Alunos da USP em conflito com a PM

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Mistar Gaga
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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#541 Mensagem por Mistar Gaga » 19 Dez 2013, 15:51

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:E se vc apoia, que tal um baile funk na rua do seu prédio de classe média, pancadão a noite toda, som no talo?
Bem vindo às minhas noites de quinta a domingo!

Como sempre, não acerta uma inferência...

No dia que vc for num baile funk vc volta sem as pregas se é que vc tem alguma.

Mas não vale baile funk em pinheiros, tem que ser do capão pra frente
Aprenda a ler, por favor! Pra quem quer ser o bastião da moral e da ordem em nome dos trabalhadores madrugadores, você viaja demais...

Vai dizer que na rua do jardins onde vc mora tem baile funk hahaha depois sou eu que viajo

bullitt
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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#542 Mensagem por bullitt » 19 Dez 2013, 20:27

Pastor, você entendeu nada ou usou de má fé, e novamente fez o quoting pela metade, cortando justamente a finalização do meu argumento. Esquece cara, não vou me dar ao trabalho de tecer argumentos tudo de novo, então vou ser rápido... Sobre a PM no show de rapper não duvido, mas para não fugir do rolezinho que é o assunto em questão do post original: Em resumo, o problema que aponto é a estereotipação do jovem morador de subúrbio pelo autor, que quer forçar a barra para o lado do racismo! Até parece que nunca teve 14 ou 15 anos, e pelo jeito só conhece subúrbio pela TV... Fala tanta merda simplista como o blog milico! Qualquer dúvida, leia meus posts anteriores por completo. Por último, procure a definição de cultura...


O Pastor escreveu:
bullitt escreveu:O sujeito pode curtir funk, trash metal, ou a bosta que for, foda-se, mas desde que não atrapalhe a vida dos outros. Simples assim. Como os sujeitos que ligam a música do celular no talo dentro do busão lotado a viagem inteira de uma hora e meia; Como os manés que passam de madrugada com o som do carro ligado; Como as baladas que abrem no meio da semana e ficam a madrugada inteira; Como os FDPs que descem no ponto final do busão e ficam embaçando na porta a viagem inteira. Não é complicado de entender, imagino que só quem é filhinho de papai de escola privada não entende como é essa vida de merda, gente que mora isolada em andar alto num prédio de bairro nobre e reclama do trânsito de SP dentro do carro com ar condicionado, mas que adora tecer teorias sobre a sociedade, como deve ser o caso do Bruno Cava. O que quero dizer com os exemplos citados é que estamos na cultura brasileira do FODAM-SE os outros.

Bullit, vc tá misturando as coisas. Talvez pra se desviar do cerne da questão. Isso tudo q vc fala, é questão de EDUCAÇÃO. É algo q todos deveriam ter, mas infelizmente não tem. Como eu disse, ninguém é obrigado a gostar de funk ou seja lá o q for. O q não se pode é proibir manifestações, shows, eventos e seja o q for, apenas porque "eu não gosto", ou, "eu desconfio", ou, "eu acho ridículo". Repito o que disse: esse país é excessivamente moralista, preconceituoso e arbitrário.


Essa discussão me fez lembrar desse outro incidente envolvendo um músico de rap. Mais uma ação "preventiva" da Polícia Militar, que entre outras coisas decidiu fazer uns bico de cartomante, de adivinhação.

Isso é muito grave. Mas no fundo é uma história que vem se repetindo a mais de 100 anos. Muda-se os personagens, os ritmos, mas a história não muda.

Policia Militar tenta impedir show beneficente do Dexter alegando ser reunião do PCC

http://www.rapnacional.com.br/portal/po ... ao-do-pcc/

Polícia Militar ignora aval de órgãos e proíbe eventos do Dexter

http://www.vaiserrimando.com.br/policia ... os-dexter/

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#543 Mensagem por Mistar Gaga » 19 Dez 2013, 23:03

A esquerda dá suas derrapadas e aqui está uma delas. Colocar esse caso na vala comum do preconceito racial ou social é fugir do debate mais amplo para um estereótipo simplificador; é ser desonesto e cínico. Isso é bastante comum nas redes sociais onde tudo se resume a briga de torcida. Tem gente comparando flash mob com baile funk, querendo dizer por que um pode e outro não? Puta comparação forçada. Quem faz esse tipo de comparação é porque nunca esteve num baile funk na cidade Tiradentes, finais de semana com pancadão, muita droga e putaria, sem que a vizinhança possa reclamar do barulho e de outras coisas piores. Porque quem organiza esses bailes são os "donos do pedaço".
Quem defende esse tipo de situação como sendo uma ingênua e legítima manifestação cultural, o funk e seus bailes de rua, faz a linha "progressista" que acha tudo muito exótico e bacana, desde que os pobres continuem curtindo sua farra longe dos bancos das universidades e dos melhores empregos, ostentando um tênis ou uma calça que custou o salário do mês. Algo como os engomadinhos de Wall Street, como diria Olavo de Carvalho, que fazem a linha esquerda progressista quando isso lhes convém. Quando na realidade não passam de uns coxinhas filhos da puta. Aqui neste fórum temos alguns protótipos malacabados desses tipinhos.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#544 Mensagem por O Pastor » 20 Dez 2013, 15:10

bullitt escreveu:Pastor, você entendeu nada ou usou de má fé, e novamente fez o quoting pela metade, cortando justamente a finalização do meu argumento. Esquece cara, não vou me dar ao trabalho de tecer argumentos tudo de novo, então vou ser rápido... Sobre a PM no show de rapper não duvido, mas para não fugir do rolezinho que é o assunto em questão do post original: Em resumo, o problema que aponto é a estereotipação do jovem morador de subúrbio pelo autor, que quer forçar a barra para o lado do racismo! Até parece que nunca teve 14 ou 15 anos, e pelo jeito só conhece subúrbio pela TV... Fala tanta merda simplista como o blog milico! Qualquer dúvida, leia meus posts anteriores por completo. Por último, procure a definição de cultura...
Bullit, desse jeito não dá pra discutir contigo. Vc só enxerga o superficial, parece incapaz de enxergar a figura maior. Ou é aquilo q vc quer acreditar.

"Forçar a barra para o lado do racismo!"

Sim, há o lado do racismo. Mas como no Brasil o conceito de "raça" é sempre escanteado, desacreditado, vamos dizer então que o problema seja "preconceito social", que se vc for capaz de investigar isso à fudo, verá q desencana, inevitavelmente, na questão racial. Mas, voilá!!

Então, existe um preconceito contra manifestações populares. Quem tiver curiosidade e investigar a evolução de diversas manifestações culturais e sociais das camadas mais baixas, irá perceber que o mesmo discurso contra o funk não é novidade no Brasil.

Mas lógico, vai ver que o "negro do PT" inventou tudo isso, né?? Vai ver é coisa de Facebook, de gente que recebe pra ficar inventando artigos na Internet. Afinal, racismo no Brasil não existe. É cada uma....


"Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época."

http://mundoestranho.abril.com.br/mater ... iu-o-samba

"Em 1890, com o advento da república, teve início uma ferrenha campanha contra a prática da capoeira, levando muitos jovens da sociedade a se transformarem em marginais..."

http://berimbrasil.com.br/site/discrimi ... -capoeira/

"Estão nos caçando feito bruxas! Candomblé de Niterói vai falar em Audiência Pública, das perseguições que seus adeptos estão sofrendo!"

http://mamapress.wordpress.com/2013/04/ ... -sofrendo/

bullitt
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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#545 Mensagem por bullitt » 20 Dez 2013, 18:16

Pastor, isso é típico de quem usa desonestidade intelectual... primeiro, faz quoting forçado, removendo partes importantes do raciocínio do post e isolando trechos do texto, tecendo comentários sobre um trecho que lhe convém e ignorando o post como um todo. Você fez isso duas vezes seguidas. Agora acusa que eu enxergo o superficial e ainda atribui argumentos falaciosos como idéias que não manifestei, como "negro do PT" (wtf? explica isso aí...) ou "racismo no Brasil não existe..." :doubt: Dá para continuar assim?


O Pastor escreveu:
bullitt escreveu:Pastor, você entendeu nada ou usou de má fé, e novamente fez o quoting pela metade, cortando justamente a finalização do meu argumento. Esquece cara, não vou me dar ao trabalho de tecer argumentos tudo de novo, então vou ser rápido... Sobre a PM no show de rapper não duvido, mas para não fugir do rolezinho que é o assunto em questão do post original: Em resumo, o problema que aponto é a estereotipação do jovem morador de subúrbio pelo autor, que quer forçar a barra para o lado do racismo! Até parece que nunca teve 14 ou 15 anos, e pelo jeito só conhece subúrbio pela TV... Fala tanta merda simplista como o blog milico! Qualquer dúvida, leia meus posts anteriores por completo. Por último, procure a definição de cultura...
Bullit, desse jeito não dá pra discutir contigo. Vc só enxerga o superficial, parece incapaz de enxergar a figura maior. Ou é aquilo q vc quer acreditar.

"Forçar a barra para o lado do racismo!"

Sim, há o lado do racismo. Mas como no Brasil o conceito de "raça" é sempre escanteado, desacreditado, vamos dizer então que o problema seja "preconceito social", que se vc for capaz de investigar isso à fudo, verá q desencana, inevitavelmente, na questão racial. Mas, voilá!!

Então, existe um preconceito contra manifestações populares. Quem tiver curiosidade e investigar a evolução de diversas manifestações culturais e sociais das camadas mais baixas, irá perceber que o mesmo discurso contra o funk não é novidade no Brasil.

Mas lógico, vai ver que o "negro do PT" inventou tudo isso, né?? Vai ver é coisa de Facebook, de gente que recebe pra ficar inventando artigos na Internet. Afinal, racismo no Brasil não existe. É cada uma....


"Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época."

http://mundoestranho.abril.com.br/mater ... iu-o-samba

"Em 1890, com o advento da república, teve início uma ferrenha campanha contra a prática da capoeira, levando muitos jovens da sociedade a se transformarem em marginais..."

http://berimbrasil.com.br/site/discrimi ... -capoeira/

"Estão nos caçando feito bruxas! Candomblé de Niterói vai falar em Audiência Pública, das perseguições que seus adeptos estão sofrendo!"

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#546 Mensagem por Nazrudin » 20 Dez 2013, 20:33

Quando eu li pela primeira vez sobre "o negro do PT", de autoria do estimado Florestal, foi um daqueles momentos em que eu chorei de tanto rir. Até hj. me mijo cada vez que alguém menciona.

Não sei se é um tipo de racismo ou desforra política ou os dois mas meu julgamento ficou prejudicado nessa "qüestão" aí.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#547 Mensagem por Mistar Gaga » 20 Dez 2013, 22:13

Tá louco, compararam samba com funk ostentação. Cartola deve estar se revirando no túmulo. E a comparação não é nada original de quem a fez, vi "especialistas" fazendo esse tipo de comparação falaciosa na revista Carta Capital, revista que acho razoavelmente séria. Depois essa bobagem se transformou, como tudo que trás polêmica e inibe o potencial de argumentação, em viral.

Mas eu não demonizo a funk, pelo contrário, só o funk para botar fogo no puteiro e fazer as bundas rebolarem para lá e pra cá. O mais engraçado disso tudo é que o funk é totalmente antibopístico, colocando a mulher na posição de um simples depósito de porra, escarnece o romance, ridiculariza a figura do homem apaixonado e enaltece o machão comedor do tipo passa a vara em uma, tchau, próxima. E tem bop defendendo funk como manifestação legítima a ser respeitada.

Francamente...e que venham mais rolês em shoppings, e que os próximos sejam no Iguatemi.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#548 Mensagem por O Pastor » 21 Dez 2013, 10:10

bullitt escreveu:Pastor, isso é típico de quem usa desonestidade intelectual... primeiro, faz quoting forçado, removendo partes importantes do raciocínio do post e isolando trechos do texto, tecendo comentários sobre um trecho que lhe convém e ignorando o post como um todo. Você fez isso duas vezes seguidas. Agora acusa que eu enxergo o superficial e ainda atribui argumentos falaciosos como idéias que não manifestei, como "negro do PT" (wtf? explica isso aí...) ou "racismo no Brasil não existe..." :doubt: Dá para continuar assim?

Desisto. Vc é quem reduz a discussão para um suposto "mal entendimento".

Nazrudin escreveu:Quando eu li pela primeira vez sobre "o negro do PT", de autoria do estimado Florestal, foi um daqueles momentos em que eu chorei de tanto rir. Até hj. me mijo cada vez que alguém menciona.

Não sei se é um tipo de racismo ou desforra política ou os dois mas meu julgamento ficou prejudicado nessa "qüestão" aí.


Vou te ajudar: até agora ele não respondeu a minha réplica, onde postei um link sobre o partido dele, o pífio PPS, negando tudo que ele tanto prega aqui no Fórum. Ou seja, ele é um idiota que não sabe nem o que o próprio partido pensa. Fica aqui militando imbecilidades, mas não faz nem ideia do que está acontecendo na própria casa. Ou é tão burro que não consegue interpretar textos, só pode ser isso.


Mistar Gaga escreveu:Tá louco, compararam samba com funk ostentação. Cartola deve estar se revirando no túmulo. E a comparação não é nada original de quem a fez, vi "especialistas" fazendo esse tipo de comparação falaciosa na revista Carta Capital, revista que acho razoavelmente séria. Depois essa bobagem se transformou, como tudo que trás polêmica e inibe o potencial de argumentação, em viral..

Tá louco, é???

Primeiro lugar, a discussão não é sobre conteúdo político das músicas ou qualidade musical. Tem gente que odeia samba, tem gente que ama funk, tem gente que mija pra rock, tem gente que odeia funk, enfim, cada um na sua. A discussão é sobre o direito que todos tem, ou deveria ter de se manifestar. E esse direito está sendo tirado dos funkeiros. Já o foi em diversas oportunidades, com juízes e a polícia embargando shows e manifestações culturais deles. Pra quem ainda não entendeu, esse é o ponto.

O funk, pode ter uma série de defeitos (que vai da opinião de cada um), Mas inegavelmente, é um dos gêneros mais contestadores que temos hoje no Brasil. Ele é agressivo, ele contesta, ele confronta (SIM, ELE É POLÍTICO, PASMEM!!). Isso incomoda. Isso é algo, que o rock, coitadinho do rock, não consegue mais, ao menos aqui no Brasil. Só q o funk tem sua origem na favela, tem grande parte de seus artistas vindos de áreas mais pobres (não todos). É chamado de imoral (excessivamente sexista), tal como o samba o era, em priscas eras. O que estou fazendo aqui, é apenas uma relação entre o que era feito no passado com outras manifestações populares (em tempos não muito distante), com o que é feito hoje.

Esses são meus ARGUMENTOS. Posso estar errado, não sou dono da verdade, e estou sempre aberto a discussão. Mas até agora ninguém trouxe contra-argumentos que atestem o contrário. Somente "eu acho", "não é bem assim", "ouvi dizer", "o primo do meu cunhado viu", etc, etc, etc.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#549 Mensagem por Compson » 21 Dez 2013, 10:48

Gaga, seu cabaço, como você fala merda!
Mistar Gaga escreveu:Vai dizer que na rua do jardins onde vc mora tem baile funk hahaha depois sou eu que viajo
Você não tem a menor ideia de onde eu moro. Nós não vamos fazer uma reunião aqui em casa sexta à noite pra ver se tem funk mesmo... Então pare de ficar levantando inferências não verificáveis sobre a minha vida pessoal e use argumentos de homem por aqui, ok!
Mistar Gaga escreveu:Quem faz esse tipo de comparação é porque nunca esteve num baile funk na cidade Tiradentes, finais de semana com pancadão, muita droga e putaria, sem que a vizinhança possa reclamar do barulho e de outras coisas piores. Porque quem organiza esses bailes são os "donos do pedaço".
Esse é o seu imaginário do baile funk? Um bando de bandidos cheirando e trepando? Tem certeza que você já foi em um? Tem certeza que tratar preconceito contra funk como preconceito racial é uma "derrapada" da esquerda?
Mistar Gaga escreveu:O mais engraçado disso tudo é que o funk é totalmente antibopístico, colocando a mulher na posição de um simples depósito de porra, escarnece o romance, ridiculariza a figura do homem apaixonado e enaltece o machão comedor do tipo passa a vara em uma, tchau, próxima. E tem bop defendendo funk como manifestação legítima a ser respeitada.
Em primeiro lugar, usar o conceito de BOP, desse mirrado Fórum de nerds putanheiros e punheteiros, como termo de interpretação de um dos principais fenômenos culturais da atualidade no Brasil demonstra toda a sua limitação mental e seu provincianismo.

Segundo, não, você não entendeu o funk. É mais difícil que Mano "mimimi Jesus chorou" Brown...

A mulher colocada como objeto sexual, o apaixonado ridicularizado e o machão comedor são figuras recorrentes da ópera clássica ao rap francês... Você ter destacado esses pontos absolutamente comuns na tradição ocidental moderna como uma peculiaridade do funk, como se só os funkeiros os apresentassem, só deixa claro todo o seu preconceito.

Mas o funk tem uma peculiaridade sim. Diferente da ópera clássica, do rap e de quase tudo o que se fez de música, a mulher tem voz no funk, e o que era objetificação opressora (o homem dizendo que é um depósito de porra) se transforma em manifestação subjetiva libertadora (a mulher se assumindo como tal e se livrando do moralismo característico das feministas). Valesca Popozuda e Tati Quebra Barraco não são coitadinhas se colocando como objeto de um "machão comedor", mas mulheres se colocando frente à frente a eles. Se você não entende assim, além de racista você é machista!

Por fim, o cara conhece meia dúzia de músicas nos puteiros da Augusta e quer pagar de entendedor do "verdadeiro baile funk" do "Capão pra frente"... Hahahaha! Gaga, sommelier de pancadão!

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#550 Mensagem por Mistar Gaga » 21 Dez 2013, 11:18

O Pastor escreveu:

Primeiro lugar, a discussão não é sobre conteúdo político das músicas ou qualidade musical. Tem gente que odeia samba, tem gente que ama funk, tem gente que mija pra rock, tem gente que odeia funk, enfim, cada um na sua. A discussão é sobre o direito que todos tem, ou deveria ter de se manifestar. E esse direito está sendo tirado dos funkeiros. Já o foi em diversas oportunidades, com juízes e a polícia embargando shows e manifestações culturais deles. Pra quem ainda não entendeu, esse é o ponto.
E ninguém é obrigado a ouvir funk por tabela. Esses porras não sabem que existe um troço chamado fone de ouvido? E esse pessoal que faz baile funk de madrugada no meio da rua de bairros residenciais, vai fazer baile funk na casa do caralho!

Quanto a proibição do funk, isso está fora de cogitação porque é censura e, portanto, inconstitucional. Mesmo que algumas, ou melhor, diversas letras do funk flertem ou até mesmo façam apologia a praticas ilegais e criminosas. Então quem levanta esse tipo de discussão é com a intenção de causar polêmica. Nenhum projeto de lei que proíba o funk será aprovado, é só gente querendo aparecer.


O Pastor escreveu:
O funk, pode ter uma série de defeitos (que vai da opinião de cada um), Mas inegavelmente, é um dos gêneros mais contestadores que temos hoje no Brasil. Ele é agressivo, ele contesta, ele confronta (SIM, ELE É POLÍTICO, PASMEM!!). Isso incomoda. Isso é algo, que o rock, coitadinho do rock, não consegue mais, ao menos aqui no Brasil. Só q o funk tem sua origem na favela, tem grande parte de seus artistas vindos de áreas mais pobres (não todos). É chamado de imoral (excessivamente sexista), tal como o samba o era, em priscas eras. O que estou fazendo aqui, é apenas uma relação entre o que era feito no passado com outras manifestações populares (em tempos não muito distante), com o que é feito hoje.
Jesus amado!! O funk é agressivo e, portanto, contesta, é político. É sério que eu li isso?

Lendo certas opiniões me faz lembrar que a esquerda, até os anos 80, rejeitava tudo que não fosse arte engajada. O próprio samba era tido como alienação pela esquerda, aquela que lutou contra a ditadura. Os mais radicais, odiavam até mesmo o tropicalismo ou tudo que não fosse Geraldo Vandré ou Chico Buarque. O rock e a jovem guarda então...,o que fazia sentido, pois o rock e a jovem guarda faziam parte do pacote norte americano de influência no mundo, coisas que a esquerda combatia com toda a força, de forma absolutamente legítima. Mas o samba? O tropicalismo? Ai o tempo passou, a ditadura ficou para trás e bateu um sentimento de culpa. Wilson Simonal virou mito e Caetano e Gil se transformaram em ícones da esquerda geração anos 90. Ai qualquer merda que aparecesse sendo feita com apelo popular ou vinda da periferia a esquerda abraça e apoia, sem um crivo mínimo de reflexão sequer, com medo de parecer antidemocrática.

Letras que dizem que a mulher é interesseira e só quer saber de dinheiro. Letras que afirmam que sem um carro bom, uns panos da hora vc não é nada, tem o que de contestador?? Muito pelo contrário, é simplesmente a total adesão ao estabelichment. Resultado disso é que nenhum moleque quer ser zoado na escola por não andar com uns panos da hora ou por calçar um tênis todo fodido no pé, que é o que o pai, um peão assalariado e batalhador, tem condições de dar ao filho. Então a saída para o moleque é procurar a boca de fumo mais próxima atrás de "emprego". Bem vindo ao funk !

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#551 Mensagem por Compson » 30 Dez 2013, 16:02

Ninguém vai reclamar desse desperdício de gasto público não?

Intocada, previdência dos militares gasta mais do que o Bolsa Família
http://dinheiropublico.blogfolha.uol.co ... a-familia/

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#552 Mensagem por Compson » 30 Dez 2013, 16:29

Mistar Gaga escreveu:Ai o tempo passou, a ditadura ficou para trás e bateu um sentimento de culpa. Wilson Simonal virou mito e Caetano e Gil se transformaram em ícones da esquerda geração anos 90. Ai qualquer merda que aparecesse sendo feita com apelo popular ou vinda da periferia a esquerda abraça e apoia, sem um crivo mínimo de reflexão sequer, com medo de parecer antidemocrática.
Primeiro, há um mal entendido: Caetano e Gil não têm nem nunca tiveram qualquer apelo popular.

São fenômenos diferentes, a requalificação dos tropicalistas e a valorização (alguns diriam respeito ou mesmo tolerância) das manifestações culturais populares.
Mistar Gaga escreveu:Letras que dizem que a mulher é interesseira e só quer saber de dinheiro. Letras que afirmam que sem um carro bom, uns panos da hora vc não é nada, tem o que de contestador?? Muito pelo contrário, é simplesmente a total adesão ao estabelichment.
Bom, funk não é só isso, mas vamos admitir que seja...

Que "estabelichment"? O "estabelichment" não diz pra "invadir os bailes de Megane ou de 1100 com nota de 100", não diz que "mulher sente o cheiro de dinheiro porque sabe que é Ferrari Black", não diz "pra tu, novinha, hoje eu quero é cu".

O "estabelichment" diz pra fazer tudo isso aí (ostentar riqueza pra pegar mulher e tratá-la como lixo), mas diz também pra manter as aparências, pra ostentar mas sem esfregar na cara de pobre, pra cumprir rituais de sedução, enfim, pra fingir que não há um abismo social e de gênero.

O funk é irritante (e "contestador", se isso for um valor pra vocês), primeiro por que usa como referência de riqueza uns baguio bem chinfrim, de classe média (tênis, Chandon, Megane...). Mas segundo, e principalmente, porque dispensa a dimensão hipócrita do "estabelichment". O funk é a orkutização do consumo. O rico e o classe média se irritam porque vêem o moleque pé-rapado fazer o que eles adorariam fazer, contar dinheiro na frente dos outros, mas não fazem porque o "estabelichment" não dita apenas a ostentação da riqueza, dita também uma etiqueta para essa ostentação.

Mal comparando, os funkeiros estão para as elites como os bordeis e as festas populares do século XVIII estavam para os tediosos bailes da nobreza e da burguesia. Uma imitação que aspira ao luxo, mas dispensando a chatice ritualística e hipócrita dos mais ricos.

Isso não é contestador no sentido de trazer a "revolução"... Mas é a manifestação popular que nós temos, e é mais crítica e consciente de sua classe do que qualquer esqueminha socialista. A esquerda de inspiração socialista hoje faz parte da etiqueta de "ostentação respeitosa" da classe média!
Mistar Gaga escreveu:Resultado disso é que nenhum moleque quer ser zoado na escola por não andar com uns panos da hora ou por calçar um tênis todo fodido no pé, que é o que o pai, um peão assalariado e batalhador, tem condições de dar ao filho. Então a saída para o moleque é procurar a boca de fumo mais próxima atrás de "emprego". Bem vindo ao funk !
É isso mesmo. Favelado é burro e não tem condição de diferenciar uma manifestação cultural de suas condições materiais de vida... Todo funkeiro é traficante!

Imagem
- O estaBELICHment popular do Mistar Gaga!

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#553 Mensagem por Mistar Gaga » 30 Dez 2013, 22:46

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Ai o tempo passou, a ditadura ficou para trás e bateu um sentimento de culpa. Wilson Simonal virou mito e Caetano e Gil se transformaram em ícones da esquerda geração anos 90. Ai qualquer merda que aparecesse sendo feita com apelo popular ou vinda da periferia a esquerda abraça e apoia, sem um crivo mínimo de reflexão sequer, com medo de parecer antidemocrática.
Primeiro, há um mal entendido: Caetano e Gil não têm nem nunca tiveram qualquer apelo popular.

São fenômenos diferentes, a requalificação dos tropicalistas e a valorização (alguns diriam respeito ou mesmo tolerância) das manifestações culturais populares.
[quote/]
E quem disse que Gil e Caetano tem apelo popular? Onde está escrito isso, deixa eu pegar o óculos, peraí...

Pronto! É, não está escrito em lugar nenhum. Caetano e Gil não tem apelo popular (no sentido de povão) mas o samba e Wilson Simonal tinham. Isso está escrito em algum lugar no texto que vc ignorou preferindo inventar coisas que não escrevi destacando um fragmento fora de contexto. negócio é o seguinte, por terem apelo popular, esses caras foram perseguidos pela esquerda por acharem que tal repertório contribuía com a alienação do povo e consequentemente com a ditadura. O futebol a mesma coisa, tem aquela história da copa de 70 e tudo mais. Claro que não era a ausência do samba ou o futebol que iria mudar o estado de coisas. Por isso que a esquerda, constrangida por seu passado preconceituoso com relação a cultura popular, tende a encarar qualquer coisa que saia da periferia ou com apelo popular como sendo manifestação legítima que afronta a classe média bobalhona, como se incomodar a classe média bobalhona fosse algo de revolucionário. Qualquer peido assusta a classe média bobalhona.

Com relação aos tropicalistas, esses sofriam rejeição de parte da esquerda mais radical por outros motivos que não convém aqui explicar porque já encheu isso. Leia os textos direito, caralho! Desculpe-me a indelicadeza, mas suponho que quem coloca palavras na boca dos outros deve estar a fim de levar uma jeba na própria boca, só pode.
fat but escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Letras que dizem que a mulher é interesseira e só quer saber de dinheiro. Letras que afirmam que sem um carro bom, uns panos da hora vc não é nada, tem o que de contestador?? Muito pelo contrário, é simplesmente a total adesão ao estabelichment.
Bom, funk não é só isso, mas vamos admitir que seja...
[/quote]

Então é o que, sabichão? Explica ai para gente, com seu vasto conhecimento. Explana pra nóis sua sabedoria .

Compson escreveu: Que "estabelichment"? O "estabelichment" não diz pra "invadir os bailes de Megane ou de 1100 com nota de 100", não diz que "mulher sente o cheiro de dinheiro porque sabe que é Ferrari Black", não diz "pra tu, novinha, hoje eu quero é cu".
Não diz, isso não é estabelichment, tá serto então!! Quando você joga a porra do GTA V imagino que deva gozar nas calças quando rouba uns carros, explode umas cabeças e, principalmente, esfrega na cara da sociedade de consumo toda sua testosterona (calma, bonitão, não vá se empolgar, sua que eu digo é do personagem, sossega sua bunda gorda no sofazinho macio) de macho mau e toda grana conquistada em atos ilícitos. Esse jogado repleto de violências, estupros, assassinatos e ostentação de bandido está na sua quinta edição e o orçamento para fazer essa merda de jogo superou ao orçamento de todos os filmes do hollywood, exceto dois, se não me engano. Sinal de que tal situação só assusta a vovó do moleque de classe média que joga esse jogo e, consequentemente, assimila o culto a violência e ostentação de poder e dinheiro típicos do gangterismo norte americano. Lembro que costumavam comparar os rappers norte americanos com os brasileiros, dizendo que enquanto os primeiros ostentavam carrões e mulheres em seus clips os brasileiros ficavam com suas divagações de esquerda e o sentimento de culpa pela vida do crime. Pois bem, para a felicidade dos chupa piroca de plantão o funk veio para reparar esse "erro".

Compson escreveu: O "estabelichment" diz pra fazer tudo isso aí (ostentar riqueza pra pegar mulher e tratá-la como lixo), mas diz também pra manter as aparências, pra ostentar mas sem esfregar na cara de pobre, pra cumprir rituais de sedução, enfim, pra fingir que não há um abismo social e de gênero.
Genial! A grande sacada do funk é acabar com as aparências e escancarar de vez a filosofia de Thomas Hobbes. Para que manter as aparências? Vamos todos assumir de vez, de todas as classes sociais, que somos todos chauvinistas, egocêntricos, consumistas, machistas e chega de mimimimi, não é mesmo? Agora faz sentido esse pessoal de classe média que reclama dos corredores de ônibus onde esse pobres do caralho vão pendurados escutando a merda do funk, que fala exatamente sobre isso, o direito de cada um tocar o foda-se e foda-se! Se antes o sujeito de classe média reacionário ficava meio envergonhado de assumir seus pensamentos reaças, agora que o pobre resolveu encarnar o espírito consumista egocêntrico não há mais motivos para constrangimentos. foda-se! Que corredor de ônibus o caralho! Que civilidade o caralho! Isso é coisa de viadinho de primeiro mundo mimimimimimi E viva o funk.

Compson escreveu: O funk é a orkutização do consumo. O rico e o classe média se irritam porque vêem o moleque pé-rapado fazer o que eles adorariam fazer, contar dinheiro na frente dos outros, mas não fazem porque o "estabelichment" não dita apenas a ostentação da riqueza, dita também uma etiqueta para essa ostentação.
ahan! Assim como a classe média se irrita quando vê o rei do camarote, um novo rico da zona leste, ostentando sua cafonice, vc por exemplo teve um surto.

O inferno são os outros, sempre os outros.


Cara, não tô nem ai para debates filosóficos sobre o velho dilema entre influência do meio e livre arbítrio. Falo sobre o que vejo e observo. Se o funk causa algum mal estar na classe média, isso não importa. É merda, é babaquice. Quem se importa com trolagem, essa babaquice nerd surgida na internet? O problema é outro, bem mais profundo. A verdadeira influência do funk está na periferia, ou melhor, o estilo de vida ao qual o funk reverência é do pobre contra o pobre. Do pobre que começou a ter contra aquele que ainda não tem e quer ter. É louvável que o moleque não queira ser um peão assalariado feito o pai, que tenha alguma ambição. Mas quais são as opções? Qual é a influência da pressão pelo statis na cabeça de um moleque de família, muitas das vezes, desestruturada. Não falo de dramalhões de literatura e filmes, falo da realidade que vejo com meus próprios olhos. Só vou dar um exemplo, o moleque que deu o tiro na cabeça de uma estudante em Higienópolis, ano retrasado, numa tentativa fracassada de assalto, cortava o cabelo no mesmo salão que eu, uma escola de cabeleireiros na avenida são joão. A tiazinha que corta cabelo viu esse moleque crescer, um moleque comum, simplório que não dava qualquer mostra de perfil delinquente. Um belo dia juntou com os amigos e se dirigiu para feira do rolo, que acontece todos os dias no largo do paissandú aos olhos de todos, dispostos a comprar uma arma, o que conseguiu com grande facilidade. Seu objetivo era começar na vida do crime mesmo sem ter qualquer aptidão para isso. Não queria mais ser um zé ninguém. Então partiu para fazer assaltos, destino? O bairro de playboy mais próximo do centro. E deu no que deu.

Sei que para boa parte dessa molecada o funk é só um meio de curtição. Que bom que seja assim.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#554 Mensagem por marvosa5 » 03 Jan 2014, 10:11

Como o tema tá meio embolado mas tem PM no meio, gostei dessa entrevista (http://www.youtube.com/watch?v=GSHmgFK6Itc), não sei se alguém já tinha postado aqui.

Compson
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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#555 Mensagem por Compson » 03 Jan 2014, 15:05

Jesus, quanta merda junta! A estratégia do Gaga de escrever merdas longuíssimas achando que ninguém vai ter saco de responder deve funcionar... Mas aqui ele está lidando com o Compson, que é melhor que ele em tudo, até nisso!
Mistar Gaga escreveu:E quem disse que Gil e Caetano tem apelo popular? Onde está escrito isso, deixa eu pegar o óculos, peraí...

Pronto! É, não está escrito em lugar nenhum. Caetano e Gil não tem apelo popular (no sentido de povão) mas o samba e Wilson Simonal tinham. Isso está escrito em algum lugar no texto que vc ignorou preferindo inventar coisas que não escrevi destacando um fragmento fora de contexto. negócio é o seguinte, por terem apelo popular, esses caras foram perseguidos pela esquerda por acharem que tal repertório contribuía com a alienação do povo e consequentemente com a ditadura.
Parafraseando: Caetano e Gil não têm apelo popular, mas por terem apelo popular foram perseguidos. Agora entendi!

Eu sei, eu sei, você está falando do Simonal e do samba. Mas escreve como um asno e depois vem cobrar interpretação dos outros (é, os outros)... :doubt:
Mistar Gaga escreveu:Por isso que a esquerda, constrangida por seu passado preconceituoso com relação a cultura popular, tende a encarar qualquer coisa que saia da periferia ou com apelo popular como sendo manifestação legítima que afronta a classe média bobalhona, como se incomodar a classe média bobalhona fosse algo de revolucionário. Qualquer peido assusta a classe média bobalhona.
Vamos lá:

A esquerda é tolerante com qualquer coisa popular por sentimento de culpa, já que no passado foi preconceituosa com manifestações desse tipo. Mas peraí, que esquerda?

A esquerda dos anos 70, os revolucionários e socialistas de boteco, os marxistas da Rua Augusta, continua tão preconceituosa como antes. Esses caras acham justamente a mesma coisa que você: que o funk é pura adesão ao establishment, que é consumista, machista e todos os outros clichês do manual... No que eles têm alguma razão, não fosse essa mania típica do moralismo da esquerda tradicional de ter de julgar tudo peremptoriamente.

A esquerda contemporânea, a esquerda de verdade, não acha nada, pois não é uma esquerda pautada por dizer o que os devem fazer e ouvir. Não é uma esquerda que tem um manual de etiqueta do jovem revolucionário. Aliás, não acha nem que o funk é de esquerda, apenas procura entender seu significado sem pressupor que os sujeitos sejam bestas violentas e animalizadas e que o funk seja uma expressão burra e homogênea.
Mistar Gaga escreveu:Desculpe-me a indelicadeza, mas suponho que quem coloca palavras na boca dos outros deve estar a fim de levar uma jeba na própria boca, só pode.
Non sequitur...
Mistar Gaga escreveu:
fat but escreveu: Bom, funk não é só isso, mas vamos admitir que seja...
Então é o que, sabichão? Explica ai para gente, com seu vasto conhecimento. Explana pra nóis sua sabedoria . [/quote]

Eu não entendo nada de funk. Só ouço por tabela... Mas, binário como você é, nunca vai entender que existe uma diferença entre ser um total ignorante (como você) e ter alguma noção de que existe uma tradição de funk no Rio de Janeiro de pelo menos 30 anos.

Mas pra provar que funkeiros não têm nenhuma consciência sobre suas condições e são todos iguais, deixo esses dois links aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=NgB6N5_Jw4w

http://www.youtube.com/watch?v=GeFVYc2jABo
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu: Que "estabelichment"? O "estabelichment" não diz pra "invadir os bailes de Megane ou de 1100 com nota de 100", não diz que "mulher sente o cheiro de dinheiro porque sabe que é Ferrari Black", não diz "pra tu, novinha, hoje eu quero é cu".
Não diz, isso não é estabelichment, tá serto então!!
Poderia dizer que faltou a outra frase, que você descontextualizou, mimimi... Mas sigamos o enterro!
Mistar Gaga escreveu:Quando você joga a porra do GTA V imagino que deva gozar nas calças quando rouba uns carros, explode umas cabeças e, principalmente, esfrega na cara da sociedade de consumo toda sua testosterona (calma, bonitão, não vá se empolgar, sua que eu digo é do personagem, sossega sua bunda gorda no sofazinho macio) de macho mau e toda grana conquistada em atos ilícitos. Esse jogado repleto de violências, estupros, assassinatos e ostentação de bandido está na sua quinta edição e o orçamento para fazer essa merda de jogo superou ao orçamento de todos os filmes do hollywood, exceto dois, se não me engano. Sinal de que tal situação só assusta a vovó do moleque de classe média que joga esse jogo e, consequentemente, assimila o culto a violência e ostentação de poder e dinheiro típicos do gangterismo norte americano.
Que situação, cara? Quem falou em assustar?

Quando você joga games com elfos ou o Homem-Aranha, você não consegue diferenciar sua sala da terra média ou do universo Marvel? Quando eu gozo nas calças por ganhar de um coreano no Fifa isso significa o quê? Que eu me sinto tão bom quanto o Messi ou que eu simplesmente tenho prazer em vencer uma partida?

No mais, não disse que o funk assusta ninguém. Disse apenas que é uma apropriação indevida do território que outras classes julgam exclusivos, por isso as irrita.
Mistar Gaga escreveu:Lembro que costumavam comparar os rappers norte americanos com os brasileiros, dizendo que enquanto os primeiros ostentavam carrões e mulheres em seus clips os brasileiros ficavam com suas divagações de esquerda e o sentimento de culpa pela vida do crime. Pois bem, para a felicidade dos chupa piroca de plantão o funk veio para reparar esse "erro".

Mistar Gaga escreveu:Genial! A grande sacada do funk é acabar com as aparências e escancarar de vez a filosofia de Thomas Hobbes. Para que manter as aparências? Vamos todos assumir de vez, de todas as classes sociais, que somos todos chauvinistas, egocêntricos, consumistas, machistas e chega de mimimimi, não é mesmo?
O que Thomas Hobbes tem a ver com isso? Você não era o cara que não queria nem saber de "debates filosóficos"? Aí você vem e tira da cartola um iluminista inglês no meio da conversa?

Não, não se trata de assumir que somos todos filhos da puta e foda-se. Trata-se de desfazer a auto-imagem que as classes médias e altas têm de si mesmas.
Mistar Gaga escreveu:Agora faz sentido esse pessoal de classe média que reclama dos corredores de ônibus onde esse pobres do caralho vão pendurados escutando a merda do funk, que fala exatamente sobre isso, o direito de cada um tocar o foda-se e foda-se! Se antes o sujeito de classe média reacionário ficava meio envergonhado de assumir seus pensamentos reaças, agora que o pobre resolveu encarnar o espírito consumista egocêntrico não há mais motivos para constrangimentos. foda-se! Que corredor de ônibus o caralho! Que civilidade o caralho! Isso é coisa de viadinho de primeiro mundo mimimimimimi E viva o funk.
É mais ou menos esse o processo. A "endireitação" da classe média aconteceu por um movimento assim. O Brasil tinha tanto miserável que a classe média ficava meio constrangida: aquele papo, tenho três domésticas, pago meio salário mínimo, mas ela é quase da família. Com a expansão do trabalho, do consumo e dos direitos, a classe média se livrou desse fardo de aparências. Então, sim, a "endireitação" da classe média é uma resposta à mudança de condições das classes baixas, mas, não, não é uma resposta cultural ao funk. A classe média não tem resposta cultural ao funk porque o funk é muito mais poderoso que qualquer produção cultural da classe média...
Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu: O funk é a orkutização do consumo. O rico e o classe média se irritam porque vêem o moleque pé-rapado fazer o que eles adorariam fazer, contar dinheiro na frente dos outros, mas não fazem porque o "estabelichment" não dita apenas a ostentação da riqueza, dita também uma etiqueta para essa ostentação.
ahan! Assim como a classe média se irrita quando vê o rei do camarote, um novo rico da zona leste, ostentando sua cafonice, vc por exemplo teve um surto.
Que surto? Você não entende nada...

Mas a comparação com o Rei do Camarote é precisa! Só reforça o quanto a etiqueta de ostentação é restrita.
Mistar Gaga escreveu:Cara, não tô nem ai para debates filosóficos sobre o velho dilema entre influência do meio e livre arbítrio.
Acho que está sim. Esses debates só estão na sua cabeça...
Mistar Gaga escreveu:Falo sobre o que vejo e observo.
O problema é que você só vê o que quer...
Mistar Gaga escreveu:Se o funk causa algum mal estar na classe média, isso não importa. É merda, é babaquice. Quem se importa com trolagem, essa babaquice nerd surgida na internet? O problema é outro, bem mais profundo.
Tá vendo como você é um babaca preconceituoso. Manifestação cultural e coletiva de rivalidade de classes agora é trollagem. Bela esquerda é você!
Mistar Gaga escreveu:A verdadeira influência do funk está na periferia, ou melhor, o estilo de vida ao qual o funk reverência é do pobre contra o pobre. Do pobre que começou a ter contra aquele que ainda não tem e quer ter. É louvável que o moleque não queira ser um peão assalariado feito o pai, que tenha alguma ambição. Mas quais são as opções? Qual é a influência da pressão pelo statis na cabeça de um moleque de família, muitas das vezes, desestruturada. Não falo de dramalhões de literatura e filmes, falo da realidade que vejo com meus próprios olhos. Só vou dar um exemplo, o moleque que deu o tiro na cabeça de uma estudante em Higienópolis, ano retrasado, numa tentativa fracassada de assalto, cortava o cabelo no mesmo salão que eu, uma escola de cabeleireiros na avenida são joão. A tiazinha que corta cabelo viu esse moleque crescer, um moleque comum, simplório que não dava qualquer mostra de perfil delinquente. Um belo dia juntou com os amigos e se dirigiu para feira do rolo, que acontece todos os dias no largo do paissandú aos olhos de todos, dispostos a comprar uma arma, o que conseguiu com grande facilidade. Seu objetivo era começar na vida do crime mesmo sem ter qualquer aptidão para isso. Não queria mais ser um zé ninguém. Então partiu para fazer assaltos, destino? O bairro de playboy mais próximo do centro. E deu no que deu.
Lamentável, mas... O que isso tem a ver com o funk? Você quer dizer que o moleque resolveu fazer um assalto do nada porque ouve funk, é isso? Que ele não faria se o funk não existisse? E os outro milhão de jovens paulistanos que ouvem funk, estão todos prestes a sair roubando ineptamente por aí?

Depois a classe média é que é assustadinha...
Mistar Gaga escreveu:Sei que para boa parte dessa molecada o funk é só um meio de curtição. Que bom que seja assim.
Pois é... Mas que péssimo que seja tão difícil pra você entender isso!

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