Alunos da USP em conflito com a PM

Espaço destinado a conversar sobre tudo.

Regras do fórum
Responder

Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 0
Oral Sem:Sim 0Não 0
Beija:Sim 0Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
Mensagem
Autor
Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#571 Mensagem por Compson » 12 Jan 2014, 11:49

Mistar Gaga escreveu:Compson, já tem em quem votar para presidente em 2014!!!


E se o funk contribuir para o aumento da popularidade do Haddad começo a mudar de opinião e achar que, de fato, o funk tem algo de revolucionário.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... e-sp.shtml

...O texto publicado no "Diário Oficial" aponta também que "que o funk é uma expressão legítima da cultura urbana jovem, não se conformando com o interesse público, à toda evidência, sua proibição de maneira indiscriminada nos logradouros públicos e espaços abertos".

Os vereadores que apresentaram o projeto afirmavam que os bailes funk estimulam o uso de bebidas alcoólicas e drogas, reúne grande número de menores de idade, além de prejudicar o trânsito, inclusive com fechamento de ruas, e os moradores, com músicas altas e casos de vandalismo.

Os vereadores Conte Lopes (PTB) e Coronel Camilo (PSD), responsáveis pelo projeto
Não votei no Haddad porque não voto em São Paulo...

Votaria tranquilamente para governador ou presidente!

Na Dilma, é impossível... Podem jogar o Aécio, o Serra, o capeta na minha cara que eu não voto!

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#572 Mensagem por Compson » 12 Jan 2014, 14:08

Pena de morte pra quê?

PM do Rio e de SP mata mais que todos os países com pena de morte somados
http://www.folhapolitica.org/2014/01/pm ... todos.html

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#573 Mensagem por Compson » 12 Jan 2014, 14:10

Preparo e competência...

Polícia mata deficiente mental e auditivo que não obedeceu ordem
Deficiente não ouviu chamado da Polícia; único disparo dado acertou o tórax da vítima que morreu na hora
http://www.hipernoticias.com.br/TNX/con ... &cid=32091

Mistar Gaga
Forista
Forista
Mensagens: 1027
Registrado em: 26 Nov 2012, 21:24
---
Quantidade de TD's: 24
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#574 Mensagem por Mistar Gaga » 12 Jan 2014, 15:52

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Compson, já tem em quem votar para presidente em 2014!!!


E se o funk contribuir para o aumento da popularidade do Haddad começo a mudar de opinião e achar que, de fato, o funk tem algo de revolucionário.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... e-sp.shtml

...O texto publicado no "Diário Oficial" aponta também que "que o funk é uma expressão legítima da cultura urbana jovem, não se conformando com o interesse público, à toda evidência, sua proibição de maneira indiscriminada nos logradouros públicos e espaços abertos".

Os vereadores que apresentaram o projeto afirmavam que os bailes funk estimulam o uso de bebidas alcoólicas e drogas, reúne grande número de menores de idade, além de prejudicar o trânsito, inclusive com fechamento de ruas, e os moradores, com músicas altas e casos de vandalismo.

Os vereadores Conte Lopes (PTB) e Coronel Camilo (PSD), responsáveis pelo projeto
Não votei no Haddad porque não voto em São Paulo...

Votaria tranquilamente para governador ou presidente!

Errata!


Minha intenção era escrever 2018 e não 2014 como acabei digitando.

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#575 Mensagem por Compson » 12 Jan 2014, 18:41

Mistar Gaga escreveu: Errata!


Minha intenção era escrever 2018 e não 2014 como acabei digitando.
De todo modo, não acho que vá acontecer... A prefeitura de SP é um moedor de carne política.

Mistar Gaga
Forista
Forista
Mensagens: 1027
Registrado em: 26 Nov 2012, 21:24
---
Quantidade de TD's: 24
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#576 Mensagem por Mistar Gaga » 13 Jan 2014, 00:15

Então barraram o rolezinho num shopping de bacana?!

Ok, nem vou entrar no mérito da discriminação absurda de escolher quem pode e quem não pode entrar. O que me intriga nessa foto é a presença da polícia, que nem é a militar, é a civil. O que a polícia faz ali?

Imagem

Muitos usam do argumento de que o shopping é propriedade particular e por isso pode decidir quem pode e quem não pode entrar, para justificar o injustificável. Agora o fato do shopping, propriedade particular, poder contar com o privilégio do reforço da segurança pública para coibir o tal rolezinho, isso ninguém contesta. Enquanto isso, cidadão comum, torça para não precisar do apoio da polícia, seja civil ou militar, porque pode ter certeza que vc não terá a mesma atenção que o shopping JK Iguatemi teve para inibir o rolezinho que na verdade era um rolezão promovido, através do facebook, por um pacato professor de inglês, tudo não passava de zoeira.

Imagem

Na entrada do shopping, um cartaz avisava que o "Rolezaum" tinha sido proibido por uma liminar de Justiça e que os participantes poderiam receber multar de R$ 10 mil.
Entendo: a justiça de São Paulo sempre célere em favor de determinados interesses chegando ao ridículo de impor multa para quem..para quem?? Qual era, afinal, a ordem expressa pela justiça? Que tipo de comportamento estava proibido pela justiça?



http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 7400,0.htm

Kuroame
Forista
Forista
Mensagens: 53
Registrado em: 26 Dez 2013, 22:32
---
Quantidade de TD's: 0
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#577 Mensagem por Kuroame » 13 Jan 2014, 10:05

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu: Errata!


Minha intenção era escrever 2018 e não 2014 como acabei digitando.
De todo modo, não acho que vá acontecer... A prefeitura de SP é um moedor de carne política.

Já dá para ver a irritação e pusilanimidade, vamos ver se ele suporta até o término do mandato. :badgrin:

Mistar Gaga
Forista
Forista
Mensagens: 1027
Registrado em: 26 Nov 2012, 21:24
---
Quantidade de TD's: 24
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#578 Mensagem por Mistar Gaga » 14 Jan 2014, 23:30

ótimo texto! A melhor análise até agora disso tudo...


Destaco alguns fragmentos mas sugiro que leiam o texto na íntegra.


http://www.oene.com.br/rolezinho-e-desu ... os-pobres/
Os adolescentes do funk ostentação, por sua vez, compram tênis caríssimos para se distinguir dos colegas de bairro que ainda não conseguiram empregos ou renda para comprar um Mizunão de mil reais. Quando pego o trem para Caieiras, essas redes de diferenciação ficam claras. Não é só em Higienópolis que as pessoas evitam o contato com a “gente diferenciada”. Se há algo constante no mundo é a necessidade de uma boa parte das pessoas em se colocar em rankings para mostrar que, por alguma razão, é melhor do que a multidão. O cara do funk ostentação não quer ser confundido com o vizinho camelô.
O rolezinho não é uma questão simples, mas acho que podemos descartar facilmente as teses extremadas da esquerda e da direita porque elas não encontram nenhum respaldo da realidade. É difícil ver protesto político na vontade de usar um Mizunão de mil num espaço da periferia da cidade que já é frequentado, individualmente, por essas pessoas. E é ainda mais difícil ver marxismo cultural no funk ostentação. É muito difícil taxar de elitismo uma ação de pessoas da periferia contra pessoas da periferia. Como, afinal, acusar um morador de Itaquera de elitismo contra o filho do seu vizinho, também morador de Itaquera?
O simples fato de escutar rock e não rap, lá nos anos 1990, te colocava em outra parte da periferia – igualmente pobre, mas talvez mais respeitável. Eu tinha um vizinho, mulato, que nunca se misturou com a gente porque ele gostava de rock. E quem gosta de rock, ele parecia dizer, era melhor e mais culto do que o restante das pessoas do bairro.
Ninguém sabe qual a intenção que eles têm com esses eventos, mas, do lado de cá do rio, todo mundo já tomou as decisões por eles. Pouca gente do centro expandido já visitou o shopping Itaquera ou Campo Limpo, mas não faltam pessoas que já decidiram que ou eles são nobres centros contra a barbárie periférica ou símbolos poderosos da segregação à brasileira.

Entre 1995 e 1999, eu e os meus amigos passávamos as semanas esperando o dia em que finalmente um shopping seria construído no terreno em que, por muito tempo, funcionara uma fábrica de produtos químicos...Mas esse shopping nunca foi construído, e os nossos dias seguiram iguais. Quando estávamos no começo da adolescência, nossa diversão era jogar bola na rua de paralelepípedo. Eu sempre invejava as crianças que moravam em Pirituba, um bairro na periferia de São Paulo onde minha avó morava, porque as ruas de lá eram asfaltadas

Uma vez, a gente foi até o centro, a pé, com muita gente – mas, ainda assim, em número menor do que as outras tribos. Fomos parados pela guarda municipal porque estávamos em bando, segundo um deles. Tomamos uns tapas na costela, e fomos liberados. Ao chegar em casa, minha mãe me esperava, rindo, dizendo que uma das alunas dela, no colégio em que ela dava aula, no centro da cidade, tinha ligado dizendo que “o Leandro está andando com bandidos”. Naquela época, eu tinha uma bolsa de estudos na escola em que minha mãe dava aula (só havia duas escolas particulares na cidade). E a menina estava na minha sala. Minha mãe perguntou a ela como eram os bandidos com quem eu andava, e ela descreveu o Zé Luís, vizinho e um grande amigo de infância. Nós dois rimos – agora, de tristeza. Os pais dele eram do Piauí, e ele era mulato. Aliás, naquela turma do bairro, eu era o único cara branco. Os meus amigos todos, assim como boa parte do bairro, era formada por negros e mulatos. Ao se vestir como Mano Brown, Zé Luís, um sujeito com horror a crime, virou ladrão.
Uma vez, no meio da faculdade, cheguei de sandália, cabelo Blond Power e camisa rasgada na casa dos meus pais. Eu morava numa república no centro de São Paulo, com amigos, e contava moedas (por causa do orgulho renitente e de uma busca teimosa por independência). Meus amigos de bairro estavam com carros tunados, tênis bonitões, na esquina de casa. Parei para conversar com eles. Pareciam rappers de filmes americanos. Eles me sacaneavam, dizendo “pô, foi fazer faculdade e virou mendigo, Yellow?” Como eu era o único branco na rua, eles me chamavam de Yellow porque uma professora de inglês não era boa em ensinar cores
Os rolezeiros são os filhos da classe C, do pequeno milagre econômico da segunda metade da década passada. Deng Xiaoping, o homem que introduziu o comunismo com toque capitalista na China, dizia que enriquecer é glorioso. Na periferia de São Paulo, consumir é glorioso.

Só que a classe C e as periferias das grandes cidades não são blocos homogêneos. Eu escrevi sobre isso em 2012, no The Pompeia Times, quando as pessoas insistiam em dividir a cidade em blocos azuis e vermelhos para celebrar (ou maldizer) o resultado eleitoral.
Quem podia trabalhar de carro tendia a votar nos candidatos tucanos. Quem tinha de trabalhar de ônibus, nos petistas. Muitas das pessoas com carro que conheci não valorizavam os estudos, mas ganhos imediatos com a renda do trabalho. Muitas das pessoas sem carro tinham obsessão com a escola e preferiam economizar dinheiro para investir na faculdade ou na escola particular dos filhos. Isso fez com que, em muitos casos, os destinos fossem diferentes: as pessoas sem carro se mudam para áreas centrais e levam com elas o voto petista. E as pessoas com carro continuam na periferia, com seus votos tucanos.
A reação das pessoas que frequentam os shoppings das periferias aos rolezinhos não passa nem pela tese de luta de classe, como algumas pessoas à esquerda vem dizendo, nem pela resistência à concretização dos projetos malévolos dos marxistas culturais para dominar o mundo, como algumas pessoas mais à direita vem enfatizando – e vou lhes poupar dos links porque, afinal, o papel do Oene também é dizer o que você não precisa ler. Os argumentos principais das pessoas mais à esquerda é que os rolezinhos são uma manifestação política com o objetivo de ocupar os espaços que são negados aos pobres pela sociedade de consumo. O problema é que não há nenhuma bandeira ou sinal nesse sentido, como nota Vinicius Torres Freire em um bom texto na Folha de S.Paulo. Os rolezinhos não vêm com faixas ou bandeiras. Não há crítica ao consumo, mas elogio às marcas. Essas pessoas já frequentam os shoppings da periferia, onde os rolezinhos acontecem, em grupos pequenos. É difícil ver reivindicação de espaço em um espaço que elas já frequentam. E isso também complica os argumentos da baderna, à direita. Não há crítica ao sistema. Apenas a vontade expressa em roupas de marcas em participar ativamente dele.

Chinelo Havaiana
Forista
Forista
Mensagens: 1220
Registrado em: 09 Abr 2008, 10:20
---
Quantidade de TD's: 178
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#579 Mensagem por Chinelo Havaiana » 15 Jan 2014, 09:03

Está instigante ouvir as opiniões sobre os "Rolézinhos"...

Jovens de periferia ocupando os santuários da burguesia é um atentado contra a liberdade dos capitalistas!

Uns gritam: Polícia neles!

Outros dizem: Aí já demais, não é?

Outros ponderam: E os jovens da periferia consomem coisas de shops também, coisa de grife também, pô! Ou eles vão para o rolê de "chinelo havaianas" da sola branca e bermudão do 9,99?

Mas pera lá! Se é pra consumir, já que é para entregar seu salário de office-boy ou embalador de supermercados em um tênis Mizuno de 700 paus que faça isso ordeiramente, individualmente e sem cantarolar!...

Porra, mas até no Shopping? Mas o capitalismo não é a supremacia da paz, da democracia e da justiça social? O capitalismo não é o Fim da História? Luta de classes não é devaneio de marxistas "caquéticos"?

Não dá pra ostentar dentro do próprio barraco, né?

Mas os jovens pobres aprenderam na Sociologia da Vida que os SANTUÁRIOS chamados Shoppings não são para todos.

Podem escrever o que quiser, mas a prática é o critério da verdade e não tem como negar: Há um apartheid social nesses "centros de compra".

Os atrevidos jovens pretos, pobres, favelados e que pintam o cabelo de louro, com seus “rolês” improvisados, põem o dedo na ferida.

Kuroame
Forista
Forista
Mensagens: 53
Registrado em: 26 Dez 2013, 22:32
---
Quantidade de TD's: 0
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#580 Mensagem por Kuroame » 15 Jan 2014, 09:40

Chinelo Havaiana escreveu:
Não dá pra ostentar dentro do próprio barraco, né?

:lol: Infelizmente vivemos a era do compartilhar, nós somos obrigado a tolerar inclusive uma coisa que pago para não ouvir: o funk. Somos obrigados a compartilhar de forma involuntária inclusive da meia a madrugada a dentro. :doubt:

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#581 Mensagem por Compson » 15 Jan 2014, 13:20

O texto é bom mesmo, mas é limitado... Já tinha ouvido alguns elogios por aí e esperava mais.
Os adolescentes do funk ostentação, por sua vez, compram tênis caríssimos para se distinguir dos colegas de bairro que ainda não conseguiram empregos ou renda para comprar um Mizunão de mil reais. Quando pego o trem para Caieiras, essas redes de diferenciação ficam claras. Não é só em Higienópolis que as pessoas evitam o contato com a “gente diferenciada”. Se há algo constante no mundo é a necessidade de uma boa parte das pessoas em se colocar em rankings para mostrar que, por alguma razão, é melhor do que a multidão. O cara do funk ostentação não quer ser confundido com o vizinho camelô.
[grifos do Gafa]

Essa distinção "funk ostentação" x "vizinho camelô" não faz sentido. O camelô também pode gostar de funk... Veja esse perfil de um dos organizadores de rolezinhos: "estudante do terceiro ano do ensino médio em um colégio público da zona leste que faz bicos como ajudante de pedreiro". Parece um "novo classe média" querendo esfregar a ascensão na cara dos outros?

E, sim, o "funk ostentação" é uma estratégia de diferenciação. Como qualquer identidade, como o texto mostra a seguir com relação ao rock... Inclusive ficar debulhando crônicas de uma periferia-esfinge que "poucos entenderam" é uma forma de diferenciação e reivindicação de um espaço de autoridade.

Ok, existem estratégias mais e menos legítimas, mas isso já implica um julgamento de valor que precisa ser feito e debatido... Mas, com relação ao funk, o cara não passa do "elogio às marcas" e da falta de senso crítico.
O rolezinho não é uma questão simples, mas acho que podemos descartar facilmente as teses extremadas da esquerda e da direita porque elas não encontram nenhum respaldo da realidade. É difícil ver protesto político na vontade de usar um Mizunão de mil num espaço da periferia da cidade que já é frequentado, individualmente, por essas pessoas. E é ainda mais difícil ver marxismo cultural no funk ostentação. É muito difícil taxar de elitismo uma ação de pessoas da periferia contra pessoas da periferia. Como, afinal, acusar um morador de Itaquera de elitismo contra o filho do seu vizinho, também morador de Itaquera?
É difícil ver "protesto político" porque não há...

No rolezinho, há um ato político, que consiste na reunião coletiva de certo grupo de pessoas, que promove insegurança em outros grupos.

As coisas não mudam porque alguém sai para protestar com um cartaz bonitinho. As coisas mudam porque os sujeitos deixam de agir, às vezes sem bandeira política alguma, do modo que lhes é prescrito pela sociedade. O exemplo clássico é Rosa Parks...
A reação das pessoas que frequentam os shoppings das periferias aos rolezinhos não passa nem pela tese de luta de classe, como algumas pessoas à esquerda vem dizendo, nem pela resistência à concretização dos projetos malévolos dos marxistas culturais para dominar o mundo, como algumas pessoas mais à direita vem enfatizando – e vou lhes poupar dos links porque, afinal, o papel do Oene também é dizer o que você não precisa ler. Os argumentos principais das pessoas mais à esquerda é que os rolezinhos são uma manifestação política com o objetivo de ocupar os espaços que são negados aos pobres pela sociedade de consumo. O problema é que não há nenhuma bandeira ou sinal nesse sentido, como nota Vinicius Torres Freire em um bom texto na Folha de S.Paulo. Os rolezinhos não vêm com faixas ou bandeiras. Não há crítica ao consumo, mas elogio às marcas. Essas pessoas já frequentam os shoppings da periferia, onde os rolezinhos acontecem, em grupos pequenos. É difícil ver reivindicação de espaço em um espaço que elas já frequentam. E isso também complica os argumentos da baderna, à direita. Não há crítica ao sistema. Apenas a vontade expressa em roupas de marcas em participar ativamente dele.
Não devia ter poupado os links porque eu nunca ouvi as sandices de esquerda e direita que ele menciona. Ok, se pegar blogueiro da Veja e grupo de extrema esquerda, talvez ache algo assim, mas o quanto isso é representativo? O cara está lutando com o vento...

Quem falou em crítica ao sistema? Que "sistema"? Trata-se simplesmente de pessoas tentando agir com liberdade...

E, ok, esses caras já frequentavam o mesmo shopping em "grupos pequenos". Mas, peraí, não faz diferença ir em grupos de 6 amigos ou em uma multidão organizada de mil pessoas? Vocês não vêem nenhuma diferença política nisso?

Se esses caras estão totalmente assimilados pela "sociedade de consumo"; se suas ações não fazem "nada contra o sistema"; se são apenas pobres tentando se diferenciar de pobres... Então por que os rolezinhos causam tanto? Por que eles podem ir no shopping em pequenos grupos mas não em grandes?

Esse é a questão relevante colocada pelos rolezinhos, que precisamos encarar, não nos esconder na periferia-esfinge de cada um, ela mesma incapaz de dar uma resposta...

Mistar Gaga
Forista
Forista
Mensagens: 1027
Registrado em: 26 Nov 2012, 21:24
---
Quantidade de TD's: 24
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#582 Mensagem por Mistar Gaga » 15 Jan 2014, 15:50

Compson escreveu:O texto é bom mesmo, mas é limitado... Já tinha ouvido alguns elogios por aí e esperava mais.

Vai tomar no seu cu.

Kuroame
Forista
Forista
Mensagens: 53
Registrado em: 26 Dez 2013, 22:32
---
Quantidade de TD's: 0
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#583 Mensagem por Kuroame » 15 Jan 2014, 19:59

Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:O texto é bom mesmo, mas é limitado... Já tinha ouvido alguns elogios por aí e esperava mais.

Vai tomar no seu cu.

:shock: Que porra é essa? :oops:

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#584 Mensagem por Compson » 16 Jan 2014, 11:43

Kuroame escreveu:
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:O texto é bom mesmo, mas é limitado... Já tinha ouvido alguns elogios por aí e esperava mais.

Vai tomar no seu cu.

:shock: Que porra é essa? :oops:
Capacidade argumentativa!

Mistar Gaga
Forista
Forista
Mensagens: 1027
Registrado em: 26 Nov 2012, 21:24
---
Quantidade de TD's: 24
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#585 Mensagem por Mistar Gaga » 16 Jan 2014, 14:35

Compson escreveu:
Kuroame escreveu:
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:O texto é bom mesmo, mas é limitado... Já tinha ouvido alguns elogios por aí e esperava mais.

Vai tomar no seu cu.

:shock: Que porra é essa? :oops:
Capacidade argumentativa!

É o que uma merda dessas merece.

Compson escreveu:

Quem falou em crítica ao sistema? Que "sistema"? Trata-se simplesmente de pessoas tentando agir com liberdade...

E, ok, esses caras já frequentavam o mesmo shopping em "grupos pequenos". Mas, peraí, não faz diferença ir em grupos de 6 amigos ou em uma multidão organizada de mil pessoas? Vocês não vêem nenhuma diferença política nisso?

Se esses caras estão totalmente assimilados pela "sociedade de consumo"; se suas ações não fazem "nada contra o sistema"; se são apenas pobres tentando se diferenciar de pobres... Então por que os rolezinhos causam tanto? Por que eles podem ir no shopping em pequenos grupos mas não em grandes?

Responder

Voltar para “Assuntos Gerais - OFF Topic - Temas variados”