O manifestante, o saqueador e as escolhas da mídia
publicado em 25 de maio de 2012 às 23:20
por Luiz Carlos Azenha
O Rodrigo Vianna escreveu um post sobre as escolhas da mídia brasileira diante da greve dos metroviários e ferroviários em São Paulo.
O post se organiza em torno das escolhas de editores:
[ external image ]
Esse tipo de escolha não é exatamente uma novidade.
Lembro-me, agora, da grande controvérsia que aconteceu nos Estados Unidos depois que o furacão Katrina devastou New Orleans.
Era em torno de duas fotos:
[ external image ]
O negro, na foto acima, foi identificado como saqueador; os brancos teriam “encontrado” os objetos na água.
Foi um debate interminável na blogosfera dos Estados Unidos, com os fotógrafos defendendo as legendas que sugeriram a partir do que tinham testemunhado.
A imprensa e grande mídia no Brasil
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
http://www.viomundo.com.br/denuncias/o- ... midia.html
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
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Porra, no ímpeto de fazer um "escândalo" os caras não conseguem nem apurar quem são os que foram no encontro?? É muita incompetência! Se não dá pra confiar nem na lista dos presentes, dá pra confiar no relato do encontro? É lógico que dá! Pra quem tá só na gana de sacanear, tudo se engole.Sobre a “folhice” a meu respeito
publicado em 30 de maio de 2012 às 14:48
30/05/2012 – 11h57
PS do Viomundo: Estou em Belém do Pará, gravando, e como não tenho ainda o dom de estar em dois lugares ao mesmo tempo, meu jantar foi nas Docas. Nunca recebi qualquer pedido de ajuda de Fernando Haddad e nunca usaria meu blog que não fosse para expressar minhas convicções políticas pessoais — um direito que, ao que eu saiba, me é garantido pela Constituição brasileira.Fernando Haddad pede ajuda a blogueiros que apoiam governo
BERNARDO MELLO FRANCO
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
na Folha de S. Paulo
Diante do impasse nas negociações com outros partidos, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, investe no front virtual para tentar crescer na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Ele procurou blogueiros que apoiam o governo Dilma Rousseff para pedir ajuda a sua campanha na internet. O grupo marcou jantar ontem à noite na casa do jornalista Paulo Henrique Amorim, que é apresentador da TV Record e mantém o blog Conversa Afiada.
“A intenção é ouvir opiniões sobre a campanha e pedir o apoio deles como militantes”, disse o deputado estadual Simão Pedro (PT), da campanha petista.
Na lista de convidados, estavam também Luis Nassif, Rodrigo Vianna, Luiz Carlos Azenha, Renato Rovai, Altamiro Borges, Conceição Oliveira, Paulo Salvador e Sérgio Lírio.
Rovai disse que o grupo pretendia discutir temas da cidade e não deve declarar apoio formal a Haddad.
Os participantes do jantar, que se apresentam como “blogueiros progressistas”, foram recebidos pelo ex-presidente Lula no Planalto no fim de 2010.
No ano passado, o PT montou um núcleo de militantes virtuais para atuar na internet. O grupo será acionado para fazer propaganda de Haddad e atacar rivais nas redes sociais.
Não fui recebido pelo presidente Lula em 2010 e, a bem da verdade, não integro mais a direção do BlogProg, embora tenha objetivos comuns com colegas blogueiros. Por exemplo, em defesa de neutralidade na rede, de maior diversidade e representatividade da mídia, contra a propriedade cruzada, contra a criminalização dos movimentos sociais, contra a criminalização do sindicalismo e, portanto, do trabalhismo, etc.
Como sabe qualquer leitor deste site, nosso apoio ao governo Dilma é crítico, ao contrário da dissimulação dos que pairam sobre o ninho tucano e publicam fichas falsas na primeira página em período eleitoral.
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Folha devia falar da tucanada na casa de Monica Waldvogel
Eduardo Guimarães
Saiu uma matéria na edição de ontem (30.05) do jornal Folha de São Paulo que seria de cair o queixo se não se tratasse de um veículo que se especializou em inventar e/ou distorcer notícias. O texto versa sobre encontro que o pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, teve com blogueiros na residência de Paulo Henrique Amorim.
O texto da Folha, além de mentiroso, é curioso. E, segundo apuração que fiz, não conteve tantas imprecisões por preguiça da jornalista Catia Seabra, que assina a matéria, simplesmente porque o jornal colocou um repórter fotográfico de tocaia em um carro que ficou parado próximo à casa de PHA, de forma a registrar a entrada e saída de convidados.
Coitado do rapaz. Enquanto degustávamos uma magnífica pasta recheada de bacalhau desfiado, acompanhada de um vinho divinal, ele mofava dentro de um carro tentando adivinhar quanto tempo mais aquela maldita reunião duraria.
O relato de Catia Seabra – com quem tive um bate-boca em 2007, quando o Movimento dos Sem Mídia fez seu primeiro ato público diante da Folha – conteve manipulação da lista de blogueiros que se encontraram com Haddad e, também, da natureza do encontro. Segundo a jornalista, o pré-candidato teria ido “pedir ajuda” a tais blogueiros.
Como não pedi autorização às pessoas presentes e ausentes para citá-las, só posso dizer que, das oito que foram nomeadas na matéria da Folha, três não participaram do encontro com Haddad e outras quatro que participaram (sendo eu uma delas) não foram citadas. Por que a Folha manipulou a lista de convidados que publicou? Sabe-se lá…
Mas o mais grave – e o mais ridículo – dessa “reportagem” foi a descrição da natureza do encontro. O pré-candidato a prefeito de São Paulo foi “pedir ajuda” a blogueiros que a Folha sempre diz que são pagos pelo partido dele? Ora, se somos pagos não haveria por que pedir nada e muito menos se encontrar conosco. Quem paga, manda.
Aliás, por que Haddad pediria alguma coisa a blogueiros que a matéria da Folha diz que apóiam o PT? Se já apóiam, o pré-candidato foi pedir o quê? Para continuarem apoiando, talvez?
Ridículo.
Aliás, a prova de que quem trabalha para partidos é a Folha está no fato de que o jornal só se interessa por encontros de políticos com jornalistas se os políticos forem petistas. Por que a Folha não noticia a revoada de tucanos que vive acontecendo na casa de praia da jornalista da Globo News Mônica Waldvogel?
Esquisito, não? Por que essa afasia jornalística em relação a tucanos e o ímpeto irrefreável em relação a petistas?
Sobre a natureza do encontro de Haddad com blogueiros, transformou-se em uma sabatina informal em que o pré-candidato respondeu a uma saraivada de questões deste e dos outros blogueiros presentes. As questões foram sobre projetos e estratégia política. Nem nós, blogueiros, nem os políticos presentes pediram nada uns aos outros.
O fato, caro leitor, é que se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas e o jornalismo da Folha, não os consumiriam nem sob a mira de um fuzil.
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
Verdadeiro exercício que mostra a competência e ética da imprensa atualmente.
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O mundo imaginário da sucessão do Ipea
Com a saída de Marcio Pochmann, que concorrerá a prefeitura de Campinas, abriu-se a disputa para a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Imprensa entrou no jogo como parte interessada. E acabou saindo mal na fita. Trama relatada por Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Correio Braziliense e Valor Econômico inverteu regra de bom senso lógico: se os fatos não forem bem assim, problema dos fatos.
Saul Leblon
Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), caiu em janeiro de 2011, quando Wellington Moreira Franco assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), ministério ao qual o Instituto está subordinado. Tem mais: Marcio Pochmann censura pesquisas no Instituto desde que tomou posse em 2007. Sob sua direção, o órgão caracteriza-se pelo chapabranquismo militante. Acha pouco? Agora Pochmann vetou o nome de seu sucessor, indicado pela presidenta Dilma Rousseff que, em represália, vetou os nomes apresentados pelo economista e impôs um nome de preferência de Aldo Rebelo, que ainda não havia entrado na história. Depois disso, Moreira Franco indicará um interino em caráter definitivo.
A trama pode continuar indefinidamente. Nada disso corresponde aos fatos, mas tudo foi registrado pelos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Correio Braziliense e Valor Econômico. Se os fatos não forem bem assim, problema dos fatos. A desconexão com a realidade ultrapassa a linha do ridículo.
A presidência do Ipea é um cargo concorrido. A sucessão de Pochmann é notícia desde que este professor da Unicamp anunciou a disposição de disputar a prefeitura de Campinas pelo PT. Em sua gestão, o Instituto ampliou o raio de atuação, abriu-se para áreas além da economia, aumentou o leque de trabalhos e passou a assessorar não apenas o governo federal, mas também administrações estaduais e municipais, além de fornecer subsídios a entidades da sociedade civil e aos poderes Legislativo e Judiciário. Com pouco mais de seiscentos pesquisadores, o Ipea é uma das maiores instituições de pesquisa na América Latina. Possui uma representação em Caracas e em breve terá outras na Argentina e no Paraguai.
Sucessão de vetos
A imprensa entrou no jogo, comprando informação por metro e vendendo por quilo.
O repórter João Villaverde, do Valor Econômico (29 de maio) apurou o seguinte sobre a secessão no Instituto:
“Os três nomes indicados por Pochmann (Vanessa Petrelli, Leda Paulani e Jorge Abrahão) não entusiasmaram Dilma, que já decidiu também negar a candidatura a [Ricardo] Paes de Barros, apoiada pelo ministro Moreira Franco. (...) Dilma comunicou a Moreira Franco na semana passada que prefere Paes de Barros na SAE, e não na presidência do Ipea. Além disso, Pochmann vetou o nome de Paes de Barros”.
Faltou Villaverde explicar como um funcionário de segundo escalão como Pochmann pode impor veto a um ministro e à presidenta da República.
O jornalista praticamente nomeou o sucessor. Trata-se do professor da UnB, José Luís Oreiro. Quem lê a reportagem do Valor fica sabendo que o economista era o candidato preferido das seguintes lideranças: Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Henrique Eduardo Alves, Lindbergh Farias (PT-RJ), além do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e do vice-presidente da República, Michel Temer.
Lindbergh contestou a informação. “Meu candidato é o candidato de Marcio Pochmann”, disse o senador no final de semana.
Zerando o placar
Dois dias depois, o repórter Raymundo Costa, do mesmo jornal, vendo que não havia fumacinha branca em canto algum, zera o placar. Em primeira mão, ele noticia que:
“O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (...) será presidido interinamente até o ministro (...) Wellington Moreira Franco, indicar um titular para o cargo. A atual diretora de Estudos de Políticas Econômicas do Instituto, Vanessa Petrelli Corrêa, será a interina. Ela foi indicada pelo economista Marcio Pochmann”.
Mas Moreira Franco já não havia escolhido um nome, que fora “vetado” por Pochmann? E Vanessa Petrelli não é aquela que “não entusiasmara” Dilma?
Mais adiante, Costa relata:
“Na véspera, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, telefonou para Moreira para perguntar se ele tinha um nome para indicar. Moreira respondeu que sim. Não havia indicado, para não precipitar os acontecimentos, enquanto Pochmann prepara sua desincompatibilização para concorrer em outubro”. E o ministro teria completado: “Não tive nenhum problema em nomear a indicação do Marcio”.
O caso passou a se assemelhar a um filme policial com trama rocambolesca, nos quais a certa altura não se sabe mais quem matou e quem morreu. Moreira Franco, que indicara Paes de Barros agora diz à ministra Gleisi Hoffmann que não indicou ninguém “para não precipitar os acontecimentos”. Quem apurou errado, Villaverde ou Raymundo Costa?
O gozado é que em 14 de fevereiro de 2011, há um ano e meio, o jornal O Estado de São Paulo, em uma matéria intitulada “Ministro decide tirar Pochmann do Ipea”, contava o que se segue:
“O ministro (...) Moreira Franco, vai tirar o economista Márcio Pochmann do comando do Ipea. (...) Moreira Franco, apurou ontem o Estado, ainda está conversando com assessores para definir os nomes da nova diretoria”.
Agora ficou confuso. Se Moreira Franco buscava nomes em fevereiro do ano passado, como agora a imprensa informa que ele não quer “precipitar os acontecimentos”?
Asas à imaginação
Apurar notícias, ser enredado por boatos e noticiar algo a ser desmentido no dia seguinte compõem o cotidiano de um repórter. Isso se exacerba num centro de variados interesses como Brasília. Mas não é preciso exagerar. A jornalista Rosana Hessel, no Correio Brasiliense de 28 de maio, resolveu dar asas à imaginação:
“O objetivo de Dilma é colocar no lugar de Pochmann um técnico que consiga recuperar a imagem antiga do órgão, independente e respeitado pelas pesquisas que realiza. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Instituto chegou a ser chamado por vários economistas de máquina de propaganda. Hoje, encontra críticos dentro do próprio governo. Em abril de 2011, por exemplo, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, desqualificou um estudo do Ipea que denunciava o passo lento das obras de ampliação dos aeroportos nas cidades que sediarão a Copa de 2014, mostrando que pelo ritmo das obras apenas 4 dos 12 aeroportos ficariam prontos”.
Em um parágrafo, Rosana desmente a si mesma. Primeiro diz que o Ipea deixou de ser “independente e respeitado” e virou uma “máquina de propaganda” do governo. Na frase seguinte fala que o ministro Gilberto Carvalho desqualificou um estudo do Ipea”. Se é chapa-branca, por que um ministro ataca o órgão?
Rosana Hessel fecha a matéria com chave de ouro: “A presidente quer indicar pessoa com perfil técnico e sem aspirações políticas”. Perfil técnico e sem aspirações políticas era a mais perfeita tradução de economista Dilma Rousseff ao ser nomeada ministra das Minas e Energia, em 2003.
O que tais matérias demonstram? Entre outras coisas que quando jornalistas se prestam a ser portadores de recados de lobistas, difusores de boatos e escritores de ficção, quem perde é o jornalismo. E cá entre nós, a atividade não anda em seus melhores dias no Brasil.
Em tempo: a economista Vanessa Petrelli, indicação de Marcio Pochmann, é a nova presidenta do Ipea.
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
Esse "rolo" do Ipea foi engraçado mesmo...
A matéria do Valor gerou o seguinte (hilário) desmentido do Ministério dos Esportes:
Além de uma besta como Oreiro, Leda Paulani também é um delírio do jornalista. Ela não consegue ser minimamente política para ter relevância no departamento dela na USP, seria frita em 15 dias em Brasília.
Pior que esse João Villaverde é um cara legal, está sempre no Twitter. Acho que algum Oreirete plantou isso aí e ele caiu...
Em tempo: o Ipea teve uma clara mudança de perfil ideológico sob Pochmann, mas nada de aparelhamento ou propaganda do governo como alguns blogueiros (e jornalistas) tentaram colar...
A matéria do Valor gerou o seguinte (hilário) desmentido do Ministério dos Esportes:
https://conteudoclippingmp.planejamento ... -leitores/Cartas de Leitores
Valor Econômico - 30/05/2012
Esclarecimento
Sobre a matéria veiculada na página A8 do Valor de ontem, "Oreiro ganha apoio de partidos para presidir Ipea", o Ministério do Esporte esclarece:
O ministro Aldo Rebelo não conhece o economista José Luís Oreiro e nunca foi procurado por ninguém ligado ao sr. Oreiro para tratar desse assunto. O ministro da mesma forma nunca tratou desse tema com a presidenta Dilma nem com qualquer outro interlocutor.
Ministério do Esporte - Assessoria de Comunicação
Além de uma besta como Oreiro, Leda Paulani também é um delírio do jornalista. Ela não consegue ser minimamente política para ter relevância no departamento dela na USP, seria frita em 15 dias em Brasília.
Pior que esse João Villaverde é um cara legal, está sempre no Twitter. Acho que algum Oreirete plantou isso aí e ele caiu...
Em tempo: o Ipea teve uma clara mudança de perfil ideológico sob Pochmann, mas nada de aparelhamento ou propaganda do governo como alguns blogueiros (e jornalistas) tentaram colar...
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
Tanto que era bem engraçado! Quando o IPEA divulgava alguma pesquisa que dizia algo favorável ao Brasil, todo mundo vinha dizer que o instituto tinha virado chapa branca e agora só servia pra fazer propaganda estatal, que sua opinião e seus resultados não eram mais confiáveis, etc.Compson escreveu:Em tempo: o Ipea teve uma clara mudança de perfil ideológico sob Pochmann, mas nada de aparelhamento ou propaganda do governo como alguns blogueiros (e jornalistas) tentaram colar...
Aí depois de um tempo saía uma pesquisa que falava que tal coisa no Brasil estava muito ruim e os mesmos jornais publicavam em destaque, falando: "Olha lá! eu falei que o Brasil tá uma merda! Essa pesquisa mostra isso claramente! E é culpa do governo!!" Nesse momento a opinião que não valia mais do "instituto chapa branca" era a verdade definitiva e a "chapabranquisse" dele sumia!
Só pra na próxima pesquisa falando algo de bom eles chamarem o instituto de chapa branca novamente e esquecerem completamente da anteiror que tinha falado algo de mal sobre o governo!
Uma comédia...
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
http://portalimprensa.uol.com.br/notici ... abalhistas
PLIM, PLIM
PICARETAGEM, A GENTE VÊ POR AQUIGlobo terá que contratar 150 jornalistas e radialistas
Até fevereiro de 2013, a Rede Globo, no Rio de Janeiro, será obrigada a contratar 150 jornalistas e radialistas para suas redações, informou o portal do Sindicato do Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Além disso, pagará multa de R$ 1 milhão, resultado de um acordo firmado entre a empresa e o Ministério Público (MP) no fim de 2011, após uma investigação que identificou diversas irregularidades trabalhistas.
A Procuradoria do Trabalho da 1ª Região, após solicitar à Globo cópia do controle de frequência de empregados, encontrou casos de funcionários com expediente acima de 19 horas e desrespeito ao intervalo mínimo entre expedientes que deve ser de 11 horas. Além disso, detectou a não concessão da folga semanal remunerada. “Foi constatado excesso de jornada e que este excesso é habitual, e não extraordinário”, explica a procuradora Carina Bicalho, do Núcleo de Combate às Fraudes Trabalhistas.
Nos últimos cinco anos, esta foi a terceira vez que a emissora teve constatadas irregularidades quanto as jornadas de trabalho. Com este acordo, a Globo promove nos últimos meses a prática de novas escalas, com folgas aos jornalistas e respeito aos intervalos. O ajuste de conduta chegou também no Infoglobo, que edita os impressos da família Marinho.
“O acordo feito com a empresa foi para o futuro, para que ela deixe de cometer estas práticas, com uma solução — a contratação de pessoal”, disse a procuradora. O acordo foi assinado em 12 de dezembro de 2011, com aditamento no dia 15 do mesmo mês, e homologado em fevereiro deste ano.
A Globo é quem decide sobre a cota de jornalistas e de radialistas entre os 150 funcionários, dos quais 70 devem ser contratados até agosto.
Outros veículos
Na Procuradoria, há ações sobre outros veículos do Rio de Janeiro, como Record, SBT e Bandeirantes, denunciando a contratação de jornalistas por meio de pessoa jurídica (PJ).
“PJ é uma forma que o capital descobriu para trazer o trabalhador para o lado dele, dizendo que o empregado está ganhando com isso”, expõe a procuradora. Para ele, quando ocorre com os altos salários, não há distribuição de riqueza, já que tanto a empresa quanto o profissional deixam de recolher impostos.
Além disso, investigações também são feitas em assessorias de comunicação cariocas que “simulam a condição de sócio” ao contratar jornalistas, em vez de utilizar a CLT


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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
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Advogados denunciam a Abril ao Ministério Público
publicado em 10 de junho de 2012 às 19:59
do Coletivo Advogados para a Democracia
O Coletivo Advogados para a Democracia protocolou na última quarta-feira (06/06) uma representação ao Ministério Público contra a Editora Abril.
Há algumas semanas recebemos a informação de que a empresa circulava por escolas estaduais de São Paulo distribuindo pacotes de figurinhas e bonecos em miniaturas pertencentes a um álbum produzido por ela em uma prática covarde e criminosa de induzir crianças e adolescentes ao consumismo infantil.
Como se isso não bastasse, funcionários devidamente vestidos com camisas com o logotipo da empresa adentraram às escolas sem que a direção dessas escolas consentissem.
Os produtos distribuídos gratuitamente não possuem nenhuma relação com o ambiente escolar, tratando-se apenas de publicidade voltada a seres humanos em fase de formação.
Entendemos que a Editora, com esta prática socialmente condenável, age ilegalmente, pois fere a vulnerabilidade do consumidor, os valores sociais básicos e a própria sociedade como um todo reforçando valores meramente mercadológicos no processo de socialização de crianças e adolescentes, senão vejamos:
- As crianças e os adolescentes não têm maturidade suficiente para discernir que aqueles produtos recebidos não são parte do universo escolar. A Editora se utiliza da vulnerabilidade dos alunos;
- Ao invés das tradicionais propagandas da televisão (fiscalizadas pelo Ministério Público e outras entidades), a Editora se utiliza de subterfúgios para atingir um consumidor vulnerável e protegido pela Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Código de Defesa do Consumidor, o Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária e tantas outras normas que dispõem a respeito;
- É impossível não reconhecer que o local para tal publicidade é inapropriado e está absolutamente desvinculado do contexto do ambiente escolar além de atrapalhar o andamento normal das atividades escolares desviando a atenção dos alunos para os produtos;
- Além disso, ficou explícita a relação de competitividade criada entre os educandos. Aqueles que receberam mais figurinhas e miniaturas se colocavam como superiores a outros que receberam uma quantidade menor. Ato contínuo, nos dias subsequentes, a mesma relação surgiu com os alunos que puderam comprar o álbum e mais figurinhas e miniaturas nas bancas de jornal com aqueles que, por não ter a mesma possibilidade financeira, não puderam fazer o mesmo. Trata-se de uma lógica perversa de socialização entre crianças e adolescentes em processo de formação;
- É necessário perceber a dor, humilhação, sofrimento e constrangimento daqueles cujos pais não têm condições financeiras de comprar o álbum e as demais figurinhas para completá-lo. Eles passam a ser alvo de gozações diárias surgindo a nefasta prática do bullying;
- Para além do universo escolar, é fundamental lembrar do possível conflito que pode existir no âmbito familiar quando um aluno chega em casa com tais produtos pedindo aos pais que comprem o álbum sendo que eles não possuem poder econômico para tanto.
É preciso reiterar que o Estatuto da Criança e do Adolescente adotou, em consonância com a Constituição Federal, o sistema da proteção integral, sempre ressaltando a condição de ser humano em formação e por isso merecedor de cuidados especiais e a Editora Abril com essa prática simplesmente ignora de forma vil todas as legislações que garantem os direitos fundamentais de cidadãos em desenvolvimento.
Ressalte-se que estes menores, alvos do agressivo marketing publicitário da citada empresa, gozam de tripla proteção: como crianças e adolescentes, como consumidores e como usuários dos serviços públicos.
Diante de tais fatos fomos a campo atuando na defesa da criança e do adolescente contra a lógica voraz do mercado que não tem qualquer preocupação social, apenas empresarial.
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
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Marcos Coimbra: Os três equívocos da “grande imprensa”
publicado em 9 de junho de 2012 às 11:22
por Marcos Coimbra, em CartaCapital, sugestão de Julio Cesar Macedo Amorim
A cobertura de nossa “grande imprensa” da atualidade política gira em torno de três equívocos. Por isso, mais confunde que esclarece.
Os três decorrem da implicância com que olha o governo Dilma Rousseff, o PT e seus dirigentes. A mesma que tinha em relação a Lula quando era presidente.
Há, nessa mídia, quem ache bonito – e até heróico – ser contra o governo. E quem o hostilize apenas por simpatizar com outros partidos. Imagina-se uma espécie de cruzada para combater o “lulopetismo”, o inimigo que inventaram. Alguns até sinceramente acreditam que têm a missão de erradicá-lo.
Não é estranho que exista em jornais, revistas, emissoras de televisão e rádio, e nos portais de internet, quem pense assim, pois o mundo está cheio deles. E seria improvável que os empresários que os controlam fossem procurar funcionários entre quem discorda de suas ideias.
Até aí, nada demais. Jornalismo ideológico continua a ser jornalismo. Desde que bem-feito e enquanto preserve a capacidade de compreender o que acontece e informar o público. O problema da “grande imprensa” é que suas antipatias costumam levá-la a equívocos. Como os três de agora. Vejamos:
O Desespero de Lula
Pode haver suposição mais sem sentido do que a de que Lula esteja “desesperado” com o julgamento do mensalão?
Ele venceu as três últimas eleições presidenciais, tendo tido na última uma vitória extraordinária. Só ele se proporia um desafio do tamanho de eleger Dilma Rousseff.
Hoje, em qualquer pesquisa sobre a eleição de 2014, atinge mais de 70% das intenções de voto, independentemente dos adversários.
Seu governo é considerado o melhor que o Brasil já teve por quase três quartos do eleitorado, em todos os quesitos: economia, atuação social, política externa, ecologia etc. (sem excluir o combate à corrupção).
O mensalão já aconteceu e foi antes que galvanizasse a imagem que possui. Lula tem, portanto, esse conceito depois de passar pelo escândalo. O ex-presidente não tem nenhuma razão para se importar pessoalmente com o julgamento do mensalão. Muito menos para estar “desesperado”.
O que ele parece estar é preocupado com alguns companheiros, pois sabe que existe o risco de que sejam punidos, especialmente se o Supremo Tribunal Federal for pressionado a condená-los. Solidarizar-se com eles – e fazer o possível para evitar injustiças – não revela qualquer “desespero”.
A Batalha Paulista
Não haverá um “enfrentamento decisivo” na eleição para prefeito de São Paulo. Nada vai mudar, a não ser se a gestão local, se José Serra, ou Fernando Haddad, ou Gabriel Chalita sair vitorioso.
Como a “grande imprensa” está convencida de que José Serra vai ganhar – o que pode ser tudo, menos certo -, a eleição está sendo transformada em um “teste” para Lula, o PT e o governo Dilma. Ou seja, quem “nacionaliza”a disputa é a mídia. Apenas porque acha que Haddad vai perder. Se Serra vencer, o PSDB não aumenta as chances de derrotar Dilma (ou Lula) em 2014. Caso contrário, terá sua merecida aposentadoria. O melhor que os tucanos podem tirar da eleição paulista é a confirmação da candidatura de Aécio Neves.
Quanto ao PT e ao PMDB, vencendo ou perdendo, saem renovados. No médio e no longo prazo, ganham. Por enquanto, a mídia está feliz. Cada pesquisa em que Haddad se sai mal é motivo de júbilo, às vezes escancarado. Quando subir, veremos o que vai dizer.
É a Economia, Estúpido
Sempre que pode, essa mídia repete reverentemente a trivialidade que consagrou James Carville, o marqueteiro que cuidou da campanha à reeleição de Bill Clinton.
Lá, naquele momento, foi uma frase boa.
Aqui, não passa de um mantra usado para desmerecer o apoio popular que Lula teve e Dilma tem. Com ela, pretende-se dizer que “a economia é tudo”. Que, em outras palavras, a população, especialmente os pobres, pensa com o bolso. Que gosta de Lula e Dilma por estar de barriga cheia.
Com base nesse equívoco, torce para que a “crise internacional”ponha tudo a perder. Mas se engana. É só porque não compreende o País que acha que a economia é a origem, única ou mais importante, da popularidade dos governos petistas.
Nos últimos meses, a avaliação de Dilma tem subido, apesar de aumentarem as preocupações com a inflação, o emprego e o consumo. E nada indica que cairá se atravessarmos dificuldade no futuro próximo.
Lula não está desesperado com o julgamento do mensalão. Se Serra for prefeito de São Paulo, nada vai mudar na eleição de 2014. As pessoas gostam de Dilma por muitas e variadas razões, o que permite imaginar que continuarão a admirá-la mesmo se tiverem de adiar a compra de uma televisão.
Pode ser chato para quem não simpatiza com o PT, mas é assim que as coisas são.
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
Um tal de Reinaldo Azevedo cometeu essa ignonímia sobre um trabalho do Departamento de Economia da PUC-RJ (sim, aqueles neoliberais lacaios do Consenso de Washington) a respeito dos efeitos do Bolsa Família sobre a criminalidade:
Pesquisadores da PUC-RJ dizem que Bolsa Família reduziu criminalidade em SP! Pesquisa do Tio Rei informa: esse estudo é uma cascata autoevidente! Mas posso provar!
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... so-provar/
Diferentemente da maioria dos intelectuais sérios, um dos pesquisadores, João Manoel Pinho de Mello, escreveu essa deliciosa resposta, da qual cito um trecho:
É um esculacho, mas é isso que o Reinaldo merece. Aguardemos ansiosamente sua tréplica...
Pesquisadores da PUC-RJ dizem que Bolsa Família reduziu criminalidade em SP! Pesquisa do Tio Rei informa: esse estudo é uma cascata autoevidente! Mas posso provar!
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... so-provar/
Diferentemente da maioria dos intelectuais sérios, um dos pesquisadores, João Manoel Pinho de Mello, escreveu essa deliciosa resposta, da qual cito um trecho:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid= ... iZWI&pli=1Vou me referir a você [Reinaldo] como “blogueiro”, pois afinal esse é seu título, não? O blogueiro reclama,
quase sempre com razão, dos métodos de argumentação do Luis Nassif. Pois bem: ele se
comportou como o Nassif. Falou sobre o que não entende com um misto de arrogância e
primitivismo. Não gosto muito de adjetivação, mas parece ser o estilo do blogueiro. Por isso me
permitirei essa pequena indulgência (não é muito grave; é quase como comer uma caixa inteira
de Sonho de Valsa).
É um esculacho, mas é isso que o Reinaldo merece. Aguardemos ansiosamente sua tréplica...
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
Está aí a resposta.
O PhD falou um monte de besteiras. E conseguiu demonstrar que o artigo dele era mais fraco do que parecia antes. Assim vai acabar ganhando alguma secretaria Federal...
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... essencial/
O PhD falou um monte de besteiras. E conseguiu demonstrar que o artigo dele era mais fraco do que parecia antes. Assim vai acabar ganhando alguma secretaria Federal...
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... essencial/
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
O texto do RA é quase ilegível, mas o centro da discussão é isso aqui:Locador escreveu:Está aí a resposta.
O PhD falou um monte de besteiras. E conseguiu demonstrar que o artigo dele era mais fraco do que parecia antes. Assim vai acabar ganhando alguma secretaria Federal...
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... essencial/
O RA respondeu isso:Professor da PUC-RJ escreveu:[Como é impossível fazer uma seleção aleatorzada de cidades com e sem Bolsa Família] usamos um procedimento que tenta imitá-lo. Em 2007 o programa passou a contemplar adolescentes de 16 e 17 anos. Como há escolas com mais e com menos adolescentes nessa faixa etária, o Bolsa Família se expande mais fortemente nos arredores de escolas com mais adolescente de 16 e 17 anos (mostramos isso empiricamente). Como as diferenças de distribuição etária entre as escolas de SP em 2006 nada tem a ver com a decisão de expandir o Bolsa Família, é “como se fosse aleatória” a expansão mais forte no entorno das escolas com mais alunos entre 16 e 17 anos. Por isso, quaisquer aumentos de crime mais fortes (ou mais fracos) no entorno dessas escolas podem ser interpretados como o efeito causal do Bolsa Família diminuindo (ou aumentando) o crime. Encontramos que o crime caiu mais fortemente no entorno das escolas com mais alunos de 16 e 17 anos. Por isso a inferência de que o Bolsa Família causou queda na criminalidade em SP. Se tivesse aumentando a inferência seria inversa: o Bolsa Família seria crimininogênico (perdão pelo anglicismo). Blogueiro, cientista é assim: aceita o que os dados dizem.
Veja, o professor coloca o método de especificação de seu trabalho, que pode apresentar problemas, pode ser questionado ou criticado (aqui, por exemplo), pode ser até totalmente desqualificado, mas contanto que se use um critério mais, não menos rigoroso. E, sinto muito, a palavra das "autoridades de segurança pública de São Paulo" valem tanto para a ciência quanto a palavra do oGuto vale para a putaria.Demente escreveu:A sua pesquisa, explicada por você mesmo, é mais picareta do que eu imaginava. As conclusões são ainda mais arbitrárias do que eu supunha. E a razão é simples. Consulte as autoridades de segurança pública de São Paulo, seu Zé Mané, e você saberá que os jovens infratores não costumam cometer crimes nos bairros onde moram — a exceção são as brigas de gangue. A exposição de seu método é a confissão de um chute fabuloso.
E o "Tio Rei" segue:
Aqui o Reinaldo tenta deslocar a besteira que havia dito sobre a criminalidade ter aumentado no NE como contraexemplo do argumento dos autores, mas é a mesma besteira travestida. Esse aumento frente à queda de SP não significa nada, pois as condições não são as mesmas, independentemente da questão da idade.Demente escreveu:Mas o que foi que Manoel afirmou mesmo? Isto: “Houve mudanças adversas na composição demográfica em alguns estados do Nordeste nos últimos anos. Aumentou a proporção de jovens entre 15 e 30 anos em alguns deles, um fator criminogênico importante já fartamente documentado na literatura em criminologia”. Certo! Em São Paulo, no entanto, ele afirma: “Encontramos que o crime caiu mais fortemente no entorno das escolas com mais alunos de 16 e 17 anos”. Mas os jovens não estão recebendo Bolsa Família no Nordeste em São Paulo? Manoel é um cientista rigoroso: ele concluiu que a violência aumentou no Nordeste por causa do aumento dos jovens e caiu em São Paulo em lugares com maior concentração de jovens. ENTENDERAM?
Mas o problema principal é que o Reinaldo não entende o que é fazer esse tipo de ciência social e não leu o artigo original; do contrário, conheceria suas limitações e as ressalvas com que se deve olhar para seus resultados e não faria esse tipo de argumentação absolutamente impertinente. Tirando a histeria escandalosa, ele não diz nada que todo mundo já sabe: que é muito difícil obter resultados definitivos em ciências humanas, o que não autoriza ninguém a ficar xingando trabalhos sérios de "cascata".
E o mais irritante: ele chama Marilena Chauí de Tati Quebra-Barraco, ganha a vida com isso atraindo leitores boçais e se faz de ofendidinho quando alguém responde de modo menos "formal"... Em três sílabas: mimimi.
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
http://www.ocafezinho.com/2012/06/24/a- ... -desgraca/
A arte de converter notícia boa em desgraça
Miguel do Rosário
Sinceramente, estou cansado de escrever sobre isso. Hoje o Globo traz longa matéria para mostrar que a geração de empregos caiu. O título é “Menos 440 mil empregos”.
Ocorre que o desemprego no Brasil chegou a seu nível mais baixo em maio, segundo o IBGE: 5,8%.
[ external image ]
Acho incrível que uma confusão matemática, por burrice ou má fé, esteja durando tanto.
Se cai o desemprego, cai também o número de mão-de-obra ociosa, disponível. Cai portanto, necessariamente, o nível de geração de emprego.
Não dá para gerar milhões de empregos, se todo mundo já está empregado.
Que cansaço, meu Deus!
Como é possível que a mídia transforme uma situação de emprego quase pleno numa notícia ruim!
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
Carnage escreveu:Verdadeiro exercício que mostra a competência e ética da imprensa atualmente.
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=20270O mundo imaginário da sucessão do Ipea
(...)
“Os três nomes indicados por Pochmann (Vanessa Petrelli, Leda Paulani e Jorge Abrahão) não entusiasmaram Dilma, que já decidiu também negar a candidatura a [Ricardo] Paes de Barros, apoiada pelo ministro Moreira Franco. (...) Dilma comunicou a Moreira Franco na semana passada que prefere Paes de Barros na SAE, e não na presidência do Ipea. Além disso, Pochmann vetou o nome de Paes de Barros”.
(...)
O jornalista praticamente nomeou o sucessor. Trata-se do professor da UnB, José Luís Oreiro.
(...)
Dois dias depois, o repórter Raymundo Costa, do mesmo jornal, vendo que não havia fumacinha branca em canto algum, zera o placar. Em primeira mão, ele noticia que:
“O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (...) será presidido interinamente até o ministro (...) Wellington Moreira Franco, indicar um titular para o cargo. A atual diretora de Estudos de Políticas Econômicas do Instituto, Vanessa Petrelli Corrêa, será a interina. Ela foi indicada pelo economista Marcio Pochmann”.
(...)
Em tempo: a economista Vanessa Petrelli, indicação de Marcio Pochmann, é a nova presidenta do Ipea.
E o IPEA vai para... Marcelo Neri, da FGV-RJ!
Marcelo Neri é o novo presidente do Ipea
http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... -ipea.html
Na minha opinião, uma boa escolha, mas estranhíssima frente ao perfil ideológico do governo.
Dilma é uma esfinge... O Brasil precisa decifrá-la, antes que ela nos devore!
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
http://www.advivo.com.br/node/1031464As desavenças entre Noblat e Toffoli
Enviado por luisnassif, seg, 03/09/2012 - 21:14
Do Blog Amigos do Presidente Lula
Toffoli julga mulher de Noblat sobre rombo de R$ 33 milhões no INCRA
Agora está explicado a obsessão do blogueiro da Globo contra o ministro Dias Toffoli, do STF.
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http://www.stf.jus.br/portal/processo/v ... te=2485274
Toffoli é relator da Reclamação 4895 no STF, onde Raul Jungmann (PPS-PE) reclama ser julgado pelo STF em Ação onde é réu por improbidade administrativa junto com a ré Rebeca Scatrut, mulher de Noblat.
A Ação foi movida pelo Ministério Público Federal do DF, e acusa fraude em contratos com agências de publicidade feitos pelo Ministério da Reforma Agrária, comandado por Jungmann no governo FHC, envolvendo a empresa da mulher de Noblat, RNN Comunicação.
O rombo nos cofres públicos foi de R$ 33 milhões em dinheiro da época, segundo o MPF.
[ external image ]
http://processual.trf1.gov.br/consultaP ... 0&secao=DF
O MPF-DF cobra a devolução dos R$ 33 milhões aos cofres públicos, neste processo.
Houve outro inquérito criminal por peculato e corrupção ativa e passiva sobre esses mesmos fatos, com os mesmos réus, mas como não eram petistas, acabou sendo arquivado a pedido do Ministério Público, alegando prescrição. Mas esse outro fato quase tão esquesito quanto o engavetamento da Operação Vegas em 2009, já é assunto para outra nota.
Vídeo de Noblat contra Toffoli
http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... vyLfkZs-jo
De LN
Desabilitei os comentários para restringir o tema ao que foi publicado, com base em documentos.
O Blog está aberto à resposta de Noblat.
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Re: A imprensa e grande mídia no Brasil
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... do-rosario
O vilão petista de Noblat, por Miguel do Rosário, no Cafezinho
por Miguel do Rosário
Muito instrutiva a coluna de Noblat de hoje. Ele abre seu texto afirmando que irá contar uma história cabeluda envolvendo um prefeito petista do Piauí.
Li com atenção, porque é meu trabalho, na expectativa de topar com uma narrativa escabrosa de um petista assassino, miliciano, que estuprava virgens e mandava executar seus adversários. Afinal, tudo pode acontecer em cidadezinhas escondidas do sertão, e possuir carteirinha de filiação ao PT não dá atestado de idoneidade a ninguém.
Eis que Noblat informa que o prefeito Francisco Antônio de Souza Filho, o Chico do PT, começou sua carreira quando Wellington Dias se reelegeu governador do Piauí em 2006 e ele foi nomeado secretário de Articulação e Gestão.
Nas palavras de Noblat:
(…) Ambicionava governar Esperantina a partir de 2008. E para facilitar sua eleição, arrancou de Dias dinheiro e obras para a cidade.
Esperantina ganhou pontes, poços artesianos e ruas asfaltadas.
Os programas de assistência social do governo estadual foram ampliados ali para atender ao maior número possível de pessoas (…)
Pronto, estes foram os “crimes” do Chico do PT.
Pontes, poços artesianos, ruas asfaltadas, programas sociais.
Realmente, é um sociopata odioso!
Daí Noblat segue dando detalhes do processo que o Ministério Público move contra Chico do PT, noticiando cada pequena vitória, mesmo que na forma provisória de adiamento, do petista como um excrescência jurídica. E tudo pra quê? Para acusar Ricardo Lewandoswki e Dias Toffoli, que não condenaram sumariamente o petista por seus “crimes”.
Suponho que o processo deva ser muito mais complexo do que o insinuado por Noblat. Espero que, inclusive, contenha acusações mais fortes contra o Chico do PT do que construir pontes, poços artesianos, asfaltar ruas e ampliar o número de programas sociais. Porque se a acusação contra o petista se resumir a isso, será um indício de que temos, dentro do Ministério Público, setores influenciados por ideias conservadoras, ou mesmo coligados a interesses políticos oligárquicos e reacionários.
Diante de um Procurador Geral da República que engaveta ações da Polícia Federal contra políticos conservadores, de um lado, e faz acusações sem provas ou testemunhas, de outro; e de um STF que se curva à pressão da mídia para condenar igualmente sem provas, sem testemunhas, sem atos de ofício, nada me espanta mais nesse Brasil.
O STF solta Daniel Dantas, mesmo com um arsenal de provas contra ele, acusado pelo desvio de milhões, quiçá bilhões, de verbas públicas, e condena João Paulo Cunha, por causa de R$ 50 mil que o deputado recebeu então do seu próprio partido.
O que a mídia chama de “início do fim da impunidade contra políticos”, eu chamaria antes de a vingança final do lacerdismo.
Felizmente o povo brasileiro é mais inteligente do que pensam nossos udenistas pós-modernos. O troco será dado, mais uma vez, nas urnas. A mídia pode continuar achando que pontes, poços artesianos, ruas asfaltadas e programas sociais constituem “abuso de poder” e “crime eleitoral” (naturalmente quando feitos por um petista).
As pesquisas apontam, todavia, que o eleitor não pensa da mesma forma. Nessa guerra fantasmagórica entre Carlos Lacerda e Getúlio Vargas, parece que o velhinho vai levar a melhor.
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