Quanto a frase, citada pelo Sexy Sadie, também gostei. Por isso copiei e colei aqui!
Quanto à comparação das putas com outras profissões, faço ainda alguns registros.
Meu comentário refere-se às moças que tem condições de tirar, sem atender muito mais de 30 ou 40 clientes, a partir de R$3000,00 por mês.
Este é o contexto da vida aparentemente fácil. Lidar com dinheiro e "prazer", como dizem algumas.
Raro prazer... (sim, no duplo sentido!)
É esta vida que não dura!
Basta olhar aqui no GPGUIA.
Quantas são do tempo da Bruna Surfistinha?
(Em números absolutos e em percentual)
E destas, quantas tem a mesma performance de antes para conseguir dinheiro?
É notório que profissões como professor, policial e outras são estressantes; ainda mais no Brasil, em São Paulo... E é verdadeiro também que muitos são afastados, por "problema de cabeça".
Mas risco de morte as putas também correm. De contrair HIV, HPV, Hepatite e outras - além da questão psicológica.
Aliás, é sempre bom perguntar: o que é estar vivo?!
Mas vamos sair dos extremos e passar ao caminho do meio.
A maioria das auxiliares de enfermagem, que trabalham no serviço público (e veja que nem estou falando em médicos!!!), aposenta (bem) antes dos 60 anos de idade e com salário integral muito superior ao da maioria dos brasileiros (Para quem não sabe, 95% dos trabalhadores de nosso país ganha menos de R$1000,00 por mês).
Bombeiros e policiais, médicos, juízes, professores, todos tem muita chance de ganhar mais com o passar do tempo. Quinquenios, sexta parte, auxílio permanência, etc. Fora a possibilidade de palestrar e exercer outras atividades, ligadas à atividade principal.
As putas conseguem bom retorno financeiro (mais do que os garis e do que a maioria esmagadora da população feminina que trabalha), simplesmente porque tem, além do "dom natural" (beleza?), a coragem (ou desespero?) para fazer o que as que não se prostituem não se propõe (chupar "n" pintos diferentes, dos mais diversos tipos, suportar o estigma social, etc).
E queiramos ou não reconhecer, a carreira delas costuma durar só alguns anos, com o retorno financeiro retro mencionado.
Dia destes fui a uma festinha, em um destes buffets chiques da cidade, animada por mocinhas, entre 20 e 25 anos; umas mais patricinhas, outras mais populares... todas fazendo seu trabalho; talvez, por R$50,00 ou R$100,00 na noite. Todas aquelas na putaria estariam a ganhar bem mais. Só que não se sujeitam... preferem namorar, ter uma vida social mais convencional, ganhar "pouco"....
Outro dia estive em um hospital. Ali também as recepcionistas, auxiliares de enfermagem, para as quais não faltavam atributos externos para ganhar muito dinheiro, caso outros valores não falassem mais alto...
Até na cantina da faculdade tinha uma atendente, super simples, atenciosa, sempre de bom humor; notadamente fina. Perguntava a mim mesmoi: o que ela fazia ali? Depois vim a descobrir que estudava na Faculdade de Enfermagem, que namorava o amigo do dono da cantina... Tava lá no caminho, ganhando o suficiente para comer, vestir, pagar dívidas realmente imediatas e mais nada!
Todas ganhando pouco mais ou menos MILÃO ao mês, algumas vezes menos do que teriam na putaria. E ainda assim, preferindo uma vida convencional, da maioria esmagadora, que não é puta.
Depois dos anos dourados, a "sorte" só ficará com aquelas putas que constituirem bom patrimônio ou arrumaram uma boa saída. A falsa impressão do início logo é apagada pela verdade. Antes, (quase) tudo e (quase) todos aos pés; um pouco só mais tarde, a mão estendida pode não conseguir o pão. Este percurso é tão antigo quanto a profissão; tá, por exemplo, n'A DAMA DAS CAMÉLIAS.
É uma regrinha da vida. Deixo de ter facilidade agora, para ter maior possibilidade no futuro; quando, aliás, mais precisarei! No caso, pode ser a LIBERDADE! Ou tenho tudo agora e comprometo algo lá na frente. Viver 10 anos a 1000 ou 1000 anos a 10, como diria a música.
Quanto ao que é publicado na Revista ÓIA, digo apenas que sou adepto da comunidade: "Leu a Veja! Azar o seu!". Tudo o que ali se escreve deve ser tomado com muita ponderação. O passado e o presente daquela revista são sua condenação, por conta do óbvio, que os que ainda não entenderam Luis Nassif pode ajudar a explicar.
Obs.: Se uma colega leu isso e achou chocante, não é para tanto. Basta ter um pé dentro e outro fora. Ter o "plano B", os amigos, a vida fora da putaria, sempre na mente, no corpo e no coração!