Crise no Egito - População Invade as Ruas e Exige Renúncia do Ditador

[Hammermart]

Há muita expectativa quanto a desdobramentos no Egito nessa sexta-feira

[Tricampeão]

Já que estamos falando de boas notícias, mais uma que nos chega do longínquo Nepal.

Permitam-me fazer uma pausa para esclarecer, aos colegas cuja visão de mundo é limitada pela banalidade da mídia brasileira, onde fica o Nepal.
O Nepal fica lá na Ásia, amigos; sabe a Índia? pois é, pra cima.
E é Nepal, hein, não confundam com Napalm, que é uma arma química impiedosamente empregada pelos gringos filhos da puta durante a Segunda Guerra Mundial, conforme se soube apenas recentemente, e durante a Guerra do Vietnã, conforme sempre se soube.

O Nepal agora tem um líder comunista: Jhala Nath Khanal.
O nome é esse mesmo, sei que estão acostumados só com José, João, Pedro, Ronaldo, Maicon, Ariadna, William e Bonner, mas nos outros países é assim, eles têm nomes diferentes. Jhala é o nome do cara, não é apelido.

Permitam-me outro parêntese, झाला (jhálá) significa rápido e नाथ (náthá), senhor. Por isso acredito que o nome dele, corretamente transliterado, seria Jhálá Náthá. Mas ninguém se preocupa muito em escrever direito os nomes dessa crioulada, não é verdade? Já tá muito bom acharmos a porra do Nepal no mapa, raciocinam os redatores ocidentais.

É claro que o noticiário voltado para a massa não fala do Nepal, pois não interessa aos gringos filhos da puta que as pessoas saibam que ali vigia uma monarquia absoluta, em pleno século XXI, e a burguesia local, e também a internacional, nada fizeram para derrubá-la, nunca. E que recentemente foi derrubada pelos nossos queridos irmãos maoístas. Que, logo que derrubaram a monarquia, realizaram eleições livres, percorrendo o programa histórico leninista de, ao tomar o poder, em primeiro lugar, fazer o serviço que devia ter sido feito pela burguesia, para só depois tentar avançar objetivos especificamente socialistas.
O Nepal, por exemplo, ainda é um país oficialmente hinduísta. Em pleno século XXI, como sabemos,.ainda existem países onde não vigora o Estado laico burguês.

[O Pastor]

Já que estamos falando de boas notícias, mais uma que nos chega do longínquo Nepal.

E ali pertinho tm o Butão. Um pais menor q o Nepal. Dizem q no Butao um homem consegue ser feliz.

Mas aí, já q tua bússola apontou pra'quela direção, diz aí, o q achas do TibetE?? Aquilo devia ser uma nação independente??

[Tricampeão]

Já que estamos falando de boas notícias, mais uma que nos chega do longínquo Nepal.

E ali pertinho tm o Butão. Um pais menor q o Nepal. Dizem q no Butao um homem consegue ser feliz.

Mas aí, já q tua bússola apontou pra'quela direção, diz aí, o q achas do TibetE?? Aquilo devia ser uma nação independente??

Sem dúvida.
Se fosse um país de estrutura moderna, é claro, com Estado laico.
País com Estado fundido à Igreja e por isso atrelado aos interesses da oligarquia feudal local e externamente cliente de algum poder global não acrescenta nada.
Modernizar o Nepal e autonomizá-lo é um dos grandes desafios atuais e futuros para a China. Na mesma situação está a Rússia com relação às várias repúblicas ainda integradas a ela.
Os Estados FALI-D-O-DOS não conseguem fazer isso com Havaí e Porto Rico, que é muito mais fácil. Não conseguem sair do Iraque, do Afeganistão e da minúscula ilha de Granada, que é muito mais fácil.
E a Inglaterra com relação à Irlanda, e a Espanha com o Euskadi.

Quanto ao seu querido Butão, nunca o investiguei.

[Fortimbrás]

Quanto ao seu querido Butão, nunca o investiguei.

E faz muito bem!

[Fortimbrás]

Há muita expectativa quanto a desdobramentos no Egito nessa sexta-feira

Vou acompanhar as coisas na Síria também...
Marcaram protestos para hoje por lá...

[O Pastor]

Quanto ao seu querido Butão, nunca o investiguei

Butão - Reino do Dragão - ultima monarquia do extremo Oriente ao lado da Tailandia, tentando se modernizar, teve eleições em 2008.

http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Butão?wasRedirected=true

[Hammermart]

Quanto ao seu querido Butão, nunca o investiguei

Butão - Reino do Dragão - ultima monarquia do extremo Oriente ao lado da Tailandia, tentando se modernizar, teve eleições em 2008.

http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Butão?wasRedirected=true

É Pastor, não aguentou e foi investigar o butão do Trica? e ainda achou um dragão ??? Viu só, não seguiu o conselho do Fortimbrás e se ferrou...

[Tricampeão]

Alto lá. Respeitem a visão do colega. Ele só está a fim de liberar o Butão. E certamente conta com o apoio de muitos.
Enquanto isso, os ventos da revolta não deixam de soprar também no Paquistão.
Quando o gringo mais filho da puta depois do Reagan, George W. Bush, invadiu o Afeganistão, comecei a ler os jornais paquistaneses, em busca de informação confiável e profunda. Os analistas políticos locais tinham medo justamente que acontecesse o que vem acontecendo agora.
O Paquistão era o maior aliado dos Estados FALI-D-O-DOS na região. Tinha armas atômicas, e gente pra caralho.
Agora já era.
Não apenas o povo está contra o governo e os Estados FALI-D-O-DOS, como nos demais lugares. Os milicos também não se entendem entre si, e com os líderes religiosos.

[Hammermart]

Quando o gringo mais filho da puta depois do Reagan

É natural que o nobre colega odeie Ronald Reagan.

Afinal, ele destruiu as suas ilusões. Transformou a sua idelogia em piada.

Bastou um ator canastrão para colocar o Império do Mal de joelhos.

A surra que ele aplicou nos bêbados derrotados foi memorável.

Pode odiá-lo à vontade, eu te entendo.

Na época do desmantelamento da União Soviética, aqueles países estavam economicamente quebrados e os EUA haviam se recuperado da recessão dos anos Carter. Hoje está ocorrendo o inverso.

Muitas coisas acontecem por força de coincidencias. A crise econômica americana de hoje parece mais profunda que qualquer outra crise na história do país, porque parece estrutural e talvez não mais reversível. Então, não dá para dizer que vitórias do passado sejam definitivas.

Aspectos ideológicos não necessariamente se misturam com vitórias ou derrotas econômicas. A China está demonstrando isso hoje em dia. Eles entraram no jogo capitalista, mantendo uma retórica comunista. Medindo apenas pela força econômica, eles sim é que estão dando uma surra nos americanos. Agora, se isso significa uma vida mais feliz para os chineses das ruas, já é outro problema.

[Fortimbrás]

Muitas coisas acontecem por força de coincidencias. A crise econômica americana de hoje parece mais profunda que qualquer outra crise na história do país, porque parece estrutural e talvez não mais reversível. Então, não dá para dizer que vitórias do passado sejam definitivas.

Aspectos ideológicos não necessariamente se misturam com vitórias ou derrotas econômicas. A China está demonstrando isso hoje em dia. Eles entraram no jogo capitalista, mantendo uma retórica comunista. Medindo apenas pela força econômica, eles sim é que estão dando uma surra nos americanos. Agora, se isso significa uma vida mais feliz para os chineses das ruas, já é outro problema.

Peraí, Hammer.
Estamos falando do Grande Satã?
O grande império capitalista, a terra dos libertários, o lar dos valentes?
O exportador de democracia e de liberdade?
O Grande Satã está falido?
E a China comunista está comendo a bunda gorda (fat ass) dos gringos filhos da puta?

Só tem uma saída para que os Estados Falidos coloquem suas finanças em dia: já que o Reagan não está mais entre nós, os republicanos podem empkacar o Jon Voight para a presidência nas próximas eleições.

Olha só como ele fala bonito:


http://www.youtube.com/watch?v=-sPvkANsHlw

http://www.youtube.com/watch?v=2arL11C7 ... re=related

[Tricampeão]

Além das revoltas populares legítimas morte aos gringos filhos da puta e das revoluçõezinhas boiolas patrocinadas pela CIA, existe uma terceira modalidade de mudança política: a mera troca de roupa.
É o que está acontecendo em Burma, outra ditadura que, por pagar em dia as prestações do carnê do baú, não aparece no noticiário comprado.
Lá, o primeiro-ministro da ditadura, Tenente General Thein Sein, acaba de ser substituído pelo presidente Tenente General Thein Sein.
As eleições foram livres, apenas os presos políticos não puderam participar. Mas eram apenas 2000, não devem ter feito falta nenhuma.

[Tricampeão]

Os gringos filhos da puta estão enfrentando problemas também na Iugoslávia.
Milhares protestaram na Sérvia contra o governo subserviente aos Estados FALI-D-O-DOS.
Na Albânia, já houve protestos dias atrás, inclusive com mortes causadas pela repressão policial.
No Kosovo e na Bósnia, não se consegue montar uma coalisão de governo majoritária para lamber as botas dos gringos. Na prática, estão à deriva. A Macedônia pode chegar a esse ponto em breve.

[Tricampeão]

Enquanto isso, no Egito, o poliduto que leva combustível através do deserto do Sinai foi atacado e está parado.
http://uk.reuters.com/article/2011/02/0 ... 05?sp=true
Isso é uma revolução de verdade, para a informação de quem confunde levante popular com revoluçãozinha boiola.
Os mal informados que confundem levante popular com revoluçãozinha boiola acham que o Egito é apenas mais uma ditadura feroz patrocinada pelos gringos filhos da puta. No máximo, a ditadura feroz patrocinada pelos gringos filhos da puta que mais recebe ajuda militar, devido à sua submissão.
Mas não é. O Egito tem enorme importância regional. É o muro contra o qual o governo do Hamas em Gaza estava sendo espremido.
Muro caído, Gaza liberada. O Hamas respira. Os gringos filhos da puta e seus cupinchas perdem mais uma.

[Compson]

Sobre política e informação... Não é péssimo!

VINICIUS TORRES FREIRE

Mentirinhas da revolução

Ocidente morre de medo da revolta no Egito; mídia comemora "redes sociais", mas censura Al Jazeera


HÁ TANTO riso, ó, tanta alegria com a revolução no Egito, mas também pouco siso e, ó, tanta hipocrisia. É repulsiva de farisaica a atitude ocidental em relação ao caso egípcio, tanto na política como na interpretação do tumulto. Senão, vejamos.
1) Houve tanta falação deslumbrada a respeito de mais uma revolução "twittada" ou "facebookeada", agora essa do Egito. Todo mundo tão animado com essa modinha, esse clichê autocentrado, etnocêntrico e ignorante sobre revoluções digitais, tão animado com as "possibilidades das novas mídias", blablablá, mas as grandes operadoras de TV nos EUA e no Brasil, ao menos, não oferecem o serviço da Al Jazeera, aliás empastelada no Cairo.
Essa TV é feita por gente que entende mais de árabes do que quase nós todos, que vai a lugares que não são frequentados por ocidentais, que fala a língua de quem faz a revolução, quando não são seus parentes ou amigos. Tanta conversa mauricinha sobre "novas mídias" e, no fim das contas, há censura velada de a velha mídia da TV, a censura das transmissões da Al Jazeera, cassação político-comercial de um ponto de vista diferente, o árabe;
2) Qual foi a atitude do governo do progressista Barack Obama no início do tumulto no Egito? Apoiar o regime do ditador e patrocinador de torturas, repressões e corrupções Hosni Mubarak. Obama e cia. baixaram um pano rápido diante dessa vergonheira quando perceberam que Mubarak não se aguentaria nas pernas. Mas já dera o vexame. Enfim, eles se torcem de medo que aquele povo que vive ali perto demais da Europa e em torno dos poços do petróleo balancem o coreto para valer. É o óbvio. Mas é bom ressaltar o vexame, aliás mais um do progressista de fancaria Obama;
3) Por falar em imposturas, Nikolas Sarkozy, disse que o "risco" de partidos islâmicos ganharem a eleição não é desculpa para proibir eleições no Egito. Uhm. Em 1990 e 1991, a Frente Islâmica de Salvação (FIS) ganhou as primeiras eleições livres na Argélia. Em 1991, levou 82% do parlamento. E então vieram o golpe militar e massacres do pessoal da FIS, golpe com o apoio quase indisfarçável da França, que depois viria a ser vítima de ataques terroristas de garotos árabes orientados por islamistas fulos com os franceses;
4) A elite e os burocratas corruptos da autocracia egípcia e o establishment euroamericano estão doidos para se livrar de Mubarak e tocar tudo como dantes no quartel;
5) Aparentemente, o estopim da revolta egípcia foi a falta de pão, paz e liberdade num país desigual e cheio de jovens irados e sem futuro. Semanas antes das revoltas no norte da África, a elite político-midiática ocidental voltara a falar da "inflação das commodities", sobre as "reformas de mercado" que melhorariam a oferta de comida no mundo pobre etc. Como em 2008, no outro pico da inflação da comida, quando o neocon bushista Robert Zoellick se candidatou ao Oscar de demagogia ao aparecer num palco segurando de braços abertos um pão e um pacote de arroz em um encontro do Banco Mundial, que preside. O pão é caro ou inexiste no mundo pobre entre outros motivos devido aos subsídios vergonhosos que Europa e EUA dão a seus agricultores. Alguém aí tem ouvido alguma coisa sobre a falta de pão no Egito? Falam de petróleo, Suez, Israel, islamistas loucos etc.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercad ... 201108.htm