Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1471 Mensagem por Carnage » 18 Out 2010, 21:37

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... deste.html
O voto do Nordeste: para além do preconceito

Tânia Bacelar de Araujo


A ampla vantagem da candidata Dilma Rousseff no primeiro turno no Nordeste reacende o preconceito de parte de nossas elites e da grande mídia face às camadas mais pobres da sociedade brasileira e em especial face ao voto dos nordestinos. Como se a população mais pobre não fosse capaz de compreender a vida política e nela atuar em favor de seus interesses e em defesa de seus direitos. Não “soubesse” votar.

Desta vez, a correlação com os programas de proteção social, em especial o “Bolsa Família” serviu de lastro para essas análises parciais e eivadas de preconceito. E como a maior parte da população pobre do país está no Nordeste, no Norte e nas periferias das grandes cidades (vale lembrar que o Sudeste abriga 25% das famílias atendidas pelo “Bolsa Família”), os “grotões”- como nos tratam tais analistas – teriam avermelhado. Mas os beneficiários destes Programas no Nordeste não são suficientemente numerosos para responder pelos percentuais elevados obtidos por Dilma no primeiro turno : mais de 2/3 dos votos no MA, PI e CE, mais de 50% nos demais estados, e cerca de 60% no total ( contra 20% dados a Serra).

A visão simplista e preconceituosa não consegue dar conta do que se passou nesta região nos anos recentes e que explica a tendência do voto para Governadores, parlamentares e candidatos a Presidente no Nordeste.

A marca importante do Governo Lula foi a retomada gradual de políticas nacionais, valendo destacar que elas foram um dos principais focos do desmonte do Estado nos anos 90. Muitas tiveram como norte o combate às desigualdades sociais e regionais do Brasil. E isso é bom para o Nordeste.

Por outro lado, ao invés da opção estratégica pela “inserção competitiva” do Brasil na globalização – que concentra investimentos nas regiões já mais estruturadas e dinâmicas e que marcou os dois governos do PSDB -, os Governos de Lula optaram pela integração nacional ao fundar a estratégia de crescimento na produção e consumo de massa, o que favoreceu enormemente o Nordeste. Na inserção competitiva, o Nordeste era visto apenas por alguns “clusters” (turismo, fruticultura irrigada, agronegócio graneleiro…) enquanto nos anos recentes a maioria dos seus segmentos produtivos se dinamizaram, fazendo a região ser revisitada pelos empreendedores nacionais e internacionais.

Por seu turno, a estratégia de atacar pelo lado da demanda, com políticas sociais, política de reajuste real elevado do salário mínimo e a de ampliação significativa do crédito, teve impacto muito positivo no Nordeste. A região liderou – junto com o Norte – as vendas no comercio varejista do país entre 2003 e 2009. E o dinamismo do consumo atraiu investimentos para a região. Redes de supermercados, grandes magazines, indústrias alimentares e de bebidas, entre outros, expandiram sua presença no Nordeste ao mesmo tempo em que as pequenas e medias empresas locais ampliavam sua produção.

Além disso, mudanças nas políticas da Petrobras influíram muito na dinâmica econômica regional como a decisão de investir em novas refinarias (uma em construção e mais duas previstas) e em patrocinar – via suas compras – a retomada da indústria naval brasileira, o que levou o Nordeste a captar vários estaleiros.

Igualmente importante foi a política de ampliação dos investimentos em infra-estrutura – foco principal do PAC – que beneficiou o Nordeste com recursos que somados tem peso no total dos investimentos previstos superior a participação do Nordeste na economia nacional. No seu rastro,a construção civil “bombou” na região.

A política de ampliação das Universidades Federais e de expansão da rede de ensino profissional também atingiu favoravelmente o Nordeste, em especial cidades médias de seu interior. Merece destaque ainda a ampliação dos investimentos em C&T que trouxe para Universidades do Nordeste a liderança de Institutos Nacionais – antes fortemente concentrados no Sudeste – dentre os quais se destaca o Instituto de Fármacos ( na UFPE) e o Instituto de Neurociências instalado na região metropolitana de Natal sob a liderança do cientista brasileiro Miguel Nicolelis que organizará uma verdadeira “cidade da ciência” num dos municípios mais pobres do RN ( Macaíba).

Igualmente importante foi quebrar o mito de que a agricultura familiar era inviável. O PRONAF mais que sextuplicou seus investimentos entre 2002 e 2010 e outros programas e instrumentos de política foram criados ( seguro – safra , Programa de Compra de Alimentos, estimulo a compras locais pela Merenda Escolar, entre outros) e o recente Censo Agropecuário mostrou que a agropecuária de base familiar gera 3 em cada 4 empregos rurais do país e responde por quase 40% do valor da produção agrícola nacional. E o Nordeste se beneficiou muito desta política, pois abriga 43% da população economicamente ativa do setor agrícola brasileiro.

Resultado: o Nordeste liderou o crescimento do emprego formal no país com 5,9% de crescimento ao ano entre 2003 e 2009, taxa superior a de 5,4% registrada para o Brasil como um todo, e aos 5,2% do Sudeste, segundo dados da RAIS.

Daí a ampla aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina se refletir na acolhida a Dilma. Não é o voto da submissão – como antes – da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto- confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas e da esperança na consolidação de avanços alcançados – alguns ainda insipientes e outros insuficientes. É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, “Bolsa Família”), mas uma região plena de potencialidades. 

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... serra.html
As estratégias do fascismo e a candidatura Serra.

Rodrigo Guéron

Professor UERJ


Paul Virilio, filósofo e arquiteto francês, conta no seu livro “Guerra e Cinema” que as primeiras fotos que correram o mundo com alguns dos horrores dos campos de concentração nazistas foram distribuídas por ordem do próprio Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Em seguida, Goebbels divulgou uma nota à imprensa do mundo inteiro declarando-se “horrorizado com o tipo de propaganda que fazem contra nós estes comunistas e judeus”.

Enquanto John McCain, o candidato conservador à presidência dos Estados Unidos, recusou alguns ataques fundamentalistas a Obama em certos momentos da campanha eleitoral, no Brasil José Serra alimenta e navega satisfeito na onda de difamações, calúnias e terror psicológico contra a candidatura Dilma Roussef. Sua campanha, depois de trazer o fundamentalismo religioso para o debate eleitoral, de colocar sua mulher na rua dizendo que a Dilma “mata criancinhas”, usou uma manchete mentirosa do Globo que dizia que a Dilma ia assinar um documento contra a União Civil Gay (o que não aparecia no próprio corpo da notícia) para posar de “ liberal” e dizer que era a favor dessa união.

Ontem, a polícia federal entrou numa gráfica que imprimia mais de 2 milhões de panfletos que acusavam a Dilma de “aborteira”, falsamente assinados pela CNBB, mas feitos por ordem de um bispo ( com dinheiro de quem?). Enquanto isso Serra e Tasso Jereissati ( que acaba de ser derrotado na eleição para senador) iam a uma missa no Ceará onde panfletos semelhantes eram distribuídos ( neste caso diziam que a Dilma era “ aborteira”, que tinha ligações com as Farcs, era corrupta etc e tal). Um padre se indignou, disse aos fiéis que aqueles panfletos não tinham nada a ver com a igreja e com aquela celebração ( que era para São Francisco…). Jereissati então começou a ofender o padre, chamou o de “padre petista” e militantes do PSDB foram atrás do religioso que teve que sair da igreja protegido.

Quando Lula reclamou dos ataques que Dilma tem sofrido da imprensa, quando disse que esta age como partido político e que tem candidato, mas se apresenta como “imparcial”, foi acusado de ser “contra a liberdade de imprensa”. Por outro lado ninguém viu no jornal Nacional, nem no Globo, nem na Veja (uma pequena nota na FSP), que Serra mandou desligar a câmera numa entrevista para a jornalista Marcia Peltier, dizendo que aquele tipo de pergunta não respondia, que ia embora e era para fingir que ele não tinha estado ali. As imagens do Serra fazendo isso foram entregues ao próprio pela direção da CNT ( que vergonhoso gesto para um jornalista…), mas o áudio, gravado no celular de um outro jornalista que estava na platéia, está na rede.

Imaginem se fosse a Dilma que tivesse mandado desligar a câmera? Íamos ver as imagens repetidamente no Jornal Nacional e similares durante dias. Dilma é então acusada de ser uma “ameaça a liberdade de imprensa” por aqueles que censuram, manipulam e até inventam fatos contra a sua campanha. O fascismo sempre agiu assim, acusa os outros do que está fazendo. Goebels, como vimos, pousou de vítima dos judeus e comunistas que estava exterminando.

Dilma também foi acusada, no início da campanha, de “mandar preparar dossiês contra Serra e a sua família”: dossiês que ninguém leu. Enquanto isso os que fizeram essa acusação despejam um dossiê gigante e ininterrupto de calúnias contra ela. A tática de propaganda fascista é esta da confusão, da acusação, da repetição de uma mentira sistemática até virar verdade, da demonização e escolha de bodes espiatórios. O fascismo é violento não apenas porque mente e cassa a palavra das pessoas ( como houve com Maria Rita Kehl, demitida do Estadão apenas por ter escrito que a elite brasileira não admite que os votos dos pobres tenham o mesmo peso que os dela); é mais do que isso: o fascismo usa uma estratégia de afetos de medo e ódio, disseminando-os de forma que cada uma das pessoas se torna não apenas vítima, mas agentes mesmo deste afetos: é uma mobilização política que passa por dentro dos corpos, dos desejos, do sistema nervoso das pessoas, e ganha essa dimensão macro porque é antes micropolítica. Fascismo não é apenas proibir as pessoas de dizer ou fazer algo, fascismo é forçá-las a falar e fazer algo.

Cada uma das grandes corporações de comunicação do país, onde predominam 4 ou 5 famílias oligárquicas ( os Marinhos, os Frias, Os Mesquita, os Civita…) foi fundamental na mobilização entre as classe médias e as elites que levou ao golpe militar de 64, com uma estratégia muito semelhante a usada hoje pela campanha Serra. A exceção é a não menos proto fascista revista Veja, simplesmente porque não existia na época. Estes grupos cresceram e se solidificaram no Regime Militar, enquanto os que se opunham ao Regime desapareceram ( por exemplo o “Ultima Hora”, e também o “ Correio da Manhã” que chegou a apoiar o golpe mas começou a fazer oposição aos militares logo depois). Ainda nesta tática de confusão da propaganda, estas corporações de comunicação apresentam-se como grandes vítimas da ditadura. De fato, a partir do final de 68, no AI-5, instalaram-se nas redações censores oficiais do regime. Mas antes, nos primeiros quatro anos que se seguiram ao golpe que ajudaram a promover (entre 64 e 68), cada um desses “veículos de comunicação” apoiava e promovia a onda de prisões e cassações que acontecia entre líderes políticos, sindicais, professores (expulsos das universidades) e assim por diante . As organizações Globo, como sabemos, foi mais longe de todas: de 1966 até o início dos anos 80 lia um editorial todo dia 31 de março no Jornal Nacional relembrando e apoiando a “ os ideais da revolução de 64” .

É esta gente e esta estratégia que quer derrotar a qualquer preço a candidata Dilma Roussef

E aqui talvez para não abusar do leitor, eu deveria encerrar meu texto. Mas não consigo não acrescentar mais um parágrafo para falar do quanto o golpe de 64 teve a ver com o ódio e o medo que causava nas elites a participação de trabalhadores na política que na época crescia a cada ano (o discurso da “ameaça da república sindical” repetido por Serra agora), de como o Brasil começava a se democratizar e os sindicatos conseguiam alguns ganhos para os trabalhadores, do fato do problema de origem escravocrata da concentração da terra ( e das relações de trabalho) ter sido colocado em questão pelas ligas camponesas e como Jango foi acusado de “comunista” por ensaiar um tímida reformas agrária, e de como Paulo Freire (um dos primeiros intelectuais presos depois do golpe) sofreu a mesma acusação por liderar um programa que alfabetizou 400 mil pessoas em Pernambuco, e assim por diante. E o mais notável: como que nos anos de grande crescimento econômico do regime militar a miséria do país só aumentou? Como o Brasil terminou este período como a nação industrializada mais desigual do mundo?

Não dá para separar a violência política do regime militar da violência do modelo econômico. Assim como não dá para separar a violência contra a candidatura Dilma da violência contra os pobres; e também da violência contra as mulheres; a propósito foi no governo Lula que foi criada e aprovada a lei Maria de Penha.

Não há neutralidade possível nas eleições do dia 31 de outubro para quem busca um Brasil mais justo, solidário e democrático.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... o-de-serra
A estratégia do indiano de Serra

Por Marcos G. Pessoa


Como foi montada a estratégia da campanha de Serra

http://www.youtube.com/watch?v=xnpVwqDyHkQ

O fiel José Serra cantando um hino cristão.

Desde o começo eles sabiam que pelo grande sucesso do governo Lula na área social e econômica as chances do candidato Serra seriam mínimas contra a candidata de Lula.

Por isso, Serra e sua equipe resolveram jogar todas as fichas na mudança do campo de batalha, saindo do campo racional e político, onde as pessoas decidem com racionalidade, com comparações dos governos e dos projetos de cada um, para o campo da emoção e dos sentimentos de ira, revolta e nojo.

Para executar essa operação de mudança da disputa do campo racional para o campo emocional José Serra e sua equipe contrataram um guru indiano, especialista neste tipo de operação, o mesmo que atuou contra o então candidato Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, chamado Ravi Singh, da empresa ElectionMall, especializada em fazer campanhas de baixarias pela internet.

A campanha contra o presidente Obama nos Estados Unidos, sobe o comando de Ravi seguiu os mesmos moldes da campanha difamatória contra Dilma, com acusações falsas, dizendo que ele era terrorista muçulmano, satanista, anti-cristão, apoiador do aborto, etc, obrigando Barack Obama a criar um site só para desmentir esses boatos maldosos que circulavam contra ele por e-mail (confiram em http://fightthesmears.com/).

Enquanto fazem essa campanha suja, agressiva, imoral e subterrânea contra Dilma, eles apresentam Serra como um homem honesto, religioso, defensor dos valores da família cristã, etc, etc. Com isso eles fecham o circuito da mudança da disputa eleitoral do campo racional e comparativo para o campo emocional, onde a racionalidade não prevalece, dando-se assim as condições (falsas) para que o eleitor opte por Serra, por ele não ter o peso das acusações morais e religiosas lançadas contra Dilma.

Assim que essa campanha sórdida do Serra começa a mostrar algum resultado, imediatamente eles passam a agir como se tivessem virado o jogo, como se já fossem os vencedores da disputa, na tentativa de criar um clima de fato consumado, dizendo que já ganharam, para tentar induzir a grande maioria dos eleitores a abandonar a Dilma e também fazer com que os militantes, apoiadores e simpatizantes dela desanimem e abandone a militância, desistindo de defenderem sua candidata.

Nesta etapa eles começaram a espalhar mensagens falsas por e-mails ou pelas redes sociais como Facebook e Orkut com depoimentos de personagens fictícios se dizendo ex eleitores de Dilma que desistiram de votar nela ou que vão votar nulo, ou ainda dizendo que são eleitores de Dilma mas que acham que a eleição pra ela já está perdida, para com isso desanimar e desmobilizar ainda mais os militantes da Dilma.

Aí está dissecada a estratégia Serra para as eleições.

Fonte:
http://personal30.net/batalha.html

Carnage
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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1472 Mensagem por Carnage » 18 Out 2010, 21:55

O médico Adib Jatene no Canal Livre

http://maisband.band.com.br/v_74028_can ... arte_1.htm

Ver as demais partes no link acima.

Hammermart
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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1473 Mensagem por Hammermart » 18 Out 2010, 22:26

Carnage escreveu:
Hammermart escreveu:É, mas sejamos imparciais...você imagina algo muito melhor com o Michel Temer na presidência? :roll:
Sim, imagino.

Eu prefiro um trilhão de vezes o Temer que o Índio da Costa.
Então tá, né !!!

Acho os 2 uma mer...avilha ! :lol: :lol: :lol:

Considerando que a Dilma dizia ter câncer no ano passado, e o Serra parece um defunto móvel, essas hipóteses parecem até bem realistas...

Sempre Alerta
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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1474 Mensagem por Sempre Alerta » 18 Out 2010, 22:50

Depoimento de Chico Buarque

http://www.youtube.com/watch?v=2eryDUynMn4

Depoimento de Fernando Morais
http://www.youtube.com/watch?v=j5WETCky ... re=channel

Depoimento de Alceu Valença
http://www.youtube.com/watch?v=Z_kJtCLL ... re=channel

Depoimento do cantor Chico César
http://www.youtube.com/watch?v=TD0tKZob ... re=channel

Depoimento da atriz Cristina Pereira
http://www.youtube.com/watch?v=kyLBlVGs ... re=channel

Depoimento de Luci e Luiz Carlos Barreto
http://www.youtube.com/watch?v=MRx01gfE ... re=channel

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1475 Mensagem por Dom Dihego » 19 Out 2010, 07:57

Agora é a hora do Serra, na próxima é a vez do Aécio Neves.

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1476 Mensagem por Sempre Alerta » 20 Out 2010, 15:12

Dilma recebe apoio de parlamentares do PV e promete cumprir metas de redução de desmatamento
Marcos Chagas
Da Agência Brasil
Em Brasília

O ato público em defesa do meio ambiente do qual participou hoje (20) a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, serviu para demonstrar o apoio de deputado federais, estaduais e de dirigentes do Partido Verde à petista neste segundo turno das eleições. Entre eles está o ex-coordenador da campanha de Marina Silva, no primeiro turno, Pedro Ivo. Também aderiram à campanha de Dilma, eleitores emblemáticos da senadora, como Ângela Mendes, filha do ambientalista Chico Mendes.

Dilma reafirmou compromissos na área ambiental, como o acordo assumido pelo Brasil na COP 15 em Copenhague de redução da emissão de gases de efeito estufa, entre 36,1% e 39,9% até 2020, além de diminuir o desmatamento na Amazônia. “Nossa posição na COP 15 foi das mais avançadas. Não olhamos para os outros países para decidir o que fazer. Assumimos uma posição baseada na expectativa do nosso povo.”
Dilma teve o discurso interrompido por manifestantes do Greenpeace que abriram uma faixa para reivindicar desmatamento zero na Amazônia. Ela ressaltou, porém, que não faz acordo apenas para ganhar eleição. “O que nós acordamos em Copenhague eu vou cumprir, que foi a redução no desmatamento de 80% na Floresta Amazônica”, disse. Ela ressaltou que não vai ter tolerância com desmatadores.
Em conversa com jornalistas depois do discurso, Dilma classificou de demagógica a ação do Greenpeace. Ela disse que recebeu uma carta de reivindicações do grupo que pedia o fim do desmatamento na Amazônia. Entretanto o documento não estabelecia prazos e nem sugestões de como alcançar a meta. “Isso eu não assumo. É demagógico”, ressaltou.
O ato serviu também para marcar o apoio de cerca de 50 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo à campanha de Dilma.
As organizações – entre elas a Cáritas Brasileiras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – entregaram à Dilma uma carta com dez pontos em que pedem o apoio e o estímulo à agricultura familiar, além da priorização da reforma agrária. As entidades reivindicam também a elaboração, com a participação dos movimentos do campo, do Terceiro Plano Nacional de Reforma Agrária com o objetivo de assentar as famílias sem terra que já vivem em assentamentos.
No programa de governo de Dilma constam treze compromissos na área ambiental. Entre eles estão o avanço do crescimento econômico com sustentabilidade ambiental, inclusive com a baixa emissão gás carbônico (CO2) e com foco na Amazônia.

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1477 Mensagem por Sempre Alerta » 20 Out 2010, 15:34

O caso do dossiê Amaury
Enviado por Luis Nassif

Para entender melhor o inquérito da Polícia Federal sobre a quebra do sigilo fiscal dos tucanos.
As investigações foram encerradas na semana passada, inclusive com a tomada de depoimento do repórter Amaury Jr por mais de dez horas.

A conclusão final do inquérito foi a de que Amaury trabalhou o dossiê a serviço do Estado de Minas e do governador Aécio Neves - como uma forma de se defender de esperados ataques de José Serra.
Em negociação com o Palácio, a cúpula da Polícia Federal decidiu segurar as conclusões para após as eleições, para não dar margem a nenhuma interpretação de que o inquérito pudesse ter influência política.

No entanto, a advogada de Eduardo Jorge - que tem acesso às peças do inquérito por conta de uma liminar na Justiça - conseguiu as informações. Conferindo seu conteúdo explosivo, aparentemente pretendeu montar um antídoto. Vazou as informações para a Folha, dando ênfase ao acessório - a aproximação posterior de Amaury com a pré-campanha de Dilma - para diluir o essencial - o fato de que o dossiê foi fogo amigo no PSDB.

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1478 Mensagem por Sempre Alerta » 20 Out 2010, 16:57

FILHA DE CHICO MENDES ESTÁ COM DILMA

http://www.youtube.com/watch?v=cSQ_OOtcje0

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1479 Mensagem por Sempre Alerta » 20 Out 2010, 17:34

Em nota, PF desmente manchete da Folha sobre quebra de sigilo de tucanos

Em nota divulgada agora à tarde, a Polícia Federal desmentiu o jornal Folha de S.Paulo desta quara-feira (20), que estampou, em manchete, o seguinte título: “PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”.
Segundo a nota, a PF concluiu que a quebra de sigilo “ocorreu entre setembro e outubro de 2009” (quando não havia pré-campanha) e que o levantamento das informações foi utilizado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. “no interesse de investigações próprias”.
A nota diz ainda que não foi comprovada a utilização dos dados em campanha política.
“A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação”, afirma o texto.

Leia a íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:
1- O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;
2- Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;
3- A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;
4- As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;
5- Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;
6- A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação
.

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1480 Mensagem por Carnage » 21 Out 2010, 21:31

http://www.conversaafiada.com.br/brasil ... e-o-aecio/
Livro do Amaury:
A PF vai dizer que é o Aécio ?


O Conversa Afiada sabe que a Polícia Federal está indignada com a armação da Folha(*) de São Paulo: Folha entrevista advogada de EJ.

Não fosse o vasoduto do EJ a Polícia Federal não divulgaria o resultado da sua investigação sobre o livro do Amaury antes da eleição.

A Polícia Federal, que morre de medo do PiG (**), e muitas vezes para ele trabalha, temia ser acusada de ajudar a candidatura da Dilma.

O que a Polícia Federal pretende fazer agora é convocar uma coletiva para hoje ou amanhã e desmentir a Folha (*).

A PF já sabe que são sólidos os vínculos de Amaury Jr. e sua investigação como um trabalho que desenvolvia no jornal O Estado de Minas.

A PF suspeita seriamente que por trás do livro do Amaury esteja o governador Aécio Neves ou alguém a ele umbilicalmente ligado.

Aécio Neves está para O Estado de Minas como José Serra para o PiG (**).

A suspeita da Polícia Federal é que a reportagem de Amaury serviria como “argumento” para convencer José Serra a realizar prévias para escolher o candidato tucano à presidência da República.

A “reportagem” da Folha (*) seria o Golpe dentro do Golpe.

Clique aqui para ler no blog do Nassif.

Ou seja, botar a culpa do Amaury nas costas da Dilma.

E não chegar a ligação de Amaury com o Estado de Minas e com Aécio Neves.

Há mais verdades entre o céu e a Terra do que imagina a vã filosofia da Folha (*).

As impressões digitais do livro do Amaury não são da Dilma.

O Conversa Afiada encaminha nesse momento ao Ministro da Justiça que, supostamente, manda no Luiz Fernando Corrêa da Polícia Federal, as seguintes perguntas:

o Amaury pagou para obter o sigilo fiscal ?

Quem pagou pelo Amaury ?

Foi O Estado de Minas ?

Quem encomendou ao Estado de Minas ?

Foi o Aécio ?

Cordialmente, este ordinário blogueiro, Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... -de-serra/
Folha ouve advogada de EJ e faz manchete para programa de Serra

Saiu na primeira pág. da Folha (*):
“PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8172 ... ilma.shtml

(Até explicar isso ao pessoal lá de Marechal (**), vai ser difícil …)

“Despachante diz (êpa ! – PHA) que intermediou compra para jornalista (Amaury Ribeiro – PHA) que atuou (êpa !) na equipe de inteligência (sic).”

Segundo a Folha (*), Amaury teria pago R$ 12 mil a um Dirceu Garcia para abrir o sigilo fiscal da filha do Serra (aquela que abriu, com a irmã de Dantas, 30 milhões de sigilos fiscais), do genro do Serra e de outros notáveis cardeais do panteão tucano: Ricardo Sergio de Oliveira , Luiz Carlos Mendonça de Barros, e Eduardo Jorge.

Segundo a Folha (*), “ontem, a advogada de EJ foi à Superintendência da PF em Brasília para obter novas informações e cópias de depoimentos do inquérito”.

Navalha

Eduardo Jorge é o assessor especial que ligava para o Juiz Lalau do gabinete do presidente Fernando Henrique Cardoso, com frequência superior à da mulher do Lalau.

Luiz Carlos Mendonça de Barros foi o Ministro das Comunicações que fez a privatização do Fernando Henrique.

E Fernando Henrique o demitiu sumariamente, depois que a Carta Capital revelou o teor das fitas que revelam o caráter edificante da privatização.

E Ricardo Sergio de Oliveira foi chefe de “finanças” das campanhas de Serra e de Fernando Henrique – uma espécie de precursor do Paulo Preto – e autor daquela memorável frase dita ao Mendonção: “Se isso der m… estamos todos no mesmo barco”.

Foi, digamos assim, o momento “Péricles de Atenas” do Governo do Farol de Alexandria.

Agora, à manchete da Folha (*).

A manchete vem em letras bem grandes, E N O R M E S !

Como se dissesse assim: Gonzalez, olha aí, prontinha para você usar no horário eleitoral do Serra.

Letras tão grandes que parecem maiores que o próprio logotipo do jornal.

Infinitamente maiores, por exemplo, do que as letras que encimaram a reportagem de Monica Bergamo, que comprovou o aborto de D Monica Serra, no Chile (e que o jornal nacional ontem solenemente ignorou).

Letras infinitamente menores do que a noticia na própria primeira pagina da Folha.

A Folha fez as contas das “promessas que são anúncios” do Serra: salário mínimo, décimo terceiro do Bolsa Família, aumento para os aposentados, construir um cano que vai de Sergipe ao Ceará, duas professoras em cada sala de aula, o Muro Contra a Cocaína que vai do Uruguai à Venezuela …

E a Folha (*) descobriu o óbvio: que os “anúncios” do Serra estourariam o orçamento dos BRICs, combinados.

Ele, o Serra, disse à urubologa Miriam Leitão, na CBN, e ontem ao Casal 45: sou economista- o que não é -, fiz as contas e sei que dá para pagar.

Não dá.

Mas, isso fica pequenininho diante da manchete do Amaury.

Vamos ao livro do Amaury.

Antes de mais nada, vamos ler o prefácio do livro do Amaury, aqui neste ordinário blog publicado: “Este é o livro que aloprou o Serra”:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... e-aloprou/

Primeiro, a fonte da Folha (*) é a advogada do Eduardo Jorge.

A Folha (*) deve estar tão desesperada para ajudar o Serra, que pegou os dados da advogada do Eduardo Jorge e não ouviu mais ninguém.

Saiu correndo: parem as máquinas !

Não deu nem um telefoneminha ao Luiz Fernando Corrêa (por falar nisso, Dr Corrêa: já prendeu o Protógenes ? Achou o áudio do grampo ?).

Se a Folha não se bastasse com o depoimento insuspeito, desinteressado da advogada do EJ, poderia ouvir também a advogada do Amaury.

O Conversa Afiada sempre desconfiou que os vazamentos da tal crise do “sigilo fiscal” têm a ver com o fato de a Justiça conceder ao EJ (e à sua advogada, portanto) o direito de esmiuçar o processo do sigilo.

E sai informação à Folha a dar com pau.

Essa manchete do tamanho da ambição do Serra pode ter saído do mesmo vazoduto.

Tudo se baseia na advogada do EJ e em informação do senhor Dirceu.

Quem sabe o Dirceu não é do tipo “diz qualquer coisa” ?

Quem é o Sr Dirceu ?

Até que ponto a Polícia Federal leva ele a sério ?

O depoimento do Dirceu vale mais do que o depoimento de outra testemunha que inocente o Amaury ?

Como disse o Lula, na festa da Carta Capital: aqui no Brasil a gente acusa todo mundo de qualquer coisa.

E o desmentido sai numa notinha escondida lá embaixo.

Quem manda não ter uma Ley de Medios …

Segundo, o livro do Amaury não saiu.

Trata-se, portanto da moderna versão da Batalha de Itararé.

Amaury fez a este ordinário blogueiro várias promessas e, até agora, livro que é bom, nada.

Portanto, não se sabe o que o Amaury tem a dizer, além deste palpitante prefácio.

Terceiro, é preciso provar que ele fizesse parte do “núcleo de inteligência” da Dilma.

Ou que esse núcleo existisse.

E qual a finalidade deste núcleo.

Como se sabe, a Dilma demitiu o Luiz Lanzetta, que seria o chefe do “núcleo de inteligência”.

E terceiro, minimamente importante: o que a Dilma fez com o resultado do crime muitas vezes denunciado pela Folha ?

Nada.

Rigorosamente nada.

A Dilma não se referiu a nada que faça parte, por exemplo, do prefácio aqui mencionado.

Nada.

A Dilma não se referiu, sequer, à empresa (eis os documentos de fundação da Decidir) que a filha do Serra abriu com a irmã do Dantas em Miami (Miami !, amigo navegante ! Miami !, onde se lava até pensamento !).

A Dilma não se referiu, sequer, à denúncia do Leandro Fortes, essa de que a irmã do Dantas e a filha do Serra (êta dupla certeira, hein, amigo navegante !), na Carta Capital: as duas abriram 60 milhões (sessenta milhões !) de sigilos fiscais no Brasil.

Nem isso a Dilma usou (até agora).

Então, amigo navegante – a quem interessou abrir o sigilo fiscal da rapaziada do panteão tucano ?

Se é que o Amaury abriu mesmo …

Porque a mim ele disse e à Polícia Federal que não tinha aberto sigilo de ninguém, que eram todos documentos públicos.

Logo, estamos aí diante de um crime gravíssimo: o Amaury teria mentido à Polícia Federal.

Clique aqui para ler o documento que ele emitiu, depois de depor à Polícia Federal.

Se Dilma não usou os dados do livro do Amaury …

Se a Dilma não usou os dados da declaração de Imposto de Renda do Trio: Ricardo, Mendonção e EJ …

Logo, trata-se de um problema entre a Policia Federal, o Amaury e os citados no livro do Amaury.

Vamos esperar o livro do Amaury.

Aparentemente, confirma-se a informação que ele me deu: ao ser contratado pela TV Record, ele se comprometeu a publicar o livro só depois da eleição.

Depois de publicado o livro do Amaury, vamos ver o que ele diz.

Os “violados” poderão entrar na Justiça e processar o Amaury por violação do sigilo fiscal.

Poderão, inclusive, revelar à população brasileira que não fizeram nada daquilo de que o Amaury os acusa e, sponte propria, divulgar seu sigilo fiscal.

Seria interessante.

Ler a declaração do Imposto de Renda do Ricardo, do Mendonção e do EJ.

Isso ia dar m …

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) “Marechal” é o subúrbio de Marechal Hermes, no Rio, onde este ordinário blogueiro estudou a primeira série do curso Primário, na gloriosa Escola 3.2 Santos Dumont.



http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -a-noticia
Brigando com a notícia
Enviado por luisnassif, qua, 20/10/2010 - 13:42


Se alguém tem ilusão de ser bem informado contando com o noticiário da velha mídia, aí vai um exemplo clássico: a divulgação do inquérito da Polícia Federal sobre a quebra de sigilo dos tucanos.

É um desrespeito amplo aos princípios básicos de jornalismo e, especialmente, aos respectivos leitores de cada veículo. É menosprezo pela inteligëncia do leitor, especialmente nesses tempos de Internet, em que não é mais possível esconder informações. Desmoralizam-se voluntariamente. E comprovam, a cada dia, o papel essencial da Blogosfera para trazer à tona informações sonegadas.

Manchete da UOL
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Manchete de O Globo
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Manchete do Estadão
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http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... e-o-dossie
A cobertura do Blog sobre o dossiê
Enviado por luisnassif, qua, 20/10/2010 - 12:17

Do Blog - 03/06/2010
O caso do dossiê


À primeira vista, não fazia lógica a história da divulgação do suposto dossiê contra a filha de José Serra, que estaria sendo armado pelo PT.

Primeiro, por ser inverossímil. Com a campanha de Dilma Rousseff em céu de brigadeiro, à troca de quê se apelaria para gestos desesperados e de alto risco, como a divulgação de dossiês contra adversários? Se a campanha estivesse em queda, talvez.

Além disso, os dados apresentados pela Veja, repercutidos pelo O Globo, eram inconsistentes. Centravam fogo em Luiz Lanzetta, que tem uma assessoria em Brasília que serve apenas para a contratação de funcionários para a campanha de Dilma – assim como Serra se vale da Inpress e da FSB para suas contratações.

Serra atacou Lanzetta, inicialmente, através de parajornalistas usualmente utilizados para a divulgação de dossiês e assassinatos de reputação. Só que há tempos caíram no descrédito e os ataques caíram no vazio. Serviram apenas como aviso.

Aí, se valeu da Veja que publicou uma curiosa matéria em que dava supostos detalhes de supostas conversas sobre supostos dossiês, mas nada falava sobre o suposto conteúdo do suposto dossiê.

Até aí, é Veja. Mas os fatos continuaram estranhos.

Há tempos a revista também caiu em descrédito tal que sequer suas capas são repercutidas pelos irmãos da velha mídia. Desta vez, no entanto, entrou O Globo, inclusive expondo a filha de Serra – como suposto alvo do suposto dossiê. Depois, o próprio Serra endossando as suposições, em um gesto que, no início, poucos entenderam. A troco de quê deixaria de lado o «Serra paz e amor» para endossar algo de baixa credibilidade, em uma demonstração de desespero que tiraria totalmente o foco da campanha?

Havia peças faltando nesse quebra-cabeças. Mas os bares de Brasília já conheciam os detalhes, que acabaram suprimidos nesse festival de matérias e editoriais indignados sobre o suposto dossiê.

A história é outra.

Quando começou a disputa dentro do PSDB, pela indicação do candidato às eleições presidenciais, correram rumores de que Serra havia preparado um dossiê sobre a vida pessoal de seu adversário (no partido) Aécio Neves.

A banda mineira do PSDB resolveu se precaver. E recorreu ao Estado de Minas para que juntasse munição dissuasória contra Serra. O jornal incumbiu, então, seu jornalista Amaury Ribeiro Jr de levantar dados sobre Serra. Durante quase um ano Amaury se dedicou ao trabalho, inclusive com viagens à Europa, atrás de pistas.

Amaury é repórter experiente, farejador, que já passou pelos principais órgãos de imprensa do país. Passou pelo O Globo, pela IstoÉ, tem acesso ao mundo da polícia e é bem visto pelos colegas em Brasília.

Nesse ínterim, cessou a guerra interna no PSDB e Amaury saiu do Estado de Minas e ficou com um vasto material na mão. Passou a trabalhar, então, em um livro, que já tem 14 capítulos, segundo informações que passou a amigos em Brasília.

Quando a notícia começou a correr em Brasília, acendeu a luz amarela na campanha de Serra. Principalmente depois que correu também a informação de um encontro entre Lanzetta e Amaury. Lanzetta jura que foi apenas um encontro entre amigos, na noite de Brasília. Vá se saber. A campanha do PT sustenta que Lanzetta não tem nenhuma participação na campanha.

Seja como for, montou-se de imediato uma estratégia desesperada para esvaziar o material. Primeiro, com os ataques iniciais a Lanzetta, que poucos entenderam o motivo: era uma ameaça. Depois, com a matéria da Veja.

A revista foi atrás da história e tem, consigo, todo o conteúdo levantado por Amaury. Curiosamente, na matéria não foi mencionado nem o nome da filha de Serra, nem o do repórter Amaury Ribeiro Jr. nem o conteúdo do suposto dossiê.

O Globo repercutiu a história, dando o nome da filha de Serra, mas sem adiantar nada sobre o conteúdo das denúncias – medida jornalisticamente correta, se fosse utilizada contra todas as vítimas de dossiês; mas só agora lembraram-se disso.

Provavelmente Veja sairá neste final de semana com mais material seletivo do suposto dossiê. Mas sobre o conteúdo do livro, ninguém ousa adiantar.

Blog - 06/06/2010

Lanzetta quer depor


Postado por Luis Nassif em 6 junho 2010 às 17:37

Recebo telefonema de Luiz Lanzetta.

Diz ele que está ansioso aguardando a convocação para depor em qualquer ambiente, seja no Congresso ou em praça pública.

Lá, fará questão de dizer tudo o que ouviu do delegado Onézimo Souza, na presença de várias testemunhas. Onézimo descreveu o sistema de informações montado pelo Delegado Marcelo Itagiba, apresentou organograma, mencionou nomes de agentes da PF e da ABIN envolvidos.

Se houve grampo da parte do araponga, diz Lanzetta, exigiremos que seja apresentado na íntegra, sem cortes.

Lá, diz ele, ficará claro que nos limitamos a fazer perguntas enquanto ele informava sobre bombas de dossiês de todos os tipos.

Segundo Lanzetta, será uma verdadeira festa de São João – em termos de bombas – relatar a conversa com o araponga.




http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... OSSIE.html
Jornalista admite que buscou dados de tucanos para dossiê

Em depoimento à PF, Amaury Ribeiro Júnior diz que obteve dados sigilosos de dirigentes tucanos e de familiares de Serra para "proteger" Aécio Neves e que as informações foram roubadas por membros do PT, diz jornal

Redação Época


O jornalista Amaury Ribeiro Júnior afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que foi o responsável por encomendar os dados de dirigentes do PSDB e de familiares do candidato tucano à Presidência, José Serra. O jornalista afirmou ainda que buscou as informações sigilosas para “proteger” o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, rival de Serra na disputa interna do PSDB pela vaga nas eleições presidenciais, e disse que integrantes do PT roubaram esses dados. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a Folha, Amaury afirmou à PF que a “investigação” sobre os dirigentes tucanos teria sido iniciada quando ele era funcionário do jornal Estado de Minas. Amaury, prossegue a Folha, buscou os dados depois de ter “tomado conhecimento de que uma equipe de inteligência liderada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, estaria reunindo munição contra Aécio”. Esta primeira parte da versão de Amaury vai ao encontro do que dirigentes do PT têm afirmado depois que a sujeira do escândalo respingou na pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) – que a produção do dossiê é obra do Estado de Minas, que por sua vez teria interesse em defender a candidatura de Aécio Neves a presidente.

As boas notícias para o PT acabam aí. Segundo Amaury, integrantes do PT teriam roubado as informações de seu laptop enquanto ele estava em um quarto de hotel em Brasília. De acordo com a Folha, nessa época Amaury já trabalhava no chamado “grupo de inteligência” da pré-campanha de Dilma, que teria pagado a viagem de Amaury à Brasília. Na capital federal, ele teria se encontrado em um restaurante com integrantes do grupo de inteligência petista, que incluía o jornalista e consultor Luiz Lanzetta, contratado para cuidar da área de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, e agora afastado do cargo.

No depoimento à PF, Amaury diz ainda que “os dados do dossiê foram vazados à imprensa por uma corrente do PT, envolvida em disputa interna por contratos na área de comunicação”. Em entrevista ao portal G1, em junho, Lanzetta disse que a disputa de poder envolvia um grupo integrante do governo da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (2001-2004) e o grupo comandado pelo ex-prefeito de Belo Horizonte (MG) Fernando Pimentel, ex-coordenador da campanha de Dilma. Ao G1, Lanzetta afirmou que o grupo adversário de Pimentel “queria entrar na campanha de Dilma a qualquer preço”.

Na mesma entrevista, Lanzetta acusou o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Souza de sugerir a criação de um dossiê, o que ele teria recusado de pronto. Onézimo, por sua vez, afirma que a ideia de bolar um dossiê contra José Serra teria partido do próprio Lanzetta.


Polícia Federal divulga nota sobre investigações

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (20), a Polícia Federal afirmou que Amaury Ribeiro Júnior começou a usar os "serviços de levantamento de informações" no fim de 2008 para "investigações próprias" e que os dados violados "foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política".

No mesmo documento, a PF refutou "qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação".


http://www.jusbrasil.com.br/politica/60 ... s-ele-nega
Depoimento liga quebra de sigilo tucano a Aécio Neves. Ele nega
Extraído de: O Povo

À Polícia Federal, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. disse que encomendou os dados como contra-ofensiva para proteger o ex-governador mineiro, que disputou com Serra a indicação para candidatura. Aécio refuta a versão


Por meio de sua assessoria, o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) rechaçou qualquer ligação com o episódio da quebra do sigilo fiscal de pessoas vinculadas ao candidato José Serra (PSDB).

Em depoimento à Polícia Federal, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. admitiu que encomendou a quebra dos sigilos fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, da filha de Serra, Verônica, do genro dele, Alexandre Bourgeois, e de outros tucanos entre setembro e outubro de 2009.

Os dados seriam usados por Amaury, que na época trabalhava para o jornal Estado de Minas, em uma apuração deflagrada quando Aécio e o ex-governador de São Paulo ainda disputavam no partido a indicação como presidenciável tucano.

Acompanhado do governador eleito Antonio Anastasia (PSDB) e do senador eleito Itamar Franco (PPS), Aécio participou ontem de um encontro com prefeitos e lideranças políticas em Juiz de Fora (MG), onde pediu votos para Serra.

A assessoria do ex-governador mineiro alegou que ele não tem qualquer relação com o episódio e a prática de quebra de sigilo nunca fez parte de sua trajetória política, em mais de 20 anos de vida pública.

No início de junho, durante viagem a Montes Claros (MG) - ao lado de Serra -Aécio reagiu com irritação às primeiras especulações de que o material contra o correligionário teria origem na disputa interna do PSDB. Eu exijo respeito. A minha trajetória política é conhecida. E nós sabemos onde estão os aloprados, até endereço têm, disse, se referindo ao QG da campanha do (PT).

É um movimento subterrâneo tão estranho à nossa prática política, um exercício que não tem nenhum conteúdo de verdade, disse o presidente do PSDB-MG, deputado federal Narcio Rodrigues. Segundo ele, a postulação de Aécio no partido não era contra Serra. É muito assustador que essas coisas sejam levantadas como se tivessem alguma procedência.

Narcio, contudo, não descartou a possibilidade de uma origem mineira do episódio, mas reiterou que o diretório estadual do PSDB e o ex-governador não têm nenhuma relação com os fatos.

Sem degrau seguinte

Ontem, durante a visita à cidade da Zona da Mata, Aécio disse que a vitória de Serra fortalece sim o projeto político de Minas Gerais, em referência a uma futura candidatura presidencial. Questionado se esse projeto ficaria mais fácil com a eleição do presidenciável tucano, o ex-governador disse que não faz política pensando no degrau seguinte.

Mas completou: O que eu posso dizer é que espero que o Serra seja vitorioso. Para Minas isso será muito melhor (...) a eleição de Serra fortalece sim o projeto político de Minas Gerais. (das agências de notícias)

E-Mails

Amaury não admitiu que pagou pelos dados nem que pediu a quebra de sigilo fiscal dos tucanos. O despachante Dirceu Rodrigues Garcia, porém, declarou à PF que o jornalista desembolsou R$ 12 mil em dinheiro vivo.

Amaury não disse à polícia se recebeu ou não orientação de Aécio ou de outros políticos de PSDB de Minas para levar adiante a pesquisa.

Afirmou que iniciou a apuração após uma equipe de inteligência liderada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, reunir munição contra Aécio. Itagiba nega.

O jornalista contou que petistas roubaram os dados de seu computador pessoal, em um hotel em Brasília. Ele já estava ligado ao grupo de inteligência do comitê de pré-campanha de Dilma.



http://www.cartacapital.com.br/politica ... l-as-favas
A verdade factual às favas
Sergio Lirio 21 de outubro de 2010 às 8:33h

A mídia torna secundárias as principais conclusões do caso da quebra de sigilo fiscal de tucanos


Na segunda-feira 18, durante a premiação das empresas mais admiradas do Brasil, Mino Carta causou certo mal estar na platéia de empresários ao falar, entre outras, que a mídia brasileira não costuma se guiar pela verdade factual, pelos acontecimentos como eles se deram. Prefere as versões de seu interesse. Mas como discordar dessa afirmação ao ler nos jornais desta quinta-feira 21 o relato das conclusões da investigação da Polícia Federal sobre a quebra de sigilo fiscal de tucanos e parentes do candidato José Serra. O Estado de S. Paulo, por exemplo, estampa: “Jornalista ligado ao PT pagou por dados de tucanos”. Para produzir essa linha, que me surpreenderá se não for utilizada no horário eleitoral gratuito de Serra, o jornal paulista tornou acessório o essencial dessa história. A saber:

O jornalista Amaury Ribeiro Jr. trabalhava no jornal Estado de Minas quando encomendou e pagou a um despachante de São Paulo pelos dados sigilosos. Segundo relatou à PF, as despesas do “trabalho” foram custeadas pelo jornal e sua missão era “proteger” o então governador Aécio Neves das investidas de José Serra, que teria encomendado ao deputado e ex-PF Marcelo Itagiba a fabricação de dossiês contra o correligionário de Minas.

Quando a quebra dos sigilos ocorreu, Serra e Aécio disputavam a indicação à vaga de candidato à presidência do PSDB. Aliás. Itagiba tem histórico no trabalho de atropelar adversários do presidenciável tucano. Quando Serra era ministro da Saúde e ele cuidava da “inteligência” da pasta, circulou um dossiê contra Paulo Renato de Souza, então ministro da Educação. À época, Souza andava tentado a fazer o mesmo que Aécio desejava: disputar a indicação do PSDB à presidência. Serra levou a melhor e acabou candidato em 2002, assim como foi o escolhido agora.

Ribeiro Jr. nunca foi contratado pela pré-campanha de Dilma Rousseff e nunca trabalhou para o PT antes. Ele apenas intermediou um contato entre Luiz Lanzetta, que prestava assessoria ao comitê, e o araponga Onésimo de Souza. Lanzetta estava preocupado com o vazamento de informações internas da pré-campanha. Uma briga por poder na equipe petista entre o grupo de Fernando Pimentel, que indicou Lanzetta, e de Rui Falcão está na base das “denúncias” que viriam a sair na mídia. Depois de o caso vir à tona, Lanzetta perdeu o contrato e o grupo de Falcão ganhou espaço e poder na estrutura.

A PF concluiu que não se pode ligar a violação dos dados com o suposto uso eleitoral das informações. De fato, não existe nenhum indício nem se imagina como a candidatura de Dilma Rousseff poderia se valer de informações obtidas de forma criminosa. Seria um tiro no próprio pé, pois resultaria na cassação de seu registro eleitoral.

Estes são os fatos. O resto…

Sergio Lirio





http://www.cartacapital.com.br/destaque ... -respostas
Perguntas sem respostas

Republicamos a matéria da edição 612 de CartaCapital, publicada em 8 de setembro, agora que a PF concluiu que o Amaury Ribeiro Jr. foi o responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra e outros líderes tucanos

[size120]Sergio Lirio 21 de outubro de 2010 às 9:23h[/size]


Na quarta-feira 1º, ante as evidências de que tanto a procuração quanto a assinatura de Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra, eram falsas, a Receita Federal foi obrigada a reconhecer que o sigilo fiscal da empresária havia sido acessado com base em documento falso. Foi mais um capítulo de um crime que a Receita não conseguiu dimensionar com clareza, que atingiu centenas de cidadãos e que tem alimentado o mais recente capítulo da disputa eleitoral.

É realmente suspeito o fato de cinco personagens ligados a Serra terem o sigilo fiscal violado. Além de Verônica, os ex-ministros Eduardo Jorge e Luiz Carlos Mendonça de Barros, o empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima do candidato, e Ricardo Sérgio de Oliveira, o homem do “limite da irresponsabilidade” da privatização do Sistema Telebrás, tiveram seus dados violados, segundo a investigação da própria Receita.

Mas, ao lidar de forma pouco transparente com o assunto, o órgão público alimenta as teses mais convenientes para quem ainda tem esperança de alterar o quadro da sucessão. A autarquia poderia se esforçar para elucidar algumas dúvidas: apenas tucanos – e só os ligados a Serra – tiveram seus sigilos quebrados ilegalmente? Há dirigentes de outros partidos? Trata-se de um crime político ou da descoberta de um balcão de venda de informações fiscais de contribuintes indefesos?

São algumas das muitas perguntas ainda em aberto. A revelação do acesso não autorizado à situação fiscal de Verônica elevou ao mais alto decibel as acusações do PSDB contra a suposta chantagem política armada pela campanha de Dilma Rousseff. Serra declarou que a adversária e o PT cometeram um “ato criminoso”. Sérgio Guerra, presidente do partido, afirmou que Dilma e o presidente Lula “atentam contra a democracia”.

Os tucanos entraram com representação no Tribunal Superior Eleitoral com o intuito de cassar o registro da ex-ministra, que lidera com ampla margem todas as pesquisas, e a mídia relembrou o fantasma do “aparelhamento do Estado” e cunhou a expressão “aloprados II”, em alusão à prisão de petistas em um hotel de São Paulo que provocou o segundo turno em 2006. Na quinta 2, o TSE arquivou a representação. O presidente da República disse confiar na Receita e Dilma chamou de levianas as acusações de que as violações são obra de sua campanha.

Até o momento, só muita imaginação e um alto grau de leviandade permitem uma ligação tão linear entre a violação de sigilo e o seu suposto uso como arma suja de campanha – e especificamente pelo comitê de Dilma Rousseff. O que não quer dizer que ela não possa vir a ser provada.

O próprio caso do acesso ao sigilo de Verônica destoa dos demais. Ele ocorreu no fim de setembro do ano passado em uma delegacia da Receita em Santo André (SP). Os outros foram violados no início de outubro em Mauá. Naquela altura, nem Dilma era candidata nem o PT havia montado uma estrutura de campanha, muito menos o intitulado “grupo de inteligência”.

Os dados da filha do presidenciável foram obtidos por um advogado que aparentemente frequenta o submundo da negociação de dados sigilosos, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira, dono de quatro CPF e com vários processos no lombo. Em várias entrevistas na quarta 1º, Ferreira admitiu ter solicitado à delegacia da Receita de Santo André as informações de Verônica, mas negou saber que a procuração e a assinatura eram falsas. Declarou-se eleitor de Serra e afirmou não lembrar o nome de quem lhe havia solicitado o serviço (“atendia de 15 a 20 pedidos desses por dia”). “Assinou, mandou para mim, eu tiro. E a Receita tem de entregar. A Receita não é nem a culpada, coitada. Não estou defendendo, mas a funcionária pega uma solicitação e tem de cumprir o ato administrativo”, afirmou o contador à Folha de S.Paulo. É a justificativa da analista Lúcia de Fátima Gonçalves, que liberou os dados mediante a procuração: “Não sou perita criminal. Não lembro a quem entreguei. Mas verifiquei que tinha firma reconhecida”.

Diante de uma funcionária enganada por fraude, como atribuir, neste caso, a culpa à Receita ou vociferar contra o “Estado policial”? E mais: quais as evidências a permitir as ilações de que os interessados em obter os dados de Verônica integrariam (integrariam, pois em setembro, recorde-se, não havia estrutura de campanha) o comitê de Dilma?

É preciso relembrar o noticiário que precedeu a atual celeuma. Em 12 de junho, a Folha de S.Paulo afirmou que entre os papéis de um suposto dossiê montado pelo “grupo de inteligência” sob o comando do jornalista Luiz Lanzetta constavam extratos da declaração de renda de Eduardo Jorge. Nenhuma menção a Preciado, Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio ou Verônica. O jornal, nem nenhum outro veículo, não foi capaz até o momento de responder às seguintes perguntas: quem da equipe de Dilma obteve de forma criminosa os dados dos tucanos? Quando? A candidata autorizou a baixaria ou ao menos soube da operação? Por que, em junho, falou-se apenas em Eduardo Jorge?

No início de junho desenrolava-se uma briga interna no comitê petista entre Lanzetta, indicado por Fernando Pimentel, amigo da presidenciável e ex-prefeito de Belo Horizonte, e o grupo paulista ligado ao deputado Rui Falcão. As facções disputavam o controle da milionária estrutura de comunicação da campanha.

Lanzetta tentava trazer para o comitê o jornalista Amaury Ribeiro Jr., repórter premiado e que trabalhou nas principais redações do País. Seu último emprego fora no Estado de Minas. Nesse diário, Ribeiro Jr. havia iniciado, a pedido da direção, uma apuração dos escândalos da privatização no governo Fernando Henrique Cardoso. Preciado, Ricardo Sérgio e Mendonção, além do próprio Serra e de Verônica, eram personagens na mira. O start da reportagem teria sido dado após uma solicitação do ex-governador Aécio Neves. Informado da existência de uma bisbilhotagem a seu respeito, supostamente conduzida por Marcelo Itagiba, deputado carioca e ex-policial federal ligado a Serra, Aécio teria buscado uma forma de neutralizar o “fogo amigo”. À época, o mineiro ainda alimentava o desejo de disputar a indicação do PSDB à Presidência com o colega paulista.

O jornal mineiro nunca publicou nada, mas Ribeiro Jr. afirma que, diante das informações recolhidas, decidiu escrever um livro sobre os escândalos. Ele promete lançá-lo no ano que vem. Segundo ele, a intenção é “evitar o uso político em ano eleitoral”. Mas um dos capítulos, no qual são citados explicitamente Preciado e Verônica Serra, veio a público em junho e pode ser facilmente encontrado na internet. O repórter, hoje no núcleo investigativo da Rede Record, nega ter se baseado em informações obtidas de forma ilegal. “São todos documentos públicos.”

Outra dúvida sobre o episódio: para ter o efeito eleitoral supostamente desejado, um dossiê contra Serra deveria ser amplamente divulgado e suas informações precisariam ser críveis ou, no mínimo, verossímeis. Em resumo: um meio de comunicação de influência nacional teria de aceitá-lo como verdade e uma onda de jornais, canais de tevê e rádio deveria repercuti-lo amplamente sem maiores objeções. Dia e noite. Espera aí. Não é justamente o que a mídia faz neste momento ao embarcar na teoria de que o comitê de Dilma Rousseff cometeu atos criminosos contra o adversário?

Sergio Lirio

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1481 Mensagem por Carnage » 21 Out 2010, 21:37

http://www.conversaafiada.com.br/brasil ... -da-saude/
Jatene x Serra

Emiliano José


Adib Jatene, na Bandeirantes, no domingo, deve ter surpreendido a quem não o conhecia. E deve ter desagradado especialmente ao mundo tucano-demoníaco. Por segundos, quem sabe, aquele mundo pode ter perdido muito de sua arrogância e presunção. E o pior, para tucanos e demoníacos, é que Jatene não pode ser chamado de petista, e contra ele não se poderá utilizar o recurso, já gasto, de trololó. Uma preciosa entrevista dada no programa Canal Livre.
Jatene, sabe-se, foi ministro da Saúde de FHC até que não agüentou mais e saiu. Disse, com todas as letras, que quando ministro do Planejamento de FHC – ele foi, não foi? e eu pergunto porque de repente ele desmente – Serra não aceitou qualquer proposta que vinculasse verba à Saúde, como ele, Jatene, queria. Disse que se ele, Jatene, quisesse lutar por isso, que fosse à luta sozinho.

Foi desmontando, passo a passo, as perguntas fundadas no senso comum neoliberal feitas pelos jornalistas. Não, para ele a carga tributária no Brasil não constitui nenhum escândalo. O que o escandalizava, disse, era ouvir pessoas dizendo que era preciso diminuir a carga tributária no País. Como diminuir a carga tributária se com o que recolhemos de impostos não conseguimos sequer atender às necessidades de saúde do nosso povo? Ele é que perguntava. E os jornalistas sem resposta, embora muito educados face à autoridade do entrevistado.

Só não disse, talvez porque não seja característica dele o combate político direto, que a proposta de Serra, continuador de Fernando Henrique Cardoso, é reduzir impostos e diminuir, portanto, a qualidade de saúde oferecida ao nosso povo. O PSDB e o DEM vociferam diariamente contra a carga tributária no Brasil, a mesma carga tributária que cresceu dez pontos durante o governo Fernando Henrique, e para fazer o governo desastrado que fez.

E o PSDB e o DEM acabaram com a CPMF, menina dos olhos de Jatene. Cometeram esse crime contra o povo brasileiro. Jatene sabe disso. Mas, prefere caminhos mais sinuosos. Não disse que Serra foi patrocinador do fim da CPMF. Jatene mete o dedo na ferida, mas é elegante, polido, diplomático. Deixa que o espectador reflita sobre o que fala.
Mas, os jornalistas, que metabolizaram profundamente a ideologia neoliberal, iam e vinham com as perguntas, aquelas de sempre. Mas, não é um problema de gestão, ministro? Será mesmo carência de recursos? Jatene é calmo, não se irrita, e fala de forma quase pedagógica, como que pretendendo convencer os jornalistas.

Em primeiro lugar, os melhores gestores são os gestores públicos, ensinou. Mas, por quê? reagiram os entrevistadores. São os melhores porque lidam com recursos escassos e fazem um trabalho admirável. Fez elogios rasgados ao SUS. E insistiu, na contramão do demo-tucanato, que o problema central da Saúde no Brasil é de recursos mesmo. E fez um cotejamento detalhado entre os gastos públicos de países desenvolvidos e o Brasil para mostrar o quanto estamos distantes de padrões ideais quanto a recursos para o setor.
Nada disso é trololó. E o pior é que não pode dizer que é agitação de petista, insista-se. Jatene já serviu a vários governos, e sempre levou a sério a função pública. É um médico, dos mais respeitados do País, com notoriedade que ultrapassa as fronteiras nacionais. E que sempre demonstrou que tem o que podemos chamar de espírito público. Quando percebeu que o jogo tucano não era a favor da Saúde, pegou o boné e foi embora. E continua a levar a vida com seu elevado espírito de bem servir a nossa gente.

Carnage
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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1482 Mensagem por Carnage » 21 Out 2010, 21:39

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Os envergonhados e os desavergonhados

Todas essas amigas minhas, da Vila Madalena, de Pinheiros, da USP, mulheres esclarecidas, emancipadas, que votaram na Marina apesar de evangélica e anti-aborto, agora descobriram que todo o seu estado maior é formado por tucanos. Ou ainda não descobriram? A vocês todas eu digo: não se trata agora de derrotar o Serra ou o neoliberalismo. Tudo isso é transitório, efêmero. Trata-se de derrotar a grande conspiração obscurantista. Trata-se da luta milenar da razão contra a superstição, da tolerância contra o fanatismo, da modernidade contra o atraso. O artigo é de Bernardo Kucinski.

Bernardo Kucinski


Rompo meu silêncio de três anos na Carta Maior por causa da minha mulher. Ela perguntou: você não vai fazer nada? Não vai participar da campanha? Eu não sou mais jornalista, respondi, sou ficcionista; não quero mais saber de política, chega, cinqüenta anos sendo usado, agora chega. Ela acabara de ler a história do bispo que mandou imprimir dois milhões de folhetos contra a Dilma. Eu lembrei ter dito a ela que a Igreja Católica estava traindo, já naquele dia em que soltaram o manifesto acusando Lula da fascista, com a assinatura do Dom Paulo. O pobre homem em estado avançado de Alzheimer, e arrancam dele essa assinatura.

A Igreja não está traindo, está fazendo o que sempre fez, ela respondeu. Nós acabávamos de voltar de uma viagem à Cartagena, na Colômbia, onde visitamos o museu da Inquisição. Os instrumentos de tortura ali exibidos, de fazer o DOI-CODI sentir vergonha, ficaram gravados fundo na nossa imaginação.

Está traindo sim, eu falei, está traindo em primeiro lugar porque usou um método traiçoeiro, o método das mentiras, da difamação, em segundo lugar porque está usando o dinheiro que arranca dos pobres para combater o governo dos pobres, e em terceiro lugar porque está usando uma eleição universal, republicana, para emplacar um dogma religioso, dogma dos mais nefastos, que só prejudica as mulheres pobres.

Um Papa decidiu lá em Roma que o aborto é a linha divisória entre uma sociedade moderna, laica, regida pelo saber científico, e a sociedade atrasada, na qual os padres mandam na vida das pessoas e a Igreja por isso mantém seu poder. E veio a ordem, lancem a campanha contra o aborto bem no meio da campanha eleitoral. Eles são profissionais. Fazem isso há dois mil anos, desavergonhados, Os evangélicos, amadores, entraram de carona.

Agora vou falar dos envergonhados, esses que passaram oito anos disseminando mentiras sobre a transposição do São Francisco, acusando Lula de só beneficiar o agronegócio, demonizando as novas hidroelétricas, tumultuando audiências públicas em nome de índios e caboclos desprovidos de luz elétrica, obstruindo a construção de pontes e estradas que integrariam o continente, combatendo os transgênicos em nome de uma visão pré-darwiniana da natureza, esses que se condoem com gatinhos e pererecas, mas não com os meninos de rua ou os moradores de palafitas. Esses, que agora estão lançando manifestos dizendo envergonhadamente para votar contra o Serra. Por que não dizem bem alto votem na Dilma?

E também essas todas, amigas minhas, da Vila Madalena, de Pinheiros, da USP, mulheres esclarecidas, emancipadas, que votaram na Marina apesar de evangélica e anti-aborto e agora descobriram que todo o seu estado maior é formado por tucanos. Ou ainda não descobriram? A vocês todas eu digo: não se trata agora de derrotar o Serra ou o neoliberalismo. Tudo isso é transitório, efêmero. Trata-se de derrotar a grande conspiração obscurantista. Trata-se da luta milenar da razão contra a superstição, da tolerância contra o fanatismo, da modernidade contra o atraso.

(*) Bernardo Kucinski é jornalista, autor, entre outros, de “A síndrome da antena parabólica: ética no jornalismo brasileiro” (1996) e “As Cartas Ácidas da campanha de Lula de 1998” (2000)


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O exterminador do futuro

Em 1987, ano da Constituinte, encontrei com José Serra no plenário da Câmara dos Deputados. Vi-o muito atarefado com um monte de papel na mão recolhendo assinaturas de deputados. Como o conhecia desde a campanha das diretas, sendo um admirador de suas posições econômicas, me aproximei e perguntei-lhe do que se tratava. É uma emenda para bloquear os recursos propostos por Sarney para a construção da Ferrovia Norte-Sul, esclareceu. Como?, perguntei surpreso; a Norte-Sul é uma obra importante para o Centro-Oeste e para o país, Serra! “Mas que não seja para desequilibrar as contas públicas”, justificou. O artigo é de J.Carlos de Assis.

J. Carlos de Assis (*)


Em 1987, ano da Constituinte, encontrei com José Serra no plenário da Câmara dos Deputados aonde fui discutir com alguns parlamentares temas da Seguridade Social. Vi-o muito atarefado com um monte de papel na mão recolhendo assinaturas de deputados. Como o conhecia desde a campanha das diretas, sendo um admirador de suas posições econômicas, me aproximei e perguntei-lhe do que se tratava. É uma emenda para bloquear os recursos propostos por Sarney para a construção da Ferrovia Norte-Sul, esclareceu. Como?, perguntei surpreso; a Norte-Sul é uma obra importante para o Centro-Oeste e para o país, Serra! “Mas que não seja para desequilibrar as contas públicas”, justificou ele, indiferente ao fato de que a Norte-Sul era, de fato, a única grande obra de infra-estrutura tentada por Sarney.

No ano seguinte, o Brasil vivia uma das piores crises inflacionárias de sua história depois do fracasso do Plano Cruzado. Num movimento desesperado para tentar recuperar a estabilidade econômica e relançar o desenvolvimento, tive autorização do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Senador Albano Franco, de quem era assessor, para tentar articular um pacto social liderado por empresários e trabalhadores a fim de propor uma alternativa viável, porém não convencional, para a dívida externa, articulada a um programa de relançamento dos investimentos de infra-estrutura. Em síntese, como estávamos em moratória externa, tratava-se de pagar dívida, sim, mas em moeda interna, orientando os recursos forçosamente para investimentos novos na infra-estrutura.

O documento central do Pacto Social chegou a ser assinado por representantes dos trabalhadores e do patronato, a despeito de uma resistência feroz do então ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, empenhado em fazer um acordo convencional com os banqueiros, que se revelou preliminar de uma nova moratória. No curso dessas discussões, levamos o tema do pacto a alguns líderes no Congresso, com outras sugestões. Entre elas, a de reduzir o imposto de renda na base da pirâmide e ter como compensação o acréscimo de uma alíquota marginal para os ricos. No momento em que se discutia isso Serra apareceu na sala e fulminou a proposta, sob a alegação de que não se podia aumentar impostos, mesmo que isso fosse para aliviar os menos favorecidos.

Não me encontrei com Serra no Governo Fernando Henrique. Encontrei-me com Malan, outro dos principais auxiliares de FHC, que me afirmou peremptoriamente que um crescimento de 3,5% do PIB seria perfeitamente satisfatório para o Brasil porque, na década de 90, a taxa de crescimento populacional havia caído! A propósito, um amigo comum me afirmou que, em 1995, assustado com a crise mexicana, Serra advogou decisivamente por uma freada do crescimento brasileiro, que vinha se recuperando com o Plano Real, sob o argumento do risco inflacionário. Como conseqüência, a mediocridade de crescimento iria imperar ao longo de todo o Governo FHC, em especial em função de uma política cambial irresponsável, sem que Serra movesse uma única palha contra.

Portanto, caveant, brasileiros: a República está em risco. Uma distração apenas e elegeremos um contador fiscalista como Presidente, obcecado pela idéia de cortar gastos públicos a qualquer custo, capaz de enterrar a curto prazo com as grandes potencialidades de crescimento que temos, sobretudo depois do segundo mandato do Governo Lula: o mandato efetivamente coordenado por Dilma na Casa Civil. O que está em jogo não é a cadeira presidencial. É o futuro do Brasil. Fala-se em educação, fala-se em saúde, fala-se em aumento de salário mínimo... mas de onde virá o dinheiro para tudo isso, senão do crescimento da economia? Foi o crescimento que permitiu a Lula fazer os programas sociais que fez e reduzir drasticamente o desemprego. Sem ele, perderemos mais uma vez o trem da história.

Sim, porque estamos quase em pleno emprego. Para atingi-lo, será necessário ampliar, e não reduzir gastos públicos. E isso é perfeitamente possível sem gerar inflação. Temos uma dívida pública de pouco mais de 40% do PIB, uma das mais baixas do mundo. Há folga fiscal para crescer. E as pressões inflacionárias, aqui como em todo o mundo, estão longe de representar qualquer risco. Caveat, eleitor! Depois de anos de paralisação quase total do investimento público, sobretudo no período Fernando Henrique/Serra, temos grandes obras em andamento, de aeroportos a hidrelétricas, gerando dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos. E o risco que se corre não é de um deputado isolado, mesmo que influente, correndo pelo plenário da Câmara para bloquear um investimento público essencial. Seria de ter no Planalto um presidente que simplesmente não proporá ao Congresso os investimentos necessários. Nessa perspectiva, não seria eleito um presidente da República. Seria eleito o exterminador do futuro. O nosso!

(*) Jornalista, economista, doutor em Engenharia de Produção, professor de Economia Internacional, introdutor do jornalismo econômico investigativo no Brasil ainda no tempo da ditadura militar, autor de mais de 20 livros sobre economia política - entre os quais “A Chave do Tesouro” e “Os Mandarins da República”, sobre os escândalos financeiros do período autoritário -, e o último dos quais sendo “A Crise da Globalização”, sobre a atual crise mundial.
























http://www.cartacapital.com.br/politica ... reza-brava
Nem com reza brava
André Siqueira 18 de outubro de 2010 às 15:38h

Sem rasgar a cartilha de gestão pública do PSDB, é impossível cumprir as promessas de Serra para a área social


Em uma campanha presidencial marcada pela apuração de escândalos de compreensão um tanto complexa para o eleitor, é de causar espanto a falta de olhar crítico da mídia para as promessas do candidato José Serra, impraticáveis diante dos paradigmas de gestão tucanos. O presidenciável promete elevar para 600 reais o salário mínimo, hoje em 518 reais, reajustar em 10% as aposentadorias e pensões pagas pelo INSS e criar um 13º pagamento para o Bolsa Família. O rosário é mais comprido, mas não é preciso acompanhar o devaneio para revelá-lo como tal.

Consta no Orçamento de 2011 a proposta de elevar o salário mínimo para 538,14 reais. Serra propõe desembolsar 61,86 reais a mais por assalariado, para atingir os 600 reais. Apenas essa promessa de campanha custaria, portanto, 12,3 bilhões de reais. O montante é próximo ao orçamento total do programa Bolsa Família, atualmente em 13,7 bilhões de reais. Aliás, criar uma parcela a mais para o programa acrescentaria 1,14 bilhão de reais ao cálculo – em valores correntes. Finalmente, há o reajuste dos benefícios da Seguridade Social. Nesse caso, apelo ao cálculo do economista do Ipea Marcelo Caetano, que avaliou em 6,2 bilhões de reais o esforço adicional exigido pelo presente oferecido pelo tucano aos aposentados e pensionistas.

Acompanharam? No total, as promessas de campanha de Serra – uma vez eleito, e uma vez cumpridas – custariam a bagatela de 19,6 bilhões de reais aos cofres públicos. Há outros meios, talvez até mais precisos, de se realizar esse cálculo, mas dificilmente a cifra final será menos portentosa.

Para dar prosseguimento ao exercício, é forçoso imaginar que, apesar da mão aberta de Serra, a agenda neoliberal dos anos FHC não será rasgada, e um esforço fiscal terá de ser feito para pagar a conta da eleição. Contemos, a partir de agora, com a ajuda do especialista em contas públicas Amir Khair, ex-secretário de Finanças de São Paulo. Cumpre destacar que essa simulação foi feita por ele, em uma entrevista recente a CartaCapital, apenas para mostrar as limitações das estratégias de ajuste fiscal, seja qual for o candidato eleito. Mas o resultado se presta bem ao nosso exercício.

O gasto federal corresponde a uma parcela de 43% dos desembolsos totais do setor público. O restante fica a cargo das prefeituras e estados, acostumados a viver no limite da Lei da Responsabilidade Fiscal. Ou seja, é com essa base que o presidente da República pode trabalhar. De acordo com Khair, cerca de 80% do orçamento federal está legalmente engessado. Tratam-se de salários e outras obrigações constitucionais, que, como tais, só podem ser mudadas após exaustivas negociações no Congresso.

Da pouca margem de manobra que resta ao Executivo, o economista se dispõe a imaginar que um “choque de gestão” permita um corte de 30%. O extraordinário sacrifício equivaleria a 2,58% do gasto público nacional – o equivalente a 0,4% do PIB. Em cifras, 9,9 bilhões de reais. Conclusão: o máximo de “competência” na gestão pública não levaria Serra a cobrir sequer a metade de suas promessas de campanha.

Ele continua a criticar o endividamento público. Ao mesmo tempo em que promete elevar gastos sociais, ampliar investimentos e cortar impostos. Como, José?
André Siqueira

André Siqueira é subeditor de Economia de CartaCapital. [email protected]

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1483 Mensagem por Carnage » 21 Out 2010, 21:43

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=17096
Investimentos em infraestrutura mudam a cara do Brasil

A incorporação da variável regional no planejamento do novo ciclo de desenvolvimento inaugurado por Lula resultou em um conjunto de obras de infraestrutura que estão enfrentando a exclusão e mudando a cara do Brasil: as novas siderúrgicas no Maranhão e no Ceará; as refinarias no Ceará e em Pernambuco, as ferrovias Norte-Sul, Oeste-Leste e a Transnordestina, as refinarias de biodiesel na Bahia, os estaleiros em Pernambuco, o gasoduto na Bahia, as hidrelétricas em Rondônia e no Pará, a transposição do Rio São Francisco, a ampliação de aeroportos, a recuperação de estradas, os investimentos no metrô em Salvador e Recife são alguns exemplos. O artigo é de Nilmário Miranda.

Nilmário Miranda (*)

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Refinaria de Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco


Ao assumir o governo federal em 2002, Lula encontrou um país praticamente estagnado, após oito anos de governo FHC. Nos últimos oito anos, a marca registrada tem sido a retomada do desenvolvimento econômico a partir de iniciativas de âmbito nacional, regional e local. Essa nova fase do Brasil pode ser vista no campo e nas cidades.

Estão sendo criadas condições para o escoamento da produção, de minérios e outros produtos. Nas cidades, estão sendo urbanizadas favelas, modernizados e ampliados os projetos de metrô. Na área rural, regiões nas quais a população não tinha água para beber, receberam adutoras, cisternas e hoje contam com irrigação para suas produções. Territorialmente, as iniciativas implementadas reconhecem as particularidades de cada região e investem na moderna integração regional do país concebendo nossas regiões como imensos celeiros de oportunidades.

Todas essas iniciativas estão concentradas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que é um conjunto de medidas e ações governamentais voltadas ao campo e à cidade, em parceria com a iniciativa privada, para promover o desenvolvimento econômico com inclusão social em todo o território nacional e diminuir as desigualdades regionais. Por um lado, o programa estimula a produção industrial/agrícola, com a construção de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos e por outro, promove a inclusão social com os programas Minha casa, Minha vida e Luz para todos e a inclusão digital. Além das grandes obras, há uma complexa estrutura de execução e acompanhamento de todas as etapas destes projetos por um grupo interministerial centrado no Ministério da Casa Civil.

No plano federal, o governo Lula avançou na distribuição de recursos e criou novas fontes de financiamento por meio do BNDES e na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia) e no fortalecimento dos bancos regionais. Com isso já é possível identificar, como ocorre no Nordeste, novos mercados e centros de produção locais que se tornam viáveis com o avanço da inclusão digital.

A incorporação da variável regional no planejamento do novo ciclo de desenvolvimento inaugurado por Lula resultou em um conjunto de obras de infraestrutura e programas de apoio ao desenvolvimento econômico e social que estão enfrentando a exclusão e mudando a cara do Brasil: as novas siderúrgicas no Maranhão e no Ceará; as refinarias no Ceará e em Pernambuco, as ferrovias Norte-Sul, Oeste-Leste e a Transnordestina, as refinarias de biodiesel na Bahia, aos estaleiros em Pernambuco, o gasoduto na Bahia, as hidrelétricas em Rondônia e no Pará, a transposição do Rio São Francisco, a ampliação de aeroportos, a recuperação de estradas, os investimentos no metrô em Salvador e Recife, entre outros.

Essa remodelação do modo de ver o Estado trouxe uma verdadeira revolução na distribuição de renda em todo o país. Uma ponta sensível é a valorização do salário mínimo - uma engrenagem do PAC que colocou milhares de pessoas no mercado consumidor interno. Setores mais problemáticos como o saneamento, a saúde, as grandes cidades estão contemplados por PACs específicos.

Enquanto isso, nos governos tucanos...

Enquanto no resto do país as obras de infraestrutura estão a toda, no Estado de São Paulo a situação é inversa e pode ser constatada nos baixos investimentos e na baixa execução orçamentária. O estado de São Paulo é um dos exemplos acabados de ineficiência das gestões tucanas, mesmo recebendo os empréstimos federais e internacionais, avalizados pelo governo federal, destinados à ampliação e melhoria do transporte metroviário e ferroviário na Região Metropolitana, à melhoria das estradas, das rodovias, às obras de saneamento básico, de recuperação ambiental e de combate a enchentes. O governo tucano omite que obras anunciadas de sua iniciativa foram realizadas com participação financeira significativa do governo federal.

Apesar desses empréstimos e da capacidade arrecadadora de um dos estados mais industrializados do país, São Paulo, que é governada pelo PSDB há 16 anos, convive com a baixa disponibilidade de água potável, a incapacidade de tratamento de todo o esgoto e efluentes, a destinação inadequada do lixo, a ocupação de áreas de proteção ambiental e de mananciais, a falta de planejamento, entre outros. São mais de 600 mil pessoas que vivem em áreas regularizadas ainda sem acesso à água potável de forma adequada (nas cidades da Região Metropolitana atendidas pela Sabesp, empresa de economia mista, cujo maior acionista é o governo do Estado). Nestes cálculos não está incluída a população que vive em áreas irregulares e que somam mais de 2,5 milhões de pessoas. Além disso, são 157 municípios e uma população de mais nove milhões de habitantes sem nenhum tratamento de esgotos.

São Paulo tem hoje quase 42 milhões de habitantes (22% da população brasileira) e densidade demográfica média de 168 habitantes por km². O déficit habitacional no estado é de 1,2 milhão de moradias, cerca de 20% do déficit nacional. São cinco milhões de pessoas desprovidas do direito à moradia digna, em especial as camadas mais pobres da população, 80% na faixa de até três salários mínimos de renda familiar. A Região Metropolitana de São Paulo é detentora de 50% de toda a demanda de moradia no Estado, concentrando 2.797 favelas, com 1,3 milhão de pessoas somente na capital. Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Habitação, são 1.636 favelas na cidade de São Paulo. Os moradores dessas favelas aguardam iniciativas de urbanização e regularização, com o atendimento de infraestrutura, provisão de moradias no próprio local, além de equipamentos e serviços sociais.

Pedágios - A concessão de exploração das estradas à iniciativa privada tem sido uma constante na política de investimentos dos governos tucanos. As concessionárias cobram pedágios altíssimos a título de "manter e melhorar" a malha viária em todo o Estado, mas nota-se mesmo o crescimento de praças de pedágio por toda a parte – 277 em funcionamento até abril deste ano.

(*) Jornalista.

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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1484 Mensagem por Carnage » 21 Out 2010, 21:45

http://www2.tijolaco.com/29016
O neolacerdismo de Serra busca sua Tonelero

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Quem nasceu para Serra não chega a Carlos Lacerda, eu já disse. O episódio da suposta agressão ao candidato tucano deve ser deplorado e não tem razão alguma quem jogar nem um grão de areia em qualquer pessoa. Mas fazer um escarcéu com a história com o possível fato de ter sido atingido por um rolo de papelão atirado por um manifestante e, segundo a Folha de S. Paulo, fazer uma tomografia computadorizada por causa disso é dose para leão.

A manifestação hostil contra sua passagem pelo Rio foi organizada por agentes de saúde com cartazes que chamavam Serra de “presidengue” e o “pior ministro da Saúde” por ter demitido mais de cinco mil agentes de saúde e ter contribuído para a proliferação da dengue no país.

Houve confronto entre os manifestantes e correligionários de Serra. Assessores do tucano disseram que ele levou uma bandeirada na cabeça, mais tarde corrigindo para um rolo de papelão.

O Estadão afirma que não havia ferimento aparente, mas segundo a Folha, que também não viu sangue, Serra foi levado de helicóptero para uma clínica para ser examinado.

Serra já comparou os manifestantes aos nazistas e vai explorar isso ao máximo numa analogia pobre e vergonhosa do atentado a Carlos Lacerda na rua Tonelero, que acentuou a crise que levou ao suicídio de Vargas, em 1954. Mas como a história não se repete nem como farsa, só cai no ridículo.

Claro que condeno todo tipo de violência, e Serra também devia agir assim. Não me consta que tenha se solidarizado com os professores feridos pela ação da tropa da polícia que despachou contra eles quando governador de São Paulo. Olhem a foto de cima, de hoje, e as de baixo, do ano passado, com o que sofreram os professores que protestavam contra os baixos salários que pagava no estado.

Ninguém se surpreenda se Serra aparecer com um curativo na cabeça, haja ou não ferimento. Se ele simula ser até apóstolo, não custa para ser Lázaro.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -grande-rj
Os problemas de Serra em Campo Grande (RJ)
Enviado por luisnassif, qua, 20/10/2010 - 16:07

Por Observadoro


Partidários do PT e do PSDB se enfrentaram na caminhada de Serra no calçadão de Campo Grande, no Rio.

O Globo On Line tascou logo a manchete: "Serra é agredido durante campanha no Rio", com um texto no qual Serra se faz de vítima falando que os militantes petista partiram para cima dele, acusando a militancia de nazista para baixo.

Entretanto, a CBN, que cobria o evento ao vivo, narrava de forma diferente os acontecimentos: os petistas exibiam cartazes com os dizeres "Quem é Paulo Preto?" e gritavam a mesma pergunta; os tucanos não gostaram e partiram pra cima dos petistas. A CBN descrevia as cenas enquanto ocorriam.

O Globo e a CBN precisam combinar quando quiserem mentir...

Do Twitter do Stanley Burburinho
Stanley Burburinho


On Wednesday 20th October 2010, @stanleyburburin said:

Acabou dizer na CBN:

1 - Serra está em Campo Grande, RJ, tentando fazer passeata com Gabeira.

2 - Muita gente da militância do PT apareceu exibindo cartazes perguntando: "Serra, quem é Paulo Preto?"

3 - Na matéria diz q foi a militância do PSDB que não gostou da pergunta ao Serra sobre quem é Paulo Preto e iniciou a agressão.

4 - Serra se escondeu por 10 minutos dentro de uma loja.

5 - Depois q ele saiu do esconderijo, a militância continuou perguntando quem é Paulo Preto.

6 - Mas, tudo na paz.

7 – O Globo diz que o Serra foi atingido na cabeça com uma bobina de papel.- link

8 - No áudio diz: “...militantes do PSDB se irritaram com as provocações e houve confusão..” - http://cbn.globoradio.globo.com/playlis ... rra_101020

9 – Pedi para checarem com a militância do PT de Cpo. Grande o que realmente aconteceu. Pode ser tudo armação do PSDB para ser usado no programa eleitoral do Serra.

Do Terra

Serra vai a hospital após ser atingido na cabeça por objeto

MARCELA ROCHA
Direto do Rio de Janeiro


O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, foi ao Hospital Sorocaba, no Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (20), para verificar se o objeto que atingiu sua cabeça durante enfrentamento entre cabos eleitorais, numa caminhada no calçadão de Campo Grande, causou algum ferimento.

Após iniciar uma manifestação a favor da candidata Dilma Rousseff, um grupo de cerca de 100 militantes do PT colocou-se em frente do local onde passava a comitiva de Serra, com faixas atacando o candidato tucano e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Houve enfrentamento entre os dois lados e Serra deixou a caminhada depois que foi atingido por um objeto. Segundo um dos seus seguranças, teria sido um rolo de adesivos que estaria com os militantes do PT.

O candidato mantém sua agenda e segue para verificar as obras do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. A partir das 17h, Serra tem um encontro com a militância no Grande Salão do Porcão.


O jornal do SBT conseguiu flagrar o exato momento da "agressão" que o Serra sofreu com uma letal...





bolinha de papel!!!

http://www.youtube.com/watch?v=9aUtwN3xBFM


:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:


Mas quanta cara de pau!!



http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... o-de-serra
A pantomima do suposto ferimento de Serra
Enviado por luisnassif, qua, 20/10/2010 - 23:17


Aqui, o local exato em que o objeto não identificado (levíssimo porque bateu na cabeça de Serra e ricocheteou sem que ele sequer levasse a mão ao local) bateu. Como se observa foi na parte superior traseira esquerda da cabeça.

Imagem

Aqui a foto ampliada para poder localizar melhor o local da batida:

Imagem

E aqui onde ele leva a mão à cabeça, depois de receber o telefonema:

Imagem

Algum comentarista craque poderá editar o vídeo do SBT realçando o exato momento em que a bolotinha bate e quica.

Se não fosse a extraordinária parcialidade da velha mídia, a reportagem seria candidata certa ao Esso, por desmontar uma pantomima.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8178 ... pero.shtml
No aniversário de Indio, agressão a Serra é vista como 'desespero'

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DO RIO


No aniversário de 40 anos do candidato a vice-presidente Indio da Costa (DEM), a agressão ao seu companheiro de chapa José Serra (PSDB) foi classificada como ato de "desespero" de quem tem medo de "perder a boquinha".

A candidata do PT, Dilma Rousseff, foi chamada de "ficha suja de sangue", "comunista" e "autoritária".

Em encontro com cerca de 2.000 pessoas na churrascaria Porcão Rio's, no aterro do Flamengo, Indio aconselhou o PT a ter "juízo, juízo, juízo".

"Estava do lado do Serra, abraçado com ele, quando veio aquele pacote enorme. Bateu na cabeça dele e fez até barulho. Um negócio pesado. Devia ter uns dois quilos", narrou ao microfone em área em frente à baía de Guanabara.

"Quando vi aquilo, se de um lado fiquei assustado[/color][/b], de outro pensei: o Vox Dilma [piada com o instituto Vox Populi], que dizia que não haveria segundo turno, agora diz que o PT está 12 pontos à frente. Mas, se o PT está nervoso desta maneira, é que o Serra já está à frente. A cada ato de violência como esse devolvemos com amor, carinho e voto na urna", declarou o candidato a vice, o mais moderado dos que discursaram.

O deputado reeleito Arolde de Oliveira (DEM) lembrou que PT e aliados conquistaram maioria de 2/3 no Congresso.

"Se ela [Dilma] ganha a eleição, ela será a Constituição do Brasil. Estaremos à mercê de Dilma, Vanda ou Stela, seja lá que nome tenha, à mercê de uma pessoa na qual não existe compromisso com este país. Tem compromissos só com ideologias adversas à democracia e ao Estado de Direito", disse em referência a codinomes da petista à época da ditadura militar.

Arolde discursou que Dilma e seu grupo queriam implantar o comunismo no Brasil. "Por isso foram derrotados. Praticaram todas as insanidades políticas como terrorismo, sequestro, assalto a bancos que se possa imaginar."

O deputado federal reeleito Jair Bolsonaro (PP) afirmou que Dilma tem a "ficha suja de sangue" de brasileiros.

O presidente do PSDB-RJ, Marcello Alencar, definiu-se como "aflito imaginar que essa moça" possa um dia governar o país. "Nunca vi uma campanha tão infeliz e atrasada, em razão do desespero que tomou conta do PT e de seus asseclas. A atitude agressiva é termômetro da angústia deles e nos deve ser muito favorável. O povo brasileiro condena a violência."

O presidente nacional do DEM, deputado federal reeleito Rodrigo Maia, afirmou acreditar que a maioria do PT rejeita agressões como a registrada contra Serra. "Isso é obra daqueles 40 mil cargos criados por Lula, daqueles que ocupam diretorias de estatais", disse. "É ato daquela facção comandada por José Dirceu [deputado petista cassado] que só quer o poder pelo poder."

O prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB), afirmou que os agressores "estão com medo de perder a boquinha".

Estiveram presentes na comemoração do aniversário de Indio a ex-diretora da Anac Denise Abreu, o diretor de cinema Zelito Viana e os atores Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Therezinha Sodré e Carlos Vereza.

"Como espírita, posso falar que vejo uma falange imensa de obsessores", disse Vereza. "A segunda pele de Dilma é a mentira."

Assistam de novo o vídeo, e vejam no momento que "a bolinha de 2 quilos" atinge a cabeça do Serra como o Índio fica "assustado"

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Quem é mesmo que está desesperado??


Me desculpem, o PT só faz merda mesmo, mas esses sujeitos do consórcio PSDB/DEM são muito ridículos!!!


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... entificado
A massa do objeto não identificado
Enviado por luisnassif, qui, 21/10/2010 - 00:25

Por chico rasia

Crunching the numbers


Resolvi calcular a energia do impacto do objeto sobre a cabeça do candidato tucano na melhor tradição "back of the envelope", como se fala na gringa.

O vídeo do SBT roda a 20.63 fps, o que significa que o intervalo entre quadros é de 0.048s. Entre dois quadros consecutivos, o objeto percorreu 45.97 pixels. Estimando-se que o diâmetro do objeto é de 5cm, o que equivale a 11.5 pixels, pude estimar que o objeto percorreu 19.98 cm no intervalo de 0.048s. Arredondando para 20 cm (ou 0.2 m): o objeto atinge a cabeça do candidato a 4.1667 m/s (ou 15 km/h).

Supondo se tratar de uma folha tamanho A4 (210 x 297mm, com área de 0.0624 m²) de papel sulfite 90 g/m² (um pouco mais pesado que o 75 g/m²), estimei a massa do "projétil" em 5.61g.

A energia cinética do objeto é definida pela equação E=m.v^2/2. Assim, o "projétil" atingiu a cabeça do candidato com 0.0486 J de energia cinética.

Só para comparação:

- chumbinho de carabina de ar: 20 J

- projétil de 9mm: 519 J

- projétil de rifle 7.62mm: 2070 J

Assim, sinto-me seguro em afirmar que o candidato nunca esteve sob risco de sofrer ferimentos físicos. Entretanto, os danos à imagem do candidato parecem ter ocorrido em proporção inversa à energia do projétil.


No Twiter já criaram a hashtag #boladepapelfacts:

As mais que gostei:

- Na bolinha de papel tava escrito: "Não se larga um lider ferido na estrada" Ass: Paulo Preto

- Extra, extra: militantes do PT são presos com resmas de papel Chamequinho!

- Serra é lerdo mesmo. Bush escapou de sapatada. Serra é atingido por bolinha de papel

- Dilma enfrentou a ditadura e agüentou tortura. Serra não agüenta nem bolinha de papel! Frouxo!!

- Pedra vence tesoura, tesoura vence papel, papel vence Serra.

- ALERTA: Quando a criançada descobrir que bolinha de papel dá 24h de repouso as escolas ficarao vazias.

- Militante que atirou bolinha de papel em Serra é condenado a uma semana sem recreio

- Ultimo boletim médico: Serra não tem nada na cabeça.

- Bolinha de papel pesando 2k = 500 folhas de papel A4. Se Indio da Costa estiver falando a verdade, Serra foi atingido pelo dossiê do Aécio.

http://www.cartacapital.com.br/destaque ... stra-o-sbt
Serra foi atingido por bolinha de papel, mostra o SBT
Redação Carta Capital 21 de outubro de 2010 às 9:20h


Telejornal exibe toda a sequência dos fatos e mostra que Serra só acusou o golpe 20 minutos depois

O baixo nível da campanha presidencial, antes restrito aos boatos e mentiras divulgados pela internet, às pregações de certas igrejas e ao noticiário de parte da grande mídia – além dos programas eleitorais, é claro – chegou finalmente às ruas. Consequência inevitável.

O tumulto que aconteceu ontem no bairro do Campo Grande, no Rio de Janeiro, entre simpatizantes das candidaturas de Serra e Dilma tem que ser condenado e preocupar as coordenações das duas campanhas, pois pode se repetir e causar maiores danos para ambos. E para o País.

Entretanto, é preciso relatar os fatos como eles aconteceram, e entre os telejornais exibidos na noite desta quarta-feira 20, parece que apenas o SBT Brasil conseguiu mostrar toda sequência dos acontecimentos.

Na matéria fica claro que o objeto que atingiu a cabeça do candidato foi uma simples bolinha de papel. Não foi uma pedra, nem um rolo de papel, nem um rolo de adesivos – versão final comprada pelos jornais do dia – como publicaram ontem os principais portais de notícias.

Pior: segundo a matéria exibida pelo SBT, Serra percebeu que recebera o golpe do objeto e olhou para o chão para identificá-lo. Depois, prosseguiu a atividade em meio ao tumulto sem nenhum dano físico aparentar, com interrupções para entradas e saídas de uma loja e do veículo que o havia conduzido ao local. Passados 20 minutos, segundo o SBT, ele recebeu um telefonema – veja na tela – e imediatamente pôs as mãos à cabeça. Só então decidiu interromper a caminhada.

Em seguida, contou o telejornal, Serra foi levado a um hospital e submetido a uma tomografia. Na tevê, surge o médico que o atendeu, a dizer que não houve ferimento, mas que havia recomendado ao candidato repouso por 24 horas. Ato contínuo, Serra suspendeu o restante da sua agenda do dia.


http://www.viomundo.com.br/politica/fla ... -lado.html
Flávio Loureiro: Ouvindo o outro lado

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NOTAS SOBRE O INCIDENTE EM CAMPO GRANDE-RJ

do Flávio Loureiro, em seu blog


O editor deste Blog acabou de conversar com petistas que se envolveram no incidente em Campo Grande, bairro na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, e soube o seguinte:

1 – O candidato José Serra agendou uma caminhada no calçadão de Campo Grande, com forte aparato de segurança

2 – O sindicato dos mata-mosquitos, demitidos na época em que José Serra era ministro da Saúde de FHC, se localiza nas imediações.

3 – O processo de demissão dos mata-mosquitos foi traumático, a ponto de trabalhadores perderem tudo, e foram registrados cinco suicídios entre os mata-mosquitos demitidos.

4 – Portanto, a categoria tem indignação com José Serra e se organizou para manifestar contra a presença dele no calçadão de Campo Grande.

5 – Os petistas da região, que organizam panfletagens no calçadão, sabendo do quadro, foram para lá evitar confrontos.

6 – Mas os seguranças do candidato José Serra, liderados por Júnior, filho da vereadora e deputada estadual eleita, Lucinha (PSDB), rasgaram os cartazes dos mata-mosquitos, aí o tumulto começou. Vale lembrar que a comitiva de Serra estava distante do local do conflito, mas Serra foi visto entrando numa Van sem qualquer ferimento.

7 – O militante petista, Carlos Calixto, foi agredido, teve o supercílio rasgado, e ainda sangrando foi para a delegacia policial registrar a ocorrência.

8 – Segundo o militante petista Sebastião Moraes, que estava no local, a confusão só não foi maior, porque a tropa de mata-mosquitos que vinha se incorporar à manifestação, chegou atrasada, mas saiu em perseguição à comitiva de Serra. É bom que eles não tenham alcançado a comitiva, pois caso isso ocorra novos conflitos a vista, para a exploração política de Serra.

9 – O grupo de mata-mosquitos que estava na manifestação não tem vínculo com o PT. Eles têm dois sentimentos básicos: paixão por Lula, que os reincorporou e revolta em relação à Serra/FHC que os demitiu.

http://www2.tijolaco.com/29062
Se houve agressão, onde está a polícia?

Insisto que está havendo uma omissão inaceitável das autoridades policiais do Rio de Janeiro. Se ocorreu, como está sustentando a imprensa, uma agressão ao candidato José Serra, o fato tem de ser objeto de investigação e inquérito policial.
O jornal O Globo estampa em sua primeira página o flagrante do candidato levando as mãos à cabeça.

O vídeo do SBT, que volto a postar aí em cima, mostra que isso ocorreu muito depois de Serra ser atingido por um objeto que em tudo se assemelha a uma bolinha de papel.
Não obstante a imagem nítida e a declaração de que não houve nenhum ferimento, o médico – ex-secretário de Cesar Maia e amigo de Serra – Jacob Klingermann diz no jornal O Globo que “uma pancada como esta poderia ter consequência grave, como um edema cerebral”.

Não obstante a literatura médica ou até a ficcional jamais ter registrado edema cerebral provocado por bolinha de papel, Serra foi mandado para o Hospital Samaritano, em Botafogo, para fazer uma tomografia. O resultado, é obvio, não acusou problema algum.
Serra, ao chegar à porta do Samaritano, viu que não havia imprensa. Voltou e um telefonema foi disparado para a TV Globo, exigindo a presença de um repórter e cinegrafista. Às pressas, foi mandado o repórter Helder Duarte, que, como pode ser visto no vídeo postado no Jornal da Globo, segurava o único microfone na entrevista onde Serra fala de suas “convicções democráticas”.

Portanto, estão aí todos os elementos para configurar uma agressão ou uma farsa. É indispensável que a autoridade policial esclareça o que houve. Para isso existem os termos de declaração, os exames de corpo de delito, as perícias.
Basta requisitar o vídeo do SBT, que está bem nítido. Na gravação original, de alta definição, muitíssimo melhor que a da internet, certamente será possível identificar com certeza o tipo de objeto que atingiu Serra e, sem edições, verificar a dinâmica dos acontecimentos.

Porque ninguém pode ser agredido impunemente. Nem um candidato a presidente, nem milhões de brasileiros, atingidos na cabeça com uma versão fantasiosa dos fatos capaz de provocar muito mais estragos que uma bolinha de papel.

Adam West
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Re: Largada para 2010 - Panorama da política atual e os rumos para a sucessão presidencial.

#1485 Mensagem por Adam West » 22 Out 2010, 23:13

Eu não estou aqui pra defender a Dilma (nunca estive!), mas esta história da agressão no Rio está muito mal contada.

Primeiro, que falam desde que caiu um rolo de fita crepe na cabeça do Serra, até uma simples bolinha de papel (do qual satirizaram até através daquele joguinho).

Segundo, que as supostas bandeiras dos petistas são é MUITO estranhas:

Imagem

Na campanha da candidata, os folders e bandeiras não usam fundo vermelho. Quem explica isso?

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