A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#31 Mensagem por Compson » 05 Jun 2013, 12:48

Compson escreveu:Concordo que "Deus não joga dados", mas acrescentaria: "Deus foi preguiçoso demais - criou o determinismo só até um certo nível da matéria e depois parou; nunca achou que chegaríamos lá!"
Um jeito legal de entender isso é pensar num texto no Word.

Quando você olha na tela, parece um texto colocado numa página. Mas essa página não pré-existe ao seu aparecimento na tela.

Antes de aparecer, o texto é apenas uma sequência de códigos binários gravados num dispositivo de memória, dificilmente visualizáveis e decifráveis por olhos humanos.

Enfim: a lógica do "espaço" macro (o texto na tela do Word) é totalmente diferente da do "espaço" micro (o texto disperso em código num disco rígido).

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Mistar Gaga
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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#32 Mensagem por Mistar Gaga » 05 Jun 2013, 20:42

Compson escreveu: Como disse, não tenho conhecimento para discutir qualquer detalhe das teorias, por mais básico que seja.

!"
Eu também não tenho condições de discutir temas de tamanha complexidade. O que eu fiz foi apenas reproduzir o que li de orelhada por ai com o objetivo de citar o livro do Heisenberg, e não abrir uma "sala de debates" sobre filosofias envolvendo Física Quântica e Teoria da Relatividade, mesmo porque se eu manjasse do assunto e estivesse a fim de debater sobre o tema, não é aqui que o faria .

Aliás, aproveitando a oportunidade, ao contrário do que se pensa, a grande ciência é feita mais de colaborações do que embates. Einstein na verdade se bicava sim, com o pessoal da quãntica, eles trocavam muitas ideias e se respeitavam mas tinham suas divergências pra lá de saudáveis. Aliás, Einstein colaborou, de forma involuntária, e muito para o desenvolvimento da física quântica.

Compson escreveu:
Quando disse que a contribuição de Bohr é mais "decisiva", quis dizer que é mais propícia a abrir um paradigma novo, o quântico-probabilístico, talvez mais adequado para a descrição do mundo subatômico.

Concordo que "Deus não joga dados", mas acrescentaria: "Deus foi preguiçoso demais - criou o determinismo só até um certo nível da matéria e depois parou; nunca achou que chegaríamos lá!"


Você concorda? Sério que vc concorda? Pois que bela merda. A matéria é uma só, malandro. O que muda é a forma como enxergamos as coisas. Isso significa que, se não há determinismo no nível atômico isso se extenderá para toda a matéria. No entanto no universo visível as inderteminações probabilísticas envolvendo a matéria são desprezíveis para nosso mundinho visível e paupável.



Compson escreveu:
Compson escreveu:Concordo que "Deus não joga dados", mas acrescentaria: "Deus foi preguiçoso demais - criou o determinismo só até um certo nível da matéria e depois parou; nunca achou que chegaríamos lá!"
Um jeito legal de entender isso é pensar num texto no Word.

Quando você olha na tela, parece um texto colocado numa página. Mas essa página não pré-existe ao seu aparecimento na tela.

Antes de aparecer, o texto é apenas uma sequência de códigos binários gravados num dispositivo de memória, dificilmente visualizáveis e decifráveis por olhos humanos.

Enfim: a lógica do "espaço" macro (o texto na tela do Word) é totalmente diferente da do "espaço" micro (o texto disperso em código num disco rígido).
Cara, vc não afirmou acima que não se meteeria a discutir isso? Pois bem, teria sido melhor se vc tivesse assumido essa falsa humildade. A linguagem binária que se transforma nas letras que dão forma as besteiras que escrevemos, faz parte de um processo concebido pela mente humana onde os elementos envolvidos (eletricidade, componentes eletrônicos, lógica binária, decodificação, etc, etc, etc) são elementos determinísticos, absolutos, cujo fim é transmitir e propagar informação com velocidade e eficiência. Seria bobagem afirmar, como faz essa sua analogia, que tudo que enxergamos é resultado da decodificação do obscuro universo subatômico governado por leis da probabilidade. Como se Deus de fato existisse e fosse tal qual um programador cínico. E mesmo que fosse esse o caso, o que tem a ver leis de probabilidade com linguagens codificadas do tipo binária ou qualuqer outra?
mesmo que a tentativa de comparação fizesse sentido esbarraria na incoer~encia de seus elementos.

Como disse acima, matéria é matéria. As inderteminações ou os modelos da mecÂnica clássica são abstrações da forma como enxergamos as coisas. Sendo assim, Deus de fato não joga dados com o universo, talvez ele prefira jogar cartas.

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Compson
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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#33 Mensagem por Compson » 06 Jun 2013, 00:31

Mistar Gaga escreveu:A matéria é uma só, malandro. O que muda é a forma como enxergamos as coisas.
Não passa pela sua limitada cabeça que "a matéria é uma só, malandro" seja justamente "a forma como enxergamos as coisas"? (mais abaixo)

Mistar Gaga escreveu:Isso significa que, se não há determinismo no nível atômico isso se extenderá para toda a matéria. No entanto no universo visível as inderteminações probabilísticas envolvendo a matéria são desprezíveis para nosso mundinho visível e paupável.
Ainda bem que temos os MistAr Gaga (nunca tinha reparado que era mistAr, não mistEr) para resolver os problemas fundamentais de compreensão do universo. A física do século XX inteiro era só um problema de escala e aferimento das medições, afinal...

E eu que sou o falso humilde!
Mistar Gaga escreveu:Cara, vc não afirmou acima que não se meteeria a discutir isso? Pois bem, teria sido melhor se vc tivesse assumido essa falsa humildade.
Eu não me meti a discutir física. Tudo o que escrevi depois de "descrição do mundo subatômico" é teoria ou filosofia do conhecimento.
Mistar Gaga escreveu:A linguagem binária que se transforma nas letras que dão forma as besteiras que escrevemos, faz parte de um processo concebido pela mente humana onde os elementos envolvidos (eletricidade, componentes eletrônicos, lógica binária, decodificação, etc, etc, etc) são elementos determinísticos, absolutos, cujo fim é transmitir e propagar informação com velocidade e eficiência. Seria bobagem afirmar, como faz essa sua analogia, que tudo que enxergamos é resultado da decodificação do obscuro universo subatômico governado por leis da probabilidade. Como se Deus de fato existisse e fosse tal qual um programador cínico. E mesmo que fosse esse o caso, o que tem a ver leis de probabilidade com linguagens codificadas do tipo binária ou qualuqer outra?
Não tem nada a ver... A analogia não é entre física macro e física micro, mas entre mundo aparente e um suposto mundo real. Era pra você assumir a perspectiva do usuário comum que vê o texto na tela, não a perspectiva de quem conhece o processo todo (ou seja, Deus, humildão você!).

Você já jogou GTA III? Coloque-se no lugar de CJ, mas não como jogador, como a personagem mesmo. San Andreas e Los Santos têm milhares de prédios, mas CJ só pode entrar em alguns. Os caras que projetaram a cidade só projetaram o interior dessas casas "entráveis". As outras casas são apenas fachada, não têm interior nenhum.

Agora, vamos imaginar que o CJ conseguisse entrar numa casa não projetada. Ele iria se deparar com o quê? Com uma indeterminação, com o vazio...

Por que não imaginar que a física quântica foi o modo pelo qual os humanos entraram (meio sem querer) na parte do nosso mundo não projetada pelo programador? Nesse sentido, a interpretação probabilística é apenas o modo de nossa percepção lidar com a indeterminação, modo incompleto, mas melhor do que simplesmente admitir que "ah, deve ser igual ao mundo macro".

Essa hipótese é pelo menos tão demonstrável e verificável quando a afirmação "a matéria é uma só, malandro" com a diferença de que ela não supõe que Einstein e Heisenberg sejam imbecis incapazes de perceber que suas discordâncias eram apenas problemas de perspectiva.
Mistar Gaga escreveu:Como disse acima, matéria é matéria. As inderteminações ou os modelos da mecÂnica clássica são abstrações da forma como enxergamos as coisas. Sendo assim, Deus de fato não joga dados com o universo, talvez ele prefira jogar cartas.
Mas "matéria é matéria" não é uma abstração? É o que, um coringa?

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#34 Mensagem por Mistar Gaga » 06 Jun 2013, 02:37

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:A matéria é uma só, malandro. O que muda é a forma como enxergamos as coisas.
Não passa pela sua limitada cabeça que "a matéria é uma só, malandro" seja justamente "a forma como enxergamos as coisas"? (mais abaixo)

ahan, bastante transcendental. Mas eu prefiro acreditar apenas nas coisas que enxergo. Quando olho para uma cadeira eu vejo apenas uma cadeira muda feita de madeira compacta, quando olho um peitinho bonito enxergo só um peitinho bonito. Se um belo dia a cadeira falar bom dia pra mim, responderei - BOm dia, cadeira!
Mas por enquanto prefiro acreditar que cadeiras não falam. Parafraseando Nelson Rodrigues, é a Vida como ela é.




Compson escreveu:
Não tem nada a ver... A analogia não é entre física macro e física micro, mas entre mundo aparente e um suposto mundo real. Era pra você assumir a perspectiva do usuário comum que vê o texto na tela, não a perspectiva de quem conhece o processo todo (ou seja, Deus, humildão você!).

Você já jogou GTA III?

Não, nunca joguei GTA, acho esses joguinhos violentos, não agregam nada. Em Gagalândia somos todos pacíficos. Mas assisti Matrix, que também serve para essa sua...alegoria. É tudo a mesma merda.
Compson escreveu:
Por que não imaginar que a física quântica foi o modo pelo qual os humanos entraram (meio sem querer) na parte do nosso mundo não projetada pelo programador? Nesse sentido, a interpretação probabilística é apenas o modo de nossa percepção lidar com a indeterminação, modo incompleto, mas melhor do que simplesmente admitir que "ah, deve ser igual ao mundo macro".

Essa hipótese é pelo menos tão demonstrável e verificável quando a afirmação "a matéria é uma só, malandro" com a diferença de que ela não supõe que Einstein e Heisenberg sejam imbecis incapazes de perceber que suas discordâncias eram apenas problemas de perspectiva.



Mas "matéria é matéria" não é uma abstração? É o que, um coringa?

Cara, é o seguinte; a teoria da relatividade afirma que para um corpo em movimento o tempo passa "mais lento" e, quanto mais próximo esse corpo estiver da velocidade da luz, maior será a lentidão do tempo para o tal corpo. Beleza. Isso vale para qualquer referencial. Pense, quando vc anda no sua variant a 100 km por hora o tempo passa mais devagar pra vc do que pra mim andando a pé na rua, ou seja, as equações de Einstein valem tanto para vc, dando rolê na variant, quanto para um cometa errante no espaço ou o zé andando na rua. As leis são as mesmas. No entanto o que são 100 km por hora se comparados a 300.000 km/s? Então por isso as distorções do tempo e espaço no nosso mundinho, previstas pelas equações de Einstein, são desprezíveis, ou seja, as leis da mecânica newtoniana continuam a ser aplicadas em nosso cotidiano sem nenhum dando ou erro de precisão. É nisso que reside a beleza da Física, as equações que servem para descrever o movimento de galaxias distantes são as mesmas que servem para descrever o movimento de sua variant. E nesse sentido, matéria é matéria. Aquilo que nos rodeia e do que somos feitos do modo como percebemos com nossos sentidos, passível de manipulação.


Agora vc poderá dizer...bom...a relação que existe entre mecânica newtoniana e relativística não existe com a mecânica quântica.Ok, ok. Acontece que, parecer meio bizarra, física quântica não é bruxaria, é ciência. Uma ciência como outra qualquer que já encontra uma série de aplicações. Quebrar paradigmas e contrariar o senso comum tem sido o papel da ciência ao longo da história da humanidade. A Física Quântica é só mais uma "nova ciência" que surge para realizar essa proeza . Alguns físicos, movidos por anseios místicos/religiosos/filosóficos, sonham com a unificação das forças da natureza, e isso implica em encontrar um elo de ligação entre a física quântica e a relativística. Sei lá...

Para ilustrar tudo isso, deixo uma frase do seu ídolo:
“Não existe mundo quântico. Existe apenas uma descrição física abstrata. É errado pensar que o dever da física é descobrir como a natureza é. Física é aquilo que nós podemos dizer sobre a natureza.”

―Niels Bohr
fonte: http://kdfrases.com/frase/162068

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#35 Mensagem por Compson » 07 Jun 2013, 12:40

Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:A matéria é uma só, malandro. O que muda é a forma como enxergamos as coisas.
Não passa pela sua limitada cabeça que "a matéria é uma só, malandro" seja justamente "a forma como enxergamos as coisas"? (mais abaixo)

ahan, bastante transcendental. Mas eu prefiro acreditar apenas nas coisas que enxergo.
Então você não acredita na Física subatômica. Você nunca viu uma partícula, um átomo, nem mesmo uma molécula. Provavelmente nem um vírus... Tudo o que você tem dessas coisas são evidências indiretas.
Mistar Gaga escreveu:Não, nunca joguei GTA, acho esses joguinhos violentos, não agregam nada. Em Gagalândia somos todos pacíficos. Mas assisti Matrix, que também serve para essa sua...alegoria. É tudo a mesma merda.
Não é a mesma merda... Em Matrix, a realidade virtual era estruturalmente idêntica à realidade concreta.

Em GTA, para o CJ, a realidade virtual é a única que existe. Ele nunca poderá se desconectar da matrix, nunca poderá sentar na frente do computador e se ver dentro do jogo. O que eu quis dizer é que a realidade virtual, embora seja tudo o que CJ pode conhecer, é incompleta, é não-Toda. O que garante que a nossa não seja assim também?
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:Por que não imaginar que a física quântica foi o modo pelo qual os humanos entraram (meio sem querer) na parte do nosso mundo não projetada pelo programador? Nesse sentido, a interpretação probabilística é apenas o modo de nossa percepção lidar com a indeterminação, modo incompleto, mas melhor do que simplesmente admitir que "ah, deve ser igual ao mundo macro".

Essa hipótese é pelo menos tão demonstrável e verificável quando a afirmação "a matéria é uma só, malandro" com a diferença de que ela não supõe que Einstein e Heisenberg sejam imbecis incapazes de perceber que suas discordâncias eram apenas problemas de perspectiva.



Mas "matéria é matéria" não é uma abstração? É o que, um coringa?

Cara, é o seguinte; a teoria da relatividade afirma que para um corpo em movimento o tempo passa "mais lento" e, quanto mais próximo esse corpo estiver da velocidade da luz, maior será a lentidão do tempo para o tal corpo. Beleza. Isso vale para qualquer referencial. Pense, quando vc anda no sua variant a 100 km por hora o tempo passa mais devagar pra vc do que pra mim andando a pé na rua, ou seja, as equações de Einstein valem tanto para vc, dando rolê na variant, quanto para um cometa errante no espaço ou o zé andando na rua. As leis são as mesmas. No entanto o que são 100 km por hora se comparados a 300.000 km/s? Então por isso as distorções do tempo e espaço no nosso mundinho, previstas pelas equações de Einstein, são desprezíveis, ou seja, as leis da mecânica newtoniana continuam a ser aplicadas em nosso cotidiano sem nenhum dando ou erro de precisão. É nisso que reside a beleza da Física, as equações que servem para descrever o movimento de galaxias distantes são as mesmas que servem para descrever o movimento de sua variant. E nesse sentido, matéria é matéria. Aquilo que nos rodeia e do que somos feitos do modo como percebemos com nossos sentidos, passível de manipulação.
Em primeiro lugar, não tenho Variant. Tenho um Passat 75 azul.

Em segundo lugar, as mesmas equações que descrevem o movimento das galáxias descrevem o movimento do meu Passat e isso garante que ambos sejam matéria. Mas essas mesmas equações não descrevem (precisamente) o movimento de partículas subatômicas. Ou seja, pelo seu critério, aquilo que seria a constituição mais elementar da matéria... não é matéria!

Mistar Gaga escreveu:Alguns físicos, movidos por anseios místicos/religiosos/filosóficos, sonham com a unificação das forças da natureza, e isso implica em encontrar um elo de ligação entre a física quântica e a relativística. Sei lá...
Mas "Deus não joga dados" (ou seja, o movimento no mundo micro não pode ser "estruturalmente" diferente do movimento determinístico do mundo macro) não é exatamente uma afirmação mítica/religiosa/filosófica dessas?
Mistar Gaga escreveu:Para ilustrar tudo isso, deixo uma frase do seu ídolo:
“Não existe mundo quântico. Existe apenas uma descrição física abstrata. É errado pensar que o dever da física é descobrir como a natureza é. Física é aquilo que nós podemos dizer sobre a natureza.”

―Niels Bohr
Não é meu ídolo, só acho melhor que Einstein.

Na verdade, isso aí chegou uns 150 anos atrasado para quebrar qualquer paradigma. É só mais uma versão do ceticismo kantiano frente ao mundo numenal.

Mas como é que se explica que "aquilo que nós podemos dizer sobre a natureza" muda no tempo se esse dizer é "apenas uma descrição abstrata", sem relação com "como a natureza é"?

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- A caranga do Compson... Última coisa da ditadura que sobrou neste tópico!

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#36 Mensagem por Nazrudin » 07 Jun 2013, 13:07

Compson escreveu:
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- A caranga do Compson... Última coisa da ditadura que sobrou neste tópico!
E o meu fucki amarelo safari não conta? ::basta:: ::VSF::

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#37 Mensagem por Alexandremk » 07 Jun 2013, 13:11

Compson escreveu:
Em primeiro lugar, não tenho Variant. Tenho um Passat 75 azul.



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- A caranga do Compson... Última coisa da ditadura que sobrou neste tópico!

Pensei que o Passat fosse de 73, enfim bela caranga. O motor é o original ou é modificado?

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#38 Mensagem por Nazrudin » 07 Jun 2013, 13:15

Alexandremk escreveu:
Pensei que o Passat fosse de 73, enfim bela caranga. O motor é o original ou é modificado?
Se sobrou AINDA alguma coisa do tópico o motor funciona a base de anti-matéria...

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#39 Mensagem por Alexandremk » 07 Jun 2013, 13:30

Dersu Uzala escreveu:
Alexandremk escreveu:
Pensei que o Passat fosse de 73, enfim bela caranga. O motor é o original ou é modificado?
Se sobrou AINDA alguma coisa do tópico o motor funciona a base de anti-matéria...

:lol: Puxa vida, a caranga tem velocidade de dobra. Como diria o Spock: Fascinante.

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#40 Mensagem por Witcher » 07 Jun 2013, 19:07

Não li o texto no link, mas posso dizer que sim, o regime militar foi muito brando. No regime militar havia mais democracia do que atualmente.

Fora que naquela epoca, o governo dizia "Brasil: ame-o ou deixe-o", ou seja quem não gostasse poderia sair do país. Agora não, agora o governo diz "Brasil: ame-o", o indivíduo não possui mais direito à escolher, tem que amargar ficar neste país e fingir que está tudo bem.

#volta_regime_militar

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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#41 Mensagem por Gilmor » 07 Jun 2013, 20:17

Witcher escreveu:Não li o texto no link, mas posso dizer que sim, o regime militar foi muito brando. No regime militar havia mais democracia do que atualmente.

Fora que naquela epoca, o governo dizia "Brasil: ame-o ou deixe-o", ou seja quem não gostasse poderia sair do país. Agora não, agora o governo diz "Brasil: ame-o", o indivíduo não possui mais direito à escolher, tem que amargar ficar neste país e fingir que está tudo bem.

#volta_regime_militar
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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#42 Mensagem por Mistar Gaga » 08 Jun 2013, 19:16

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:A matéria é uma só, malandro. O que muda é a forma como enxergamos as coisas.
Não passa pela sua limitada cabeça que "a matéria é uma só, malandro" seja justamente "a forma como enxergamos as coisas"? (mais abaixo)

ahan, bastante transcendental. Mas eu prefiro acreditar apenas nas coisas que enxergo.
Então você não acredita na Física subatômica. Você nunca viu uma partícula, um átomo, nem mesmo uma molécula. Provavelmente nem um vírus... Tudo o que você tem dessas coisas são evidências indiretas.
Assim como nunca vi os anéis de Saturno ou o pico do Everest mas sei que eles existem. Enxergar através dos olhos da razão é a questão. Na época em que Arquimedes postulou sua teoria das alavancas, lei universal de bastante utilidade para o avanço da tecnologia, as pessoas acreditavam que a terra era o centro do universo. O avanço da ciência provou que eles estavam errados, ou melhor, que a forma como eles enxergavam o universo era equivocada. No entanto a lei física das alavancas continua válida e bastante útil até os dias de hoje pois, independentemente da configuração do universo, real composição das estrelas ou natureza onda/partícula da luz, alavancas continuam sendo alavancas. Nesse sentido, "matéria é matéria", "alavanca é alavanca", e...

http://www.youtube.com/watch?v=7e2HTnZHcOk
Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Não, nunca joguei GTA, acho esses joguinhos violentos, não agregam nada. Em Gagalândia somos todos pacíficos. Mas assisti Matrix, que também serve para essa sua...alegoria. É tudo a mesma merda.
Não é a mesma merda... Em Matrix, a realidade virtual era estruturalmente idêntica à realidade concreta.

Em GTA, para o CJ, a realidade virtual é a única que existe. Ele nunca poderá se desconectar da matrix, nunca poderá sentar na frente do computador e se ver dentro do jogo. O que eu quis dizer é que a realidade virtual, embora seja tudo o que CJ pode conhecer, é incompleta, é não-Toda. O que garante que a nossa não seja assim também?


A pergunta correta seria: o que garante que algum dia o homem alcançará a percepção exata da realidade na qual vive?

É muita pretensão que a ciência, certamente, não tem. Deixemos a ambição da busca pela verdade absoluta aos filósofos com suas observações sempre inconclusivas. O que a ciência faz é buscar conhecimento através da experiência se utilizando da abstração matemática para mensurar e validar os experimentos. Via de regra, modelos e abstrações matemáticas precedem a experiência. Por exemplo, Einstein previu que corpos celestes provocavam curvaturas no tempo/espaço, sua teoria da gravitação, posteriormente aos rascunhos as experiências demonstraram que as equações de Einstein estavam corretas. Assim como a curvatura no espaço/tempo do Einstein ou o modelo heliocêntrico de Copérnico, a Física Quântica muda a forma como enxergamos as coisas e a teoria das probabilidades funciona como abstração matemática a dar luz a um mundo fora do alcance da percepção humana. A sensação de mistério ou sobrenatural, é apenas a sensação de alguém que caminha tateando na total escuridão. No entanto a matéria está lá, da forma como ela é, apenas não conseguimos enxergar devido a ausência de luz. O "observador alterando a experiência" é apenas uma abstração, um ajuste fino. Algo semelhante acontece com o paradoxo de Zenon que, de acordo com o conceito de limites, o hábil corredor nunca alcançará a tartaruga a sua frente. Mas a experiência mostra que isso não é verdade. Claro que o corredor alcança a tartaruga. E isso não invalida o conceito de limites e derivadas, super mega aplicado na engenharia e na ciência de uma forma geral.


Compson escreveu:
Em primeiro lugar, não tenho Variant. Tenho um Passat 75 azul.

Ok! Você tem um passat azul 75 , mora numa quitinete no Copan e pensa que o Chávez foi um fracasso absoluto. Já sabemos algo a seu respeito. Isso torna as coisas um pouco mais previsíveis e eu posso deduzir que vc é um bunda gorda. Essa é apenas a forma como enxergo vc e minha subjetividade a seus respeito não altera a forma como vc, de fato, é.

Compson escreveu: Em segundo lugar, as mesmas equações que descrevem o movimento das galáxias descrevem o movimento do meu Passat e isso garante que ambos sejam matéria. Mas essas mesmas equações não descrevem (precisamente) o movimento de partículas subatômicas. Ou seja, pelo seu critério, aquilo que seria a constituição mais elementar da matéria... não é matéria!

O que define o que é matéria, é a experiência. O modelo matemático, via de regra, precede a experiência e, se confirmado por ela, dá sustentação e amplia o domínio sobre o objeto da experiência. Se os movimentos das partículas subatômicas e as interações entre elas estão em desacordo com as previsões do modelo clássico, isso não significa que não sejam matéria, já que um novo modelo dá suporte à experiência. E esse novo modelo se baseia em muitos aspectos no antigo, com alguns buracos. Posto isso, concluímos que a física quântica não muda a forma como enxergamos as coisas mas nos permite enxergas coisas que antes não conseguíamos. Lembrando que o modelo quântico surgiu logo após o modelo atômico de Rutherford (esse que é ensinado nas escolas com núcleo atômico e eletróns ao redor) para ser mais preciso dois anos depois, em 1913 (oito anos depois da publicação da Teoria da Relatividade e do Efeito Fotoelétrico, de grande contribuição para quântica, de Einstein, e 51 anos depois da publicação da teoria do eletromagnetismo de Maxwell).


Compson escreveu: Mas "Deus não joga dados" (ou seja, o movimento no mundo micro não pode ser "estruturalmente" diferente do movimento determinístico do mundo macro) não é exatamente uma afirmação mítica/religiosa/filosófica dessas?
Sim. O que é perfeitamente natural. Separação entre filosofia/religião e ciência é algo recente. Mas é preciso entender o contexto. Einstein não desacreditava da Física Quântica mas que o modelo quântico era incompleto e em alguns aspectos.

Compson escreveu: Não é meu ídolo, só acho melhor que Einstein.

Com base em que vc chegou a essa conclusão?

Não tem como dizer quem é melhor, nem pior. Um comparativo limitado e superficial, esse seu. Talvez para fazer juz a sua assinatura. Para começo de conversa Einstein praticamente inaugurou a Física Quântica com seu "Efeito Fotoelétrico", foi por essa teoria que ele ganhou o Nobel. Segundo, anos depois, quando Einstein já olhava o desenvolvimento da teoria quântica com desconfiança, foi ele que deu apoio ao jovem schrödinger quando ninguém da academia estava propenso a acreditar nas maluquices do jovem cientista. No entanto, quando consultado, Einstein, com sua autoridade, afirmou: schrödinger está correto no que diz e deve ser ouvido. E assim foi feito.

O que Einstein tinha com o pessoal da QuÂntica não era uma disputa de egos mas uma divergência saudável de ideias somada a colaborações importantes.

Compson escreveu: Na verdade, isso aí chegou uns 150 anos atrasado para quebrar qualquer paradigma. É só mais uma versão do ceticismo kantiano frente ao mundo numenal.


O que vc quis dizer com isso? Que a física quântica é inspirada pela visão kantiana? Se for isso falou besteira. A filósofa kantiana de nome Grete Herman discordava frontalmente da teoria quântica. Na visão dela, a mecânica quântica colocava em questão a lei causal, fundamento de toda teoria kantiana. Kant pegou embalo nas ideias do Newton e no rigor dos postulados de Euclides.

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Roller Coaster
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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#43 Mensagem por Roller Coaster » 08 Jun 2013, 20:47

Gilmor escreveu:
Witcher escreveu:Não li o texto no link, mas posso dizer que sim, o regime militar foi muito brando. No regime militar havia mais democracia do que atualmente.

Fora que naquela epoca, o governo dizia "Brasil: ame-o ou deixe-o", ou seja quem não gostasse poderia sair do país. Agora não, agora o governo diz "Brasil: ame-o", o indivíduo não possui mais direito à escolher, tem que amargar ficar neste país e fingir que está tudo bem.

#volta_regime_militar
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Realmente a ditadura foi branda
deveria ter exterminado e não deixado sair esse bando de fdp que após alguns anos voltou e pouco a pouco esta acabando com o país
daqui alguns anos tiraremos isso a prova
principalmente qdo não puderem mais maquiar a realidade
não adianta postar link,tentar mostrar um outro lado dessa porra de ditadura vermelha que aqui se instalou
observemos o dia a dia
to de saco cheio dessa merda toda aqui
enquanto ralo dia a dia,sou obrigado a assistir assistencialismos baratos e demonstrações de generosidade mundo afora,sendo que aqui dentro pros ditos classe media como eu esta uma bosta
opinião minha,pq não sou maria vai com as outras

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Compson
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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#44 Mensagem por Compson » 10 Jun 2013, 14:25

Mistar Gaga escreveu:Assim como nunca vi os anéis de Saturno ou o pico do Everest mas sei que eles existem. Enxergar através dos olhos da razão é a questão.
Mas a questão é completamente diferente. Os aneis de Saturno e o pico do Everest são visíveis e sua imagem é registrável. Os bósons de Higgs e os glúons, não! Eles são apenas hipóteses explicativas para desvios de onda. Nada garante que, em vez dessas partículas, não exista um Ronaldinho Gaúcho minúsculo que chuta as ondas de letra, alterando sua "trajetória".
Mistar Gaga escreveu:Na época em que Arquimedes postulou sua teoria das alavancas, lei universal de bastante utilidade para o avanço da tecnologia, as pessoas acreditavam que a terra era o centro do universo. O avanço da ciência provou que eles estavam errados, ou melhor, que a forma como eles enxergavam o universo era equivocada. No entanto a lei física das alavancas continua válida e bastante útil até os dias de hoje pois, independentemente da configuração do universo, real composição das estrelas ou natureza onda/partícula da luz, alavancas continuam sendo alavancas. Nesse sentido, "matéria é matéria", "alavanca é alavanca", e...

http://www.youtube.com/watch?v=7e2HTnZHcOk
Sim, porque são abstrações. Alavanca não é uma ripa apoiada num suporte utilizada para transmitir e potencializar a aplicação de uma força sobre um objeto. Uma ripa apoiada num suporte utilizada para transmitir e potencializar a aplicação de uma força sobre um objeto é apenas uma ripa apoiada num suporte utilizada para transmitir e potencializar a aplicação de uma força sobre um objeto. Mas a minúscula haste que transmite a pressão do botão reset do meu computador para o dispositivo digital que realiza a operação de reiniciar é muito diferente do tronco (eventualmente) utilizado pelos egípcios para mover os blocos na construção de pirâmides.

"Alavanca" é apenas o nome da estrutura abstrata e subjetiva que permite identificar uma coisa com outra. Do mesmo modo, você pode chamar de "matéria" tudo o que existe, o difícil é definir o que é "tudo o que existe". Igualmente, "homem é homem" não se refere ao fato verificável do sujeito ter um pênis no meio das pernas, mas faz referência a uma imagem abstrata, supostamente partilhada pelo grupo social, a respeito do que é o caráter masculino (mas se você ler a teoria da sexuação feminina em Lacan, as coisas vão ficar muito mais complicadas). Enfim. sem apelo a esse tipo de convenção, afirmações como "matéria é matéria", "alavanca é alavanca" e "homem é homem" seria absolutamente iguais entre si e iguais a, por exemplo, A = A, a simples expressão de uma identidade. Esse tipo de afirmação tautológica só funciona não porque seja a mais concreta ou a mais evidente, masporque faz apelo as concepções mais abstratas e entranhadas em nossa consciência.
Mistar Gaga escreveu:A pergunta correta seria: o que garante que algum dia o homem alcançará a percepção exata da realidade na qual vive?

É muita pretensão que a ciência, certamente, não tem. Deixemos a ambição da busca pela verdade absoluta aos filósofos com suas observações sempre inconclusivas. O que a ciência faz é buscar conhecimento através da experiência se utilizando da abstração matemática para mensurar e validar os experimentos.
Sua concepção de pretensão científica é ingênua. Desde sempre, o homem se reconhece incapaz de conhecer o mundo perfeitamente. A inovação e a pretensão da ciência moderna consiste em achar que é possível separar claramente o domínio do incognoscível e o domínio daquilo que pode ser conhecido com segurança. E essa separação é essencialmente kantiana.

O uso do método empírico-dedutivo é só um dos modos de se efetivar essa separação.
Mistar Gaga escreveu:Assim como a curvatura no espaço/tempo do Einstein ou o modelo heliocêntrico de Copérnico, a Física Quântica muda a forma como enxergamos as coisas e a teoria das probabilidades funciona como abstração matemática a dar luz a um mundo fora do alcance da percepção humana. A sensação de mistério ou sobrenatural, é apenas a sensação de alguém que caminha tateando na total escuridão. No entanto a matéria está lá, da forma como ela é, apenas não conseguimos enxergar devido a ausência de luz. O "observador alterando a experiência" é apenas uma abstração, um ajuste fino.
Porque...
Mistar Gaga escreveu:Algo semelhante acontece com o paradoxo de Zenon que, de acordo com o conceito de limites, o hábil corredor nunca alcançará a tartaruga a sua frente. Mas a experiência mostra que isso não é verdade. Claro que o corredor alcança a tartaruga. E isso não invalida o conceito de limites e derivadas, super mega aplicado na engenharia e na ciência de uma forma geral.
Pow, mas esse corredor do Zenon é burro demais, até pra entrar em discussão no GPGuia.

De todo modo, o fato desse problema absolutamente trivial ter sido considerado um "paradoxo" por milênios é só mais uma evidência de que estamos nos digladiando com nossas próprias visões de mundo, não com uma matéria que está escondida em algum lugar à procura de um decifrador.
Mistar Gaga escreveu:Ok! Você tem um passat azul 75 , mora numa quitinete no Copan e pensa que o Chávez foi um fracasso absoluto. Já sabemos algo a seu respeito. Isso torna as coisas um pouco mais previsíveis e eu posso deduzir que vc é um bunda gorda. Essa é apenas a forma como enxergo vc e minha subjetividade a seus respeito não altera a forma como vc, de fato, é.
Você realmente precisa ler Lacan...
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu: Na verdade, isso aí chegou uns 150 anos atrasado para quebrar qualquer paradigma. É só mais uma versão do ceticismo kantiano frente ao mundo numenal.


O que vc quis dizer com isso? Que a física quântica é inspirada pela visão kantiana? Se for isso falou besteira. A filósofa kantiana de nome Grete Herman discordava frontalmente da teoria quântica. Na visão dela, a mecânica quântica colocava em questão a lei causal, fundamento de toda teoria kantiana. Kant pegou embalo nas ideias do Newton e no rigor dos postulados de Euclides.
Toda a epistemologia moderna se fundamenta na separação kantiana entre mundo fenomênico (aquele que o sujeito é capaz de formalizar através dos elementos a priori em seu bestunto; mundo abstrato, mas do qual somos capazes de apreender regularidades) e mundo numenal (o mundo das "coisas-em-si", inapreensível e cuja tentativa de compreensão gera antinomias). Para Kant, a ciência só poderia cobrir o mundo dos fenômenos ("aquilo que podemos dizer sobre a natureza"), não o das "coisas-em-si" ("a natureza como ela é").

Em suma, a sua definição de matéria é essencialmente kantiana: a matéria está no mundo como coisa-em-si, una, estável, completa e determinada. As incertezas, as incompletudes e as contradições que seu estudo gera são problemas do pensamento.

A solução alternativa ("dialética") para essa questão é imaginar que essas incertezas, incompletudes e contradições são justamente o modo como o pensamento capta (na verdade, é afetado por) as incertezas, incompletudes e contradições do mundo; ou ainda, como o pensamento, ao chegar a certos impasses produz a sensação de que existe algo real fora dele. Quer dizer, a verdadeira matéria não é algo para além dos embaraços que seu estudo geram no pensamento: esses embaraços são a matéria.

Quando disse que Einstein era superestimado e que preferia a contribuição de Bohr, me referia a duas coisas: (1) que Einstein pode ser mais genial do ponto de vista das dificuldades e da originalidade de sua teoria, mas (2) que a Física Quântica (e admito que a escolha de Bohr como representante foi infeliz, Heisemberg seria mais adequado) está mais próxima de uma ciência aberta à incompletude de seu objeto, abertura que os quânticos nem chegam perto de realizar completamente (mesmo porque o próprio Bohr tentou resolver o problema kantianamente postulando o tal "princípio da correspondência").

Enfim, não obstante a civilidade do debate, o que está em jogo no modo como separei Einstein e Bohr não é história da física, mas duas visões de mundo essencialmente diferentes, e considero a segunda, que chamei de "dialética", mais consistente epistemologicamente.

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Mistar Gaga
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Re: A Ditabranda brasileira (a idiotice do cantor, alias a falta de instrução e conhecimento desse coitado) por Amado batista

#45 Mensagem por Mistar Gaga » 11 Jun 2013, 03:24

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Assim como nunca vi os anéis de Saturno ou o pico do Everest mas sei que eles existem. Enxergar através dos olhos da razão é a questão.
Mas a questão é completamente diferente. Os aneis de Saturno e o pico do Everest são visíveis e sua imagem é registrável. Os bósons de Higgs e os glúons, não! Eles são apenas hipóteses explicativas para desvios de onda. Nada garante que, em vez dessas partículas, não exista um Ronaldinho Gaúcho minúsculo que chuta as ondas de letra, alterando sua "trajetória".
Das inúmeras colisões forjadas nos gigantescos aceleradores de partículas existentes no mundo, em nenhuma delas foi possível detectar um Ronaldinho Gaúcho feio e sorridente saindo dos tubos do acelerador após alguma colisão violenta de prótons. No máximo encontraram o bóson de Higgs, a tal partícula de Deus. O que pode dar a esperança a algum argentino de que o clone do Maradona saia algum dia daqueles tubos, de preferência sem vícios.

Meu caro, as partículas subatômicas não são meras abstrações, elas existem de fato, tanto quanto o monte Everest, os anéis de Saturno ou o seu Passat azul e a Kombi, também azul, do Takuma. Acredite, não é milagre, é tecnologia! Os fenômenos resultantes dizem que elas existem. O "mistério" da Física Quântica não reside nas partículas subatômicos mas nos fenômenos desencadeados por elas, incompatíveis com a física clássica. Como disse anteriormente, abstratos são os modelos matemáticos que sustentam um determinada teoria, se a experiência comprovar as previsões de tal modelo ele será alçado a condição de teoria, e os objetos previstos pela teoria deixam de ser meras abstrações para virar realidade, que estava lá, a todo momento, mas não conseguíamos "enxergá-la".
Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Na época em que Arquimedes postulou sua teoria das alavancas, lei universal de bastante utilidade para o avanço da tecnologia, as pessoas acreditavam que a terra era o centro do universo. O avanço da ciência provou que eles estavam errados, ou melhor, que a forma como eles enxergavam o universo era equivocada. No entanto a lei física das alavancas continua válida e bastante útil até os dias de hoje pois, independentemente da configuração do universo, real composição das estrelas ou natureza onda/partícula da luz, alavancas continuam sendo alavancas. Nesse sentido, "matéria é matéria", "alavanca é alavanca", e...

http://www.youtube.com/watch?v=7e2HTnZHcOk
Sim, porque são abstrações. Alavanca não é uma ripa apoiada num suporte utilizada para transmitir e potencializar a aplicação de uma força sobre um objeto. Uma ripa apoiada num suporte utilizada para transmitir e potencializar a aplicação de uma força sobre um objeto é apenas uma ripa apoiada num suporte utilizada para transmitir e potencializar a aplicação de uma força sobre um objeto. Mas a minúscula haste que transmite a pressão do botão reset do meu computador para o dispositivo digital que realiza a operação de reiniciar é muito diferente do tronco (eventualmente) utilizado pelos egípcios para mover os blocos na construção de pirâmides.

"Alavanca" é apenas o nome da estrutura abstrata e subjetiva que permite identificar uma coisa com outra. ..as concepções mais abstratas e entranhadas em nossa consciência.
blá blá blá...legal...valeu pelo esforço (sem trocadilhos)...mas prefiro ir direto a fonte.

"Dêem-me um ponto de apoio e eu levantarei o mundo".

Com essa frase simples, porém de extraordinário poder de síntese, Arquimedes definiu o que é alavanca. Portanto para que haja alavanca se faz necessário um ponto de apoio. E o que é um ponto de apoio se não um objeto físico real, constituído de matéria que, por sua vez, é constituída de átomos. Abstrata é a percepção de que se pode levantar o mundo através de um ponto de apoio utilizando-se relações de distância apropriadas, no entanto a situação desencadeada por este conceito abstrato é perfeitamente concreta e real.
Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:A pergunta correta seria: o que garante que algum dia o homem alcançará a percepção exata da realidade na qual vive?

É muita pretensão que a ciência, certamente, não tem. Deixemos a ambição da busca pela verdade absoluta aos filósofos com suas observações sempre inconclusivas. O que a ciência faz é buscar conhecimento através da experiência se utilizando da abstração matemática para mensurar e validar os experimentos.
Sua concepção de pretensão científica é ingênua. Desde sempre, o homem se reconhece incapaz de conhecer o mundo perfeitamente. A inovação e a pretensão da ciência moderna consiste em achar que é possível separar claramente o domínio do incognoscível e o domínio daquilo que pode ser conhecido com segurança. E essa separação é essencialmente kantiana.

Mas essa separação entre o que se pode e o que não se pode conhecer com segurança não tem nada de moderno. Esse era o papel da física clássica, na qual kant baseou seu pensamento, o que a física quântica faz é exatamente romper com isso, aceitar o incognoscível em certa medida. O que a física quântica fez foi vasculhar a fundo a matéria encontrando novos e reais elementos que deram sustentação à uma nova e bela teoria. Os fenômenos descobertos surpreendem e contrariam o senso comum mas o elementos envolvidos são reais, portanto, matéria continua sendo matéria. O gato de schrödinger, vivo ou morto, continua sendo um gato, tal qual o conhecemos. O fato do observador alterar o estado do gato não altera a constituição daquilo de que o gato é feito.

Ingênuo é achar que "toda era tem sua própria verdade". O que muda é nossa compreensão sobre as coisas que continuam sendo como sempre foram.


Mistar Gaga escreveu: Pow, mas esse corredor do Zenon é burro demais, até pra entrar em discussão no GPGuia.

De todo modo, o fato desse problema absolutamente trivial ter sido considerado um "paradoxo" por milênios é só mais uma evidência de que estamos nos digladiando com nossas próprias visões de mundo, não com uma matéria que está escondida em algum lugar à procura de um decifrador.

O fato de nossa visão de mundo ser limitada é que torna o universo misterioso e não o contrário. E o paradoxo, que não é tão trivial assim, é resultado da tentativa de associar uma situação real a uma construção abstrata humana, que é o conceito matemático de limites. A Matemática é uma invenção humana, com seu próprio universo, aplicável a realidade em infinitas situações. Esse paradoxo talvez exista pela tentativa de fazer o caminho inverso, aplicar uma situação real cotidiana a abstração matemática. Se eu tomo em minhas mãos um único copo, esse copo será representado simbólica e quantitativamente pelo número 1 e não por 0,9999... , que a matemática diz ser igual a 1.

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Ok! Você tem um passat azul 75 , mora numa quitinete no Copan e pensa que o Chávez foi um fracasso absoluto. Já sabemos algo a seu respeito. Isso torna as coisas um pouco mais previsíveis e eu posso deduzir que vc é um bunda gorda. Essa é apenas a forma como enxergo vc e minha subjetividade a seus respeito não altera a forma como vc, de fato, é.
Você realmente precisa ler Lacan...

Assim como preciso ler Freud, Jung, Sartre, a coluna do Lula no NYT, alguns livros que comprei e nunca li. Ah! e o tar de Kant, também. Mas por enquanto foi lendo e escrevendo bobagens aqui.
Compson escreveu:
Em suma, a sua definição de matéria é essencialmente kantiana: a matéria está no mundo como coisa-em-si, una, estável, completa e determinada. As incertezas, as incompletudes e as contradições que seu estudo gera são problemas do pensamento.
Não acho que as incertezas sejam problemas do pensamento e, com base na própria física quântica, nem acho que seja um problema. Incerteza não significa necessariamente falta de domínio sobre, como acontece que com a física quântica. O que muda ao longo da história é a compreensão das coisas. Pelo que parece, o pensamento kantiano não admite incompletudes e incertezas que denotem a falta de causalidade. Mas não há problema ai. A teoria quãntica,assim como toda teoria física, é incompleta e dinâmica. A coerência de qualquer teoria está na capacidade de prever fenômenos e manipulá-los, até que a compreensão seja alterada modificando paradigmas. Perceba que o conhecimento científica, esse sim, acontece tal qual Zenon correndo atrás da tartaruga sem nunca alcançá-la.

Compson escreveu: Quando disse que Einstein era superestimado e que preferia a contribuição de Bohr...(e admito que a escolha de Bohr como representante foi infeliz, Heisemberg seria mais adequado)

Toda essa discussão começou nesse ponto e agora vc me diz que o foda fodão na verdade não é Bohr, é Heisenberg. Pelo menos, em respeito a quem vc coloca em tão alta posição, acerte a grafia do nome do cara, é N antes do B.

Cara, fui buscar no wiki uma lista de gente que contribuiu, mais ou menos no mesmo nível, com a construção da teoria quântica.
Os alicerces da mecânica quântica foram estabelecidos durante a primeira metade do século XX por Albert Einstein, Werner Heisenberg, Max Planck, Louis de Broglie, Niels Bohr, Erwin Schrödinger, Max Born, John von Neumann, Paul Dirac, Wolfgang Pauli, Richard Feynman e outros

Isso que é trabalho em equipe, ein?

Repare que na lista Einstein vem em primeiro e Heisenberg, em segundo. Talvez por uma questão cronológica.

Veja bem, por uma questão de semântica, tautologia ou sei lá o que, eu poderia levianamente afirmar que essa sua "mudança de opinião", ponto de partida da discussão, invalida toda a argumentação. Mas as ideias, que são fragmentadas e discretas como partículas e, ao mesmo tempo, intercaladas e contínuas como ondas, aqui expostas não perdem significado e legitimidade por conta da mudança. Mesmo porque os bits e bytes decodificados na sua afirmação de que Bohr é maior que Einstein, nas sua essência, são os mesmos bits e bytes da nova afirmação de que, na verdade, Heisenberg é maior que Einstein e, não necessariamente, Bohr. Em suma matéria é matéria.

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