Viram turminha do mimimi, apresente seu crachá de humano que vc. também pode fazer uso da expressão. Sem cotas e sem discriminação.Tricampeão escreveu:O conceito não é meu, amigo, é patrimônio da humanidade.kank escreveu:facil observar que pelo seu conceito de turma do mimimi vc pertence a ela tendo em vista que vc ja esta ofendendo antes mesmo da turminha chegar
20/11 - Dia da Consciência Negra
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Algumas vezes andando pela cidade, vejo pessoas usando aquela camiseta "100% negro", por exemplo, se eu andasse por ai com uma camisa escrita "100% branco", me chamariam de racista, nazista ou coisa parecida.
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Eu li, caro Rapaz Solitário, o terror (digo, o filme de horror) das boates de São Paulo.rapaz solitário 2 escreveu:Alguém leu meu post na página anterior sobre a parte indígena e cabocla brasileira?
OLha, olha, fica calmo Rapaz....
Seguinte cara, a visão dos principais analistas do tema é que, se vc resolve o problema dos PRETOS, vc automaticamente traz junto índios, cafuzos, mulatos e caboclos. Pelo seguinte motivo: o preconceito no Brasil é de cor. Quanto mais melanina na pele, pior é o preconceito. Logo, como o grupo dito dos pardos possuem menos melanina que um PRETO, daí, esses possuem uma janela de oportunidades maior. Parece simplista, mas é assim mesmo que funciona.
Quanto a identidade cultural desses povos. É difícil dizer. Tirando os índios de verdade, acredito que os outros pretos e inclusive os brancos (pobres), praticamente comungam do mesmo universo cultural. Dividem junto as mesmas tradições, sendo esta uma questão muito mais regionalizada do que algo pra se tratar como único de norte a sul. Numa festa de reis, ou num congado, vc não aponta quem é branco, índio ou negro, são todos mantendo a mesma tradição secular. O mesmo vale para uma reunião de samba de partido alto, capoeira de rua, candomblé, etc. São todos bem vindos e isso já algo que transcende barreiras raciais (etnicas). Ai conseguimos entrar em algo maior, que se chama civilização brasileira.
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Nazrudin escreveu: Sou daqueles que nega a distinção de raças entre humanos e qualquer tentativa de institucionaliza-la por acreditar que isso fomenta a discriminação, que não nego existir por critérios de diferenciação física.
A questão não é vc negar distinção de raças, a questão é que elas não existem.
Não existem “raças humanas”. O conceito de raça para seres humanos é resultado de uma ciência errada. É cientificamente comprovado que todos os seres humanos, de todas as etnias são 99,9999% idênticos e com as mesmas capacidades. Ou seja, todos os seres humanos são absolutamente iguais. As diferenças existentes se dão devido a necessidades de adaptações a ambientes e climas, mas são adaptações meramente de fenótipo. Isso reflete na cor da pele, textura dos cabelos, formação dos órgãos faciais, tamanho, etc. Significa dizer que quanto mais próximo um grupo humano estiver do outro, mais parecidos eles serão e quanto mais distante, mais diferentes.
Outro fator que vale ressaltar, porque parece ser o xodó de muita gente é que, não existe grupo étnico mais inteligente que o outro ou com maior capacidade intelectual. O desenvolvimento dos povos é muito curioso e vai surpreender muita gente que queira se aprofundar no assunto, mas não tem nada haver com a cor dos olhos, posição no GPS ou coisas do gênero.
Só que apesar de todos saberem que raça é um conceito errado, ele continua tendo um poder tremendo nas relações pessoais e políticas. As pessoas se interagem umas com as outras tendo esse conceito errado em mente e a partir daí, tomam suas decisões. É este conceito que permitiu que um país rico como o Brasil, tivesse as distorções que possuem para os diversos grupos étnicos. O caso mais extremo e sempre usado como exemplo de onde o conceito pode chegar, é a teoria nazi-fascista alemã.
Agora, existe um problema.
Enquanto o conceito de raça foi usado para oprimir e marginalizar os não-brancos no Brasil, estava ótimo, não é mesmo?? Mas quando ele pode ser usado para melhorar suas qualidades de vida, aí não pode, porque os políticos e intelectuais irão dizer: “sinto muito, não posso ajudá-los, raça não existe”. Isso é justo??
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Pastor, faz sentido o que você diz sobre resolver o problema de todos se focando no principal. Mas, não é bem isso que se divulga ou aparece pras pessoas. Sempre fica a sensação de que só existem negros e brancos no Brasil, deixando de fora os indios, caboclos, cafuzos (dentre os necessitados) e amarelos. Muitos podem pensar que é besteira criar grupos diversos pra cada um tomar as suas providências quando é mais fácil fazer isso em um único grupo. Só que, pra fortalecer o que eu reclamo, aliado a isso, tem a tal classificação que todo pardo é igual a negro. E você deve saber muito bem que, dentre esses pardos, há muitos caboclos, e estão no Brasil todo, principalmente nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Uma pessoa que não é negra ser classificada como negra, por conta dessa classificação errônea, é injusta.
E, comentando o seu post sobre não existir raças, pois bem: pode até ser comprovado cientificamente, mas isso vai fazer diferença na cabeça das pessoas? Não! O termo raça serve como mera referência pra se distinguir a aparência das pessoas, sem necessariamente isso significar que um é melhor que o outro. E, pelo o que eu noto, essa afirmação de que raças não existem parece só repercutir aqui no Brasil, pois o termo raça continua a ser usado normalmente nos EUA e Europa, por exemplo. Agora, no que se trata de dizer que todo ser humano tem capacidades iguais, ai há controvérsias, pois podemos citar algumas coisas como: os negros terem maior força física que os demais povos (alguém vai ver um não-negro vencer os 100m rasos nas Olimpíadas, algum dia? Ou pior ainda: quebrar o recorde mundial?); brancos têm melhor visão noturna que os negros, tanto que isso leva ao exército americano a preferir brancos que os negros em ações noturnas; diferenças físicas, como tamanho de genitálias e nádegas (se bem que isso pode ser visto como mito, de todo negro ter pinto grande e todo oriental ter pinto pequeno. Vai saber... ); que amarelos costumam ser mais inteligentes que os demais.
O quanto disto acima é fato, não tenho certeza, mas já li a respeito de algumas coisas como sendo fato. E não vejo tais coisas como absolutas entre si (que todo amarelo é mais inteligente que qualquer outro povo, por exemplo), mas como uma tendência, apenas. Mas, independente de tais coisas serem fatos, ou não, dizer que somos todos iguais não resolve o problema de intolerância, pois há muitos motivos pra tais coisas acontecerem.
E, comentando o seu post sobre não existir raças, pois bem: pode até ser comprovado cientificamente, mas isso vai fazer diferença na cabeça das pessoas? Não! O termo raça serve como mera referência pra se distinguir a aparência das pessoas, sem necessariamente isso significar que um é melhor que o outro. E, pelo o que eu noto, essa afirmação de que raças não existem parece só repercutir aqui no Brasil, pois o termo raça continua a ser usado normalmente nos EUA e Europa, por exemplo. Agora, no que se trata de dizer que todo ser humano tem capacidades iguais, ai há controvérsias, pois podemos citar algumas coisas como: os negros terem maior força física que os demais povos (alguém vai ver um não-negro vencer os 100m rasos nas Olimpíadas, algum dia? Ou pior ainda: quebrar o recorde mundial?); brancos têm melhor visão noturna que os negros, tanto que isso leva ao exército americano a preferir brancos que os negros em ações noturnas; diferenças físicas, como tamanho de genitálias e nádegas (se bem que isso pode ser visto como mito, de todo negro ter pinto grande e todo oriental ter pinto pequeno. Vai saber... ); que amarelos costumam ser mais inteligentes que os demais.
O quanto disto acima é fato, não tenho certeza, mas já li a respeito de algumas coisas como sendo fato. E não vejo tais coisas como absolutas entre si (que todo amarelo é mais inteligente que qualquer outro povo, por exemplo), mas como uma tendência, apenas. Mas, independente de tais coisas serem fatos, ou não, dizer que somos todos iguais não resolve o problema de intolerância, pois há muitos motivos pra tais coisas acontecerem.
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- Nazrudin
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Exato, é isso mesmo, não existem e instituiciona-las é um erro. Até onde sei o critério para cotas não é melanímico e sim a afro-descendência, especialmente baseado no conceito de raça negra. Duas coisas distintas, costumam andar juntas mas nem sempre. O desenvolvimento dos povos depende de inúmeros fatores, que passam ao largo do fenótipo e devem ser analizados dentro de um contexto histórico. Alguns países africanos já foram grandes potências. Hj. algumas grandes potências econômicas e tecnológicas não são européias. As distorções no Brasil envolvem diversos aspectos culturais, focar no racismo não me parece correto.O Pastor escreveu:Nazrudin escreveu: Sou daqueles que nega a distinção de raças entre humanos e qualquer tentativa de institucionaliza-la por acreditar que isso fomenta a discriminação, que não nego existir por critérios de diferenciação física.
A questão não é vc negar distinção de raças, a questão é que elas não existem.
Não existem “raças humanas”. O conceito de raça para seres humanos é resultado de uma ciência errada. É cientificamente comprovado que todos os seres humanos, de todas as etnias são 99,9999% idênticos e com as mesmas capacidades. Ou seja, todos os seres humanos são absolutamente iguais. As diferenças existentes se dão devido a necessidades de adaptações a ambientes e climas, mas são adaptações meramente de fenótipo. Isso reflete na cor da pele, textura dos cabelos, formação dos órgãos faciais, tamanho, etc. Significa dizer que quanto mais próximo um grupo humano estiver do outro, mais parecidos eles serão e quanto mais distante, mais diferentes.
Outro fator que vale ressaltar, porque parece ser o xodó de muita gente é que, não existe grupo étnico mais inteligente que o outro ou com maior capacidade intelectual. O desenvolvimento dos povos é muito curioso e vai surpreender muita gente que queira se aprofundar no assunto, mas não tem nada haver com a cor dos olhos, posição no GPS ou coisas do gênero.
Só que apesar de todos saberem que raça é um conceito errado, ele continua tendo um poder tremendo nas relações pessoais e políticas. As pessoas se interagem umas com as outras tendo esse conceito errado em mente e a partir daí, tomam suas decisões. É este conceito que permitiu que um país rico como o Brasil, tivesse as distorções que possuem para os diversos grupos étnicos. O caso mais extremo e sempre usado como exemplo de onde o conceito pode chegar, é a teoria nazi-fascista alemã.
Agora, existe um problema.
Enquanto o conceito de raça foi usado para oprimir e marginalizar os não-brancos no Brasil, estava ótimo, não é mesmo?? Mas quando ele pode ser usado para melhorar suas qualidades de vida, aí não pode, porque os políticos e intelectuais irão dizer: “sinto muito, não posso ajudá-los, raça não existe”. Isso é justo??
Vc. falou em não-brancos, como se fossem todos negros e pudessem fazer uso de cotas, o que não é verdade. Não-brancos é a grandecíssima parte da população brasileira. Principalmente o tal do pardo, que é esse mosaico humano tão a cara do Brasil.
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- Nazrudin
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Realmente, tem todas essa misturas que vc. falou aí e muito mais. A questão é simples. Cientificamente não existem diferentes raças em humanos. Entre os cachorros, existem diferenciações funcionais que permitem essa subdivisão, entre humanos não. Somos muito parecidos, em algum momento da humanidade fomos quase extintos e veio daí a linhagem humana, como pouca variabilidade genética. Entre alguns grupos de chipanzé a variedade é maior só para vc. ter idéia. Cor da pele, formato dos pelos, nariz, representam pouca variação geneticamente falando. Vc. falou em força física dos negros e parece novamente estar confundindo conceitos. Existem algumas regiões da África onde vc. encontra pessoas (e portanto seus descendentes) com as fibras musculares de abalo rápido (acho que é isso) mais desenvolvidas e isso favorece em esportes como o atletismo. Já outros tipos de fibra favorecem outros esportes como levantamento de pesos por exemplo, outras características favorecem a resistência, todas podendo ser chamadas características de força. Além de aspectos culturais, vc. observa que certos esportes favorecem tipos físicos diferentes. Quanto ao tamanho da genitália... rapaz solitário... vc. está entrando em seara perigosíssima...rapaz solitário 2 escreveu:Pastor, faz sentido o que você diz sobre resolver o problema de todos se focando no principal. Mas, não é bem isso que se divulga ou aparece pras pessoas. Sempre fica a sensação de que só existem negros e brancos no Brasil, deixando de fora os indios, caboclos, cafuzos (dentre os necessitados) e amarelos. Muitos podem pensar que é besteira criar grupos diversos pra cada um tomar as suas providências quando é mais fácil fazer isso em um único grupo. Só que, pra fortalecer o que eu reclamo, aliado a isso, tem a tal classificação que todo pardo é igual a negro. E você deve saber muito bem que, dentre esses pardos, há muitos caboclos, e estão no Brasil todo, principalmente nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Uma pessoa que não é negra ser classificada como negra, por conta dessa classificação errônea, é injusta.
E, comentando o seu post sobre não existir raças, pois bem: pode até ser comprovado cientificamente, mas isso vai fazer diferença na cabeça das pessoas? Não! O termo raça serve como mera referência pra se distinguir a aparência das pessoas, sem necessariamente isso significar que um é melhor que o outro. E, pelo o que eu noto, essa afirmação de que raças não existem parece só repercutir aqui no Brasil, pois o termo raça continua a ser usado normalmente nos EUA e Europa, por exemplo. Agora, no que se trata de dizer que todo ser humano tem capacidades iguais, ai há controvérsias, pois podemos citar algumas coisas como: os negros terem maior força física que os demais povos (alguém vai ver um não-negro vencer os 100m rasos nas Olimpíadas, algum dia? Ou pior ainda: quebrar o recorde mundial?); brancos têm melhor visão noturna que os negros, tanto que isso leva ao exército americano a preferir brancos que os negros em ações noturnas; diferenças físicas, como tamanho de genitálias e nádegas (se bem que isso pode ser visto como mito, de todo negro ter pinto grande e todo oriental ter pinto pequeno. Vai saber... ); que amarelos costumam ser mais inteligentes que os demais.
O quanto disto acima é fato, não tenho certeza, mas já li a respeito de algumas coisas como sendo fato. E não vejo tais coisas como absolutas entre si (que todo amarelo é mais inteligente que qualquer outro povo, por exemplo), mas como uma tendência, apenas. Mas, independente de tais coisas serem fatos, ou não, dizer que somos todos iguais não resolve o problema de intolerância, pois há muitos motivos pra tais coisas acontecerem.



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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
falar que é mais simples fiscalizar cota racial do que social é besteira
como sera feita esta fiscalização as pessoas teram que apresentar sua arvore genealogica ?
ou teremos uma tabelinha com graduações de cores e sera apenas aprximar esta tabela do candidato e ver se ele se encaixa nas cotas?
existem noticias de pessoas que fraudaram o sistema de cotas
ja para o sistema de cotas sociais existem documentos ja utilizados atualmente que poderiam ser apresentados para a comprovação
como sera feita esta fiscalização as pessoas teram que apresentar sua arvore genealogica ?
ou teremos uma tabelinha com graduações de cores e sera apenas aprximar esta tabela do candidato e ver se ele se encaixa nas cotas?
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
rapaz solitário 2 escreveu: Agora, no que se trata de dizer que todo ser humano tem capacidades iguais, ai há controvérsias, pois podemos citar algumas coisas como: os negros terem maior força física que os demais povos (alguém vai ver um não-negro vencer os 100m rasos nas Olimpíadas, algum dia? Ou pior ainda: quebrar o recorde mundial?); brancos têm melhor visão noturna que os negros, tanto que isso leva ao exército americano a preferir brancos que os negros em ações noturnas; diferenças físicas, como tamanho de genitálias e nádegas (se bem que isso pode ser visto como mito, de todo negro ter pinto grande e todo oriental ter pinto pequeno. Vai saber... ); que amarelos costumam ser mais inteligentes que os demais.
Caro Rapaz Solitário,
Como eu disse, o conceito de “raça” em seres humanos é resultado de uma má ciência, lá do final do século XIX. Biologicamente, somos todos iguais e pronto.
É diferente de gatos, cachorros, ursos, lobos, jacarés, cobras, cuja biologia varia, justificando muitas vezes o conceito de raça. Se europeus e estadunidenses, ou seja lá mais quem for, não conseguem entender isso, então, estão se apegando a um conceito errado. O que existe são ETNIAS diferentes, que se parecem mais ou menos, na medida em que estão próximas ou distantes uma das outras. Por isso, os cambojanos são mais parecidos com os japoneses do que com os poloneses, por exemplo; e os poloneses são mais parecidos com os ingleses, do que com os etíopes, e assim por diante.
O conceito é errado, disto não tenho a menor dúvida, o que acontece é que mesmo assim, ele é utilizado no nosso dia a dia como, CORRETO. É utilizado tanto nas relações do cotidiano, como nas relações políticas de estado. É um conceito profundamente ARRAIGADO entre os seres humanos.
As diferenças que vc citou sobre a força nos negros, a visão nos brancos e a inteligência nos amarelos não tem tanto haver com o fato de que a biologia de um seja diferente do outro. Pode muito bem ser justificada pelo ambiente, geografia, tipo de dieta e as adaptações por eles exigidas, isto considerando que estes povos ficaram isolados por milhares de anos. Bem como as doenças que recaem mais sobre um grupo, do que sobre outro.
Os brancos são mais propensos a ataques do coração, mas isso não quer dizer que todos os brancos possuem coração fraco. Os negros da região centro-ocidental da África, na média, possuem mais facilidade para o crescimento de músculos, mas isso não quer dizer que todo negro dessa região seja marombado (e de pênis gigante). Conheço japoneses que são burros como uma porta, assim como há muitos brancos que são mais cegos que uma toupeira. Essas teses só se justificariam se todo negro fosse NATURALMENTE forte como um cavalo, todo branco tivesse visão de águia e todo amarelo fosse inteligente como um Einstein. Tudo sem exceção, de maneira hereditaria. Aí sim, vc poderia dizer que somos de raças diferentes, porque aí teríamos algo que nos diferenciasse profundamente. Como isso não acontece, prevalece o conceito de ETNIA sobre o de RAÇA.
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Eu entendo que existem diferenças de fenótipo muito grandes entre os brasileiros. Salvo me engano, o IBGE possui estatísticas separadas para negros e pardos. Juntar os dois grupos num saco só, se deve a uma simplificação da mídia, mas o censo é muito claro quanto a isso.rapaz solitário 2 escreveu: Só que, pra fortalecer o que eu reclamo, aliado a isso, tem a tal classificação que todo pardo é igual a negro. E você deve saber muito bem que, dentre esses pardos, há muitos caboclos, e estão no Brasil todo, principalmente nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Uma pessoa que não é negra ser classificada como negra, por conta dessa classificação errônea, é injusta.
Mas, vc parece querer levantar a tese de que os pardos, em especial os caboclos, são um grupo étnico inteiramente distinto dos negros e brancos, e deveriam ser considerados como tal. Vou tentar te explicar, porque o seu conceito é errado na concepção, embora possa estar certo na origem.
O que devemos nos perguntar é quem é pardo e quem é negro e até, quem é branco no Brasil. O nosso país praticou ao longo de sua história uma política de “branqueamento” forçado, negando no limite do possível qualquer menção à negritude ou indigena, sobretudo nas estatísticas. Algo semelhante ao que os argentinos fizeram, porque hoje em dia pouca gente sabe que relativamente falando, haviam tantos negros na Argentina quanto no Brasil, no meio do século XIX. Essa população negra argentina simplesmente desapareceu (outra história, pra se contar em outra oportunidade). É semelhante ao que se tentou fazer no Brasil, mas que não deu certo. Logo, no Brasil ninguém sabe ao certo quem é o que. Os limites entre ser pardo e ser negro são sugeridos baseados em conceitos meramente superficiais que ficam muito mais a critério de cada cidadão. O nosso IBGE permite que cada um se declare como quiser. Um negro africano, pode muito bem se declarar como pardo, há uns 30 anos atrás ele poderia se declarar até como branco se quisesse. Hoje em dia o IBGE, usando de bom senso, permite que um negro se declare apenas como pardo ou negro, não mais como branco. Já um pardo, de pele mais clara, pode se declarar branco caso queira. Na verdade, oficialmente falando, nem mesmo o estado brasileiro sabe o que é um cidadão pardo ou negro ou porque um cidadão se autoconsidera branco, pardo ou negro. Fica-se subentendido que é uma escolha de cada um e pronto.
Mas sobre os pardos, a designação de caboclo, até a alguns anos atrás, era dada a combinação “racial” entre índios e brancos. Cafuzos são índios com negros e mulatos são brancos com negros. Poder-se-ia tratar cada caso como um caso diferente, como vc sugere, se no Brasil, fosse OBRIGATÓRIO o registro de tais divisões em cartório. Aí sim, vc teria oficialmente um grupo de caboclos, cafuzos e mulatos, além de negros puros, brancos puros, índios puros e o que mais houvesse. Acontece que isso nunca foi feito por aqui. Ainda assim, mesmo que o estado não reconhecesse, poder-se-ia sugerir essas diferenças pela força dos elementos sociais. Eu quero dizer é que, poder-se-ia haver um grupo estatístico de caboclos, desde que estes comungassem de uma cultura, religiosidade e idiomas totalmente distintos dos demais grupos. Mas não é isso que acontece. As diferenças que existem no Brasil são de cunho unicamente regionais. NO geral, um negro puro pode a gerações fazer parte das tradições caboclas do interior de São Paulo ou da Bahia, por exemplo. Não necessariamente precisaria ser um indivíduo filho de índio e branco. Muitas vezes, vc não consegue saber quem é negro puro e quem é mulato baseado apenas no olhar. Não existe uma cultura ou um idioma, unicamente mulato, ou unicamente negra. Por isso não se justifica a separação destes entes em blocos.
E além da semelhança sócio-cultural, há também as semelhanças econômicas. Percebe-se estatisticamente que os pardos possuem uma realidade econômica muito semelhante a dos negros. Se essa diferença econômica fosse mais acentuada, também seria obrigatória a distinção de um grupo em relação ao outro. Há na verdade uma minúscula superioridade econômica dos pardos sobre os negros que se justifica exatamente devido ao parâmetro CÔR da pele, que é mais atenuante nos negros. Lembremo-nos que o preconceito brasileiro é em relação à cor, não à “raça”.
Um exemplo marcante, que justificaria a tua tese.
Havia alguns grupos de negros na região de Louisiana nos EUA, que até o início do século XX, eram totalmente distintos dos demais negros estadunidenses. Eles eram denominados creoles. Não haviam experimentado a escravidão, e eram em geral mulatos descendentes de franceses e africanos e falavam o idioma francês, ao invés do inglês. Neste caso, vc justificaria a existência de um outro grupo étnico à parte.
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Tentando respoder ao Nazrudin e ao Pastor:
Eu mesmo citei, no fim do meu post, que tais idéias de diferença entre povos podem ser vistas a principio como algo generalizado, mas que eu penso que isso significa apenas uma tendência, de se esperar que tal grupo tenha uma grande proporção de indivíduos com caracteristicas diversas. Agora, o fato de que tais diferenças se deram por conta de influências geográficas, por conta do isolamento, não muda o fato de que tais diferenças se tornaram destaque entre ambos os povos. Não estou querendo fomentar que exista superioridade entre um povo e outro, mas apenas citar que não seria necessário seguir uma regra pra se determinar "certas" diferenças entre os povos em geral.
E, quanto à explicação do Pastor a respeito de distinções étnicas, eu penso o seguinte: se for comparar com outros países, existirão pessoas brancas, negras, amarelas, vermelhas e misturadas, que podem ter muita coisa em comum, e mesmo assim, haverá distinção entre ambos. Se trata da maneira como tais povos lidam entre si. Agora, o exemplo que você citou poderia mostrar impossibilidade de se diferenciar os povos, mas, também, não quer dizer que todo mundo tenha que ser considerado igual (no caso, pardos em geral iguais a negros). Você citou sobre a dificuldade de se identificar o que é branco, o que é negro, e assim por diante, e concordo contigo nesse aspecto. Mas, embora você tenha citado que a classificação étnica por parte do IBGE e a parte estatística serem distinhas em si, essa coisa do "pardo = negro" influencia, sim, a cabeça do povo. Afinal, estatisticamente, os pardos são incluídos na conta da população negra, além disto passar a idéia de uma proporção muito alta de negros no Brasil, igual seria na África, e não é bem assim. A classificação "pardo" serve pra fortalecer tais estatísticas sobre negros no Brasil, e acaba sendo assim em detrimento do reconhecimento de indiodescendentes. Você citou o problema de tentar separar um dos outros, tanto por dificuldade de se determinar o que é o que tanto por similaridade cultural, só que eu não vejo tanta dificuldade assim pra se classificar o que é negro, sendo este misturado, por exemplo. Claro, dependendo do caso. E isso não depende muito de não se saber quem é branco ou indígena, também, em muitos casos. Acho que se levássemos em consideração total essa coisa de não saber identificar quem é quem nesse país, não daria pra classficar ninguém etnicamente entre branco, preto, vermelho e amarelo, e não é bem assim.
Eu mesmo citei, no fim do meu post, que tais idéias de diferença entre povos podem ser vistas a principio como algo generalizado, mas que eu penso que isso significa apenas uma tendência, de se esperar que tal grupo tenha uma grande proporção de indivíduos com caracteristicas diversas. Agora, o fato de que tais diferenças se deram por conta de influências geográficas, por conta do isolamento, não muda o fato de que tais diferenças se tornaram destaque entre ambos os povos. Não estou querendo fomentar que exista superioridade entre um povo e outro, mas apenas citar que não seria necessário seguir uma regra pra se determinar "certas" diferenças entre os povos em geral.
E, quanto à explicação do Pastor a respeito de distinções étnicas, eu penso o seguinte: se for comparar com outros países, existirão pessoas brancas, negras, amarelas, vermelhas e misturadas, que podem ter muita coisa em comum, e mesmo assim, haverá distinção entre ambos. Se trata da maneira como tais povos lidam entre si. Agora, o exemplo que você citou poderia mostrar impossibilidade de se diferenciar os povos, mas, também, não quer dizer que todo mundo tenha que ser considerado igual (no caso, pardos em geral iguais a negros). Você citou sobre a dificuldade de se identificar o que é branco, o que é negro, e assim por diante, e concordo contigo nesse aspecto. Mas, embora você tenha citado que a classificação étnica por parte do IBGE e a parte estatística serem distinhas em si, essa coisa do "pardo = negro" influencia, sim, a cabeça do povo. Afinal, estatisticamente, os pardos são incluídos na conta da população negra, além disto passar a idéia de uma proporção muito alta de negros no Brasil, igual seria na África, e não é bem assim. A classificação "pardo" serve pra fortalecer tais estatísticas sobre negros no Brasil, e acaba sendo assim em detrimento do reconhecimento de indiodescendentes. Você citou o problema de tentar separar um dos outros, tanto por dificuldade de se determinar o que é o que tanto por similaridade cultural, só que eu não vejo tanta dificuldade assim pra se classificar o que é negro, sendo este misturado, por exemplo. Claro, dependendo do caso. E isso não depende muito de não se saber quem é branco ou indígena, também, em muitos casos. Acho que se levássemos em consideração total essa coisa de não saber identificar quem é quem nesse país, não daria pra classficar ninguém etnicamente entre branco, preto, vermelho e amarelo, e não é bem assim.
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
PARA REFLETIR FILOSOFICAMENTE
P.S. - FOMENTAR NO CASO, NÃO É DIZER QUE EU CONCORDO COM ISSO, MAS QUE FAZ SENTIDO - FAZ:
SÓ PARA REFLEXÃO,
AOS CRIASCIONISTAS E RELIGIOSOS - O PRIMEIRO RACISTA E SEGREGADOR, FOI DEU!!S O PRIMEIRO RACISTA DA HISTÓRIA, QUE CRIOU, SEPAROU E SEGREGOU RAÇAS DIFERENTES EM DIFERENTES LUGARES, JÉ QUE É CRIASCIONISMO, ELE FOI O PRIMEIRO A DISTINGUIR!!
E QUE VENHAM AS PEDRAS....
P.S. - FOMENTAR NO CASO, NÃO É DIZER QUE EU CONCORDO COM ISSO, MAS QUE FAZ SENTIDO - FAZ:
SÓ PARA REFLEXÃO,
AOS CRIASCIONISTAS E RELIGIOSOS - O PRIMEIRO RACISTA E SEGREGADOR, FOI DEU!!S O PRIMEIRO RACISTA DA HISTÓRIA, QUE CRIOU, SEPAROU E SEGREGOU RAÇAS DIFERENTES EM DIFERENTES LUGARES, JÉ QUE É CRIASCIONISMO, ELE FOI O PRIMEIRO A DISTINGUIR!!
E QUE VENHAM AS PEDRAS....
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- Nazrudin
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
O Pastor levantou um assunto que é interessantíssimo. Eu não sabia desse dado que a Argentina chegou a ter tanto quanto o Brasil, mas havia sim uma população negra considerável... Agora a forma do extermínio e eliminação do território argentino.... um hermano me contou como foi.... mas vou deixar o Pastor contar para vcs.
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
Eu já sabia dos negros na Argentina. Falava que em Buenos Aires, chegou a ter 50% da população negra. Mas não foi somente extermínio que acabou com os negros na Argentina. Muitos negros morreram, sim, através de descaso do Estado, deixando eles isolados em áreas com epidemia de doenças, como Febre Amarela (eu acho), e muitos deles foram morrendo assim, além de muitos negros serem mandados na linha do front em guerras pela região. O outro motivo que ajudou a diminuir a população negra na Argentina foi a miscigenação. Era dito que imigrantes que chegavam à Argentina eram incentivados a se misturarem com mulheres negras. E isso mostra que, ao menos, uma parte da população argentina tenha sangue negro. E, assim como no Brasil, havia uma política de branqueamento, fazendo se tornar padrão o estilo europeu e incentivando as pessoas a buscarem tal branquitude como objetivo.
Porém, engana-se que não haja negros na Argentina, hoje em dia, pois há, sim. Não sei se há negros argentinos, descendentes dos escravos deste país mas, pelo menos, há negros de outras regiões, como do Uruguai (que tem 10% de sua população negra) e negros oriundos de paises da África que recentemente imigraram pra lá, totalizando aproximadamente 50.000 negros em Buenos Aires.
Porém, engana-se que não haja negros na Argentina, hoje em dia, pois há, sim. Não sei se há negros argentinos, descendentes dos escravos deste país mas, pelo menos, há negros de outras regiões, como do Uruguai (que tem 10% de sua população negra) e negros oriundos de paises da África que recentemente imigraram pra lá, totalizando aproximadamente 50.000 negros em Buenos Aires.
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Re: 20/11 - Dia da Consciência Negra
rapaz solitário 2 escreveu: Mas, embora você tenha citado que a classificação étnica por parte do IBGE e a parte estatística serem distinhas em si, essa coisa do "pardo = negro" influencia, sim, a cabeça do povo. Afinal, estatisticamente, os pardos são incluídos na conta da população negra, além disto passar a idéia de uma proporção muito alta de negros no Brasil, igual seria na África, e não é bem assim. A classificação "pardo" serve pra fortalecer tais estatísticas sobre negros no Brasil, e acaba sendo assim em detrimento do reconhecimento de indiodescendentes.
Rapaz Solitário,
A meu ver vc está querendo chegar no seguinte ponto: os negros/africanos possuem um problemão que os pardos não possuem. Então, os pardos não merecem ficar no mesmo balaio de gato dos negros. Entendo o seu errado ponto de vista, mas continuo discordando dele. Fica parecendo que os negros/negros estão se utilizando dos pardos para fazer crescer suas estatísticas, como se dependessem disso. Vc está equivocado. O negro/africano sempre se organizou e lutou sozinho, porque na real, do ponto de vista de luta, ele nunca pode contar com a massa mestiça-querendo-ser-branca. Foi ensinado a quem é mestiço, pela política de embranquecimento do país, que ele está um passo a frente do negro/negro, um passo a frente pra se tornar gente, por causa de sua cor. Só que a este mestiço, nunca foi dado qualquer pedaço de riqueza do país. Ele foi enganado. Enganado como foi Machado de Assis, que sofria da famosa "dor da cor". Eles continuam/continuaram sendo enganado e estão estagnados, no mesmo ciclo de pobreza dos negros/negros. Isto não é uma invenção do Pastor, isto é uma constatação estatística.
Vamos também definir uma coisa. O termo “negro”. Vc me parece confuso com ele. E acredito que seja a confusão de muita gente, especialmente no Brasil. Onde ser chamado de NEGRO, parece ser o pior castigo dado a um, um, moreninho.
O termo negro era usado pelos bandeirantes para descrever os índios que aqui viviam. Os europeus sempre chamaram os norte-africanos de negros, mesmo eles não sendo tão negros quanto os sub-saarianos. Os holandeses chamavam os indonésios (asiáticos), de negros. Eu, eu disse, eu, estou então chamando os não-brancos, com exceção dos orientais (japoneses, coreanos chineses, etc), de negros. Não-brancos = negros = caboclos = índios = afro-descendentes = mamelucos = etc. O termo negro aqui é colocado num contexto sócio-culturral-economico amplo, tendo cautela apenas com as populações indígenas isoladas e os remanescentes de quilombos. Já os brancos aqui, são os que querem/insistem em ser brancos, mesmo não sendo, mais o povo de origem europeia que realmente o é e os amarelos por causa de similaridades sócio-economicas.
È bom que se diga que eu sou totalmente a favor da miscigenação. É o caminho natural de todos os seres vivos. Porque o melhor sangue pra se cruzar, pra qualquer espécie, é o sangue mais distante de tua casa, com o menor grau de parentesco possível. Mas reconheço que ela, a miscigenação, em muitos aspectos, mais atrapalhou do que ajudou a luta por direitos pelos não-brancos. Deveria ser o contrário, mas não o é. A miscigenação foi otima em muitos aspectos, mas trabalhou contra os afro-descendentes e indio-descendentes na medida em que tendia apenas em afirmar a politica de embranquecimento do país. Mas a cultura popular e o imaginário brasileiro, são profundamente enraizados no elemento africano e indigena, e não permitiu a destruição total dessas heranças. A maneira como percebemos os sabores, como vivemos nossas relações e nossa espiritualidade é profundamente marcada por nossa herança africana, somada a indígena e portuguesa.
Vc quer utilizar o conceito de “raças” para separar esses grupos de não-brancos. Pra quem é negro/africano e pro Estado, seria ótimo porque colocaria apenas cerca de uns 7% de brasileiros, negro-ditos, que sao os unicos orfganizados no momento, com direito às reparações e políticas afirmativas. Seria menos oneroso para o Estado e menos concorrentes para os africanos. Ótimo!! Resolveria o problema dos negros puros, mas não do Brasil que continuaria com cerca de 50% de excluídos.
No final do século XIX, metade da população brasileira era negra/africana. O número de negros/africanos chegou a menos de 5% no final dos anos 80, como se a negrada tivesse entrado em extinção. Esse número foi lentamente aumentando, na medida em que os negros/africanos foram se organizando e lutando por direitos. Na minha opinião, o número continua maquiado demais, mas é inveitável que seja assim por mais alguns anos, principalmente depois de séculos de uma política negligente e agressiva contra a afro-descendência.
Do ponto de vista puramente do fenótipo, eu tenho enormes dificuldades de saber o que é negro e o que não é. Pra mim 70% de quem se acha branco no Brasil, não o é. É certo também que não existem mais muitos negros/negros, mas existe muita gente de pele negra ou quase negra e com certeza um contingente gigantesco de gente de pele clara, mas com fortes resquícios africanos (não apenas no nariz, boca, cabelo, mas nos olhos, corpo, etc). Decididamente somos um país mestiço. E a tendência pro futuro, quando as pessoas se enxergarem melhor é que tanto as estatísticas dos negros, quanto a dos brancos mudem drasticamente. A tendência dos negros é aumentar de número até o patamar real e depois declinar com o aumento da miscigenação. A dos brancos é cair para o patamar real e continuar declinando, devido a miscigenação. Os pardos, se já não são, deverão ser absoluta e imensa maioria no futuro. A tendência, sem dúvida alguma, é um aumento vertiginoso das relações inter-raciais, que favorecerá o grupo pardo em números. O Brasil deverá ter pele dourada, eu vejo no futuro algo como 10% de brancos, 10% de negros e 80% de pardos. Agora se esses pardos precisarão se organizar ou não, como uma entidade à parte, DE LUTA, é difícil prever.
Enquanto isso não acontece, eu desconheço algo como “Organização pelos Direitos dos Caboclos” ou uma “Liga Cabocla”, ou qualquer movimento organizado neste sentido. Talvez os caboclos não sintam necessidade de se organizarem, talvez porque se confundam com os brancos no poder, talvez sejam tímidos ou talvez se identifiquem com a luta dos negros, sei lá. O que vejo então são os Movimentos Negros, lutando pelo direito dos negros e dos afro-descendentes. E aí, como conseqüência, levanta-se também a questão dos índios e dos caboclos não-negros, talvez caboclos meso-índios. O que o movimento negro acaba levando de reboque é toda a massa de excluídos do país, inclusive os brancos pobres, porque é um movimento mais antigo e mais visível na mídia.
Um exemplo. O Movimento Negro questionou no inicio dos anos 90 a absoluta ausência de não-brancos na televisão brasileira. Nem mesmo japoneses ou chineses apareciam e quando apareciam era pra sofrerem piadas de baixo calão. A televisão brasileira daquela época era, ridiculamente, mais européia que o mais conservador canal de TV alemão. Era um absurdo, não havia negros, mulatos, caboclos, cafuzos, índios, amarelos não havia nada, só brancos e brancos escandinavos, como se nosso país estivesse no mesmo paralelo da Islândia. Como resultado desta luta, os outros tipos brasileiros começaram a aparecer na mídia, pouco a pouco, não apenas negros, mas também caboclos e orientais. Isto mostrou como a luta de um grupo pode beneficiar outros indiretamente, mesmo que os problemas sejam, às vezes, diferentes.
Como eu disse e afirmo, o conceito de raça é errado, mas é utilizado inclusive pelo IBGE como referência para separação dos grupos. Para o que precisa ser feito no Brasil, que é melhorar a distribuição de renda, é um conceito que ainda precisa ser utilizado, mesmo que seja errado. Fica claro, estudando as estatísticas do IBGE, que os não-brancos, foram e são os que menos se beneficiaram/beneficiam das riquezas geradas em nosso país. Eu não inventei isso, eu não estou alimentando ódio, revolta, sectarismo, revanchismo, apropriação indevida, desaforo contra a turma do mimimi ou tumulto, estou apenas relatando algo que é uma constatação do estado oficial brasileiro.
Eu talvez tenha me expressado mal no meu post, mas não existe semelhança cultural entre negros e caboclos, e sim uma absoluta igualdade cultural. Tirando os índios que vivem isolados em tribos e alguns negros remanescentes de quilombos, não há como vc separar o que é cultura cabocla, do que é cultura negra. Ambas são interligadas e se alimentam uma da outra. Que por sua vez se alimenta muito do imaginário indígena e europeu. Novamente digo, que desconheço qualquer expressão cultural desse grupo que seja algo à parte, que justifique uma separação em grupo étnico.
Posto isso, acho que o que nos diferenciaria no Brasil seja a cor da pele. Vc insiste que existem padrões que se repetem e por isso dá pra separar, e sugere também que os pardos/caboclos prefeririam não entrar nas estatísticas como “negros”. Então a meu ver, vc parece querer criar uma identidade cabocla, independente, como se os problemas deles fossem totalmente diferentes, mesmo sabendo que possuem a mesma realidade sócio-política-cultural-economica. Não vejo em que isso ajudaria mais ou menos os meso-índios, mas pode ser feito. Talvez vc tivesse que lutar por esse direito, o direito de ser caboclo. SE organizar ou se afiliar a tais organizações, se existirem. Não seria errado fazer isso.
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