Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

Espaço destinado a conversar sobre tudo.

Regras do fórum
Responder

Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 0
Oral Sem:Sim 0Não 0
Beija:Sim 0Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
Mensagem
Autor
Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#1 Mensagem por Carnage » 06 Jan 2012, 23:51

http://maierovitch.blog.terra.com.br/20 ... acolandia/
O pau de arara da dupla Kassab-Alckmin na Cracolândia
Tags:Cracolândia. Tortura oficial - walterfm1 às 15:01

É inacreditável. Em tempos de Tribunal Penal Internacional e de luta sem fronteiras por respeito aos direitos humanos e contra a tortura, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o governador do estado paulista, Geraldo Alckmin, adotam, na conhecida Cracolândia, violência contra dependentes de crack. A dupla de governantes acaba de oficializar a tortura.

Na quarta-feira (4), por determinação do prefeito da cidade de São Paulo e do governador do Estado, iniciou-se o denominado “Plano de Ação Integrada Centro Legal”. Esse plano, consoante anunciado, terá duração indeterminada.

O plano, como explicou o coordenador de políticas de drogas da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, Luiz Alberto Chaves de Oliveira, consiste em obrigar os dependentes que vivem na Cracolândia a buscar ajuda, “pela dor e sofrimento” decorrentes da abstinência, junto às autoridades sanitárias ou redes de saúde.

Ao tempo do DOI-CODI, a tortura, como regra mestra, foi largamente empregada. A regra era torturar, física ou psicologicamente, para obter o resultado esperado.

Nos campos nazistas, a fome e o abandono levavam à morte. Auxiliavam na vazão, pois, eram insuficientes em número os fornos crematórios.

A tortura indireta posta em prática pela dupla Kassab-Alckmin tem o mesmo fundamento dos campos de concentração nazista. E a tortura imperava no DOI-CODI, de triste memória.

Em nenhum país civilizado emprega-se essa estratégia desumana a dependentes. Ao contrário, investe-se no convencimento ao tratamento e até nas salas seguras para uso de drogas.

As federações do comércio e da indústria da Alemanha apoiam os programas de narcossalas com 1 milhão de euros. E ninguém esquece a lição do professor Uwe Kemmesies, da Universidade de Frankfurt: “Podemos reconhecer que a oferta de salas seguras para o consumo de drogas melhorou a expectativa e a qualidade de vida de muitos toxicodependentes que não desejam ou não conseguem abandonar as substâncias”:

http://maierovitch.blog.terra.com.br/20 ... s-humanos/

Desde os anos 90, a cidade convive com a Cracolândia e os governos são incapazes de adotar políticas adequadas. Nem as delegacias especializadas, tipo Denarc (delegacia de narcóticos), nem a polícia militar identificaram, até hoje, a origem do crack que é ofertado. Agora, numa ação policialesca, busca-se o cerco ao usuário para se chegar ao vendedor da droga. Vendedor que, evidentemente, não é o operador da rede de abastecimento de crack para as cracolândias brasileiras.

Uma questão sócio-sanitária, de saúde pública, não pode mais ser enfrentada com soluções torturantes, como pretendem Alckmin-Kassab.

Pano Rápido. Aguarda-se que a ministra responsável pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, tome medidas adequadas para suspender as torturas em São Paulo e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, inicie apurações criminais. E espera-se que a nova procuradora junto ao Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensouda, natural de Gâmbia (África Ocidental), levante o que acontece na Cracolândia e enquadre as irresponsabilidades e desumanidades.

Wálter Fanganiello Maierovitch

http://www.blogcidadania.com.br/2012/01 ... acolandia/
A maquiagem da Cracolândia
Eduardo Guimarães


Dois fatores fizeram os governos Alckmin e Kassab desencadearem uma operação policial na Cracolândia paulistana que não passa de vigarice político-eleitoral: as eleições municipais e – segundo informações da Folha de São Paulo – o medo de que programa do governo federal previsto para começar em breve rotule prefeito e governador como “inoperantes”.

Segundo a surpreendente reportagem do diário chapa-branca paulista que há anos acoberta o descalabro administrativo na capital e no Estado de São Paulo, “O alvo de preocupação da prefeitura e do governo estadual é o lançamento do programa federal Consultório de Rua”, que terá “Transporte de equipes de saúde em vans, com a marca do governo Dilma”.

É assustador o nível de delinqüência intelectual do governador e do prefeito. É inacreditável como essa operação fajuta não gerou nenhuma reação à altura, seja da Justiça, seja do Ministério Público, seja da imprensa. Mesmo a reportagem da Folha que denuncia as razões de essa operação ter sido desencadeada de afogadilho é discreta e suave, quando deveria ser dura e largamente difundida.

O que Alckmin e Kassab estão fazendo é apenas maquiar o problema. Mandaram a truculenta Polícia Militar expulsar os zumbis da Cracolândia sem se importarem com o destino deles, o que já faz com que se dirijam aos bairros no entorno dos Campos Elíseos.

A irresponsabilidade do prefeito e do governador de São Paulo é assustadora porque grande parte desses viciados está em crise de abstinência de crack, o que, como se sabe, torna o indivíduo violento e desesperado, podendo levá-lo a cometer qualquer ato criminoso para conseguir dinheiro para comprar a droga.

A maioria dos infelizes paulistanos – uma massaroca social incapaz de votar com o cérebro por estar acostumada a usar os pés – está achando o máximo essa farsa que esses dois políticos caras-de-pau montaram. E continuará iludida, porque até que as urnas sejam fechadas, neste ano, a polícia tratará de impedir que se formem cracolândias pela cidade.

Devido à diáspora dos viciados e traficantes da Cracolândia original, a capital paulista, a esta altura, está infestada por centenas e centenas de pessoas desesperadas pela crise de abstinência, prontas a cometer qualquer atrocidade para conseguir meio$ de comprar a droga mortal.

Como bem estão dizendo os viciados que estão sendo expulsos, eles não têm para onde ir. E as autoridades estaduais e municipais reconhecem isso ao atribuírem “fases” ao processo que desencadearam, sendo que a primeira delas teria o objetivo de “sufocar” consumidores e desarticular o tráfico e só a segunda fase é que teria atendimento de saúde e social aos viciados.

Farsa, vigarice. É fácil expulsar os viciados. Difícil seria recolhê-los a centros de saúde e reabilitação que nem sequer existem. O importante, agora – para esses políticos sem-vergonhas –, é tirar a Cracolândia das vistas do eleitor e tratar de impedir que os viciados se reagrupem – pelo menos até as eleições. Depois volta tudo ao que era.

E se alguém pensa que o eleitor paulistano tem discernimento para perceber que só agora o governo do Estado – responsável primeiro pela Segurança Pública – e a prefeitura – segunda maior responsável – agiram, e ainda de forma inadequada, engana-se. Com ajuda da imprensa chapa-branca local, enganar esta cidade é o que há de mais fácil.
http://www.tijolaco.com/nossos-intelect ... este-nome/
Nossos intelectuais merecem este nome?

Sei que estou comprando uma briga, e o faço em nome pessoal, sem sequer conversar sobre o assunto com o titular deste blog.

Porque jornalista que só escreve o que o chefe manda, é escriba, não jornalista.

Tão escandalizante quanto as declarações do sr. Dr. Laco, sem cedilha, chefe de política anti-drogas (?) do Governo paulista, de que usará “dor e sofrimento” como forma de levar os viciados em crack a buscarem tratamento, tão escandalizante quando a polícia paulista estar, esta tarde, atirando bombas contra os zumbis drogados que tentam voltar à Cracolândia é a falta de reação da “inteligência” paulistana e brasileira a este espetáculo dantesco.

Nós, que temos 50 anos, que convivemos na juventude com a generalização da droga, que podíamos ou podemos ter um filho ou uma filha ali, doentes e consumidos por uma situação assim, estamos assistindo silentes a este espetáculo terrível.

Segundo a Folha, diz a própria PM que “havia, na cracolândia da rua Helvétia, 60 crianças e 20 grávidas”.

É a eles, inclusive, que queremos impingir “dor e sofrimentos”, além de bombas?

Não vemos a OAB, o Sindicato dos Médicos, ninguém levantando a voz contra o fato de, segundo os próprios jornais, a dispersão dos viciados da Cracolândia estar sendo feita essencialmente com porretes – e digo que, aí, os policiais são até os menos culpados, porque eles próprios sabem que isso é uma pantomima – e não com assistência médica e social.

Os viciados da cracolândia podem agir como bichos irracionais, porque estão corroídos por uma dependência que lhes tira a razão e a ponderação. Nós é que não temos o direito de agir como bichos.

Muito menos se essa ação espalhafatosa é puro marketing, destinada a cenas no Jornal Nacional que produzam imagem de um “combate à droga” que é, antes, promoção da imagem da “autoridade” do que um ataque real ao problema.

Uma sociedade à qual falta a compaixão, à qual o medo de dizer que aquilo que fere a dignidade humana jamais pode ser feito por ninguém, mas muito menos pelo Estado, que a todos nos representa está mais doente do que aqueles pobres drogados.

Porque nós estamos lúcidos e sabemos discernir o certo do errado.

Ou não sabemos mais? Ou não somos mais viciados em amar o próximo?

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#2 Mensagem por Carnage » 07 Jan 2012, 02:23

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2 ... de-sp.jhtm
'Pregão do crack' atrai cerca de 300 usuários no centro de SP

06/01/2012 - 11h12 | da Folha.com

LAURA CAPRIGLIONE
MARLENE BERGAMO
DE SÃO PAULO

"Olha a pedra, olha a pedra de 5! Pedra de 5!" Eram 20h30 de ontem, quando, na esquina da avenida Rio Branco com a rua dos Gusmões, centro de São Paulo, abriu-se o feirão de crack, vendido aos gritos, como se fosse produto legal. Cerca de 300 usuários da droga arremataram suas pedras.

A quatro quadras dali, do outro lado da avenida Rio Branco, pelo menos 30 carros de polícia com os giroflex vermelhos ligados anunciavam a ocupação do território da cracolândia pelas forças da ordem. Ruas tranquilas, poucas pessoas nas calçadas. Uma cidade normal?

"Você prefere tratar um câncer localizado? Ou com ele espalhado por todo o corpo? É isso o que estamos fazendo: espalhando o câncer."

A frase expressa o desalento de um dos cerca de 70 policiais ontem na operação. "E enquanto a gente está aqui, eles estão logo ali", emendou o parceiro, um soldado da PM, apontando.

Bastava atravessar a avenida, para constatar que o inferno apenas tinha mudado de endereço.

Um homem lutava para se livrar do cerco de três jovens alucinados que tentavam roubá-lo (levaram-lhe guarda-chuva, blusa e celular). Outro usuário trazia debaixo do braço um cinzeiro, desses de portaria de hotel. Um idoso levava um carrinho de supermercado com uma geladeira de isopor, tênis velhos e uma caixa com embalagens cheias de cola branca. Tudo para vender ou trocar pela droga.

Ontem, terceiro dia do cerco à cracolândia, continuou a estranha dança entre polícia e usuários de crack.

Os homens da Força Tática --armados com fuzis e espingardas de balas de borracha-- tangiam os esquálidos zumbis para fora de seus esconderijos, prédios em ruínas.

Minutos depois de dispersos, os usuários voltavam a se concentrar. Estavam exaustos. O dia todo andando --se sentassem ou deitassem na calçada, já um PM aparecia para tocá-los dali.

Edilaine, 18, apenas um dente na boca, cogitava voltar para a família, no Itaim Paulista, extremo leste da cidade. "A gente não pode fumar, não pode dormir e nem descansar. Está difícil."

Nem as irmãs e os frades da Missão Belém, católica, que atuam na recuperação de dependentes químicos escaparam. À noite, na praça Princesa Isabel, vizinha dali, três grupos de moradores de rua e de usuários de crack estavam sentados no chão, rezando e cantando com os missionários, quando chegou a PM.

"Mãos na cabeça" e todos foram revistados.

Sobre a tática anunciada pela prefeitura, de "dor e sofrimento" para obrigar os usuários de crack a pedir ajuda para sair da dependência, o padre Julio Lancelotti, 63, vigário episcopal para a população de rua, disse: "Isso é tortura. Dor e sofrimento levam ao desespero. Só a alegria e esperança podem provocar a mudança".
http://maierovitch.blog.terra.com.br/20 ... mpetencia/
Cracolândia entre o populismo e a incompetência
walterfm1 às 12:21


Ao tempo da Liga das Nações tivemos uma conferência (1909) e três convenções sobre “drogas nocivas”, com foco especial no ópio, gerador de duas guerras diante do interesse monopolístico e da indústria farmacêutica. As duas guerras do ópio envolveram China e Grã-Bretanha (1839-42 e 1856-60). A ganhadora foi a Grã-Bretanha.

Na Organização das Nações Unidas (ONU), a principal convenção em face do fenômeno transnacional das drogas foi a de Nova York, em1961. Essa Convenção entrou em vigor em 1964. Na Convenção de 1988, realizada em Viena, comprovou-se que o sistema bancário e o financeiro internacional estavam sendo empregados para circulação e lavagem de dinheiro das drogas ilícitas da criminalidade organizada sem fronteiras.

A esse quadro deve-se acrescentar que nos últimos 25 anos a “guerra às drogas” implicou gastos estimados em US$ 25 bilhões. Mais ainda, nos últimos 20 anos, como comprovam fotografias aéreas e por satélites, nos países dos Andes, a área de cultivo da folha de coca, que representa a matéria-prima para a elaboração do cloridrato de cocaína (pó), continua com a mesma extensão de 200 mil hectares: os plantios andinos migram, mas continuam a atender a indústria da cocaína. Parêntese: a folha de coca é andina.

O panorama acima mostra, pelos múltiplos interesses e sem esquecer que insumos químicos necessários ao refino não são controlados, tratar-se de um fenômeno complexo. E se torna de difícil solução quando envolve a redução da demanda e as políticas sociossanitárias decorrentes do consumo e da dependência química e psicológica.

A situação criada pela aglomeração de dependentes químicos em centros urbanos, com todos os graves problemas decorrentes (crimes, violência, degradação humana etc), levou diferentes países a busca de soluções que atendessem as metas constitucionais de respeito à dignidade humana e aos compromissos internacionais.

As primeiras medidas inovadoras e progressistas vieram da Confederação Helvética. A primeira delas, liberação de parques para consumo, restou em absoluto insucesso. As áreas livres de consumo foram ocupadas por gente vinda de outros países e fez-se a alegria dos traficantes, ou melhor, de operadores de redes de abastecimento que colocam traficantes nos denominados “nós da rede para ofertas”.

Dos ambientes abertos, a Suíça passou aos fechados. Os dependentes residentes passaram a receber a chamada “dose-oficial” em locais com assistência médica, primeiro passo tendente a cortar o cordão de ligação umbilical com os nacotraficantes.

No ano de 1994, chamou a atenção da comunidade acadêmica internacional o programa sociossanitário implementado em Frankfurt, a quinta maior cidade da Alemanha. As narcossalas, com ações sociais, deram tratamento digno aos dependentes e, logo no segundo ano de implantação, o consumo de drogas pesadas caiu pela metade.

O discurso conservador de que as narcossalas levariam ao aumento do consumo foi desmentido pelas pesquisas realizadas pelas universidades, governo e organismos internacionais de saúde pública. As confederações do comércio e da indústria, na Alemanha, participam do programa de narcossalas e investem milhões de euros todos os anos.

A vencedora do Nobel de Medicina, Françoise Barre Sinoussi, acompanhou e recomendou a implantação das denominadas “salas seguras para uso” (narcossalas) na França.

Num caso de overdose, segundo cálculo das autoridades sanitárias de Frankfurt, os custos médico-hospitalares para cada usuário foi, quando da implantação das salas seguras de consumo, estimado em 350 euros. Com a queda de consumo, contatou-se economia e um grande avanço no trato humano para a questão da toxicodependência.

Nos EUA, apesar do desagrado do então presidente George W.Bush, continuaram a funcionar, com destaque para Nova York, os centros para emprego de metadona, droga substitutiva e indicada para controlar situação de abstinência por dependentes de heroína.

Em outubro de 2011, a Suprema Corte do Canadá entendeu legítimas (constitucionalmente permitido) as políticas sociossanitárias voltadas a restabelecer a dignidade do dependente com a recuperação. Em outras palavras, liberou as narcossalas.

Na Espanha, depois da publicação no jornal de maior circulação do país de uma foto de um drogado, com agulha espetada no pescoço e seringa pendente, chegou-se à decisão de implantar as narcossalas, com resultados marcados por êxitos.

Uma outra vertente consistiu em aberturas de comunidades terapêuticas ou centros modelares para tratamento. Um exemplo. Na cidade italiana de Rimini, com o maior porcentual de sucesso em tratamentos no mundo, funciona a comunidade terapêutica de San Patrignano: num grupo de 10 jovens, 7mabandonam as drogas com o tratamento. http://www.sanpatrignano.org/?q=it/rice ... fica_oltre

Com o silêncio do governo federal que possui uma Secretaria Nacional de Direitos Humanos, o prefeito Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin, deram sinal verde e teve início, na quarta-feira 4, o Plano de Ação Integrada Centro Legal, com a ocupação pela Polícia Militar da região conhecida desde o início dos anos 90 por Cracolândia.

Conforme escrevi na revista CartaCapital, o tal plano, sintetizado pela Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania de São Paulo e pela Coordenação de Políticas sobre Drogas, está baseado “na dor e no sofrimento” dos dependentes de crack. Dependentes que ocupam a chamada região da Cracolândia em fase de reurbanização e objeto de especulação imobiliária, com incentivos fiscais aos interessados em investimentos.

A polícia militar, já nas ruas, terá a tarefa de evitar a oferta do crack ao dependente e, caso escape o controle, não permitirá o uso no território da Cracolândia.

Com os usuários sem acesso ao crack, entrarão na fase conhecida no campo médico por abstinência, produtora de sofrimentos e perturbações mentais. Aí, buscarão, na visão distorcida dos governos municipal e estadual, a rede de saúde para tratamento.

Em outras palavras, busca-se, pela tortura, uma eventual corrida do dependente às autoridades sanitárias, que ainda não possuem um posto no território da Cracolândia.

Com a sutileza de um “bulldozer”, a dupla Alckmin-Kassab substituiu a “tortura da roda” da Idade Média ou a tortura pelo silício, usada ainda por ordens religiosas, pela abstinência forçada e geradora de desumano padecimento.

Esqueceu-se que o Brasil aderiu à Declaração Universal de Direitos Humanos que proíbe a tortura e condena ações cruéis e castigos desumanos e degradantes.

A Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Estado e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos não se opuseram às ações voltadas à imposição de sofrimentos e às ações policialescas contidas no Plano, que resultam em migração de dependentes para outros bairros e reações violentas por parte desses toxicodependentes.

Já é a segunda vez que Kassab fere elementares princípios de direitos humanos. Na primeira vez conduziu à força usuários para desintoxicação em centros de saúde. Depois de desintoxicados estavam livres para voltar à Cracolândia.

Agora, e em dupla com o governador do Estado, usa a tortura indireta. Mas, como alerta o especialista Marcelo Ribeiro, “a estratégia não tem lógica. A sensação de fissura provocada pela abstinência impede que o usuário tenha consciência de que precisa de ajuda. Ela causa outras reações, como violência. Além disso, nenhum lugar do mundo está livre das drogas”.

O delegado Sérgio Paranhos Fleury e os comandantes do DOI-Codi eram menos sutis que Alckmin-Kassab, pois usavam direto o pau de arara, o trono do dragão e o capacete de choque elétrico. O método, no entanto, era igual ao do plano Alckmin-Kassab: torturar e, pelo sofrimento incontido, obter o resultado desejado.

Em resumo, Kassab começou com a internação compulsória e migrou para a tortura disfarçada. Alckmin e o Tribunal de Justiça, por meio do desembargador destacado para a área de Crianças e Adolescentes, embarcaram na onda do sofrimento.

Num pano rápido. A dupla Kassab-Alckmin executa um plano desumano e com a mais rudimentar das técnicas policiais, ou seja, impedir a oferta de crack acompanhando a movimentação dos consumidores. Enquanto isso, a ministra Maria do Rosário encolhe-se e mergulha no silêncio da conivência.

Wálter Fanganiello Maierovitch

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#3 Mensagem por Carnage » 09 Jan 2012, 21:41

http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 0171,0.htm
PM escolta 'procissão do crack' no 1º fim de semana de ocupação do centro
Sem conseguir cortar tráfico, restou seguir a caminhada forçada dos viciados; moradores reclamam de novos pontos
08 de janeiro de 2012 | 23h 02

William Cardoso - O Estado de S.Paulo


SÃO PAULO - A estratégia de impor "dor e sofrimento" aos dependentes criou uma situação inusitada no primeiro sábado após a ocupação da cracolândia, no centro de São Paulo. Com o tráfico a todo vapor e sem conseguir cortar a rota de fornecimento da droga, restou à PM escoltar pelas ruas centrais da cidade grupos gigantescos, de até cem pessoas, em uma estranha "procissão do crack", iluminada pelos Giroflex das viaturas noite adentro. O Estado acompanhou a "peregrinação" entre as 20h e as 23h.

A perseguição aos usuários criou uma "cracolândia itinerante" no quadrilátero entre as Avenidas Duque de Caxias, São João e Ipiranga e Estação da Luz. Em alguns momentos de "folga" na caminhada forçada imposta pela polícia, os grupos paravam para acender os cachimbos e descansar. Depois de alguns minutos, voltavam a andar. Sem destino.

Em uma dessas pausas, uma moradora da Avenida Duque de Caxias, perto da Praça Júlio Prestes, atravessou a rua em meio a dezenas de dependentes e cobrou dos policiais que estavam na outra calçada que fizessem alguma coisa para tirar o "rebanho" da frente de seu prédio. "Nem vocês (PMs) estão dando conta. Antes, eles ficavam escondidos. Agora, ninguém tem sossego. Tem de achar algum lugar para levá-los", bradava a mulher, irritada.

Depois de notar a conversa entre a moradora e os PMs, os próprios usuários seguiram alguns metros para frente, liberando a entrada do prédio. Segundo a polícia, raiva mesmo eles sentem é da imprensa. "Eles acham que a gente só está aqui por causa de vocês", disse um policial.

Descrença.

Os próprios policiais parecem cansados da "procissão do crack". "Enquanto a droga estiver chegando aqui, não tem jeito. A gente só vai enxugar gelo. Honro a minha farda, faço o meu trabalho, mas não sou ingênuo. Tem corrupção policial, colaboração de comerciante, muita gente envolvida, muita grana nisso aí. Tem de cortar o mal pela raiz", afirmou um PM logo depois de abordar dois jovens suspeitos em uma das esquinas do bairro.

O cansaço e a falta de perspectiva também foram relatados por outros policiais e guardas-civis metropolitanos, que perderam a fé no resultado final e estão apenas "cumprindo ordens", segundo eles mesmos.

Foram deslocados PMs de vários batalhões da cidade para atuar na ocupação da cracolândia. Alguns lembram que nos próprios bairros onde vivem ou trabalham também há tráfico e consumo indiscriminado de crack.

Apreensão

A PM apreendeu entre a terça-feira e a tarde de ontem pouco mais de 200 gramas de crack. Foram detidas 42 pessoas. Os números são modestos. A quantidade de droga recolhida pela polícia durante cinco dias de operação é equivalente ao que os usuários consomem em poucas horas nas ruas da região central. Mesmo depois da ocupação da última terça, em todo canto, há alguém acendendo o cachimbo, abastecido por traficantes frequentemente, mesmo a 30 metros das viaturas. A cracolândia não vive uma "crise de abstinência", como imaginavam as autoridades antes de impor a ocupação.

Além das proximidades da Duque de Caxias e da Praça Princesa Isabel, os usuários também se aglomeraram durante a noite na Rua Apa. Não é novidade o consumo no local, que já abrigou até mesmo uma imagem da "Nossa Senhora do Crack", do artista plástico Zarella Neto, mas espanta agora a quantidade de pessoas nas calçadas, superior ao que vizinhos já estavam acostumados. Na noite do sábado, cerca de 50 usuários tomavam a calçada na esquina com a Rua General Júlio Marcondes Salgado, com cachimbos acesos.
http://www.blogcidadania.com.br/2012/01 ... cial-cres/
Diáspora na Cracolândia é filha da especulação imobiliária
Eduardo Guimarães


Quem não vive na capital paulista e vê as notícias sobre a revoada de almas esquecidas que ainda resistem nos bairros de Campos Elíseos e Luz, onde a Caixa de Pandora da Cracolândia paulistana vem sendo aberta após décadas de descaso, talvez não entenda por que os governos do Estado e da cidade de São Paulo adotaram medida tão impressionantemente desastrada.

A ação que espalhou pela maior cidade sul-americana uma legião de verdadeiros mortos-vivos vai formando mini guetos na porta de cada um dos que acharam que poderiam deixar aquele desastre social crescer sem jamais serem afetados.

A diáspora de viciados que as forças policiais sob comando do governador e do prefeito de São Paulo provocaram gerou o que a imprensa vem chamando de “procissão do crack”. Como a operação se limitou a espantar aquelas pessoas da Cracolândia, a PM está tendo que escoltar pelas ruas da cidade grupos de até cem pessoas cada.

As regiões que estão recebendo aqueles que vão sendo tratados como dejetos humanos, reclamam. Segundo o jornal Estado de São Paulo, moradora da outra cidade, do outro país, do outro mundo contíguo ao gueto da loucura reclamou de que “Antes, eles ficavam escondidos. Agora, ninguém tem sossego” E pediu que as autoridades encontrem “algum lugar para levá-los”.

Eis o que acontece com São Paulo. Essa é a mentalidade de uma parcela enorme da sociedade paulista. Os favorecidos pela sorte querem simplesmente ignorar os dramas sociais que uma governança voltada exclusivamente para os mais ricos gerou.

Agora, essa parcela majoritária dos paulistas que mantém há quase vinte anos no controle do Estado e da capital políticos como José Serra, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab vão percebendo que se deixam seus concidadãos se transformarem nos seres apavorantes que as imagens da Cracolândia mostram, poderão ter que recebê-los a domicílio em algum momento.

Os setores da sociedade paulistana que apoiaram que as autoridades locais deixassem o inferno florescer naquela parte da cidade já estão se perguntando sobre o propósito de uma ação policial que invade um gueto como a Cracolândia somente para espantar dali pessoas com graves problemas mentais que tendem a cometer roubos e até atos de violência sem pensar duas vezes.

Aqueles que trataram a política paulista e paulistana como disputa de futebol entre palmeirenses e corintianos, ao começarem a sentir o que a irresponsabilidade social pode gerar talvez tenham interesse em entender por que os governos estadual e municipal parecem apenas querer tirar daquela região aqueles que ameaçam a si e a todos.

Se quem nunca quis entender agora quiser, eu conto: é a especulação imobiliária, estúpido. O Bairro da Nova Luz é a nova negociata que esse grupo político que seqüestrou São Paulo está preparando.

No vídeo abaixo, você conhecerá a luta de Paula Ribas (jornalista e fundadora da Associação Amo a Luz), Simone Gatti (arquiteta e urbanista) e Raquel Rolnik (urbanista, professora e relatora especial da ONU para o direito à moradia) e entenderá por que as autoridades paulista e paulistana expulsaram da Cracolândia aquelas almas esquecidas.

http://vimeo.com/lefthandrotation/luz

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Avatar do usuário
Nazrudin
Forista
Forista
Mensagens: 7313
Registrado em: 22 Mai 2005, 19:50
---
Quantidade de TD's: 441
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#4 Mensagem por Nazrudin » 10 Jan 2012, 14:53

São Paulo está de parabéns por ser um dos poucos Estados do país que conseguiu manter e/ou diminuir o número de crimes violentos nos últimos anos, desde a era Lula. Tem Estado no Nordeste e Norte que mais do que dobrou o número de assassinatos por habitante.

O crack, todo mundo sabe, virou uma epidemia na era Lula. A política externa dele junto aos países vizinhos, sobremaneira os cocaleiros, é a grande responsável.

Após deixar que o governo de lá usurpasse as empresas brasileiras o governo petista resolveu reinventar o adágio cristão. Antes vc. levava na cara e dava a outra face, na versão petista o Brasil ainda vira a bunda. Resolveram tirar do papel uma tal de rodovia Brasil-Bolívia que já está sendo chamada de Rodovia da coca. O Brasil entra com a rodovia e a Bolívia com a coca.

A própria configuração do crime internacional mudou. Graças ao Lula e seus amigos cocaleiros o brasil é a principal rota da coca andina para a Europa. Produção mais do que dobrou. Cada vez admiro mais os paulistas.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#5 Mensagem por Compson » 10 Jan 2012, 17:22

Carnage escreveu:
Diáspora na Cracolândia é filha da especulação imobiliária
Eduardo Guimarães


(....)
Concordo com boa parte do texto, mas acho que o objetivo não é esse...

Se fosse uma ação orquestrada por interesses econômicos, teriam feito algo que funcionasse.

Mas acho que o governo do Estado só fez qualquer coisa (ou seja, mandou a PM, ao que parece, a única coisa que esse governo sabe fazer) para impedir que o Plano Antidrogas do governo federal interviesse ali em ano de eleição.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

BUCHANAN'S
Forista
Forista
Mensagens: 241
Registrado em: 17 Jul 2010, 17:34
---
Quantidade de TD's: 8
Ver TD's

Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

#6 Mensagem por BUCHANAN'S » 10 Jan 2012, 21:25

Lamentavel .. a dupla dinamica antecipou a operação com medo da intervenção do Governo Federal.

Os Centros de Recuperação ainda não estão preparados para tratar os dependentes.

Os nóias se espalharam por todos os cantos da cidade . Amigos que trabalham em Higienopolis estão preocupados com a manada de zumbis vagando pelas ruas até então tranquilas

Eles dizem que lugar de drogado é no centro velho , não no bairro deles que é limpo e bem cuidado.
:mrgreen: :mrgreen:


Promotoria considera 'desastrosa' ação na Cracolândia e abre inquérito

Ministério Público diz que operação ocorreu de maneira adiantada e sem articulação entre a PM e as secretarias


Fernanda Simas, iG São Paulo | 10/01/2012 17:20- Atualizada às 20:25

O Ministério Público (MP) de São Paulo abriu inquérito civil para apurar os objetivos e possíveis responsabilidades criminais da Ação Integrada Centro Legal, que pretende acabar com o consumo e tráfico de crack na região conhecida como Cracolândia. O inquérito também vai investigar possíveis abusos de poder por parte de policiais militares e casos de violência.

Para a Promotoria, a operação, que começou há uma semana, é “desastrosa” porque ocorreu de maneira “adiantada” e sem articulação entre a Polícia Militar e as secretarias municipais de Assistência Social e de Saúde.

“Tráfico de drogas é questão de polícia, dependente químico, não. Essa operação está servindo apenas para espalhar o problema pela cidade”, disse o promotor Eduardo Valério, da promotoria de direitos humanos da divisão da inclusão social.

Valério ressaltou que as organizações de tráfico de drogas se adequam aos consumidores e que a operação não acaba com isso. "Não acreditamos que essa operação vá acabar com o tráfico. Onde estiver o consumidor, estará o tráfico. Para eliminar o tráfico, é preciso um trabalho de inteligência".

Nesta terça-feira, promotores de Justiça de Inclusão Social, Da Infância e Juventude, de Saúde Pública, e de Habitação e Urbanismo, concederam entrevista à impressa na sede do Ministério Público, no centro de São Paulo, para explicar a abertura do inquérito civi. “Como está, de fato, não pode continuar. Há a necessidade da adoção de políticas com articulação e respeito e não com dor e sofrimento. Um Estado não pode ser o algoz do cidadão”, completa Valério.

Considerando o quanto já foi gasto na operação pelo poder público e os resultados obtidos, os promotores consideram que pessoas possam ser responsabilizadas por improbidade administrativa. De acordo com o último balanço da Polícia Militar, apenas 0,447kg de crack foi apreendido na operação até o momento. De três mil abordagens policiais, 51 pessoas foram detidas, sendo que 28 eram foragidos da Justiça. Entre as 788 abordagens de agentes da saúde, 33 foram encaminhadas para serviços de saúde e outras 28 foram internadas.

No próximo dia 13, as promotorias se reúnem com o comando da Polícia Militar e as secretarias envolvidas na operação para tentar “recuperar o leite derramado”, como disse o promotor Maurício Ribeiro Lopes, da Promotoria de Habitação e Urbanismo. Se não houver recuperação, o MP vai pedir a interrupção da operação.

Operação adiantada

Segundo os promotores, a operação deveria ocorrer só em fevereiro, depois da abertura do Complexo Prates, um centro de atendimento com capacidade para 1,2 mil usuários de drogas na Rua Prates, no Bom Retiro, e que funcionará 24 horas. “Estávamos aguardando essa inauguração [para que a ação tivesse início] e eis que fomos surpreendidos por essa operação do governo estadual que põe por terra todo o projeto que se tinha no papel”, afirmou Valério.

O projeto previa diversas medidas como a articulação entre os agentes sociais e de saúde, métodos de portas de saída para que a pessoa não saia do tratamento e retorne às ruas e ao crack. Também estavam previstas políticas de habitação e emprego. "Esperávamos que a repressão policial viesse apenas no final da operação", acrescentou o promotor.

"Não houve nada novo no início deste ano que justifique essa iniciativa violenta do governo. Se não era para esperar a inauguração [do Complexo Prates], a operação poderia ser feita no ano passado, retrasado ou há cinco anos", explicou Valério. Questionado se haveria uma motivação política por trás do início da operação, o promotor disse que é possível. "Estamos tentando entender, é possível, mas não podemos afirmar isso."

Vínculo entre agentes e dependentes

Segundo os promotores, é essencial que haja um vínculo entre os agentes sociais e os dependentes químicos para que se possa ser feito o encaminhamento para as unidades de tratamento. "A polícia boicotou o trabalho dos agentes de saúde. Agora as pessoas estão sendo enxotadas de lá. Cada um foi atirando de um lado, sem uma política de Estado", explicou o promotor Valério.

Além disso, no caso das crianças e adolescentes, é necessário o acompanhamento familiar. "Não vimos nessa operação diferença entre as abordagens de adultos e de crianças e adolescentes", afirmou a promotora da Infância e Juventude Luciana Bérgamo.

Outro lado

O governo de São Paulo enviou uma nota nesta tarde afirmando que as ações de combate ao tráfico de drogas e de assistência aos dependentes químicos foram planejadas com a Prefeitura por pelo menos três meses. "Membros do Ministério Público e do Poder Judiciário participaram de reuniões e muitas das sugestões foram contempladas", diz a nota.

Além disso, o texto afirma que os resultados obtidos nos primeiros sete dias da operação estão dentro do esperado. "O governo do Estado de São Paulo vê com bons olhos todos os esforços de outras instituições, como o Ministério Público, para aperfeiçoar o combate a esta chaga social", conclui.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/s ... 80981.html

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

#7 Mensagem por Carnage » 10 Jan 2012, 21:42

Já tratado aqui:
viewtopic.php?p=1628034&sid=44aac24893805af09d4b1ebdc5995774#p1628034

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Sempre Alerta
Forista
Forista
Mensagens: 1538
Registrado em: 21 Jul 2005, 14:11
---
Quantidade de TD's: 220
Ver TD's

Re: Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

#8 Mensagem por Sempre Alerta » 10 Jan 2012, 22:09

Carnage escreveu:Já tratado aqui:
viewtopic.php?p=1628034&sid=44aac24893805af09d4b1ebdc5995774#p1628034
Senhores Moderadores,

Para que não haja vários tópicos abordando um mesmo assunto, não seria mais adequado unificá-los num único tópico???

Obrigado!

SA

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#9 Mensagem por Carnage » 10 Jan 2012, 22:19

Off-topico, que não é exatamente sobre segurança pública.
Nazrudin escreveu:São Paulo está de parabéns por ser um dos poucos Estados do país que conseguiu manter e/ou diminuir o número de crimes violentos nos últimos anos
Em São Paulo dados de queda de criminalidade também são maquiados
http://mariafro.com.br/wordpress/2011/10/24/29015/

São Paulo se assusta com números da violência no bairro do Morumbi
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noti ... rumbi.html

Números da criminalidade nas ruas de SP que a Secretaria não divulga
http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 0468,0.htm

São Paulo registra 30 arrastões em restaurantes este ano
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... 05,00.html

A insegurança em São Paulo
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -sao-paulo

Polícia registra 19 arrastões a condomínios este ano em SP
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2 ... em-sp.html

SP: Homens da segurança não estão em guerra contra o crime
http://terramagazine.terra.com.br/inter ... crime.html

Coordenador de estatísticas do Estado vende dado sigiloso
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... loso.shtml

Alckmin x Serra: vídeo mostra que guerra está feia também na área de Segurança
http://www.rodrigovianna.com.br/plenos- ... ranca.html

São Paulo: as execuções sumárias continuam
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j ... g9q7JXLZXA

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

#10 Mensagem por Carnage » 10 Jan 2012, 22:20

Sempre Alerta escreveu:
Carnage escreveu:Já tratado aqui:
viewtopic.php?p=1628034&sid=44aac24893805af09d4b1ebdc5995774#p1628034
Senhores Moderadores,

Para que não haja vários tópicos abordando um mesmo assunto, não seria mais adequado unificá-los num único tópico???

Obrigado!

SA
Acho que talvez os meus posts possam ser trazidos pra cá, já que o assunto é mais específico.

Ou se tudo for unificado transformar num tópico sobre drogas em geral.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Avatar do usuário
Nazrudin
Forista
Forista
Mensagens: 7313
Registrado em: 22 Mai 2005, 19:50
---
Quantidade de TD's: 441
Ver TD's

Re: Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

#11 Mensagem por Nazrudin » 11 Jan 2012, 08:57

Que a segurança Pública é um problema seríssimo no Brasil ninguém discute. Que está diretamente relacionado com o tráfico de drogas, também. Que no estado de São Paulo, que fica no Brasil, o problema segue gravíssimo, é redundância. Que no governo Lula a criminalidade e o tráfico de drogas aumentou assustadoramente é chover no molhado.

Quero saber do aumento da criminalidade de São Paulo comparativamente com outros estados, que foi meu argumento.

Qualquer lugar do país vc. consegue colar quantos notícias crime que vc. quizer.

Segurança Pública já!

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Gilmor
Forista
Forista
Mensagens: 753
Registrado em: 11 Ago 2011, 23:48
---
Quantidade de TD's: 0
Ver TD's

Re: Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

#12 Mensagem por Gilmor » 11 Jan 2012, 10:38

Nazrudin escreveu:Que a segurança Pública é um problema seríssimo no Brasil ninguém discute.
A segurança publica é um problema global, embora no Brasil o problema seja grave, a coisa está ficando feia tambem em alguns países europeus.
Nazrudin escreveu:Que está diretamente relacionado com o tráfico de drogas, também. !
Quanto ao trafico de drogas, não sei se o agravamento da criminalidade é causa ou conseqüência de políticas equivocadas no tratamento do assunto.

Em países que adotaram políticas de descriminalização em relação as drogas houve significativa diminuição da criminalidade
Nazrudin escreveu:Que no governo Lula a criminalidade e o tráfico de drogas aumentou assustadoramente é chover no molhado.
Dizer que a criminalidade aumentou no governo Lula é uma meia verdade, uma vez que isso vem ocorrendo em todos os governos, no governo FHC houve um enorme incremento na criminalidade, o mesmo se deu nos governos Itamar, Collor, Sarney,...

É mais uma tendência da sociedade moderna do que fruto da política de determinado governo.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

florestal
Forista
Forista
Mensagens: 3306
Registrado em: 08 Ago 2004, 09:15
---
Quantidade de TD's: 127
Ver TD's

Operação desastrosa de Kassab e Alkmim na cracolandia

#13 Mensagem por florestal » 11 Jan 2012, 14:43

Gilmor escreveu:Dizer que a criminalidade aumentou no governo Lula é uma meia verdade, uma vez que isso vem ocorrendo em todos os governos, no governo FHC houve um enorme incremento na criminalidade, o mesmo se deu nos governos Itamar, Collor, Sarney,...

É mais uma tendência da sociedade moderna do que fruto da política de determinado governo.
Luiz Eduardo Soares lança livro nesta terça-feira, em 04.09.2006

O sociólogo Luiz Eduardo Soares, uma das maiores autoridades em se tratando de questões de segurança pública, vai lançar, no próximo dia 5 (terça-feira), no Rio, o seu mais novo livro Segurança tem saída. Editado pela Sextante, o livro terá noite de autógrafos na Livraria Arteplex Unibanco, Praia de Botafogo, 316, no Rio de Janeiro.

Luiz Eduardo, como se sabe, em 2005, publicara Cabeça de Porco, em parceria com MV Bill e Celso Athayde, pela editora Objetiva, ampla reportagem ou etnografia – como outros prefeririam - sobre a violência e a juventude pobre, em nove estados brasileiros. O livro ultrapassou a marca dos 30 mil exemplares vendidos. Em 2006, publicou dois novos livros: Elite da Tropa, em parceria com André Batista e Rodrigo Pimentel, sobre as polícias fluminenses (editora Objetiva); e Legalidade Libertária, sobre segurança pública, política e sociedade no Brasil (editora Lumen-Juris).

De janeiro de 1999 a 17 de março de 2000, Luiz Eduardo Soares foi subsecretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e, entre outubro de 1999 e março de 2000, coordenador de Segurança, Justiça, Defesa Civil e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido eleito Homem de Idéias de 2000 por um júri instituído pelo Jornal do Brasil. Sua política de segurança tornou sua rotina no Rio de Janeiro um cotidiano combate a vícios históricos alimentados pela acomodação, conivência e covardia.

Ao longo do ano de 2001, integra juntamente com Benedito Mariano, Antonio Carlos Biscaia e Roberto Aguiar, a Coordenação do Plano Nacional de Segurança do Instituto de Cidadania, ONG presidida por Luis Inácio (Lula) da Silva. O Plano - que propõe um conjunto sistêmico de políticas preventivas, voltadas principalmente para a juventude, e reformas profundas nas instituições da segurança pública, particularmente nas polícias, com a criação do Sistema Único de Segurança Pública, o SUSP - torna-se bandeira da candidatura Lula à presidência.

Em janeiro de 2003, torna-se Secretário Nacional de Segurança Pública. Dá ínício à implementação do Plano, cuja formulação (co)coordenara. Até outubro, obtém a adesão ao SUSP de todos os governadores de Estado, que endossam carta de intenções, comprometendo-se a adotar as reformas institucionais e as políticas preventivas sistêmicas, contando com o apoio federal, que se traduziria em proposições normativas encaminhadas ao Congresso e no repasse de recursos. Em outubro, dossiê apócrifo chega à imprensa com diversas acusações contra sua gestão. Luiz Eduardo decide deixar a Secretaria para impedir a escalada das agressões ao governo e proteger sua honra pessoal. A defesa que o governo lhe prometera não vem. As investigações prometidas sobre a origem do dossiê não se realizam. Os suspeitos de elaborarem o dossiê apócrifo são promovidos, no governo federal. As fontes do vazamento para a imprensa do dossiê apócrifo com as acusações falsas atestam a natureza política do dossiê e confirmam a existência de um procedimento planejado, que visava afastar Luiz Eduardo do governo, se possível atingindo sua credibilidade pessoal. Havia quem não desejasse a presença de Luiz Eduardo numa área que se caracteriza pelo acesso a informações. Havia quem não desejasse que Luiz Eduardo pudesse tornar-se um crítico de algumas práticas que se desenvolviam nos bastidores –como, hoje, retrospectivamente, as CPIs estão comprovando.

Compreendendo o significado do processo em curso, Luiz Eduardo desfilia-se do PT, ainda em outubro de 2003, e chama a atenção da opinião pública para a degradação do governo federal, acompanhada da conversão do PT numa versão do PRI mexicano, cuja característica foi, ao longo do século XX, a combinação de uma retórica popular reformista – quando não revolucionária - com o clientelismo patrimonialista e conservador, a renúncia aos compromissos sociais, democráticos e republicanos, a corrupção e o aparelhamento do Estado.

Atualmente, Luiz Eduardo Soares é candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro.
http://portal.pps.org.br/portal/showData/56625
Tranquila e infalível como Bruce Lee

Luiz Eduardo Soares - Outubro 2011

Os primeiros nove meses do governo Dilma, na segurança pública, foram decepcionantes.
A decepção decorre do contraste entre as expectativas suscitadas pelos excelentes nomes escalados para enfrentar o desafio e a postura da presidente, que prefiro descrever a qualificar, por respeito ao cargo e à sua biografia.

O começo foi alvissareiro, com a nomeação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que encheu de esperança até os céticos.

O primeiro ato do novo ministro justificou o otimismo. Foram convidados Regina Mikki e Pedro Abramovay para as secretarias de segurança e de políticas para as drogas.

Escolhas irretocáveis, cujos significados prenunciavam avanços. Some-se a isso uma vitória do ministro ao obter o deslocamento da secretaria responsável pela política sobre drogas para o Ministério da Justiça. Ainda que o ideal fosse inseri-la no Ministério da Saúde, tratava-se de um passo positivo da maior importância.

Na sequência, mais um alento: em entrevista a O Globo, Pedro mostrava quão perversa vinha sendo a escalada do encarceramento no Brasil, cujas taxas de crescimento já eram campeãs mundiais: desde 2006, o tipo penal que concentrava o foco das ações repressivas correspondia à prática da comercialização de drogas ilícitas sem armas, sem violência, sem envolvimento com organizações criminosas.

De meados dos anos 90 até hoje, passamos de 140 mil a mais de 500 mil presos. Em termos absolutos, só perdemos para a China e para os Estados Unidos. Era preciso mudar a abordagem do problema.

Por aí ficou Pedro, mas já era suficiente para disseminar o entusiasmo em tantos de nós.

Enquanto a taxa média nacional de esclarecimento de homicídios dolosos é de 8% (92% dos homicidas permanecem impunes, nem sequer são identificados nas investigações policiais), o país entope penitenciárias de jovens pobres, com baixa escolaridade, não violentos, que negociavam drogas no varejo.

Ao condená-los à privação de liberdade em convívio com grupos profissionais e organizados, que futuro estamos preparando para eles e para a sociedade?

Não há uso mais inteligente para os R$ 1.500 mensais gastos com cada jovem preso que não cometeu violência? É preciso impor limites, mas também ampará-los na construção de alternativas.

Veio a primeira frustração: a presidente ordenou ao ministro que desconvidasse Pedro Abramovay. A ordem presidencial caiu como um raio, fulminando a confiança que se consolidava e expandia.

Enquanto isso, o Brasil continua sendo o segundo país do mundo em números absolutos de homicídios dolosos — em torno de 50 mil por ano —, atrás apenas da Rússia.

Para reverter essa realidade dramática, uma equipe qualificada do ministério trabalhou todo o primeiro semestre na elaboração de um plano de articulação nacional para a redução dos homicídios dolosos, valorizando a prevenção mas com ênfase no aprimoramento das investigações.

Um plano consistente e promissor, que não transferia responsabilidades à União, mas a levava a compartilhar responsabilidades práticas. Em meados de julho, chegou a data tão esperada: o encontro com a presidente. O ministro passou-lhe o documento, enquanto o técnico preparava-se para expô-lo.

Rápida e eficaz, tranquila e infalível como Bruce Lee, a presidente antecipou-se: homicídios? Isso é com os Estados. Pôs de lado o documento e ordenou que se passasse ao próximo ponto da pauta.

----------

Luiz Eduardo Soares é antropólogo e autor, entre outros, de Justiça (Nova Fronteira, 2011). Foi secretário nacional de Segurança Pública (2003).

http://www.acessa.com/gramsci/?page=visualizar&id=1422
Muito interessante o blog desse especialista em segurança, vale a pena conferir:
http://luizeduardosoares.blogspot.com/

*

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

BUCHANAN'S
Forista
Forista
Mensagens: 241
Registrado em: 17 Jul 2010, 17:34
---
Quantidade de TD's: 8
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#14 Mensagem por BUCHANAN'S » 11 Jan 2012, 17:29

Nazrudin escreveu:O crack, todo mundo sabe, virou uma epidemia na era Lula. A política externa dele junto aos países vizinhos, sobremaneira os cocaleiros, é a grande responsável..
Estamos falando de SP . Em algum momento o Pres. Lula governou SP ? Se sim favor informar o periodo.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Avatar do usuário
Nazrudin
Forista
Forista
Mensagens: 7313
Registrado em: 22 Mai 2005, 19:50
---
Quantidade de TD's: 441
Ver TD's

Re: FHC defende descriminalização da maconha para uso pessoal

#15 Mensagem por Nazrudin » 11 Jan 2012, 17:42

BUCHANAN'S escreveu:
Nazrudin escreveu:O crack, todo mundo sabe, virou uma epidemia na era Lula. A política externa dele junto aos países vizinhos, sobremaneira os cocaleiros, é a grande responsável..
Estamos falando de SP . Em algum momento o Pres. Lula governou SP ? Se sim favor informar o periodo.
Bem que ele tentou...rsrsrs

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Responder

Voltar para “Assuntos Gerais - OFF Topic - Temas variados”