Visite as Melhores Acompanhantes de SP


REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

Espaço destinado a conversar sobre tudo.

Regras do fórum
Responder

Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 1 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 1
Oral Sem:Sim 0Não 1
Beija:Sim 0Não 1
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
Mensagem
Autor
O Pastor
Forista
Forista
Mensagens: 5242
Registrado em: 12 Out 2006, 14:15
---
Quantidade de TD's: 221
Ver TD's

REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#1 Mensagem por O Pastor » 08 Mai 2012, 21:16

[ external image ]

Sem comentários!!

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Locador
Forista
Forista
Mensagens: 53
Registrado em: 01 Dez 2006, 11:52
---
Quantidade de TD's: 8
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#2 Mensagem por Locador » 08 Mai 2012, 21:59

Realmente sem comentários.

Basta ler um pouquinho para saber as besteiras que estão falando em relação à Veja/Cachoeira.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Gilmor
Forista
Forista
Mensagens: 753
Registrado em: 11 Ago 2011, 23:48
---
Quantidade de TD's: 0
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#3 Mensagem por Gilmor » 09 Mai 2012, 01:58

Caiu a casa da VEJA:
O programa "Domingo espetacular", da TV Record, exibiu o esquema da revista Veja com a organização do bicheiro contraventor Cachoeira.

http://www.youtube.com/watch?v=xqlimj0o ... r_embedded

Documentos da PF, na Operação Monte Carlo, mostram que Veja estava associada e comprometida com os interesses de Cachoeira: as escutas telefônicas (gravadas com autorização judicial) revelam uma sórdida conexão entre o chefão de um esquema de jogos, o já conhecido Cachoeira, e a mais importante revista semanal brasileira, a Veja, da Editora Abril.
As gravações comprovam ainda uma íntima ligação entre Cachoeira e Policarpo Júnior, repórter e diretor de Veja em Brasília.
http://richardjakubaszko.blogspot.com.b ... oeira.html

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

pepsicool
Forista
Forista
Mensagens: 3084
Registrado em: 02 Abr 2010, 19:14
---
Quantidade de TD's: 75
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#4 Mensagem por pepsicool » 09 Mai 2012, 11:01

Deixando de lado a política leiam essa matéria .......... uma revista que se preza a isso não tem a menor credibilidade.



http://www.jornalopcao.com.br/colunas/i ... edicamento

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#5 Mensagem por Compson » 09 Mai 2012, 15:57

Sugiro a seguinte alternativa:

https://www.facebook.com/pages/Catracap ... 3731588067

[ external image ]

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

O Pastor
Forista
Forista
Mensagens: 5242
Registrado em: 12 Out 2006, 14:15
---
Quantidade de TD's: 221
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#6 Mensagem por O Pastor » 09 Mai 2012, 21:03

pepsicool escreveu:Deixando de lado a política leiam essa matéria .......... uma revista que se preza a isso não tem a menor credibilidade.



http://www.jornalopcao.com.br/colunas/i ... edicamento

Lamentável!!

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#7 Mensagem por Compson » 09 Mai 2012, 21:33

A Veja criou uma certa moralzinha com algumas denúncias nos anos 1990 principalmente, mas desde o mensalão e a reeleição do Lula, pelo menos, a revista já era vista como uma caricatura que ninguém relevante levava muito a sério.

Só conseguia algum destaque quando as notícias eram sólidas o suficiente para pautar outros veículos, como os jornais paulistas ou o Jornal Nacional.

Essa é só a pá de cal. Se servir pra manter a Falha de São Paulo longe das eleições este ano já está bom...

Mas quem ainda lia a Veja vai continuar lendo, pois não o fazia pela credibilidade e sim pra confirmar seus preconceitos contra Lula e o PT.

PS: O "Murdoch brasileiro" ali na capa é o Civita?

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

pepsicool
Forista
Forista
Mensagens: 3084
Registrado em: 02 Abr 2010, 19:14
---
Quantidade de TD's: 75
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#8 Mensagem por pepsicool » 09 Mai 2012, 21:51

Compson escreveu:A Veja criou uma certa moralzinha com algumas denúncias nos anos 1990 principalmente, mas desde o mensalão e a reeleição do Lula, pelo menos, a revista já era vista como uma caricatura que ninguém relevante levava muito a sério.

Só conseguia algum destaque quando as notícias eram sólidas o suficiente para pautar outros veículos, como os jornais paulistas ou o Jornal Nacional.

Essa é só a pá de cal. Se servir pra manter a Falha de São Paulo longe das eleições este ano já está bom...

Mas quem ainda lia a Veja vai continuar lendo, pois não o fazia pela credibilidade e sim pra confirmar seus preconceitos contra Lula e o PT.

PS: O "Murdoch brasileiro" ali na capa é o Civita?

o próprio



só que lá fecharam os jornais do homem após o " mea culpa "

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

salsicha
Forista
Forista
Mensagens: 543
Registrado em: 26 Ago 2003, 17:30
---
Quantidade de TD's: 21
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#9 Mensagem por salsicha » 09 Mai 2012, 23:26

Cheguei a acreditar na Veja quando eu tinha uns 15 anos... Há mais de 30, portanto!

Depois veio o Collor...

Há muito tempo a revista é um panfleto tucano, inclusive distribuído gratuitamento em muitos domicílios das ditas "áreas nobres" desta capital.

Totalmente alinhada com a direita e com falcatruas, como nesse esquema de receber "notícias" das mãos de "contraventores".

É uma revista que tem lado, o mesmo do Estadão, da Globo...

Realmente, agora acho que foi a gota d'água.

Demos, então, a descarga!!!

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

roladoce
Forista
Forista
Mensagens: 3559
Registrado em: 28 Jun 2009, 20:59
---
Quantidade de TD's: 38
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#10 Mensagem por roladoce » 10 Mai 2012, 00:22

salsicha escreveu:Cheguei a acreditar na Veja quando eu tinha uns 15 anos... Há mais de 30, portanto!

Depois veio o Collor...

Há muito tempo a revista é um panfleto tucano, inclusive distribuído gratuitamento em muitos domicílios das ditas "áreas nobres" desta capital.

Totalmente alinhada com a direita e com falcatruas, como nesse esquema de receber "notícias" das mãos de "contraventores".

É uma revista que tem lado, o mesmo do Estadão, da Globo...

Realmente, agora acho que foi a gota d'água.

Demos, então, a descarga!!!
Concordo plenamente e eu faz tempo que não leio a VEJA..

A tempos, digo que ela faz parte da Tríade (Globo | folha de são paulo | Veja)

Engraçado, pouco fala-se sobre o assunto nos meios de comunicação, a não ser, os ditos, blogueiros sujo.

Talvez, muitos não gostem do video, devido a acontecimentos rescente, mais é muito, interessante.

http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... -t4Iilpmbo

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#11 Mensagem por Carnage » 13 Mai 2012, 19:18

A revista alega apenas "relação com fonte de informações puramente para obter material para reportagens". Só que é claro que ela sabia quem era o Cachoeira e o que ele fazia. Sendo assim, como fugri do fato de que pessoas da revista, que sabiam que Cachoeira era um bandido, foram defender o sujeito em uma CPI??
Dá pra escapar dessa??

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=20109
Jornalista da Veja favoreceu Cachoeira em depoimento de 2005
Em depoimento à Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, há sete anos, o hoje diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, ajudou o bicheiro Carlinhos Cachoeira a comprovar que era vítima de chantagem pelo deputado André Luiz, que acabou cassado. O caso havia sido publicado pela revista Veja, com exclusividade, pouco mais de três meses antes. Reportagem da Rede Record fala sobre conexões entre Cachoeira e o jornalista da Veja.

Da Redação




(*) Reportagem exibida no programa Domingo Espetacular, da Rede Record, fala das conexões entre Carlinhos Cachoeira e Policarpo Junior.

Brasília - No dia 22 de fevereiro de 2005, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reuniu para dar seguimentos às investigações sobre a acusação de que o deputado André Luiz, (sem partido-RJ) teria tentado extorquir R$ 4 milhões de um empresário goiano, para evitar que seu nome constasse no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Loterj, instaurada no ano anterior pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

Convidado a prestar esclarecimentos em favor do empresário, estava um jornalista de Brasília, que afirmava possuir mais de cinco horas de gravações comprovando a chantagem a que o empresário fora submetido. E as gravações, garantia o jornalista, eram autênticas. Já haviam até sido periciadas pelo perito da Universidade de Campinas (Unicamp), Ricardo Molina, que também prestaria depoimento na Comissão.

André Luiz, que se elegera pelo PMDB, acabou se tornando o primeiro deputado a perder o mandato por decisão do Conselho de Ética da casa. Sumiu da cena política. O empresário e o jornalista, ao contrário, estão no centro dela: o primeiro é o contraventor Carlos Augusto da Silva, o Carlinhos Cachoeira. O segundo, o atual diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior.

Pouco mais de três meses antes, a revista Veja publicou uma reportagem que narrava, com exclusividade, a tentativa de extorsão, pelo deputado, de R$ 4 milhões de Cachoeira, em troca de proteção em uma CPI. A matéria “Vende-se uma CPI”, de 27 de outubro de 2004, era assinada pelo jornalista Policarpo Junior, achincalhava André Luiz e tratava Carlos Cachoeira respeitosamente, como empresário do ramo de jogos.

No texto, Policarpo denunciava a tentativa de extorsão, flagrada pelas gravações clandestinas que teriam sido feitas por emissários de Cachoeira. Entre eles o publicitário Alexandre Chaves, apresentado pelo jornalista como sócio de Cachoeira, que havia estado na casa do deputado, no Lago Sul, em Brasília, quando gravou os depoimentos mais fortes.

As negociações em torno do resultado da CPI começaram em US$ 1 milhão, caíram para US$ 750 mil e, com o passar do tempo, atingiram R$ 4 milhões. Cifra bem mais alta, mesmo considerando a conversão da moeda. “São quarenta deputados a 100 cada um. Dá 4 milhões”, explicava o deputado ao publicitário, conforme consta na gravação ainda disponível no site da revista Veja.

Autor do furo de reportagem que levou à cassação do mandato de André Luiz, Policarpo não titubeou ao ser convidado a prestar depoimento à Comissão de Ética. Era a terceira reunião do grupo destinado a apurar as acusações que pesavam contra o deputado e encerraria a fase de oitivas. Ao chamar Policarpo para depor, o então presidente da Comissão, deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP), fez questão de ressaltar que tanto o jornalista, quanto o perito Ricardo Molina, participavam apenas como convidados.

Ambos, cada um a seu modo, fizeram a defesa de Cachoeira. Policarpo apresentou as gravações que comprovavam que o então “empresário” fora vítima de chantagem. Molina reforçou a autenticidade das gravações. Não constam registros se o jornalista foi questionado, à época, sobre quais seriam suas relações com Cachoeira.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#12 Mensagem por Carnage » 13 Mai 2012, 19:28

Compson escreveu:Só conseguia algum destaque quando as notícias eram sólidas o suficiente para pautar outros veículos, como os jornais paulistas ou o Jornal Nacional.
Curios que a Globo, em seu jornal, venha fazer uma "apaixonada" defesa da Veja...

http://www.blogcidadania.com.br/2012/05 ... speitas-2/
Globo faz defesa inepta de Civita e aumenta suspeitas

Eduardo Guimarães


Há algumas semanas, recebi ligação de um amigo que veio me sugerir uma estratégia, de que blogueiros que cobram investigação das suspeitas contra a Veja por seu envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira concentrassem o foco na revista. Para esse amigo, seria um erro de estratégia disparar contra outros veículos da grande mídia.

À época, até achei que aquele amigo poderia ter razão. Ainda assim, disse-lhe que achava perda de tempo porque tinha quase certeza de que outros veículos tentariam proteger o “Publisher” da Editora Abril e sua revista por saberem que se as culpas de um e da outra fossem provadas, a regulação da mídia se tornaria inevitável.

À época, Globo, Folha, Estadão e todos os telejornais ainda hesitavam em meramente noticiar as relações entre o editor de Veja Policarpo Júnior, Cachoeira e sua quadrilha. Todavia, conforme as escutas da Polícia Federal envolvendo o editor da revista foram surgindo, a imprensa, a televisão e até parlamentares que integram a CPI começaram a tocar no assunto.

Com a reportagem da Record no último domingo, a qual apresentou os motivos que considerável parcela dos membros da CPI já enxergam para investigar a Veja, o jornal O Globo publicou editorial ontem fazendo uma defesa desabrida de Roberto Civita. O texto foi publicado sob o título “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”.

Além de defender o “publisher” da Abril, o jornal da família Marinho partiu para o ataque. Acusou blogs e órgãos de imprensa que cobram investigação das estranhas relações da Veja com a quadrilha de Cachoeira.

Como sempre fazem os grandes meios de comunicação ligados à oposição ao governo federal quando a imprensa é questionada por meios de comunicação alternativos, O Globo acusou sem dar nomes, limitando-se rotular a todos, indistintamente, como “chapas brancas”.

Desafio O Globo ou qualquer ser vivo a provar que este blog recebe um único benefício do PT ou do governo federal. Abro todos os meus sigilos, contanto que o sujeito que escreveu esse editorial abra os dele.

Vamos em frente, pois.

Não foi só honestidade que faltou ao editorial; faltou competência. O texto não resiste ao mínimo de contraditório, razão pela qual esse e outros grandes veículos ligados ao PSDB, ao DEM e ao PPS jamais deram espaço para que alguém expusesse as razões para as cobranças contra a Veja. E muito menos deu espaço às evidências que pesam contra ela.

Para mostrar como foram ineptos a defesa e o ataque feitos por O Globo, reproduzo o editorial em tela parágrafo por parágrafo (em negrito), porém apondo comentário do blog após cada um deles (sem negrito).

—–

O Globo

8 de maio de 2012

Editorial

Roberto Civita não é Rupert Murdoch

Blogs e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a revista “Veja”, na esteira do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Delta.

Por falta de provas, o editorialista não dá nomes aos bois e nem faz acusação explícita de que os tais “blogs e veículos de imprensa chapa branca” seriam pagos pelo PT – faz, tão-somente, insinuação. E, à diferença do que fazia quando Lula estava no poder, não diz mais que são linha auxiliar do governo, tornando óbvia a intenção de não comprar briga com Dilma.

A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo.

Sempre insinuando de forma covarde, o texto apenas sugere que o PT teria organizado alguma coisa. E ao dizer que a “operação” tem “características”, mostra que está chutando. Além disso, oculta que Veja fazia reportagens que eram comemoradas pela quadrilha de Cachoeira, como mostram as escutas da PF.

É indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso, graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente Dilma Roussef, com a liberdade de expressão.

Esse é um dos trechos mais hilariantes . Quem escreveu foi o mesmo jornal que em 25 de novembro de 2010, por exemplo, ao comentar entrevista que o então presidente Lula deu a blogueiros, afirmou que ele “elegeu a grande imprensa como alvo principal” e “não poupou críticas aos jornais”. De resto, por que o Globo diz ter medo se o caso Cachoeira só envolve a Veja? A menos que o jornal saiba algo que ainda não sabemos…

A manobra se baseia em fragmentos de grampos legais feitos pela Polícia Federal na investigação das atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pela qual se descobriu a verdadeira face do senador Demóstenes Torres, outrora bastião da moralidade, e, entre outros achados, ligações espúrias de Cachoeira com a construtora Delta.

Fragmentos de grampos?! Ora, a reportagem da TV Record do último domingo (que reproduzo ao fim do post) mostra claramente a quadrilha comemorando efusivamente as matérias que a revista soltava sob seu mando. Isso mesmo, os tais “trechos” mostram Cachoeira MANDANDO Policarpo publicar matérias contra adversários dos seus negócios ilegais.

As gravações registraram vários contatos entre o diretor da Sucursal de “Veja” em Brasília, Policarpo Jr, e Cachoeira. O bicheiro municiou a reportagem da revista com informações e material de vídeo/gravações sobre o baixo mundo da política, de que alguns políticos petistas e aliados fazem parte.


A maior prova de que o editorial mente reside em que, até hoje, nem O Globo, nem Folha, nem Estadão e muito menos a própria Veja publicaram os tais “fragmentos”. E não publicaram porque ninguém que leia ou ouça o pouco que já vazou envolvendo Policarpo concordará com a premissa do jornal.

A constatação animou alas radicais do partido a dar o troco. O presidente petista, Rui Falcão, chegou a declarar formalmente que a CPI do Cachoeira iria “desmascarar o mensalão”.

Em que isso absolve a Veja? Quer dizer que está proibido provar que a tese do mensalão é uma farsa? E se surgirem provas no âmbito de uma investigação da imprensa pela CPI? Ora, se não existir nada que desmascare a tese, por que se preocupar? Do que O Globo, Veja e o resto da mídia oposicionista têm medo? Quem não deve, não teme. Certo?

Aos poucos, os tais blogs começaram a soltar notas sobre uma suposta conspiração de “Veja” com o bicheiro. E, no fim de semana, reportagens de TV e na mídia impressa chapas brancas, devidamente replicados na internet, compararam Roberto Civita, da Abril, editora da revista, a Rupert Murdoch, o australiano-americano sob cerrada pressão na Inglaterra, devido aos crimes cometidos pelo seu jornal “News of the World”, fechado pelo próprio Murdoch.

A comparação que o editorial rechaça se deve às semelhanças entre Roberto e Rupert. Eles não têm só os primeiros nomes e as aparências (vide foto acima) parecidos. Há evidências de que usam métodos igualmente parecidos, e essa dúvida só pode ser dirimida através daquilo que esse e outros veículos parecem querer evitar desesperadamente.

Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia.

O que garante ao editorialista de O Globo que a Veja não só invadiu a privacidade alheia como foi ainda mais longe? E onde fica a liberdade de expressão, o teste de hipóteses que o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, sempre defendeu?

Quer-se produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte. Cada organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este relacionamento — sem o qual não existe notícia — têm destaque, pela sua importância.

Balela. Ba-le-la. Relação entre jornalista e fonte protegida por sigilo e aceita como lícita, quase sempre envolve vítimas ou testemunhas de crimes. E, mesmo quando envolve criminosos, é relação fortuita. Quando um bandido diz que quer dar beijo no repórter, comemora o resultado das informações que passou, quando repórter e fonte trocam centenas de telefonemas, vão a restaurantes, mantêm relação que dura anos a fio, algo está muito errado
.

Como inexiste notícia passada de forma desinteressada, é preciso extremo cuidado principalmente no tratamento de informações vazadas por fontes no anonimato.

Cuidado que, como mostram os aperitivos das 200 ligações telefônicas entre Policarpo, Cachoeira e a quadrilha, não existiu.


Até aqui, nenhuma das gravações divulgadas indica que o diretor de “Veja” estivesse a serviço do bicheiro, como afirmam os blogs, ou com ele trocasse favores espúrios. Ao contrário, numa das gravações, o bicheiro se irrita com o fato de municiar o jornalista com informações e dele nada receber em troca.

Quem pinça um trecho mínimo do que já vazou são o Globo, a Veja e os veículos aliados a esses dois. É por isso, repito, que todos esses veículos escondem do público o que a reportagem da TV Record de domingo passado mostrou. Por que escondem? Porque é mentira grosseira que “Nenhuma das gravações indica que o diretor de Veja estivesse a serviço do bicheiro”.

Estabelecem as Organizações Globo em um dos itens de seus Princípios Editoriais: “(…) é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade do jornalista é com a notícia”.

Ora, bolas, mas é exatamente isso que mostram gravações que já vazaram: que havia uma relação de amizade entre o “Poli”, Cachoeira e companhia limitada.

E em busca da notícia o repórter não pode escolher fontes. Mas as informações que vêm delas devem ser analisadas e confirmadas, antes da publicação. E nada pode ser oferecido em troca, com a óbvia exceção do anonimato, quando necessário.

De novo: as gravações mostram a quadrilha comemorando as matérias da Veja e até MANDANDO Policarpo publicar matérias do interesse de Cachoeira, escolhendo até a seção da revista onde deveriam sair. E a reprodução da reportagem da TV Record, reproduzida abaixo, PROVA isso.

O próprio braço sindical do PT, durante a CPI de PC/Collor, abasteceu a imprensa com informações vazadas ilegalmente, a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal de PC e outros.

Cadê a prova de que quem passou ao PT informações que o partido divulgou durante a CPI de PC/Collor era uma quadrilha como a que hoje está todinha vendo o sol nascer quadrado? Que comparação escandalosa é essa?

O “Washington Post” só pôde elucidar a invasão de um escritório democrata no conjunto Watergate porque um alto funcionário do FBI, o “Garganta Profunda”, repassou a seus jornalistas, ilegalmente, informações sigilosas.

O Washington Post não fez favores a uma quadrilha (favores que ela comemorava) ao publicar denúncias sobre o envolvimento de Richard Nixon no assalto ao conjunto de escritórios Watergate.

Só alguém de dentro do esquema do mensalão poderia denunciá-lo. Coube a Roberto Jefferson esta tarefa.

E daí? Roberto Jefferson não era um bicheiro, era um parlamentar. E, que se saiba, a jornalista Renata Lo Prete, que extraiu dele a denúncia sobre o mensalão, não vivia de namorico consigo. E, mesmo que assim fosse, não era um bandido com a ficha de Carlinhos Cachoeira. E tampouco se sabe de que ela publicava reportagens que ele comemorava. Além, é claro, daquela que gerou o escândalo do mensalão.

A questão é como processar as informações obtidas da fonte, a partir do interesse público que elas tenham. E não houve desmentidos das reportagens de “Veja” que irritaram alas do PT.

Aí a mentirada se tornou tosca ao impensável. Quer dizer que o PT não desmentia as reportagens da Veja? O que será que esse editorialista fumou antes de escrever? Os desmentidos são fartos. Que O Globo cite alguma denúncia que este blog lhe providencia o desmentido do partido.

Ao contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética.

Bajular Dilma não adianta nada. A própria imprensa (Folha) veiculou que ela ficou irritadíssima ao perceber que foi usada pela quadrilha de Cachoeira no caso do Ministério dos Transportes. E o fato de até hoje nenhum ministro demitido estar sendo processado mostra que Dilma errou ao demitir com base em notícias de jornais e revistas, erro que este blog cansou de avisar que ela estava cometendo.

—–

Não se pode fazer como Veja, Globo e congêneres e condenar antes da investigação. O que se quer é que tudo seja investigado, simplesmente porque há indícios. É altamente suspeito que esses veículos resistam tanto. Se não têm nada a temer, devem exigir ser investigados. Até para que não pairem dúvidas. O que Globo, Veja e companhia têm a esconder?

*

Caso ainda não tenha assistido, assista, abaixo, aos trechos das gravações que envolvem Veja e decida por si mesmo, leitor, se é verdade o que essa defesa inepta de Roberto Civita pelo Globo tenta vender àqueles de quem esconde informações.



—–

Folha distorce informação sobre depoimento à CPMI

A Folha de São Paulo divulga hoje (09/05) matéria intitulada “Relação da mídia com Cachoeira é alvo de perguntas”. No texto, o jornal afirma que, no depoimento do delegado Raul Souza à CPMI do Cachoeira, o depoente, questionado se havia “matérias encomendadas” por Cachoeira na revista Veja, disse que há várias conversas entre o empresário e o diretor da publicação em Brasília, Policarpo Júnior, mas que elas denotam apenas relação entre repórter e fonte”.

Estranhando que outros veículos com acesso ao depoimento do delegado não divulgaram informação como essa, de interesse da mesma imprensa que o corporativismo – e sabe-se lá que outros interesses – leva a absolver in limine a publicação da Editora Abril, este blogueiro entrou em contato com um dos membros titulares da CPMI do Cachoeira e foi informado de que a informação da Folha não ganhou maior repercussão nem na própria Folha pois o delegado Souza atuou somente em 2009 na investigação da Operação Vegas, da PF, que deu origem à Operação Monte Carlo.

A opinião do depoente, pois, decorre de ele não ter tido acesso às escutas dos anos posteriores (2010 e 2011), que são a base da Operação Monte Carlo, e que, segundo o parlamentar com quem conversei, no que tange às relações entre Policarpo e Cachoeira constituem-se em um ENORME volume de conversas entre o jornalista e a quadrilha, conversas que, aliás, serão tratadas na sessão de amanhã (quinta-feira) da CPMI.

É distorcida e tendenciosa, portanto, a matéria do jornal Folha de São Paulo, sem mencionar que é uma conduta altamente suspeita.

http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... 0-mil.html
E agora, Globo? Inquérito cita R$ 100 mil por mês para jornalistas derrubarem Agnelo

Num dos telefonemas gravados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, de fevereiro deste ano, o ex-sargento Dadá diz que o jornalista Mino Pedrosa (ex-assessor de Cachoeira) teria um contrato de R$ 100 mil por mês com Filippelli (vice-governador do Distrito Federal e principal cacique do PMDB-DF) :

[ external image ]

Do Inquérito 3430 apenso 1. Página 202 do arquivo em PDF no link:
http://www.brasil247.com/videos-ipad/IN ... ume_07.pdf
"Sombra" citado, remete ao jornalista Edson Sombra, que tem um blog de oposição ao governador petista.

A quadrilha de Cachoeira também queria trocar Agnelo pelo vice, conforme mostra o "viomundo".

A TV Globo andou investindo nesta linha de derrubar Agnelo.

Há 15 dias atrás, o "Blog da Helena" na Rede Brasil Atual, apontou que o "Jornal Nacional" noticiou de forma inversa aos fatos, e chegou a editar diálogos, transformando-os em monólogos para tirar o contexto da conversa que era favorável à inocência de Agnelo (aqui e aqui).

Agora, com o vazamento do inquérito na internet, merece destaque alguns trechos da conversa de Dadá com Cachoeira, após uma matéria na revista Veja atacando o governador Agnelo:
[ external image ]

Após 25 minutos
[ external image ]

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#13 Mensagem por Carnage » 13 Mai 2012, 19:32

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=20122
Delta pediu entrada na Folha à Cachoeira: “Igual cê fez com a gente na Veja”
Os registros da Operação Monte Carlo apontam que o diretor da Delta, Cláudio Abreu, queria utilizar a experiência do bicheiro Cachoeira com a mídia para abafar uma investigação do jornal Folha de São Paulo sobre a construtora. Em ligações realizadas no dia 24 de agosto de 2011, Claudio cobrar informações do bicheiro. “Cê não tem nenhum caminho pra gente entrar dentro da Folha pra fazer uma interface dentro lá na Folha não, cara?” E completou: “Igual cê fez com a gente na Veja”.

Vinicius Mansur


Brasília - A construtora Delta pediu ajuda ao contraventor Carlos Cachoeira para abafar uma reportagem do jornal Folha de São Paulo que investigaria a empresa. “Igual cê fez com a gente na Veja” (sic), disse o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, a Cachoeira, em conversa telefônica interceptada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), às 19:07 horas do dia 24 de agosto de 2011.

Cachoeira tomou ciência das investigações do jornal através do senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido). Às 10:24 horas do mesmo dia 24, o senador disse ao bicheiro:

“Me ligou uma repórter da Folha, fazendo uma investigação em cima da Delta em Goiás. Então... por conta do negócio lá do Rio... então eles espalharam repórter no Brasil em cima da Delta. Me ligaram perguntando se eu sabia alguma coisa, eu falei que não sabia de nada.”

À época, a Folha de São Paulo questionava os contratos, muitos deles sem licitação, assinados entre a empresa e o governo do estado do Rio de Janeiro. Cerca de dois meses antes, um acidente de helicóptero evidenciou a proximidade do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do proprietário da Delta, Fernando Cavendish.

Logo após ser informado por Demóstenes, Cachoeira repassou as informações a Cláudio Abreu que se desesperou e, rapidamente, buscou providências. Às 10:36 horas, Cláudio retornou a ligação para o contraventor:

“Já avisei aqui, rezei o pai nosso pra todo mundo... nunca viu vocês, não conhece, não trabalha essas pessoas aqui, nem você, nem Wlad, nem político vem aqui, nem nada.”

Em nova ligação, às 10:57, Claudio quer saber quem é o jornalista que procurou Demóstenes para tentar abafar o caso:

“Quem que é o cara da Folha que manteve contato? Quem que é o cara? Porque nós tamo bem com a Folha lá. Tamo trabalhando lá... saber quem que é o cara aqui pro chefe lá tentar abortar isso aí, né.”

Cachoeira respondeu que era uma mulher, mas que iria procurar saber mais detalhes.

Em outras duas ligações, ainda no dia 24, Claudio volta a cobrar informações do bicheiro. “Cê não tem nenhum caminho pra gente entrar dentro da Folha pra fazer uma interface dentro lá na Folha não, cara?” disse e completou:

“Igual cê fez com a gente na Veja”.

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=20125
Os encontros entre Policarpo, da Veja, e os homens de Cachoeira
Levantamento feito a partir de documentos da Operação Monte Carlo indica que o editor da revista Veja esteve, pelo menos, 10 vezes com o contraventor Cachoeira e membros de sua organização. Em geral, os temas dessas conversas acabaram se transformando em matérias da revista. Operação no Hotel Nahoum, que envolveu tentativa de invasão do quarto de José Dirceu, também foi tema dessas conversas. A reportagem é de Vinicius Mansur.

Vinicius Mansur

Brasília - Um levantamento do inquérito 3430, resultado da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), indica que o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e a quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira se encontraram presencialmente, pelo menos, 10 vezes. Só com Cachoeira foram 4 encontros.

O número pode ser maior, uma vez que a reportagem de Carta Maior teve acesso apenas ao apenso 1 do inquérito, com 7 volumes. Entretanto, existem mais dois apensos que, juntos, tem 8 volumes.

O primeiro destes encontros foi marcado para o dia 10 março de 2011. Em ligação telefônica no dia 9 daquele mês, às 22:59, Cachoeira diz ao senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido):

“É o seguinte: eu vou lá no Policarpo amanhã, que ele me ligou de novo, aí na hora que eu chegar eu te procuro.”

No dia 27 de abril, Cachoeira anunciou ao diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, outro encontro com o jornalista. Sobre a ligação, interceptada às 07:19, o inquérito da PF relata:

“Carlinhos diz que vai almoçar com a prefeita de Valparaíso e com Policarpo da revista Veja”.

Às 09:02, o contraventor avisa a Demóstenes do almoço com Policarpo:

“Eu vou almoçar com o Policarpo aí. Se terminar o almoço e você estiver lá no apartamento eu passo lá.”

O senador respondeu:

“Ok... o Policarpo me ligou, tava procurando um trem aí. Queria que eu olhasse pra ele algumas coisas. Pediu até pra eu ligar para ele mais tarde, não quis falar pelo telefone”.

Nesta mesma conversa, Demóstenes pediu conselhos a Cachoeira sobre sua mudança de partido. Cachoeira afirmou que “esse DEM já naufragou” e disse:

“Tem que ir pro PMDB, até pra virar do STF né?”

O terceiro encontro: o alvo é Zé Dirceu, não a Delta

A partir do dia 7 de maio de 2011, aparecem conversas da quadrilha de Cachoeira sobre a reportagem “O segredo do sucesso”, assinada por Hugo Marques e publicada pela revista Veja na edição 2216, daquele mesmo fim de semana. A matéria relaciona o crescimento da empresa Delta com os serviços de consultoria de José Dirceu.

Em ligação do dia 8 de maio, às 19:58, Cachoeira diz a Cláudio Abreu que Demóstenes vai trabalhar nos bastidores do Senado para abafar a reportagem.

No dia 9, às 23:07, Cláudio pergunta ao bicheiro se ele irá “no almoço com aquele Policarpo” no dia seguinte. Cachoeira responde:

“Ah o Policarpo eu encontro com ele em vinte minutos lá no prédio, é rapidinho”.

No dia 10, às 14:43, Cachoeira conversa com Cláudio. O resumo da ligação feito pela PF diz: ”Carlinhos conta a Cláudio sobre a conversa que teve com Policarpo, da Veja, a respeito da reportagem que saiu na revista no último final de semana”.

Em outra ligação, no dia 11, às 09:59, Idalberto Matias de Araujo, o Dadá, tido pela PF como braço direito de Cachoeira, conta ao bicheiro que conversou com o repórter da Veja, Hugo Marques, que lhe revelou que o alvo de sua reportagem era “Zé Dirceu e não a Delta”.

O quarto encontro foi com Cláudio Abreu. No dia 29 de junho de 2011, às 19:43, Cláudio disse a Cachoeira que esteve com Policarpo e passou informações sobre licitação da BR 280. As informações foram parar na reportagem “O mensalão do PR”
, publicada na edição 2224 da revista Veja, dando origem as demissões no Ministério dos Transportes.

No dia 7 de julho, às 09:12, Cláudio conta a Cachoeira que “o JR” quer falar com ele.

Cachoeira: “Que que é JR?”

Cláudio: “PJ, né amigo.”

Cachoeira: “PJ?”

Cláudio: “Pole.”

Cachoeira: “O que?”.

Cláudio: “Engraçado lá, Carlinhos. Policarpo, porra.”

No dia 26 de julho de 2011, Policarpo perguntou a Cachoeira, em telefonema às 19:07, como fazer para levantar umas ligações entre o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e “gente da Conab”.

No dia 28, às 17:19, uma ligação interceptada pela PF entre Jairo Martins, o araponga de Cachoeira, e uma pessoa identificada apenas como “Editora Abril” é sucintamente resumida pela palavra “encontro”.

No fim de semana seguinte a revista é publicada com a reportagem “Dinheiro por fora”, trazendo informações sobre o financiamento de campanha de Jovair e de outros políticos de Goiás por empresa favorecida pela Conab.

Invadindo o hotel Naoum
No dia 2 de agosto de 2011, às 10:46, Jairo Martins marca encontro por telefone “no Gibão do Parque da Cidade” com “Caneta”, identificado inicialmente pela PF como alguém da Editora Abril. Às 12:04, Jairo informa a Cachoeira que irá almoçar com “Caneta” às “15 pra uma” para tratar “daquela matéria lá (...) que ta pronta”.

Às 14:30, o araponga informa ao bicheiro que “Caneta” quer usar imagens do hotel “pra daqui a duas semanas, que naquele período que ele me pediu, o cara recebeu 25 pessoas lá, sendo que 5 pessoas assim importantíssimas” (sic). Ele também se mostra preocupado e diz que o combinado era não usar as imagens. Cachoeira diz:

“Põe ele pra pedir pra mim”.

Às 21:03, Cachoeira revela a identidade de “Caneta”. O contraventor conta a Demóstenes:

“...o Policarpo vai estourar aí, o Jairo arrumou uma fita pra ele lá do hotel lá, onde o Dirceu, Dirceu, é, recebia o pessoal na época do tombo do Palocci”.

Segundo Cachoeira, Policarpo pediu para “por a fita na Veja online”.

No dia 4, às 17:18, Cachoeira fala com Policarpo ao telefone e pede para ele ir encontrar Cláudio Abreu, da Delta, que está esperando. Às 17:31, Cachoeira diz para Claudio mandar Policarpo soltar nota de Carlos Costa.

Às 17:47, Cláudio pergunta onde a nota deve ser publicada. Cachoeira diz que no “on-line já ta bom”, mas “se for na revista melhor”. Às 18:37, o bicheiro informa ao diretor da Delta que Policarpo “está com um problema sério na revista”, pediu para desmarcar o encontro e receber a nota por email.

No dia 10 de agosto, às 19:11, Cláudio conta ao chefe da quadrilha que estará em Brasília no dia seguinte para falar com “PJ”. No mesmo dia, às 19:22, Jairo e Policarpo combinam por telefone um “encontro no churrasquinho”. Às 20:41, Jairo e Cachoeira falam sobre liberação das imagens.

No dia 11, às 08:58, Carlinhos fala a Demóstenes que almoçará com Policarpo. O resumo de uma ligação às 14:09, entre Cachoeira e Cláudio, afirma que “Carlinhos está no Churchill, possivelmente com Policarpo Júnior”. Às 20:05, em conversa com Demóstenes, Cachoeira conta que encontro com Policarpo foi para ele “pedir permissão para o trem lá do Zé”.

No dia 15, às 10:12, Cachoeira orienta Jairo para “matar a conversa com Policarpo”:

“Nós temos que pedir aquele assunto para ele.”

Às 19:04, Policarpo marca encontro com Jairo “em 10 minutos no espetinho”. O resumo de uma ligação entre os dois às 19:26 diz “encontro”.

O resumo de uma ligação às 12:45 do dia 16 descreve:

“Carlinhos diz que liberou, que só falta ele liberar. Jairo diz que falta pouca coisa. Acha que hoje ele libera.”

No fim de semana de 27 e 28 de agosto de 2011, a revista Veja deu uma capa com o título “O Poderoso Chefão”, em alusão à influência que o ex-ministro José Dirceu ainda tinha sobre o PT e o governo de Dilma Rousseff. A reportagem trouxe imagens de vários políticos visitando Dirceu dentro do Hotel Naoum, onde ele se hospedava em Brasília, afirmando que Dirceu articulou a queda do então ministro da Casa Civil, Antônio Palloci.

O repórter da Veja, Gustavo Ribeiro, foi acusado de tentar invadir o apartamento de Dirceu. A polícia também investiga como as imagens do circuito interno do hotel foram capturadas.
http://www.blogcidadania.com.br/2012/05 ... lveu-veja/
Paulo Teixeira desmente Globo: “Delegado não absolveu Veja”
Eduardo Guimarães


Na edição desta sexta-feira (11/05) do jornal carioca O Globo, mais especificamente na coluna do jornalista Ilimar Franco, figura a seguinte informação:

Pela segunda-vez na semana, um dos veículos que assumiram a defesa in limine de Veja sobre sua relação suspeita com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira tenta “matar” o assunto com declarações atribuídas aos delegados que participaram das Operações da Policia Federal Vegas e Monte Carlo.

Na terça-feira (09/05), foi o jornal Folha de São Paulo que usou depoimento de um delegado a fim de encerrar a suspeição sobre a revista. Segundo o jornal, em matéria intitulada “Relação da mídia com Cachoeira é alvo de perguntas”, consta que “No depoimento do delegado Raul Souza à CPMI do Cachoeira, o depoente, questionado se havia “matérias encomendadas” por Cachoeira na revista Veja, disse que (…) elas denotam apenas relação entre repórter e fonte”.

Diante disso, o Blog da Cidadania procurou o membro titular da CPMI do Cachoeira deputado Paulo Teixeira. A breve entrevista que o deputado pelo PT de São Paulo concedeu a esta página explica melhor mais essa estratégia desonesta de Folha de São Paulo e de O Globo para confundir o público.

Confira, abaixo, a entrevista:

Blog da Cidadania – Deputado Paulo Teixeira, os jornais Folha de São Paulo e O Globo vêm publicando notas afirmando que os dois delegados da Polícia Federal que já foram ouvidos pela CPMI que o senhor integra teriam absolvido o jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, das suspeitas de que um e outra podem ter servido à quadrilha de Carlinhos Cachoeira. O senhor confirma essa “absolvição”?

Paulo Teixeira – Não confirmo. Primeiro, porque nenhum dos dois delegados tinha por função analisar esse assunto. Eles cuidavam de descobrir a origem do dinheiro da quadrilha que financiava suas relações com políticos e empresas. Em segundo lugar, o delegado citado pela Folha atuou na operação Vegas, em 2009, e o delegado citado por O Globo até respondeu que as gravações não mostraram que Policarpo “praticou ou participou de crime”, mas, em seguida, retificou essa informação afirmando que não tinha como afirmar isso justamente porque seu foco na investigação foi outro. O jornalista Ilimar Franco não cita a segunda afirmação, só cita a primeira.

Blog da Cidadania – Pelo que se entende, deputado, se esses delegados não podem responder a essa questão sobre a culpabilidade ou não de Policarpo e Veja, quem pode responder? Existe algum depoente que pode esclarecer essa questão?

Paulo Teixeira – Quem poderá dar essa resposta será a CPMI, investigando e esmiuçando não apenas depoimentos, mas as gravações. Só para que se tenha uma idéia do volume que há de material a examinar e da falta de elementos dos delegados citados para responderem à pergunta sobre a culpabilidade de Veja, o delegado Matheus Mella Rodrigues, citado em O Globo, relatou que teve acesso a “apenas” 40 conversas entre Policarpo e a quadrilha, sendo que há mais de 200.

Blog da Cidadania – O senhor pode dizer se ao menos Policarpo será convocado pela CPMI para se explicar?

Paulo Teixeira – Ele será convocado, sim.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#14 Mensagem por Carnage » 13 Mai 2012, 19:33

http://www.ujs.org.br/site/portal/index ... cias-geral
Sete mentiras da Veja - #CivitanaCPI
Ter, 08/05/12 09h59


Em nossa cultura cada número tem um significado, são ditos populares que expressam características de uma pessoa ou uma superstição, no caso da revista veja o número 7 – número do mentiroso – é o que melhor lhe cabe.


O portal da UJS levantou sete casos em que a revista Veja inventou fatos e forjou provas, sempre com o intuito de prejudicar algum desafeto, mas, jamais com intuito de fazer aquilo que o bom jornalismo prega, investigar, informar e garantir o direito ao contraditório em suas matérias.

1. "Escola dos Horrores"
Em 1994 Veja publica matéria em que acusa donos de uma escola no bairro da aclimação de praticar abusos sexuais contra crianças, o caso ficou famoso em todo o país, a escola foi depredada e fechada, algum tempo depois se provou que as acusações feitas pela revista eram infundadas, o Estado foi obrigado a pagar uma indenização, mas, a imprensa fez-se de desentendida e nem se quer uma autocrítica publicou;

2. “Tentáculos das Farc no Brasil”
Em março de 2005 a matéria de Veja tenta provar suposta relação do movimento guerrilheiro colombiano com o comando da campanha do ex-presidente Lula e vai além, a revista afirma ter acessos a documentos secretos – desta maneira não apresenta nenhuma prova, pois, são documentos “secretos” – de que as Farc teriam feito uma doação de cinco milhões de dólares para a campanha presidencial de Lula. O ministério público fez investigação e nada foi provado. Como é de costume da revista, esta matéria seria mais uma tentativa de prejudicar o então candidato Lula, desafeto de longa data de Roberto Civita, dono da revista;

3. “Os dólares de Cuba para a campanha de Lula”
Esta matéria foi publicada em 2005 durante a campanha presidencial. Sem nenhuma prova concreta ou algo que valha Veja afirma com todas as letras: “Entre agosto e setembro de 2002, o comitê eleitoral de Lula recebeu 3 milhões de dólares vindos de Cuba. Ao chegar a Brasília, por meios que VEJA não conseguiu identificar”. Sempre de maneira dissimulada, sem apresentar nenhuma prova e mesmo admitindo não saber de todos os fatos, publica-se matéria de capa com acusações estapafúrdias que até hoje não foram comprovadas;

4. “Parece Milagre”
Em setembro de 2011 veja publica matéria de sete páginas (o número da mentira) para falar de um remédio para emagrecimento, na matéria a revista faz elogios ao remédio e cita o nome do emagrecedor como que fazendo uma propaganda do produto, entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) havia limitado o uso do remédio, a agência diz expressamente em um dos seus relatórios que “o uso do produto... caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população”. De maneira irresponsável Veja colocou em risco a vida de seus leitores com o objetivo único de se beneficiar;

5. "José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília"
Em agosto de 2011 Veja publica matéria conseguida de maneira pitoresca, tentando provar que o ex-ministro José Dirceu ainda tem poderes no governo e no Partido dos Trabalhadores – que até então nada tem de ilegal –. Um jornalista invade o hotel onde o ex-ministro se hospedara e fazia reuniões com correligionários, na invasão o jornalista tenta violar o quarto do ex-ministro no intuito de forjar provas, não tendo sucesso o mesmo roubou imagens do circuito interno de TV do hotel. O responsável pela segurança do hotel registrou ocorrência em uma delegacia de Brasília e até hoje nada foi feito para que se punisse a atitude criminosa da revista e de seu jornalista;

6. “Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção”
Na reportagem de quinze de outubro de 2011 Veja acusa o ex-ministro dos esportes Orlando Silva de montar um grande esquema de corrupção. A revista utiliza como fonte um policial militar do distrito federal que dirigia uma ONG e havia sido condenado pelo ministério e pelo Tribunal de Contas da União a devolver recursos ao próprio ministério dos esportes por falta de prestação de contas. A tal fonte não podia mesmo ser de todo confiável, pois, estava em litígio com o ministério dos esportes e apresentava patrimônio muito acima de seus rendimentos. O Policial João Dias com ajuda da revista Veja afirmou que o ministro recebera dinheiro na garagem do ministério e que tinha provas, entretanto, as provas nunca foram apresentadas, o policial encontra-se preso e a revista fez-se de desentendia;

7. “Só nos sobrou o Supremo”
Em oito de junho de 2011 veja entrevista o senador Demóstenes Torres e o apresenta como um parlamentar combativo e honesto. A entrevista revelou-se recentemente como uma manobra de Veja para ajudar o senador em sua empreitada de estabelecer uma boa imagem de sua figura como um dos últimos homens honestos no senado federal. Recentemente a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira mostrou uma relação íntima do senador com o bicheiro, jogando por terra a imagem de homem probo, entretanto, gravações da Polícia Federal revelaram que a revista Veja também tinha relações íntimas com o bicheiro e sabia das relações do próprio parlamentar com o bando criminoso de Carlinhos Cachoeira. Ora se a revista sabia da relação do parlamentar com um grupo criminoso e, também se relacionava com os contraventores como pode levar seus leitores ao engano produzindo uma entrevista que ajudava um criminoso a se beneficiar eleitoralmente? São questões que precisam ser esclarecidas.

UJS realiza ato nesta terça-feira para exigir #CivitanaCPI

Nesta terça-feira dia oito de Maio a União da Juventude socialista realizará um ato político na porta da editora Abril para denunciar os crimes cometidos pela revista Veja e seu proprietário, o empresário Roberto Civita.

O ato ocorrerá as 15h00 na Rua Sumidouro 747 no Bairro de Pinheiros, onde fica a sede da Editora Abril. Ao mesmo tempo será realizado um tuitaço com a hashtag #CivitanaCPI, para mobilizar também as redes sociais a denunciar as práticas criminosas da revista.

Da redação

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Gilmor
Forista
Forista
Mensagens: 753
Registrado em: 11 Ago 2011, 23:48
---
Quantidade de TD's: 0
Ver TD's

Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!

#15 Mensagem por Gilmor » 15 Mai 2012, 10:27


Veja, como o crime organizado faz jornalismo

A aliança da revista Veja com o crime organizado rendeu denúncias que reverteram em ganhos econômicos para a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira e seus aliados políticos


Editorial da edição 480 do Brasil de Fato

A Operação Monte Carlo, desencadeada pela Policia Federal (PF) para desbaratar a quadrilha comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, já é merecedora de um mérito: publicizou o conluio de setores da grande mídia com o crime organizado para alcançar objetivos econômicos e políticos.

As investigações da PF, com informações documentadas e já amplamente divulgadas, atestam que o bicheiro utilizava a revista Veja, do grupo Abril, para disseminar perseguições políticas, promover suas atividades econômicas ilegais, chantagear, corromper e arregimentar agentes públicos. A revista se prestava a esse esquema de coação e chantagem do bicheiro.

Em troca, a revista da família Civita recebia do contraventor informações, gravações e materiais – na maioria das vezes obtidas de formas criminosas – que alimentavam as páginas da publicação, para destilar seu ódio e preconceito contra seus adversários políticos, principalmente os do campo do PT.

A aliança da revista Veja com o crime organizado rendeu denúncias que reverteram em ganhos econômicos para a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira e seus aliados políticos – os contratos da construtora Delta com governos estaduais precisam ser profundamente investigados – e se constituíram em instrumento de pressão e amedrontamento de autoridades públicas. Dessa forma, consolidaram um esquema criminoso, milionário, com ramificações privadas e públicas, nas três esferas da República.

O conluio, mais do que reportagens jornalísticas, rendia conspirações políticas e econômicas.

O acinte à democracia do país alcançou ao nível de planejar a desestabilização e queda do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. Enquanto Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes (ex-Dem) gargalhavam por fogo no país, a revista projetava o senador como o prócer da moralidade pública, com perspectivas de vir a ser candidato à presidência da República. Era o crime organizado, com a participação do Grupo Abril, tramando desestabilizar governos e tomar conta da máquina estatal.

No entanto, a revista Veja era pequena e insignificante para os objetivos que o conluio se propunha alcançar. Precisava de ajuda. Os telejornais da Rede Globo se prestaram a dar a ajudava de que necessitavam. Com sua peculiar e esculachada crítica, o jornalista Paulo Henrique Amorim sintetiza a mútua ajuda que se estabeleceu: “o Jornal Nacional não tem produção própria. A revista Veja não tem repercussão nacional. O crime organizado se organiza na Veja e se expande no Jornal Nacional”. Em um jornalismo sem ética, sem compromisso com a verdade e interesses públicos, que se dane a verdade factual. O que interessa, para esse tipo de jornalismo, é a versão dos fatos que atendam aos interesses dos que mantém o monopólio da informação.

Sempre que é questionada por praticar esse tipo de jornalismo, a mídia se defende afirmando que tem a capacidade de se autorregulamentar. O conluio Veja-crime organizado sepultou essa tese. Até esse momento impera o silencio da mídia burguesa sobre os vínculos da revista com a organização criminosa do bicheiro.

O jornalista Jânio de Freitas, um dos mais renomados colunistas da Folha, fez uma detalhada radiografia da organização montada pelo contraventor e suas extensas ramificações. Não disse uma única palavra das suas ramificações com a mídia. Mais do que escreveu, a sabuja lacuna do seu artigo evidenciou o medo que impera entre o patronato da grande mídia e a capacidade desse lamaçal engolir, inclusive, jornalistas decentes.

Ao pacto de não noticiar a promiscuidade do grupo Abril com o crime organizado juntam-se, agora que a CPMI está instalada, os esforços para evitar que os que se beneficiaram com a organização criminosa do Carlinhos Cachoeira sejam convocados a dar explicações no Congresso Nacional e para sociedade.

O deputado federal Miro Teixeira (PDT/RJ) articula um pretexto jurídico para impedir a convocação de jornalistas e proprietários das empresas de comunicação envolvidas nas atividades criminosas do bicheiro.

Um dos mais altos executivos do grupo Abril já perambulou pelos corredores e gabinetes do Congresso numa tentativa de evitar que seu patrão, Robert Civita, tenha que prestar esclarecimentos na CPMI. A Globo, fato noticiado, enviou um mensageiro para informar (ou seria ameaçar?) o Palácio do Planalto: se o empresário Robert Civita for convocado pela CPMI, os meios de comunicação declaram uma guerra sem limites contra o governo.

É de lamentar que a Rede Globo não tenha a coragem de publicar essa posição política nos editoriais dos seus jornais e divulgá-la em seus telejornais.

Caso os parlamentares da CPMI se rendam às pressões dos grupos empresariais da mídia, estarão sendo coniventes com práticas criminosas e institucionalizado duas categorias de cidadãos nesse país: os que podem ser convocados para depor numa CPMI e os que não devem ser convocados.

Há um enorme volume de informações e provas que atestam que setores da mídia estão envolvidos com atividades de organizações criminosas e que atentaram contra a democracia do nosso país. É inadmissível que os que participaram ativamente na organização criminosa, e dela se beneficiaram, não sentem no banco dos réus alegando, unicamente, a condição de serem patrões.

O Congresso Nacional instalou, atendendo os anseios da sociedade, uma CPMI para investigar as atividades do crime organizado com suas ramificações na mídia e nas três esferas da estrutura do Estado. Os parlamentares que compõe essa CPMI tem a responsabilidade de não frustrar a sociedade, apurar os fatos com profundidade e criar as condições para que seus responsáveis prestem contas à justiça, além de legar ao país uma legislação que, ao menos, iniba essa prática de jornalismo associado com o crime organizado. A Lei dos Meios de Comunicação é cada vez mais necessária e inadiável.




http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... ornalismo/

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Responder
  • Tópicos Semelhantes
    Respostas
    Exibições
    Última mensagem
  • PL para acabar com as putas de rua
    por Dracon Nord » » em Rio Grande do Sul / Assuntos Gerais
    7 Respostas
    588 Exibições
    Última mensagem por master B

Voltar para “Assuntos Gerais - OFF Topic - Temas variados”