguém vai tentar comer o meu rei dessa vez![]()
Antes de eu começar a escrever sobre monogamia, convém ressaltar que eu flerto bastante com os princípios do poliamor, ainda mais considerando a minha atividade profissional. Pois bem, eu condeno um pouco as relações monogâmicas por estarem muito conectadas a ideia de posse (pior ainda quando caminham paralelamente ao modelo paternalista). Eu vejo como excessivamente idealizado o “compromisso” de “amor eterno”, “felizes para sempre” e afins. Em contraposição, dentro da minha atividade como garota de programa, eu auxilio a sustentar essa estrutura que se apropria de uma falsa bandeira de estabilidade, harmonia. Conhecendo um pouquinho a história dos meus clientes, eu noto que a estrutura da família tradicional burguesa está numa crise constante e por isso deve ser questionada. As pessoas (ou seja, não estou falando nem de putanheiros nem de garotas de programas) ainda têm muita dificuldade de separar amor de sexo, então se elas se sentem atraídas por outras pessoas, logo passam a questionar o amor, entram no julgamento sobre fidelidade e por fim acabam reprimindo a si mesmas.
Bom, como eu sei que muitos foristas são casados, vou jogar uma provocação.![]()
O fato de recorrerem ao serviço de garotas de programa sinaliza algum conflito mal resolvido na relação conjugal de vocês?
Beijinhos a todos!![]()
(Fiquei bem feliz com a forma como alguns foristas receberam o meu texto e as minhas ponderações. Obrigada!)
Pelo contrario princesinha, o recurso aos serviços de GPS só comprova a “estabilidade” da relação conjugal. Quando a relação está realmente em conflito procura-se mais que uma trepada.infimaprincesinha escreveu: Bom, como eu sei que muitos foristas são casados, vou jogar uma provocação.![]()
O fato de recorrerem ao serviço de garotas de programa sinaliza algum conflito mal resolvido na relação conjugal de vocês?
Beijinhos a todos!![]()
(Fiquei bem feliz com a forma como alguns foristas receberam o meu texto e as minhas ponderações. Obrigada!)
A Ínfima Princesinha minha adversária?!oGuto escreveu:CAPABLANCA X ALEKHINE
Só tem um porém: o Compson foi treinado pelo Tricampeão.
O que pode ser tanto uma desvantagem quanto um trunfo para a sua "adversária".
Brancas jogam........
Compson escreveu:Tá bom, tá bom, até que a moça tem seu charme...infimaprincesinha escreveu:Oh, my god! Outra partida?![]()
Então, não tenho autoridade alguma para desenvolver esses temas mais complexos, mas como o tópico rendeu uma discussão interessante, vou dar alguns pitacos descompromissados. Como eu acredito na heterossexualidade desse fórum, sei que ninguém vai tentar comer o meu rei dessa vez![]()
Antes de eu começar a escrever sobre monogamia, convém ressaltar que eu flerto bastante com os princípios do poliamor, ainda mais considerando a minha atividade profissional. Pois bem, eu condeno um pouco as relações monogâmicas por estarem muito conectadas a ideia de posse (pior ainda quando caminham paralelamente ao modelo paternalista). Eu vejo como excessivamente idealizado o “compromisso” de “amor eterno”, “felizes para sempre” e afins. Em contraposição, dentro da minha atividade como garota de programa, eu auxilio a sustentar essa estrutura que se apropria de uma falsa bandeira de estabilidade, harmonia. Conhecendo um pouquinho a história dos meus clientes, eu noto que a estrutura da família tradicional burguesa está numa crise constante e por isso deve ser questionada. As pessoas (ou seja, não estou falando nem de putanheiros nem de garotas de programas) ainda têm muita dificuldade de separar amor de sexo, então se elas se sentem atraídas por outras pessoas, logo passam a questionar o amor, entram no julgamento sobre fidelidade e por fim acabam reprimindo a si mesmas.
Bom, como eu sei que muitos foristas são casados, vou jogar uma provocação.![]()
O fato de recorrerem ao serviço de garotas de programa sinaliza algum conflito mal resolvido na relação conjugal de vocês?
Beijinhos a todos!![]()
(Fiquei bem feliz com a forma como alguns foristas receberam o meu texto e as minhas ponderações. Obrigada!)
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Concordo com quase tudo o que ela disse, apenas acrescentaria um ponto. Como alguns podem vestir a carapuça, aviso que não se trata de insinuação pessoal, mas de um tema que já desenvolvi há algum tempo aqui, por coincidência numa outra trombada com a Ínfima.
Acho que a função social da prostituição como conveniência que permite manter as aparências da monogamia ainda é importante, mas está perdendo espaço para uma outra, que tem lógica semelhante, mas sujeitos diferentes.
Trata-se do putanheiro solteiro que busca na prostituição exatamente a exceção transgressora que lhe permite suportar a consciência de que é um bosta. Desenvolvo melhor: somos eternamente infelizes porque nossa "sociedade" pós-1960 nos incute um ideal de vida estética, afetiva e sexual que é simplesmente incompatível, por um lado, com a quantidade de trabalho que ela nos exige e, por outro, com nossa realidade física e comportamental.
Se a monogamia impunha a insuficiência do outro (já que é muito raro encontrar em um único indivíduo todas as características que te satisfaçam estética, afetiva e sexualmente), nossa sociedade pós-monogâmica (no sentido de que não é mais estritamente monogâmica, mas também não encontrou outra fórmula de estabelecimento de relações estáveis) impõe a insuficiência de si (já que é muito raro ter todas essas características que esperam de nós, tomar uma garrafa de Absolut, foder a noite inteira, trabalhar 12 horas pro dia e continuar bonito).
Há duas maneiras de lidar com essa insuficiência. Uma é tentar sistematicamente se afastar dessas ilusões sociais, desconstruindo-as e profanando-as. Outra é, dispondo de condições, tentar realizá-las "artificialmente" por meio do dinheiro. Eis o espaço da prostituição.
Essa teoria explica até o conflito de gerações que existia no Fórum: para o putanheiro mais velho ou casado (que já foi maioria por aqui), a ilusão social que norteava sua vida focava-se no aspecto civil, sendo a prostituição uma excrescência, necessária mas secundária. É a época da "Tropa de Choque", do anti-BOPismo, do massacre às putas.
Para o putanheiro mais novo e solteiro (que parece estar se reproduzindo como uma praga), a prostituição não é necessariamento o foco, mas é parte primordial da "realização" (na verdade, da não frustração) dos ideais sociais que lhe permitem se autojulgar. Daí a idealização das putas, inversão a que me referi quando disse que "o BOPismo ultrapassou um novo umbral" e que na verdade é apenas a imagem em negativo da ilusão de realização machista presente na figura anterior.
COMPSON, Benjamin. Apontamentos para uma história materialista do GPGuia. São Paulo: Cia. das Putas, 2011.
Como no comentário do Compson, sou solteiro, absolutamente sozinho e saio bastante com GPs.Gilmor escreveu:infimaprincesinha escreveu: Bom, como eu sei que muitos foristas são casados, vou jogar uma provocação.![]()
O fato de recorrerem ao serviço de garotas de programa sinaliza algum conflito mal resolvido na relação conjugal de vocês?
Respondendo a tua pergunta: o fato de muitos homens casados recorrerem ao serviço de garotas de programa sinaliza que eles estão se equilibrando entre a tendência poligamica que lhes é natural e a necessidade de preservar os respectivos casamentos, que como todos sabem é um contrato celebrado com a finalidade precípua de garantir o direito de herança e a preservação do capitalismo. É só ísso.infimaprincesinha escreveu:Oh, my god! Outra partida?pepsicool escreveu:Ínfima ........que tal uma melhor de três ???
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Então, não tenho autoridade alguma para desenvolver esses temas mais complexos, mas como o tópico rendeu uma discussão interessante, vou dar alguns pitacos descompromissados. Como eu acredito na heterossexualidade desse fórum, sei que ninguém vai tentar comer o meu rei dessa vez![]()
Antes de eu começar a escrever sobre monogamia, convém ressaltar que eu flerto bastante com os princípios do poliamor, ainda mais considerando a minha atividade profissional. Pois bem, eu condeno um pouco as relações monogâmicas por estarem muito conectadas a ideia de posse (pior ainda quando caminham paralelamente ao modelo paternalista). Eu vejo como excessivamente idealizado o “compromisso” de “amor eterno”, “felizes para sempre” e afins. Em contraposição, dentro da minha atividade como garota de programa, eu auxilio a sustentar essa estrutura que se apropria de uma falsa bandeira de estabilidade, harmonia. Conhecendo um pouquinho a história dos meus clientes, eu noto que a estrutura da família tradicional burguesa está numa crise constante e por isso deve ser questionada. As pessoas (ou seja, não estou falando nem de putanheiros nem de garotas de programas) ainda têm muita dificuldade de separar amor de sexo, então se elas se sentem atraídas por outras pessoas, logo passam a questionar o amor, entram no julgamento sobre fidelidade e por fim acabam reprimindo a si mesmas.
Bom, como eu sei que muitos foristas são casados, vou jogar uma provocação.![]()
O fato de recorrerem ao serviço de garotas de programa sinaliza algum conflito mal resolvido na relação conjugal de vocês?
Beijinhos a todos!![]()
(Fiquei bem feliz com a forma como alguns foristas receberam o meu texto e as minhas ponderações. Obrigada!)
Comigo, elas pedem para apagar a luz.Dillon escreveu:Hmmm sera que é por isso que muitas putas me dão de olhos fechados??
Para num ter que encarar a feiúra da minha face decrépta !!!![]()
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Juro que pensei que elas ficavam de olhos fechadinhos fazendo charminho.