Tópico oficial do apagão 2009

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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#76 Mensagem por Carnage » 12 Jan 2013, 15:57

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... de-energia
Tolmasquim: condições estruturais do país afastam risco de racionamento de energia
08/01/2013 - 19h23

Nacional

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O país tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia, disse hoje (8), em entrevista coletiva, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Ele esclareceu, porém, que, apesar disso, está sendo feito o acompanhamento dos “ciclos da natureza”, referindo-se à questão das chuvas.

A situação atual é “totalmente diferente” da que ocorreu no país em 2001, segundo o presidente da EPE, quando houve um “apagão” de energia e o consequente racionamento. Àquela época, segundo ele, não havia uma quantidade de usinas térmicas de reserva suficiente para funcionar como uma espécie de seguro ou “colchão” do sistema elétrico.

“É o ponto que faz a diferença e que permite ter uma certa tranquilidade”, disse. Tolmasquim acrescentou que “naquela ocasião, não tinha entrado uma quantidade de oferta de energia nem de linhas [de transmissão]”.

Tolmasquim relacionou a expectativa de tranquilidade para este ano à entrada prevista de 9 mil megawatts (MW) de capacidade nova de geração ao longo do ano. O destaque são as usinas hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, que adicionarão ao sistema elétrico nacional mais de 3 mil MW. As usinas hídricas correspondem a 40% dos 9 mil MW.

Novas usinas térmicas também estão programadas, representando 2,5 mil MW, ou cerca de 30% do total previsto. O restante são usinas de fontes renováveis, com ênfase para eólicas (energia dos ventos). Em linhas de transmissão, serão implantados 10 mil quilômetros durante o ano.

“Essa diferença estrutural é uma situação distinta da que ocorreu em 2001”, sustentou. Continuou assegurando que hoje, ao contrário daquela época, o país tem um planejamento instalado no setor, leilões de expansão da geração e de transmissão e ainda um comitê de monitoramento do setor elétrico que se reúne mensalmente e envolve agentes do setor, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia.

A expansão das obras em curso no país e a questão da segurança são temas de discussão permanente, garantiu. O comitê se reúne amanhã (9), em Brasília.

Tolmasquim disse que as usinas térmicas dão segurança ao sistema, mas reconheceu que sua utilização é cara. Ele garantiu que ainda há uma margem de manobra envolvendo 1 mil megawatts de térmicas de combustíveis fósseis que ainda não foram despachadas por motivos diversos, entre eles a importação de gás. “O que está entrando é uma coisa planejada. Não é uma coisa emergencial. A situação está sob controle.” O presidente da EPE reconheceu, entretanto, que seria melhor se o período de chuvas já tivesse começado.

Em relação às tarifas de energia, Tolmasquim explicou que a queda de 20%, que entrará em vigor em fevereiro, poderá ser afetada por fatores conjunturais, levando a redução a ser maior ou menor. Para ele, as avaliações feitas pelo governo sobre o cenário atual e as séries históricas dão tranquilidade ao setor.

Dados fornecidos por Tolmasquim mostram que, de 2001 a 2012, a capacidade instalada de geração de energia cresceu 75% no Brasil. Houve aumento de 150% na capacidade instalada de termelétricas, excluindo usinas a biomassa e nuclear. Cerca de 85% dessa expansão ocorreram nos últimos dez anos.

No mesmo período, a capacidade instalada de transmissão evoluiu 68%, “também um valor bastante expressivo”. Diferentemente do que sucedeu na época do racionamento, também aumentou em 80% a capacidade de o Sul fornecer energia para as demais regiões.

Ao mesmo tempo, triplicou a capacidade de o Nordeste, onde as previsões são de menor volume de chuvas, importar energia de outras regiões, informou. “O Nordeste ficou menos vulnerável porque pode contar com as outras regiões”.

Antes de 2001, implantavam-se em média no Brasil 1 mil quilômetros de linhas por ano. Nos últimos dez anos, o presidente da EPE disse que a média tem sido de 4,3 mil quilômetros de linhas de transmissão implantadas por ano.

Edição: Davi Oliveira

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... to-no-pais
Grupo CPFL Energia não vê risco de racionamento no país
08/01/2013 - 12h29

Nacional

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O presidente do Grupo CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, disse hoje (8) não acreditar em risco de racionamento de energia no país por causa da redução do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Segundo Ferreira Júnior, a capacidade das usinas termelétricas usadas para suprir a queda no fornecimento é quatro vezes maior do que na época em que houve racionamento no país, em 2001.

O grupo atua na área de distribuição de energia, em quatro estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais), com 13% de participação no mercado nacional. Também atua nas áreas de geração de energia, com 19 usinas em operação, e de comercialização.

Para Ferreira Júnior, o risco de racionamento é mínimo porque todas as térmicas estão em funcionamento e o período de chuvas está começando. “Não há razão para que a gente tenha pânico no momento, pois todas as usinas [térmicas] foram despachadas [acionadas] para recompor o potencial dos reservatórios. É a função delas”, destacou.

Em relação a um eventual aumento das tarifas de energia devido ao uso dessas usinas, o presidente do grupo disse que a elevação é previsível. “Quando se tem a geração térmica, existe um expediente para que haja um repasse de preços à tarifa, mas no aniversário de reajuste das concessionárias”, disse.

O baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas deve ser um dos temas discutidos pelos integrantes do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que se reunirão amanhã (9), em Brasília. Presidida pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a reunião já estava prevista no calendário aprovado em dezembro passado, de acordo com nota do ministério.

Segundo Wilson Ferreira Júnior, o governo tem usado todos os instrumentos de que dispõe para enfrentar a situação, incluindo a liberação do uso das térmicas para que o país não enfrente falta de energia até a recomposição dos reservatórios das hidrelétricas. “Temos que reconhecer que o sistema hoje é muito mais robusto que no passado. Temos as termelétricas que estão funcionando e era o que tinha que acontecer mesmo”, explicou.

O presidente da CPFL Energia se reuniu hoje, em Brasília, com o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, para explicar uma operação que envolve o controle do Grupo Rede Energia.

Edição: Juliana Andrade

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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#77 Mensagem por ghostwriter » 19 Jan 2013, 19:51

Espero que não haja apagão mesmo, tem chovido bastante no Sudeste e não parece razoável que os reservatórios estejam baixos

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Carnage
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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#78 Mensagem por Carnage » 27 Jan 2013, 18:40

Pura propaganda. De ambos os lados

O governo faz propaganda de suas ações, com óbvia intenção de gerar dividendos políticos pra próxima eleição.
Já a oposição faz propaganda contrária, tentando colar no governa aimagem de incompetência e despreparo.

A diferença é que o governo trabalha com números verdadeiros, com ações que, se não foram as melhores, certamente foram muito além do que o governo anterior fez e são concretas, e cujo "efeito colateral" é melhorar as coisas. Ou seja, faz algo de bom, que pode fazer, a despeito de toda choradeira, porque sabe que vai ter retorno eleitoral com isso.
Já a oposição chora porque sabe que se fode nessa, porque toda vez que o governo acerta é mais um prego no caixão de suas pretensões políticas, e pra piorar, trabalha com distorções e com deslavadas mentiras!


http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... na_id=5939
Merval Pereira: o exterminador do passado
Rei dos instrumentos, por sua extraordinária capacidade de reproduzir os sons orquestrais do reacionarismo brasileiro, realizando recitais a pedidos do Instituto Millenium, Merval Pereira personifica a figura paradigmática do teclado da grande mídia corporativa.

Gilson Caroni Filho


É difícil dizer o que mais impressiona: se a grande imprensa ter perdido a importância que detinha até os anos 1990 - quando ainda tinha relativa influência no cenário político -, ou a desfaçatez com que seus jornalistas, amadurecidos no tapa na arte de reescrever a história, sonegam dados e fatos. Rei dos instrumentos, por sua extraordinária capacidade de reproduzir os sons orquestrais do reacionarismo brasileiro, realizando recitais a pedidos do Instituto Millenium, Merval Pereira personifica a figura paradigmática do teclado da grande mídia corporativa.

Em 9/1/2013, declarou ele em sua coluna de O Globo que "a imprevidência dos governos petistas no setor energético acabou por neutralizar as críticas feitas à época do apagão de FHC."O PT tanto politizou o racionamento de energia ocorrido no Brasil em 2001 que passou a não ter direito de adotá-lo em caso de necessidade, como pode vir a ser o caso proximamente. O problema é que a presidente Dilma, quando ministra, garantiu que o que não ocorrerá mais no Brasil é racionamento de energia, chamando o episódio de “barbeiragem”.

O que Merval, aquele que tanto preza a tese do "domínio do fato" quando se trata de legitimar simulacros de julgamento no STF, faz em sua coluna é submeter, por ação e omissão, os fatos aos desígnios dos que promoveram o festim neoliberal no país durante oito anos. Se até o início dos anos 1990, o Brasil dispunha de um sistema energético limpo, renovável, barato, capaz de estocar combustível para cinco anos, apto a transferir grandes blocos de energia do Sul para o Norte, do Nordeste para o Sudeste, gerenciando de forma integrada bacias hidrográficas fisicamente distantes milhares de quilômetros, a partir da fronda tucana, tudo isso se desfez.

Ao contrário do que afirma o imortal por encomenda da família Marinho, não só o PT tem plenas condições de continuar criticando a estratégia político-econômica que tanto fragilizou o estado e a economia brasileira, como podemos atribuir o termo "barbeiragem" a uma incompreensível benevolência da presidente aos que se deixaram levar pelo canto das sereias que habitam os mercados financeiros.

Desde o consórcio demotucano, bloquearam-se os investimentos em expansão do setor de geração de energia. Primeiro em nome do combate à inflação, depois apostando numa chuva de dinheiro decorrente das privatizações e na elasticidade (real) do sistema hidrelétrico. O descaso, é sempre bom lembrar, andou de braços dados no governo incensado pelo prolixo colunista de O Globo.

Adílson de Oliveira e Edmar de Almeida, professores da UFRJ, em artigo publicado no boletim Petróleo de Gás (abril de 2001) lembravam que a capacidade instalada tinha aumentado apenas 25,3% nos últimos seis anos, enquanto o consumo de energia elétrica cresceu 31,3%, no mesmo período. A defasagem, decorrente de investimentos aquém da necessidade foi, por algum tempo, suprida com o uso da água acumulada nos reservatórios.

Ambos alertavam para a situação especialmente grave no Sudeste e Nordeste, onde os níveis estavam abaixo de 35% da capacidade total. O racionamento anunciado era resultado de uma política deliberada: entregar a infraestrutura aos "agentes privados" que nunca ganharam tanto, tão fácil e tão rápido em tão pouco tempo. Como não politizar essa ida ao pote com tanta sede de lucro?

Como ignorar a gravidade da situação? Os reservatórios foram imprudentemente baixados a um nível tão crítico que, como alertou à época o professor Antônio Dias Leite, ex-ministro das Minas e Energia, "não seria possível seu reenchimento em um ano, mesmo que chovesse muito".

Cortar em 20% o consumo como o governo havia decidido, além de deteriorar a qualidade de vida da população, acarretaria a redução do crescimento, desorganização da cadeia produtiva e desemprego. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) projetava que um racionamento de energia para residências em 15% por seis meses e 22% para as empresas provocaria uma perda de R$ 15 bilhões na produção de bens e serviços além da perda de 17 mil postos de trabalho.

Onde estavam Merval, Catanhede, Miriam Leitão e Ricardo Noblat, entre tantos outros milicianos das redações partidarizadas? Por que nunca questionaram o que viam? Diante da imprevidência dos banqueiros, o governo de FHC criou o Proer, pagando a conta dessa imprevidência. Com relação à questão energética, por que os consumidores teriam que pagar pela incúria da gestão tucana? E, pior, pagariam duas vezes para que as concessionárias, tal como estava nos contratos, não tivessem prejuízos.

Por que os jornalões não contam a história toda? O motivo é simples. A partir do momento em que optou por fazer as vezes da direita – ou até assumir papéis e funções que caberiam aos seus partidos - a grande imprensa passou a ter que blindar o passado. Assim como faz com Serra, Aécio, Álvaro Dias e outros aliados/colaboradores. Frustradas, até agora, as tentativas de ressuscitar eleitoralmente o tucanato esfacelado, cabe às antigas oficinas de consenso exterminar o passado.

Parafraseando Shakespeare, com a pobreza típica das paráfrases, só resta dizer: "ambivalência, teu nome é redação partidarizada".


Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil




Falta eventual de luz diminuiu no Brasil entre 2001 e 2012
http://www.blogdacidadania.com.br/2013/ ... 01-a-2012/



Aqui vemos a que a Folha "simplesmente mente descaradamente" pra tentar atingir o governo petista!


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... ovo-apagao
Folha incorre em novo apagão
Enviado por luisnassif, ter, 22/01/2013 - 16:31

[ external image ]

A notícia acima se baseou em um relatório da Aneel.

Segundo a matéria:

"O fornecimento de luz para a Copa do Mundo de 2014 está ameaçado em boa parte das cidades-sede, diferentemente do que vem sustentando o governo. É o que mostra um relatório da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), finalizado em dezembro e obtido pela Folha.

A menos de um ano e meio da abertura dos jogos, mais da metade dos 163 empreendimentos necessários para garantir o fornecimento de energia está atrasada, segundo o documento.

Apenas 2 das 12 capitais que receberão partidas estão com as obras totalmente em dia: Fortaleza e Recife".

O que diz o relatório da Aneel? Que não faltará energia, "mesmo que uma fração das instalações inicialmente propostas não seja tempestivamente concluída".

[ external image ]

O relatório foi de um Grupoi de Trabalho que monitora permanentemente as obras, para assegurar que não haverá problemas na Copa. Pelo acordo firmado com a FIFA, haveria a garantia de duplo suprimento dos estádios. E, segundo o relatório, esse duplo suprimento está garantido.

O relatório foi elaborado em outubro de 2012. Serviu de subsídio para as reuniões realizadas em dezembro pelo Ministério das Minas e Energia nas cidades-sede, para avaliar o ritmo das obras e adotar providências para o cumprimento de seus cronogramas.


http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... a-2014.htm
Governo contesta apagão da Folha em 2014

O ano de 2013 começou, para a Folha de S.Paulo, com um apagão iminente, desmentido pelas termelétricas e pelas chuvas. Depois, surgiu a tese de que não era mais um apagão que ameaçava o Brasil, mas 'apaguinhos' espalhados pelo País. Agora, surge a possibilidade de apagão em 2014, já desmentida pelo governo. Qual é a próxima?

23 de Janeiro de 2013 às 06:35


247 - O ano de 2013 começou, para a Folha de S.Paulo, com um apagão iminente, indicado, pretensamente, por uma reunião emergencial que, saberíamos horas depois, estava marcada desde o ano passado (relembre). Na semana passada, surgiu a tese de que não era mais um apagão que ameaçava o Brasil, mas vários apaguinhos espalhados pelo País, simbolizados pela falha que levou à queda de energia em municípios do Piauí antes da chega da presidente Dilma Rousseff ao estado. Agora, surge a tese do apagão em 2014, já desmentida também pelo governo. Qual será a próxima?

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo desta terça-feira, "O fornecimento de luz para a Copa do Mundo de 2014 está ameaçado em boa parte das cidades-sede, diferentemente do que vem sustentando o governo. É o que mostra um relatório da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), finalizado em dezembro e obtido pela Folha". O problema é que o relatório da Aneel diz que não faltará energia, "mesmo que uma fração das instalações inicialmente propostas não seja tempestivamente concluída".

Apesar de realmente destacar atrasos, o relatório diz que "é importante comentar que a maioria desses atrasos não oferece risco iminente ao abastecimento de energia para a Copa de 2014". "Tal conclusão", diz o texto, "está ampada no fato de ainda ser possível que as concessionárias de distribuição compensem os atrasos com a urgente aceleração do ritmo de implantação das redes e subestações de distribuição".

Leia nota à imprensa divulgada pelo Ministério de Minas e Energia:

O Ministério de Minas e Energia, por meio do Grupo de Trabalho (GT) criado em 30 de agosto de 2010, acompanha e monitora todas as obras definidas como importantes para a garantia do suprimento de energia elétrica durante os eventos do Campeonato Mundial de Futebol, a Copa do Mundo. As reuniões de acompanhamento, coordenadas pelo MME, permitem afirmar, com absoluta segurança, que não há risco de desabastecimento durante a Copa do Mundo de 2014.

O Ministério informa ainda que o duplo suprimento aos Estádios para a Copa das Confederações está garantido, cumprindo assim o compromisso firmado entre o Governo Federal e a FIFA.

O Grupo de Trabalho, que tem a finalidade de definir as obras e ações necessárias para garantir o suprimento de energia para a Copa 2014, realizou em 2012 quinze (15) reuniões nas Cidades-Sedes e seis (6) reuniões em Brasília para verificar e buscar soluções para os problemas identificados pelas distribuidoras.

O relatório da ANEEL, Nota Técnica n° 0188/2012-SFE/ANEEL, citado na reportagem "Para ANEEL, há Risco de Faltar Luz na Copa", publicada no jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (22/01/2013), foi elaborada com as informações apresentadas pelas Concessionarias de Distribuição no mês de outubro de 2012 e tem como principal foco subsidiar o Ministério de Minas e Energia de informações sobre o cumprimento dos prazos acordados com a Agência. Com base nestas informações do MME realizou em dezembro/2012 reuniões nas cidades-sede para verificar o andamento das obras e adotar providências para o cumprimento de seus cronogramas de execução.

Ao contrário do que afirma a "Folha de S. Paulo", o relatório da Aneel conclui "que a maioria desses atrasos não oferece risco iminente ao abastecimento de energia para a Copa 2014".

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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#79 Mensagem por Carnage » 27 Jan 2013, 18:49

Ou seja, na tentativa de não deixar o governo petista bem na fita os tucanos boicotam a medida e geram propaganda negativa pra melar a redução das tarifas. Estão dispostos a qualquer coisa, inclusive ferrar o país e a população, pra voltarem ao poder.

http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... endas.html
Você sabia que o PSDB fez emendas contra redução na conta de luz anunciada por Dilma?

A presidente Dilma anunciou na TV o corte de 18% no valor das contas de luz para os consumidores residenciais e de 32% para a indústria.


A redução das contas de luz será maior do que a inicialmente divulgada por Dilma .Em setembro, Dilma havia prometido baixar em 16,2% as faturas domésticas e em até 28% as industriais. Além disso, a medida foi antecipada e, em vez de entrar em vigor em 5 de fevereiro, passará a valer a partir de hoje.

O governo já publicou nesta quinta-feira (24) no Diário Oficial da União (DOU) atos para reduzir as tarifas da energia elétrica. Trata-se da Medida Provisória 605, sobre a Conta de Desenvolvimento Energético, e do Decreto 7.891, que regulamenta a recém-aprovada Lei do Setor Elétrico.

Os atos devem viabilizar a redução na conta de luz anunciada na quarta-feira (23) pela presidente Dilma Rousseff em cadeia de rádio e televisão. Dilma prometeu um desconto ainda maior do que o anunciado em setembro do ano passado. A redução do custo da eletricidade entra em vigor nesta quinta-feira. Para os consumidores residenciais, o desconto será de 18%, acima dos 16,2% inicialmente estimados. Para as indústrias, o corte será de até 32%, superando os 28% prometidos anteriormente.

A Medida Provisória 605 altera trechos da lei que cria a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). As mudanças indicam que o encargo irá "prover recursos para compensar descontos aplicados nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de distribuição e nas tarifas de energia elétrica, conforme regulamentação do Poder Executivo; e prover recursos para compensar o efeito da não adesão à prorrogação de concessões de geração de energia elétrica, conforme regulamentação do Poder Executivo, assegurando o equilíbrio da redução das tarifas das concessionárias de distribuição".

Já o Decreto 7.891 regulamenta a Lei 12.783, sancionada no início deste ano pela presidente Dilma Rousseff e que dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, além da redução dos encargos setoriais e da modicidade tarifária. O decreto também regulamenta a MP 605.

Você sabia que o PSDB fez emendas contra redução na conta de luz anunciada por Dilma?. A matéria é do Zé Augusto e foi publicada aqui no blog em outubro de 2012. Confira:

O PSDB na Câmara dos Deputados e no Senado apresentou emenda contra o povo, pois sabota a redução de 16,2% na conta de luz, anunciada pela Presidenta Dilma.

No rol de 431 emendas apresentadas por deputados e senadores à medida provisória (MP 579/12) que reduz as tarifas de energia elétrica no Brasil, três delas se destacam por se configurar como uma investida explícita do PSDB contra a proposta que beneficia consumidores de energia em todo o País.

A MP 579 prevê por meio de dois mecanismos – reduções de encargos e renovação dos contratos de concessões de geração, transmissão e distribuição – uma queda de cerca de 20,2% na tarifa de energia elétrica, variando de 16,2% para consumidores residenciais e pequenos comércios até 28% para grandes consumidores industriais.

Na contramão da proposta apresentada pela presidenta Dilma Rousseff, o PSDB está sugerindo modificações que vão prejudicar os consumidores originalmente beneficiados.

Uma das emendas tucanas é a número 274, de autoria do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que suprime os artigos 1º a 16 e 26 a 28, de forma a desfigurar totalmente a MP. Isso porque a referida emenda retira a parte de amortização dos ativos e renovação dos contratos de concessão, mantendo somente os itens que tratam da redução dos encargos setoriais. O problema é que, sem os demais dispositivos (que a emenda suprime), não há garantia total da implementação da proposta nem da possibilidade de alcançar a redução tarifária pretendida.

“Essa é a prova clara de que o PSDB é contra o povo. As três emendas refletem uma postura de quem não concorda com a redução da tarifa de energia elétrica para os consumidores brasileiros, sejam domésticos, pequenos comerciantes ou industriais”, analisa o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), que vai presidir a comissão especial que dará parecer à Medida Provisória 579.

Outra emenda tucana – a número 287, de autoria do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) – prevê que os recursos da Conta de Desenvolvimento Elétrico, utilizados entre outros fins, para garantir a universalização dos serviços de energia elétrica e menores tarifas para consumidores de baixa renda, sejam usados também para ressarcir eventual perda de arrecadação do ICMS dos estados.

O autor da emenda justifica que os estados terão perdas por conta da redução nas receitas de ICMS, já que os encargos do setor elétrico que serão reduzidos ou extintos fazem parte da base de cálculo do imposto. Ou seja, os estados que já cobram alíquotas altíssimas de ICMS (de 18 a 25%), como o Paraná, governado pelo PSDB, não querem contribuir com a redução da conta de energia elétrica para os consumidores.

Uma terceira emenda tucana que desconfigura a MP 579 é a número 112, do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Vale ressaltar que, adicionalmente, a medida do governo institui um regime de cotas na distribuição equânime de energia pelas geradoras para todo o País, a fim de beneficiar os consumidores residenciais e pequenos negócios (que compõe o mercado cativo). A emenda do senador quer incluir nesse grupo os chamados consumidores livres, o que poderá prejudicar a redução tarifária dos beneficiários originais do sistema de cotas.





http://www.redebrasilatual.com.br/blog/ ... nta-de-luz
Boicote tucano a redução nas contas de luz faz cair máscara do 'choque de gestão'
Tags: psdb, geraldo alckmin, dilma rousseff, energia elétrica, aécio neves

Por: Helena Sthephanowitz


Boicote tucano a redução nas contas de luz faz cair máscara do 'choque de gestão'

Enquanto Dilma tenta garantir aumento da produção industrial, os governos estaduais do PSDB parecem trabalhar para garantir lucros maiores aos acionistas (Foto: Rubens Chaves/Folhapress)

O anúncio feito pela presidenta Dilma Rousseff de que as tarifas de energia elétrica terão redução acima do prometido em setembro passado, foi um novo balde de água fria nas pretensões dos que criticam a renegociação dos contratos das concessionárias e a exigência de novos investimentos em infraestrutura.

A redução do custo da eletricidade entrará em vigor hoje (24), anunciou à noite a presidenta em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. Para os consumidores residenciais, o corte será de 18,5%, acima dos 16,2% estimados em setembro do ano passado, quando foi anunciada a proposta de renovação antecipada das concessões do setor elétrico.

“Neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média”, disse.

Para as indústrias, o corte será de até 32%, superando os 28% projetados anteriormente. A diminuição do custo da energia será possível com a renovação antecipada e onerosa de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017 e pela redução ou fim de encargos sobre o setor. Além de ampliar a competitividade da indústria nacional e estimular a economia, o corte maior na conta de luz dará um alívio à inflação

As companhias estaduais em que os governadores são do PSDB, Cesp (Geraldo Alckmin), Cemig (Aécio Neves e Antonio Anastasia) e Copel (Beto Richa), optaram por não renovar suas concessões de geração.

O PSDB foi fundado em 1988, e no ano seguinte lançou a expressão "choque de capitalismo" como plano de governo. O resultado deste choque não foi muito feliz nos oito anos neoliberais do governo de Fernando Henrique Cardoso. Depois, os governadores tucanos passaram a falar em "choque de gestão", cuja ideia seria um governo que administrasse bem os recursos públicos, com custos menores. Há controvérsias se o discurso batia com a realidade.

Agora a presidenta Dilma Rousseff apresentou um plano de redução nas tarifas de energia elétrica, visando tanto a aumentar a competitividade da indústria e gerar melhores empregos, como a aliviar o bolso do cidadão na conta de luz. O plano é simples: usinas hidrelétricas construídas há muitos anos e que estão com a concessão de sua exploração vencendo puderam renovar mediante redução da tarifa sobre a energia gerada. Isso porque os custos para construção da usina já foram amortizados ao longo dos anos e não justifica mais continuarem embutidos na tarifa.

A maioria das empresas concessionárias aderiram. Os governadores tucanos que controlam as empresas estaduais detentoras da concessão de algumas destas usinas resolveram boicotar e não aderiram. A decisão tucana serve para beneficiar os lucros dos acionistas, em detrimento da população.

A situação é análoga à de um cidadão que compra a casa própria financiada em 20 anos. Ele paga o financiamento para cobrir o custo da casa, além dos encargos financeiros. Depois de pagos os 20 anos, seu orçamento familiar fica livre daquela despesa. A antecipação feita por Dilma equivale a quitar com um ou dois anos de antecedência, para ficar livre do custo do financiamento. A decisão dos tucanos equivale a querer impedir a quitação para os banqueiros ganharem mais com o financiamento nas condições antigas.

Outra alegação desastrada dos tucanos é dizer que, se a tarifa de energia cair, a arrecadação do ICMS dos estados sobre essa energia também cai. Ora, então nenhum ganho sobre preços poderá mais ser repassado à população, sob risco de desequilibrar as contas do governo estadual? Assim, o governador Geraldo Alckmin comprova que aquelas visitas ao chamado "impostômetro" foram mais falsas que uma nota de três reais. Choque de gestão de verdade não seria atrair maior produção industrial, com energia mais barata? É isso que a presidenta Dilma está fazendo.


E isso tudo acaba por revelar a esquizofrenia do discuros da mídia porta-voz deste partido, cuja opinião varia como biruta de aeroporto, de acordo com o que melhor atende aos interesses de quem quer tirar o PT de lá.

http://www.brasil247.com/pt/247/economi ... C3%A1s.htm
Os corvos, do contra, gritam. Ficarão para trás?

De todos, o mais explícito Reinaldo Azevedo, que fala em "populismo elétrico" e "campanha eleitoral na tomada", mas o time inclui também o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, que reclama que as pessoas possam consumir mais, agora que as tarifas vão cair, e a direção dos três principais jornais brasileiros, que noticiaram com uma pitada de ironia e dor de cotovelo a redução da conta de luz

24 de Janeiro de 2013 às 06:49

247 - Durante anos, décadas até, os grandes jornais brasileiros vocalizaram uma das maiores demandas empresariais no País: a redução do Custo Brasil. Nele, um dos principais componentes de custo é a tarifa de energia, historicamente uma das mais caras do mundo – especialmente após o processo de privatização. Dezenas de eventos foram organizados em vários pontos do País e muito pouco, ou quase nada, se fez.

Até que uma mulher, a presidente Dilma Rousseff, decidiu enfrentar essa questão. E não de maneira intervencionista. Valendo-se de uma oportunidade, que era a renovação das concessões de várias usinas do setor elétrico, o governo obteve preços menores pela energia já amortizada pelas concessionárias públicas ou privadas. Resultado: a conta de luz cairá em 18% para as residências e até 32% no setor industrial.

Uma notícia, certamente, de forte impacto popular, para um governo que já desfruta de altos índices de popularidade. No seu discurso de ontem, Dilma falou que a redução valerá até nos estados onde os governantes se recusaram a renovar as concessões – ela mencionava São Paulo, Minas e Paraná, governados pelo PSDB, mas não citou os nomes. E disse que a turma "do contra" estaria ficando para trás.

Pois os corvos, na manhã desta quinta-feira, vestiram a carapuça. Quem gralhou mais alto foi Reinaldo Azevedo, que falou em "populismo elétrico" e "campanha eleitoral" na tomada. "Quem falava era a candidata à reeleição em 2014. Até aí, vá lá. É a sina dos políticos nas democracias; disputar eleições é parte do jogo. O que incomodou foi outra coisa: por que o tom de desafio e, às vezes, de certo rancor? Porque, no petismo — seja o lulista ou o dilmista —, mais importante do que vencer, é a sensação de que o adversário perdeu", escreveu Reinaldo, que – efetivamente – perdeu. Se dependesse da sua vontade, não haveria o pacote para a redução das tarifas.

Outro corvo que se posicionou, em artigo no Globo, foi o jornalista Carlos Alberto Sardenberg. "Pode ser que o governo não tenha uma política, mas apenas alvos. E cada vez que atira em um, acerta no que não devia. Um exemplo da hora: a redução das tarifas de energia vai estimular famílias e empresas a consumir mais, lógico. Isso em um momento em que os reservatórios das hidrelétricas, a energia mais barata, estão em ponto crítico, exigindo o apoio das usinas termoelétricas, mais caras. O processo ainda retira recursos das companhias hidrelétricas, diminuindo sua capacidade de investimento em novas fontes. O pior de tudo é que o Brasil já viu isso nos anos 70 e 80".

Não, na verdade o Brasil nunca viu esse filme: tarifas públicas sendo reduzidas, nessa intensidade, numa negociação aberta, mas liderada pelo governo. Talvez por isso mesmo, mas não sem uma ponta de ironia, o Globo tenha noticiado o caso com um "nunca antes na história deste País". E avisado, como bom corvo, que a queda de luz será compensada pela alta, ainda não confirmada, da gasolina.



O pronunciamento da presidente bate com luva de pelica na cara da mídia, mas é lógico que por certo atinge diretamente a oposição, e esta rapidinho veste a carapuça!! :lol:

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/9 ... -Dilma.htm
Empresários reagem a políticos e apoiam Dilma

Fiesp divulga cálculo para mostrar que a redução de tarifas energéticas representará economia anual de R$ 31,5 bilhões às empresas do País. "Dilma tem mostrado sensibilidade, e suas ações concretas apontam a preocupação do governo com a competitividade do país", elogiou o presidente da entidade, Paulo Skaf. PSDB classificou o pronunciamento como "lançamento prematuro à reeleição"

25 de Janeiro de 2013 às 06:09


247 – Depois de uma sequência de criticas da oposição ao pronunciamento em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução das tarifas de energia, os empresários saíram em defesa do governo. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) informaram que a economia média anual no país passará de R$ 24 bilhões para R$ 31,5 bilhões com o desconto maior na conta de luz.

As entidades, ambas presididas por Paulo Skaf (PDMB), projetam que, em um prazo de 30 anos, a economia passará de R$ 720 bilhões para R$ 945 bilhões. Em nota, as entidades disseram considerar que a redução das tarifas de energia é um passo importante para o Brasil recuperar a competitividade (confira a íntegra da nota). Skaf elogiou as taxas e disse que a sociedade toda ganhará, pois os custos de produção serão reduzidos também.

“A medida beneficia todos os setores da sociedade, e atinge diretamente o bolso de cada brasileiro”, disse. “Dilma tem mostrado sensibilidade, e suas ações concretas apontam a preocupação do governo com a competitividade do país. Todo mundo usa energia, todos os produtos precisam de energia para serem produzidos, todos os serviços consomem energia. Ao reduzir a conta de luz, o benefício é de todos,” ressaltou Skaf, na nota.

Críticas


O presidente nacional do Democratas criticou, nesta quinta-feira 24, o pronunciamento feito pela presidente da República, Dilma Rousseff, ontem, por ocasião do anúncio sobre a redução na conta de luz. Ao 247, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) disparou: “A presidente precisa entender que governar não é desafiar a oposição. Não é insultar a oposição”.

O democrata foi enfático ao explicar que as medidas do governo “não vão se sustentar”, e que baixar os valores das contas de energia elétrica “vão desestimular a economia” , além de “investir na instabilidade do setor elétrico”. “O governo deveria investir em atitudes permanentes”, enfatizou à reportagem.

Questionado sobre quando essas previsões poderiam se concretizar, o presidente do DEM preferiu a cautela e justificou, ao dizer “não ter bola de cristal” para saber quando esses “problemas” vão começar. Mas, mais uma vez, reafirmou que as medidas “vão ter conseqüências”.

Tucanos

Se entre as intenções do pronunciamento feito ontem pela presidente estava o de irritar a oposição, ele foi atingido na mosca. Numa dura nota à imprensa, o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidenciável Aécio Neves entendeu que a presidente fez propaganda político-partidária, abandou o conceito de República e se comportou como se estivesse numa reunião interna do PT, para a qual faltaram apenas “as bandeiras e a charanga do partido”.

Os tucanos se posicionaram contra os meios escolhidos pelo governo para reduzir as tarifas energéticas desde o início desse debate, iniciado no ano passado. Os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, Minas Gerais, Antonio Anastasia, e Paraná, Beto Richa, todos filiados ao PSDB, recusaram autorizar a entrada das geradoras estatais de energias de seus Estados no plano. Agora, depois da divergência técnica, a briga derivou para o campo político.

Abaixo, a nota do PSDB com ataques diretos à presidente Dilma e seu pronunciamento:

Nota à Imprensa – PT ultrapassa limite perigoso à democracia

O governo do PT acaba de ultrapassar um limite perigoso para a sobrevivência da jovem democracia brasileira.

Na noite desta quarta-feira, o país assistiu à mais agressiva utilização do poder público em favor de uma candidatura e de um partido político: o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, em rede nacional de rádio e TV, sob o pretexto de anunciar, mais uma vez, a redução do valor das contas de luz, já prometida em rede nacional há quatro meses e alardeada em milionária campanha televisiva paga pelos contribuintes.

O caráter político-partidário do pronunciamento oficial da presidente pode ser constatado inclusive pela substituição do brasão da República pela marca publicitária do atual governo na vinheta de abertura da "peça publicitária" veiculada em cadeia nacional.

Durante os oito minutos de divulgação obrigatória por parte das emissoras de rádio e TV brasileiras, a presidente Dilma faltou com a verdade, fez ataques a seus adversários, criticou a imprensa e desqualificou os brasileiros que ousam discordar de seu governo.

O conceito de República foi abandonado. A chefe da Nação, que deveria ser a primeira a reconhecer-se como presidente de todos os brasileiros, agora os divide em dois grupos: o “nós” e o “eles”. O dos vencedores e o dos derrotados. Os do contra e os a favor. É como se estivesse fazendo um discurso numa reunião interna do PT, em meio ao agitar das bandeiras e ao som da charanga do partido.

O PSDB denuncia o uso indevido feito de um instrumento reservado ao interesse público para promoção pessoal e política da presidente, e alerta os brasileiros para a gravidade desse ato que fere frontalmente os fundamentos do Estado democrático.

No governo do PT, tudo é propaganda, tudo é partidarizado. Nada aponta para o equacionamento verdadeiro dos problemas do país ou para uma solução efetiva.

Em vez de assumir suas responsabilidades de gestora, fazendo o governo produzir, o que se vê é o lançamento prematuro de uma campanha à reeleição, às custas do uso da máquina federal e das prerrogativas do cargo presidencial.

Deputado Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB

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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#80 Mensagem por Carnage » 27 Jan 2013, 18:53

Depois da dedada memorável sobre a qual o PSDB vestiu a carapuça, agora em verdadeiro movimento de puro desespero o partido parte pra humilhante falta de senso de ridículo e quer até impedir a presidente de vestir vermelho!!! :badgrin:

Depois da piada na época das eleições de que o PSDB queria impedir as rádios de veicular a música EU GOSTO DE MULHER do Ultraje a Rigor pois esta dizia numa estrofe "mulher pra presidente" o PSDB acaba na realidade chegando perigosamente perto disto!

http://atarde.uol.com.br/materias/1480408

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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#81 Mensagem por Carnage » 27 Jan 2013, 18:59

Como o PSDB espera conquista o gosto do empresariado deste jeito??

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... sp-ao-psdb
Carlos Cavalcanti: Energia que vale R$ 6,80 custa R$ 96 reais ao consumidor

Agradeçam à Gilda Azevedo pela transcrição:


Jornal do Terra – A proposta de redução da conta de luz lançada pelo governo Dilma veio a se somar à campanha Energia a Preço Justo, lançada há dois anos pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Ao apoiar a MP 579, a FIESP passou a ser criticada pelo secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, contrário à medida provisória. E em entrevista ao Terra ele declarou que o presidente da Federação, Paulo Skaf, não entende nada de energia e aproveitou a oportunidade para fazer campanha política. Vamos conversar sobre o assunto com Carlos Cavalcanti, Diretor de Infraestrutura da FIESP.

JT – Senhor Cavalcanti, muito obrigada pela vinda ao Terra. É um prazer receber o senhor aqui.

Carlos Cavalcanti – Prazer é todo meu Maria.

JT – Senhor Cavalcanti, a energia pode ser mais barata mesmo no Brasil? A CESP de São Paulo, a CEMIG de Minas e a COPEL do Paraná, estados administrados pelo PSDB, dizem que o governo Dilma faz populismo com o chapéu alheio e a FIESP aqui em São Paulo recebe duras críticas do secretário Aníbal por apoiar a medida.

CC – É, secretário Aníbal… vamos deixar prá lá, ele é um político, não é um secretário de energia. Ele transformou a secretaria num comitê partidário, ficou lá preocupado em viabilizar a eleição, a candidatura dele a prefeito de São Paulo. Vamos deixar ele de lado. A secretaria está paralisada, não está fazendo nada pela população de São Paulo, e tristemente agora vem se opor a esta situação.


Não é chapéu alheio, e isto o secretário está mentindo para a população. A regra é muito clara. A regra é a seguinte: a Constituição brasileira de 88, mas até antes disso, ela não permite a propriedade privada dos ativos de infraestrutura no Brasil.

Ela não permite propriedade privada de estrada, não permite propriedade privada de porto, não permite propriedade privada de aeroporto, isto é sempre, pode e deve ser administrado pela inciativa [privada], mas isso é uma concessão. É assim que está definido na Constituição. Isso é um contrato entre a União e uma empresa pública ou privada, para fazer a gestão e o aproveitamento, exploração econômica, por um determinado período de tempo. O que que acontece agora nos setores elétricos?

Esses contratos, que são da década de 70 e já estiveram em vigor por 30 anos — no governo do Fernando Henrique eles foram prorrogados por mais 20 anos, em 95…

JT: Eles estão vencendo em 2015…

CC: Vence em 2015, os contratos acabam, não é? Que que a FIESP fez há dois anos atrás? Por quê? Porque as mesmas, CESP, CEMIG, Eletrobras, a COPEL estão há cinco anos pedindo prorrogação desses contratos no mesmo patamar de preço. E aí a população precisa entender, porque isto é fundamental.

Veja, construir uma usina hidrelétrica custa muito caro e o investidor tem que ser ressarcido. Mas isto é dividido, custo da obra que representa 80% do preço da energia, ele é dividido num crediário de 30 anos, tá, que eu, você, você, pagamos na conta de luz.

Então, produzir 1 megawatt de energia no Brasil custa R$ 6,80, em média, seis e oitenta. Sabe por quanto estas empresas estão vendendo para o sistema este megawatt, que custa seis e oitenta? A noventa e seis reais. Muito bem…

JT – Quer dizer que continua a amortizar um investimento que já teria sido pago em trinta anos e que depois teve mais 20 anos para ser amortizado, ainda.

CC – Isto. É justo você pagar esse preço de energia para a [hidrelétrica] de Belo Monte, que ainda tá em construção, quando ela começar a despachar o primeiro megawatt, ela vai cobrar esse preço de energia que é o preço de energia de leilão. Todas as novas hidrelétricas e as velhas que ainda não estão amortizadas. Estas, estas elas estão amortizadas, tão pagas, pagas, o tempo médio de exploração dessas usinas e que vencem os contratos em 2015 é de 56 anos. Tem algumas, como a presidente Dilma falou, velhas senhoras, operando há mais de 70 anos. Quer dizer, e nós estamos pagando esta conta.

É como se a gente comprasse uma televisão numa loja, em 36 parcelas, chegasse no triségimo sétimo mês — você pagou todas as 36 — no triségimo sétimo mês o dono da loja liga para você e diz, continue pagando o crediário. Você diz não, péra, eu já paguei, a televisão é minha. [O dono da loja] Não senhor, continua, porque eu não posso perder receita. Isso é o que ele está dizendo [o secretário Anibal], da CESP. Eu não posso perder receita, eu não posso vender energia mais barata. E é mentira, ele pode e deve.


Primeiro, porque a usina não é dele, é da União, e agora o que aconteceu foi trazer esses preços para remunerar outras bobagens…

Que falam, “ah, não vai cobrir os custos”. Veja, no preço proposto pelo governo, você cobre operação e manutenção. Operação é toda despesa operacional, manutenção significa você fazer reforços constantes na estrutura da barragem, que é aquela grande estrutura de concreto, e trocar, do zero, jogar fora, e trocar todas as turbinas, todas as turbinas da usina a cada 25 anos.

Isto está incluso neste preço de sete reais. Aquela quantidade de energia, que é brutal, o tempo de concessão que é longo, e as empresas estão completamente bem remuneradas. Porque, senão, nós sempre vamos ter, se agente não pegar os ativos que estão maduros, e baixar o preço deles… Por exemplo, ele aqui [o secretário Anibal] ontem defendeu que o pedágio deve ser caro, que é isso que garante obras, estradas boas em São Paulo. Outra bobagem.

É politicagem. O estado de São Paulo fez a concessão de rodovias prontas, os investidores não puseram um centavo nessas rodovias e tão sendo remunerados por um pedágio altíssimo, tá, simplesmente para fazer operação e manutenção, que é cobrir o asfalto, um buraquinho, esse tipo de coisa. E para isso eles estão sendo remunerados. Se bem que os padrões de pedágio em São Paulo são os maiores do mundo e são políticas erradas, que um dia vai ter que mudar.


Então veja, não é chapéu alheio, a CESP nem a CEMIG, nem a COPEL, que foram as empresas que não aderiram, elas não são donas dessas hidrelétricas e o investimento que elas já fizeram ao longo de 40, 50 anos, nós pagamos, por 40, 50 anos, a construção dessas usinas.

Agora, o crediário acabou. A festa acabou. A mamata acabou. Por isso nós lançamos a campanha, fomos ouvidos pela presidente da República, que comprou uma briga.

JT – E dá para baixar aí a 16% mais ou menos para o consumidor doméstico e até 28% para as indústrias?

CC – Olha, o negócio é tão sério, que é o seguinte. Você baixa o preço destas, destas usinas, que é um lote de 20% de toda energia consumida no Brasil, você baixa 80% o preço de geração, preço de energia dessas usinas, baixa 66% o custo de transmissão, que é a tarifa que agente paga lá na conta no final do mês, e isto tem um impacto, isto tem um impacto grande que vai baratear a tarifa de todos os brasileiros, a partir de primeiro de janeiro, que é a conta que a gente começa a pagar no dia 5 de fevereiro, nosso consumo de janeiro você começa a pagar a partir de fevereiro, e em média em 20,2%,; de residência é 16,7%, indústrias, grandes consumidores têm descontos que chegam até 28%.

98% das indústrias são consumidoras de baixa tensão, que vão ter o desconto de 16,7%, tá certo; a média do Brasil vai ser 20% por causa dos grandes consumidores, que estão sendo bastante beneficiados no mercado regular.

JT – Agora a FIESP conversou alguma vez com o governo Alckimin sobre essa redução na conta de luz? Esse impasse agora gerado pelo secretário José Aníbal, que fala na federação e faz ataques ao presidente Paulo Skaf, não estremeceu demais a relação entre governo do estado e a Federação das Indústrias para chegar a um bom termo e caminhar aí para reduzir a luz?

CC – Vamos deixar o secretário de lado e chamar a responsabilidade do governador. O governador de São Paulo é… está assumindo uma posição complicada perante a população aqui do estado.

Eu te pergunto, qual é o estado mais populoso do Brasil? É o Amazonas? Não, é São Paulo. Qual é a maior fatia de brasileiros que vai se beneficiar de uma redução da conta de luz? São os paulistas. Qual é o estado do Brasil que tem a indústria mais forte, o comércio mais forte, os bancos mais fortes, a farmácia, a padaria, qual é o estado que tem a maior atividade econômica? Então, é o estado de São Paulo. Que é que está acontecendo?

Eles estão pensando, o governador está com uma visão estreita, com o cérebro desse tamanho, porque tá pensando na condição dele, de acionista, dono da CESP, tá.

Mas como a gente não pode lidar só com papagaida, importante dizer que a CESP é 40% do Estado de São Paulo; 60% da CESP sabe de quem que é?

Do HSBC, Bank of London, do UBS, União de Bancos Suíços da agência de Londres, do Crèdit Suisse, que é um conglomerado de bancos suíços; e 51% das ações preferenciais da CESP tão na jogatina da Bolsa de Valores.

Quer dizer, quando vem aqui dizer que a população de São Paulo vai ter que pagar a conta, o governador tá mal informado.

Ou ele não entende desse assunto, ou ele tá mal informado pelo secretário. O governador tá jogando contra a população São Paulo, que é a grande beneficiada pela redução do preço da energia, a casa de cada um vai baixar a conta de luz em 16% e a conta de luz no Brasil vai baixar 20% a partir de fevereiro, quer dizer, e isso o estado que mais ganha é o estado de São Paulo.

Eles estão lá pensando na empresinha que eles controlam, que o governador controla, que ele emprega gente, parente e partidário do grupo político dele e tá prejudicando o estado [de São Paulo].

O governador tem uma responsabilidade, para chegar para a população e não colocar o secretário falando, ele tem que colocar — como o presidente da FIESP está fazendo — colocando a cara na televisão para defender essa causa justa, o governador precisa falar, o governador não pode se esconder atrás do secretário, o governador tem uma responsabilidade com a população de São Paulo.

JT – Durante essa queda de braço entre o governo Dilma e os governos do PSDB, no caso de Minas, São Paulo e Paraná e também o governo do PSD em Santa Catarina, a CELESC que também é um das que estão contrárias a essa medida provisória para baixar o preço na conta de luz, as ações das energéticas caíram muito na Bolsa de Valores do Brasil. Isto foi um efeito colateral esperado ou isto faz parte do processo de acomodação de preços mesmo?

CC – Maria, impressionante porque assim, a regra está estabelecida desde 1995, no governo Fernando Henrique. Lá eles prorrogaram concessões para elas durarem 20 anos mais. 2015 todo mundo sabe que acabou.

Que ia acabar. Muito bem, o que é que, então as empresas estão fazendo nos últimos cinco anos?

Eles achavam que eles iam ganhar essa parada, as empresas e o mercado de ações achavam que iam ganhar essa parada, que a população não ia ser informada, que não ia ter uma entidade como a FIESP, com seu presidente Paulo Skaf, na televisão.

Nós investimos isso por autorização da diretoria da FIESP, votada por unanimidade, milhões de reais para fazer campanha em televisão para dizer para a população que ela tinha um direito que estavam querendo sequestrar na boca da noite, na calada da noite.

JT – E não tratar como concessão e sim como um direito adquirido para sempre, algo assim.

CC – Claro, claro, veja, a população tem esse direito e nós, eles estavam querendo subtrair… isso aqui [pensavam as concessionárias] é uma coisa que a gente resolve entre nós com o ministério e tal. O Ministério de Minas e Energia não tinha intenção de fazer o que a presidenta Dilma Roussef teve coragem para fazer. O ministério não tinha sacrificado as empresas, tinha prorrogado e a população que fosse enganada nessa história.

Nisso a presidenta foi muito corajosa e ela foi estimulada por uma conversa importante que a FIESP teve com o governo federal, com várias áreas, área técnica, e a área que decidiu e ajudou a presidenta decidir dentro do governo, e nós tivemos uma interlocução muito forte.

Mas respondendo sua pergunta, sim, com o governador Alckmin isso foi colocado e ele pensa como acionista da CESP ele não tá pensando na população do estado de São Paulo, repito, o governador tem que vir a público justificar para a população porque ele tá prejudicando 44 milhões.

Eu digo isso, eu fica lá pensando como é que tá o cidadão do Rio de Janeiro, o cidadão do Rio Grande do Sul, como tá o cidadão da Bahia, como tá o cidadão de Sergipe dizendo, “eu, o meu governo e a minha população aqui no meu estado tão dando uma contribuição que é baixar o preço das companhias geradoras daqui do meu estado, para que os paulistas não façam nada, porque como a CESP não entra no jogo, os paulistas não estão contribuindo para queda”. A gente fica com vergonha do governo que tem, a gente fica com vergonha.

E fora que o governo do estado de São Paulo, ao não renovar essas concessões, elas vão acabar e vão a leilão em 2015 e destruiu a empresa, eles estão destruindo a CESP, que poderia durar mais 30 anos. Estão sendo de uma irresponsabilidade com o estado e com essa população que é uma coisa jamais vista. Governador Alckimin, responda à população, o que você vai fazer com a CESP a partir de 2015?

O senhor não pretende ser governador depois de 2015? Não pretende depois de 2015? Você vai ter esse problema em 2015. O senhor vai ter problema de abastecimento de energia no estado de São Paulo, você vai ter problema com os empregos dos eletricitários da CESP, você tá pondo em jogo porque entrou num joguinho político.

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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#82 Mensagem por Carnage » 27 Jan 2013, 19:34

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -de-apagao
As matérias sobre o risco de apagão
Enviado por luisnassif, sab, 26/01/2013 - 13:29

Por Ruy Alkmim Rocha Filho

Dilma, a energia e as oposições


O fornecimento de energia elétrica no Brasil passou a ser um tema de intensa polêmica desde que a presidenta Dilma anunciou a redução na tarifa. Primeiro, foi sugerido o interesse eleitoral, ao anunciar a medida nas vésperas da eleição. Depois aconteceu algo curioso: oposicionistas – notadamente do PSDB – combateram a redução de preços para energia elétrica, tanto para residências, quanto para indústrias.

E não parou por aí. Em diversos momentos, foram publicadas matérias abordando risco de apagões, tratados como fatos inexoráveis. As matérias apontavam o baixo nível de hidrelétricas como fator determinante para o racionamento de energia, desconsiderando a ocorrência de chuvas a partir de janeiro, a ampliação das linhas de transmissão, a ampliação da oferta de energia em hidrelétricas e termoelétricas.

Vejamos algumas destas "matérias":

http://epocanegocios.globo.com/Informac ... sador.html

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... ncia.shtml

Analise o comentário de Reinaldo Azevedo:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... -solucoes/

A pauta que não resistiu à chuva

Mas a pauta não resistiu aos fatos. Os jornais da Globo tornaram-se contraditórios ao abordar as enchentes e os incontáveis transtornos em cidades como São Paulo ou Belo Horizonte e alguns minutos depois, apontar para o virtual apagão argumentando que as chuvas estavam restritas à faixa litorânea. Foram publicadas matérias alardeando a ocorrência de apagões durante as copas do Mundo e da Confederações. Não tardaram as chuvas em Minas Gerais, determinantes para as hidrelétricas nas bacias dos rios Paraná e São Francisco.

A Veja sobre o risco de apagão na Copa:

http://veja.abril.com.br/noticia/econom ... olta-atras

Ficou claro que a remota hipótese de racionamento só se tornaria real, se houvesse seca absoluta em diversas regiões e ainda assim outros problemas surgissem com as termelétricas, por exemplo. Ficou clara a falta de coerência entre opiniões e os fatos. Estaria a imprensa se confundindo mais uma vez com as oposições ou aconteceu apenas uma inundação de mau jornalismo?

O discurso de Dilma

Na noite da quarta-feira 23 de janeiro, a presidenta fez um duro pronunciamento refutando falta de energia elétrica e noticiando redução ainda maior dos preços. O silêncio das publicações parece indicar que a “crise energética” não resistiu a segunda quinzena de janeiro.

Veja o pronunciamento de Dilma:

Há temas relevantes e denúncias sérias a serem feitas para quem deseja pensar criticamente o Brasil. Daí a importância de termos um debate político instigante, alimentado por governo, oposição e pela mídia. Caetano Veloso já opinou a respeito da esquizofrenia governista, comentário que deveria ser estendido à oposição. Quanto à comunicação social, espera-se que fuja de patologias psíquicas. Melhor que assuma uma postura crítica, autônoma, que condiz com jornalismo de qualidade. No entanto, não se pode confundir a crítica com extremismo divorciado dos fatos.

Há quem acredite que a função da imprensa é ser hostil ao governo. Defendo que aos jornalistas cabe o papel de ser oposição ao governo e à própria oposição. Infelizmente, não é o que se observa. Longe de demonstrar compromisso sólido com a pluralidade, as empresas de comunicação frequentemente se entregam ao partidarismo e à defesa de interesses nebulosos.

Não é o que a sociedade espera, não é o que a sociedade necessita. A incapacidade de analisar, o desejo de maldizer podem ser maus conselheiros. Dos jornalistas e das empresas, espera-se que saibam lidar com interesses de empresários, investidores, governadores e quem mais aparecer sem se deixar levar. Ao navegar em águas turbulentas, corremos o perigo de encontrar os mais duros arrecifes: os fatos.

Mais matérias sobre o “risco elevado de apagão”:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... ionamento/

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/el ... raio.shtml

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... ionamento/

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Re: Tópico oficial do apagão 2009

#83 Mensagem por Carnage » 27 Fev 2014, 14:24

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/ ... alista.htm
Apagão foi problema técnico e conjuntural, diz especialista

Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, o apagão desta terça não tem relação direta com a falta de chuvas, com o calor e o aumento da demanda; segundo ele, Brasil aprendeu muito com o apagão de 2001 e hoje tem um sistema elétrico com planejamento muito criterioso; "O problema de ontem e os apagões que estão ocorrendo não estão relacionados com crise do sistema elétrico brasileiro. Não há essa perspectiva de crise", afirma

5 de Fevereiro de 2014 às 21:51

Sabrina Craide - Repórter da Agência


Um dia depois do blecaute que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, especialistas analisam os impactos e as possíveis causas do problema. Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, o episódio de ontem foi um problema técnico e conjuntural, que não tem relação direta com a falta de chuvas, com o calor e o aumento da demanda.

Segundo Castro, Brasil aprendeu muito com o apagão de 2001 e hoje tem um sistema elétrico com planejamento muito criterioso. "O problema de ontem e os apagões que estão ocorrendo não estão relacionados com crise do sistema elétrico brasileiro. Não há essa perspectiva de crise. O que acontece é que, dada a característica de o sistema elétrico ser interligado, ter dimensões continentais e transmitir blocos de energia em volumes muito grande constantemente de uma região para a outra, quando acontece algum problema de ordem técnica, você tem um desligamento", explica o especialista.

Para Castro, se for detectado um erro humano ou falha técnica previsível, o empreendedor proprietário da rede deverá ser multado pesadamente. Segundo ele, blecautes como o de ontem não têm como ser evitados, pois são fenômenos aleatórios. A única alternativa seria construir novas linhas de transmissão para serem usadas que ficariam ociosas, a um custo muito alto para a sociedade brasileira.

Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), o blecaute de ontem foi um evento grave, embora tenha sido fruto de um acidente de transmissão, que, segundo ele, sempre pode acontecer. "Mas neste momento, com essa situação de altas temperaturas, muita demanda de energia elétrica e pouca chuva, a situação é muito delicada", avalia.

O especialista explica que o aumento da demanda não foi determinante para a queda de energia ocorrida ontem, mas essa situação faz com que o governo tenha que fazer um "jogo de energia". "Eles estão colocando mais termelétricas, a água já está abaixo do que se esperava, e eles estão fazendo das tripas coração para usar o sistema da melhor maneira possível. Isso obriga muita transferência de energia e, se cai uma linha, eles não tem alternativa", diz o diretor da Coppe.

Ontem (4), o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que a falta de energia que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste não foi provocada pelo excesso de demanda, apesar de o calor intenso nas últimas semanas. O governo ainda estuda as causas do desligamento, que aconteceu na rede entre Tocantins e Goiás e uma reunião técnica ocorre amanhã, na sede da ONS.

http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... o-que.html
E agora, Aécio? Curto-circuito que deflagrou o apagão foi na CEMIG

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou a origem do blecaute (apagão) na tarde de terça-feira. Foram curto circuitos em duas linhas de transmissão que ligam a região Norte às regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Uma delas é controlada pela CEMIG, empresa do governo de Minas Gerais, nas mãos dos tucanos. Esta informação os telejornais da TV GLOBO escondeu.

O senador Aécio Neves, tucano mineiro, saiu atirando pedras no governo federal sem aguardar os relatórios dos engenheiros do ONS. Mordeu a língua. Se há culpa, como o senador deu palpites sem entender nada, então a culpa seria da CEMIG, empresa sob gestão tucana.

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Os destaques no texto são nossos.

Apesar da CEMIG ter muitos casos de apagões localizados em bairros e cidades de Minas e do Rio de Janeiro (onde controla a Light), é prematuro fazer qualquer afirmação irresponsável como fez o senador, sem o parecer dos engenheiros do ONS sobre os dados do sistema elétrico nacional.

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/ ... o-passado/
Crise energética deste ano é inventada como a do ano passado

Se o Brasil tivesse memória e a mídia oposicionista tivesse vergonha na cara não estaríamos vendo esse escarcéu por conta da mera interrupção episódica ocorrida nesta semana em uma linha de transmissão, o que obrigou o Operador Nacional do Sistema elétrico a desligar a luz no Sul, no Sudeste e no Centro Oeste por algumas horas a fim de efetuar reparos.

Lamentavelmente, nem os brasileiros têm memória nem a mídia tem vergonha na cara, de modo que, confiando na amnésia coletiva, tenta empurrar outra crise energética fictícia pela goela nacional.

Todo começo de ano, desde que o PT chegou ao poder, é a mesma coisa: a mídia tenta confundir a sociedade em relação à questão energética, como se hoje o Brasil estivesse na mesma situação em que estava entre 2001 e 2002, ao fim do governo Fernando Henrique Cardoso, quando amargou 11 meses de duro racionamento de energia por conta, exclusivamente, de falta de investimentos do governo federal.

Por que esse fenômeno midiático ocorre a cada começo de ano? Porque é período de consumo mais elevado, o que torna o sistema energético mais sujeito a “estresses”, até por conta de os reservatórios das hidrelétricas baixarem mais nesta época do ano. Assim, a mídia usa o termo apagão tentando convencer a sociedade de que a situação de hoje é igual à do governo FHC.

Ano passado, porém, foi o auge das tentativas anuais da mídia de convencer os brasileiros de que racionamento como o da era tucana estaria para ocorrer no curtíssimo prazo. Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Veja apostaram alto no que seria uma desgraça nacional, caso sobreviesse. Chegaram a anunciar “reunião de emergência” que teria sido marcada por Dilma Rousseff para discutir o que fazer diante da catástrofe que espreitava.

A invenção midiática sobre “racionamento”, porém, começou a desmoronar por conta de reportagem produzida pela colunista da Folha Eliane Cantanhêde sobre a tal reunião de emergência. Acabou parecendo que a matéria foi inventada porque o Ministério das Minas e Energia enviou carta ao jornal que desmontava a história

Abaixo, a manifestação do Ministério, a resposta da colunista que fez a matéria em questão e a correção que o jornal publicou sobre a “barriga” de sua jornalista.

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Folha de São Paulo

11 de janeiro de 2013

Painel do Leitor

Energia

No dia 7/1, a Folha publicou a seguinte manchete de capa: “Escassez de luz faz Dilma convocar o setor elétrico”, com o subtítulo “Reunião de emergência discutirá propostas para evitar riscos de racionamento”. O texto remetia para reportagem em “Mercado” sob o título “Racionamento de luz acende sinal amarelo”.

Tratava-se de uma desinformação. Na mesma data da publicação, preocupado com a repercussão da reportagem, principalmente nas Bolsas, o ministro Edison Lobão, em telefonema à autora da reportagem, a jornalista Eliane Cantanhêde, esclareceu que a reunião em referência não fora convocada pela presidenta da República, nem tinha caráter de emergência. Tratava-se, conforme relatou, de reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada desde o ano passado.

Além desses esclarecimentos não terem sido prestados na reportagem sobre o assunto publicada em 8/1 (“Lobão confirma reunião, mas descarta riscos”, “Mercado”), a jornalista, na coluna “Aos 45 do segundo tempo” (“Opinião”, ontem), põe em dúvida a veracidade das informações do Ministério de Minas e Energia. Para que não reste dúvida sobre o assunto, consta na ata da 122ª Reunião do CMSE, realizada em 13/12/2012, precisamente no item 12, a decisão de realizar no dia 9/1/2013 a referida reunião ordinária.

Antonio Carlos Lima, da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia (Brasília, DF)

*

RESPOSTA DA JORNALISTA ELIANE CANTANHÊDE – De fato, a reunião foi marcada em dezembro, mas, diante dos níveis preocupantes dos reservatórios, ganhou caráter emergencial – evidenciado pela intensa movimentação do governo. A Folha contemplou no dia 8/1 a versão do ministro de que não havia risco de racionamento.

*

Seção “Erramos”

MERCADO (7.JAN, PÁG. B1) A reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico havia sido marcada em 13 de dezembro de 2012, e não neste ano, conforme informou a reportagem “Racionamento de luz acende sinal amarelo”, de Eliane Cantanhêde.


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Só rindo, não?

Enfim, a partir dali, o assunto começou a morrer rapidamente na mídia e, como se sabe hoje, não só não houve racionamento ou qualquer outro problema no setor energético como o governo promoveu uma forte redução no valor das contas de luz. A mídia, então, abandonou o caso, mas só até o próximo começo de ano, ou seja, até agora, quando o alarmismo energético anual volta a dar as caras.

Tudo, porém, não passa de uma grande, de uma enorme, de uma descomunal bobagem porque hoje o Brasil tem uma situação energética muitíssimo diferente da que tinha até 2002.

A situação é muito melhor porque, como o então presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, informou em entrevista coletiva à imprensa no ano passado, “De 2001 a 2012 a capacidade instalada de geração de energia cresceu 75% no Brasil”, tendo havido um “Aumento de 150% na capacidade instalada de termelétricas, excluindo usinas a biomassa e nuclear”.

E, como se não bastasse, o presidente da EPE (criada no governo Lula para planejar a oferta de energia no país) informou que “Cerca de 85% dessa expansão ocorreram nos últimos dez anos”, ou seja, nos governos Lula e Dilma.

À época, o presidente da EPE ainda esclareceu que, de 2001/2002 para cá, triplicou a capacidade de geração de energia do Nordeste. Segundo ele, “O Nordeste ficou menos vulnerável porque pode contar com as outras regiões porque houve melhora na rede de transmissão de energia” ao longo da última década.

Sempre segundo o presidente da EPE, “Antes de 2001 implantavam-se, em média no Brasil, 1 mil quilômetros de linhas por ano e nos últimos dez anos a média tem sido de 4,3 mil quilômetros de linhas de transmissão implantadas por ano”.

Como se não bastasse – e ao contrário do que ocorria no governo FHC –, há hoje um grande volume de obras de construção de usinas hidrelétricas, com destaque para Belo Monte, que se não fossem as jogadas políticas de certa oposição já teria sido concluída e, assim, inviabilizado as invenções de crises energéticas da mídia oposicionista.

Mas com ou sem Belo Monte, após tudo que foi feito na última década o país não corre mais risco de apagão, racionamento, seja o que for. Até porque, as usinas em construção começarão a funcionar. O que aconteceu nesta semana, então, foi só blecaute, normal em qualquer país, pois derivado de acidente. O resto é politicagem eleitoral.

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