Alunos da USP em conflito com a PM

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#526 Mensagem por Compson » 12 Dez 2013, 11:14

Vejam bem, se o único problema da PM fosse sua atuação nos estádios, foda-se, estou cagando pra esses caras que arrumam briga e, como já disse, uma solução possível é a não-intervenção: isola a briga dos outros torcedores e deixem os caras se matarem até o fim. Não tem vítima ali. Já vi isso acontecer na Europa, tem um vídeo dos seguranças cercando a briga mas não se metendo.

Agora, no que concerne à segurança nos estádios, a ideia de que a PM descendo o pau em quem visse pela frente resolve alguma coisa é parte do problema. Esses caras que se metem em briga não estão muito preocupados em apanhar. Ele toma uma hoje, volta pra casa e amanhã está lá de novo brigando. O que se precisa fazer é dar um jeito de tirar essa pessoas dos estádios.

A PM não resolve nada. Temos trinta anos de briga com PM, a culpa é dos torcedores. Um dia de briga com segurança privada, a culpa é da segurança privada! Ah, mas vocês são uns facistinhas mesmo, hein!

::basta::

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#527 Mensagem por Compson » 16 Dez 2013, 16:38

Vejam essa piada que o tenente cagou pela boca:
O “rolezinho” e as autoridades, por Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Os bailes funk, também chamados “rolezinhos” são a nova forma de desobediência civil em São Paulo. Jovens convocam outros jovens para os eventos, realizados à revelia nos estacionamentos dos shoppings. Já aconteceu em no bairro de Itaquera e existem convocações para outros estabelecimentos. Seria, segundo organizadores, uma resposta à polícia, que os impede de fechar as ruas e realizar seus eventos. Na verdade, é mais uma forma que setores interessados na contestação social encontram para intranqüilizar a população. As autoridades precisam agir rápido e, antes que seja necessário mandar a polícia para reprimir, adotar medidas que desencorajem esse tipo de promoção, que pode resultar em vandalismo, furtos, ferimentos e até mortes.

A fraqueza e a demagogia dos sucessivos governos que, para benefício eleitoral, cultivaram, ao longo das últimas décadas, a cultura da liberdade sem responsabilidade e do direito sem dever, levaram a esse estado de coisas. Hoje fecha-se ruas, estradas, depreda-se o patrimônio público e particular e pouco ou nada acontece aos agressores. Os que são presos, logo saem pela porta da frente, protegidos pela legislação leniente e até incentivadora da desordem.

Agora os shoppings é que estão na alça de mira. Os contestadores invadem suas instalações e levam pânico aos funcionários e freqüentadores, atrapalhando o funcionamento dos negócios regularmente estabelecidos, que pagam seus impostos e como tal são credores de segurança para desenvolver suas atividades. O poder público, que concede alvará de funcionamento, tem o dever de garantir as condições para que as atividades se concretizem. Assim sendo, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário precisam abrir seus olhos para esse novo e ilegal fenômeno e, por seus meios, buscar uma solução. Os comerciantes, funcionários e clientes dos estabelecimentos não podem ficar à mercê dos desordeiros e nem conviver com eventos por eles realizados à revelia.

É importante identificar quem são os organizadores desses “rolezinhos” e chamá-los à responsabilidade, deles exigindo as providências comuns a todos os eventos e, se insistirem em realizá-los sem as devidas autorizações e medidas de segurança, aplicar-lhes os rigores da lei. Não devem se esquecer, também, de identificar e punir aqueles que, com certeza, por algum interesse, estão atrás desses jovens incentivando-os ou até auxiliando-os na transgressão. Sem medidas enérgicas, marcharemos para a ruptura e aí, talvez, só medidas amargas – como o AI-5, que faz 45 anos nesse dezembro – sejam capazes de resolver o problema. Não podemos esperar que isso aconteça…

*Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
http://www.agorams.com.br/jornal/2013/1 ... goncalves/

Essa é a mentalidade militar que vocês tanto amam...

E que diabos é ASPOMIL? Uma ASPONE com formação militar?

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#528 Mensagem por Compson » 16 Dez 2013, 16:51

Pro pessoal na crise dos 40 que anda meio perdido, esses dois textos representam bem a diferença entre direita e esquerda:
Rolezinho é ação afirmativa contra racismo
Bruno Cava

Ontem à noite, praticamente todos os portais noticiavam um arrastão no shopping de Guarulhos. Milhares de jovens se organizaram pela internet para provocar tumulto e roubos. Os lojistas assustados chamaram a polícia, que cercou o shopping e prendeu 27 pessoas por furto. Era estranho, mas as dezenas de redatores dos portais descreveram com quase as mesmas palavras, no mesmo formato e tom de noticiário policial, e chegavam todos a conclusões idênticas: “arrastão”.

Horas depois, perto da meia noite, a unanimidade se tornou menos unânime.

Revelou-se que a organização do evento na internet avisava que era uma reunião recreativa e não para roubar. Alguns jovens estavam, de fato, com roupas etiquetadas das lojas, mas “dentro das lojas”, ninguém tinha saído com o produto do não-furto. Os lojistas não tinham chamado a polícia exatamente para conter um “arrastão” em andamento, mas porque estaria “prestes a acontecer” ou “pronto para um arrastão”. Prestes ou prontos a fazer um arrastão do verbo não fizeram nada. Aí a notícia derreteu de vez: ninguém, nenhum lojista, cliente ou a própria administração do shopping relataram qualquer furto ou roubo. Como não havia queixa, de madrugada todos os 27 detidos foram soltos. O noticiário desclassificava o não-arrastão para “tumulto”.

O roteiro foi parecido com o que aconteceu no shopping Itaquera, na zona leste de São Paulo, no último fim de semana. Eram seis mil pessoas organizadas por Facebook e WhatsApp. O noticiário imediatamente falou em “arrastão”. Nas notícias, também apareceram as palavras “caos”, “pânico”, “suspeitos” e “prejuízos”. Mas nenhum furto ou roubo foi registrado. Os relatos em primeira pessoa falavam, no máximo, de “correria” e “exaltação”, e alguns achismos: “é claro que devem ter ocorrido roubos”.

Em 30 de novembro, tinha acontecido em Vitória. Jovens que estavam num baile funk buscaram abrigo de uma confusão (possivelmente causada pela ação da polícia contra o baile) num shopping e a polícia foi chamada, cercando e detendo as pessoas. Também se falou em “arrastão”, mas naquela vez a notícia derreteu para “confusão” e “corre-corre”.

Em 19 de outubro, em Belo Horizonte, de novo um “arrastão” se transformou em 24 horas em “confusão” ou, conforme declaração do próprio shopping Del Rey: “um certo tumulto”. Nenhuma queixa registrada. No mesmo dia, em Contagem, perto de BH, um outro arrastão teria sido evitado pela polícia “antes que acontecesse”, expulsando os “suspeitos” do shopping.

A impressão que fica é que os redatores e jornalistas já têm um esquema mental do que seja um arrastão e, diante dos estímulos certos, apertam o “play” para essa narrativa precondicionada, nela encaixando as circunstâncias de tempo e lugar. Por isso, todas as notícias parecem rigorosamente iguais, dando a impressão de um fato universal e unânime, para onde convergem rapidamente todos os portais, grandes ou pequenos. E a polícia segue a mesma lógica.

Dizem que a “onda de arrastões” é um fenômeno maior. As colunas opinativas dão conta de uma “nova ameaça para a sociedade”, “moda de invadir shoppings” ou “grupos organizados para gerar pânico e caos”. Os editoriais a seguir incitam a violência policial, sob as senhas “medidas duras”, “tolerância zero” e “apertar o cerco”. Alguns sites e veículos, mesmo depois dos desmentidos, insistem em conservar a palavra-chave “arrastão” nas manchetes e títulos de reportagens e notícias.

Realmente, é um fenômeno maior. Ele se chama racismo. É o racismo dos automatismos e esquemas mentais, com que se interpreta e ajuda a reproduzir a realidade. “Arrastão” é um refrão do cancioneiro racista brasileiro, da mesma maneira que “atos de vandalismo” sempre serviu para criminalizar movimentos sociais e lutas legítimas. O medo, o pânico, o horror acontece não porque sejam milhares de criminosos que, pela internet, se organizem para saquear o shopping. O medo, o pânico, o horror acontece porque são negros. Eles são presos porque são negros. E são presos enquanto negros: sentados no chão com mãos à cabeça, alinhados em fila indiana, e então intimidados com armas em punho e humilhados como escravos fugidos. Não à toa os eventos sejam associados ao funk: música negra, da periferia e das favelas. Se fossem adolescentes brancos ouvindo, digamos, Los Hermanos, certamente não seriam presos, por mais exaltados e briguentos fossem, ainda que a polícia eventualmente fosse chamada. E dificilmente o fato seria noticiado como “arrastão”, tampouco ganharia tantos apelos histéricos na imprensa por sua repressão.

Os “rolezinhos” e “shoppings lotadões” — que é como eles chamam os eventos nos estacionamentos e áreas comuns — são uma forma de ação afirmativa. É ocupação político-cultural, embora fora das caixinhas da esquerdologia dominante, que não os reconhece como movimento. Mas, proibidos de fazer bailes na rua, e cada vez mais discriminados em sua cultura de resistência, resolveram levar a festa para os lugares onde a própria publicidade os convida: aos shoppings. Os jovens negros e pobres das periferias e favelas das grandes cidades estão, realmente, se organizando. É isto o que assusta. Se eles entrassem individualmente, se se portassem como consumidores bem-comportados, bem-adaptados, estaria tudo bem. O problema é que se organizam, que não querem deixar de ser eles mesmos, de existirem livres em sua riqueza, mesmo quando conquistam a admissão no clube da dita “Classe C” ou “nova classe média”.

O rolezinho não só expõe e denuncia o racismo institucional do capitalismo brasileiro, como afirma um mundo, cria um acontecimento. Realmente, é um fenômeno maior.
http://www.quadradodosloucos.com.br/399 ... a-racismo/

Porque nego fazendo rap nas quebradas é o suprassumo da contestação... Agora, funk no shopping, meu Deus, só podem ser band... Opa, peraí!

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#529 Mensagem por bullitt » 16 Dez 2013, 22:37

Estão treinando o rolezinho para a Copa do Mundo... :mrgreen:

Imagine a situação do lojista, entra uma multidão fazendo bagunça no shopping, o cara vai ficar lá parado esperando acontecer alguma coisa com a loja? Lógico que vai entrar em pânico e chamar a polícia, achando que é arrastão... O Bruno demagogo pode falar que é capitalismo e o caralho, mas é muito simples: quem tem... tem medo.

Existem relatos de roubos nas redes sociais, mas aí fica a margem da dúvida se é verdade ou boato. O autor do texto também está fazendo o uso de achismos... Pouco importa o que a "organização do evento" escreveu na Internet, se foi uma "reunião recreativa", pode ter fugido do controle, ou não.

SE ocorreram de fato roubos no shopping, é um tanto ÓBVIO que o shopping vai tentar abafar o caso, ainda mais em plena época de compras. O interesse do shopping é que a notícia seja esquecida o mais rápido possível para que os clientes continuem frequentando o shopping. O prejuízo é muito maior para as lojas se os clientes com grana sumirem justo agora... Sim, é o capitalismo!

Sempre existe interesse desses pseudo-intelectuais demagogos associarem esses fatos com racismo, preconceito, bla bla bla... Por acaso só tem negro no rolezinho? Sempre querem puxar pra esse lado, e aí ficam punhetando sobre a escravidão...

http://www.youtube.com/watch?v=fElqFris5b0

Quero ver esses caras do movimento do rolezinho fazendo baile funk as 2h da manhã todas as noites no quintal desse mané. Quem já morou na periferia sabe como é uma merda escutar baile com som alto patrocinado pelos traficantes e depois ter que trabalhar no dia seguinte.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#530 Mensagem por Mistar Gaga » 17 Dez 2013, 00:02

Funk ostentação e shopping tudo a ver. O pessoal do funk finalmente encontrou o lugar certo para manifestar sua cultura. Deixem as ruas livres e as noites das quebradas silenciosas e boa sorte. Há uma infinidade de shoppings na capital brasileira do consumo clamando por rolês do funk. Que tal o próximo rolê no shopping pátio higienópolis? O bonde de gente diferenciada. Fica a sugestão.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#531 Mensagem por Compson » 17 Dez 2013, 20:37

Mistar Gaga escreveu:Funk ostentação e shopping tudo a ver. O pessoal do funk finalmente encontrou o lugar certo para manifestar sua cultura. Deixem as ruas livres e as noites das quebradas silenciosas e boa sorte. Há uma infinidade de shoppings na capital brasileira do consumo clamando por rolês do funk. Que tal o próximo rolê no shopping pátio higienópolis? O bonde de gente diferenciada. Fica a sugestão.
Funk ostentação é muito mais contestador e escandaloso para a classe média do que qualquer coisa que possa passar pelo seu bestunto (et pour cause)...

No mínimo, expõe como a classe média tradicional, que se achava classe quase-alta, está muito mais próxima das classes C e D do que dos ricos. O funk ostentação é a orkutização do shopping, a invasão bárbara!

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#532 Mensagem por Mistar Gaga » 17 Dez 2013, 21:43

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Funk ostentação e shopping tudo a ver. O pessoal do funk finalmente encontrou o lugar certo para manifestar sua cultura. Deixem as ruas livres e as noites das quebradas silenciosas e boa sorte. Há uma infinidade de shoppings na capital brasileira do consumo clamando por rolês do funk. Que tal o próximo rolê no shopping pátio higienópolis? O bonde de gente diferenciada. Fica a sugestão.
Funk ostentação é muito mais contestador e escandaloso para a classe média do que qualquer coisa que possa passar pelo seu bestunto (et pour cause)...

No mínimo, expõe como a classe média tradicional, que se achava classe quase-alta, está muito mais próxima das classes C e D do que dos ricos. O funk ostentação é a orkutização do shopping, a invasão bárbara!

Tô nem ai para essa sociologia barata de boteco. Que achem o que quiserem do funk ostentação. Desde que essa rapaziada do funk desocupe o espaço público da periferia, desobstruindo o direito de ir e vir do cidadão, e respeite a lei do psiu deixando o trabalhador, que acorda às 5 da matina, dormir em paz. Se quiserem invadir shoppings tem todo o meu apoio. Eles que se entendam com o shopping , que esfreguem na cara da classe média a porra da ostentação deles, que se fodam. E se vc apoia, que tal um baile funk na rua do seu prédio de classe média, pancadão a noite toda, som no talo?

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#533 Mensagem por Compson » 18 Dez 2013, 11:14

Mistar Gaga escreveu:E se vc apoia, que tal um baile funk na rua do seu prédio de classe média, pancadão a noite toda, som no talo?
Bem vindo às minhas noites de quinta a domingo!

Como sempre, não acerta uma inferência...

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#534 Mensagem por O Pastor » 18 Dez 2013, 12:42

bullitt escreveu:Estão treinando o rolezinho para a Copa do Mundo... :mrgreen:

Imagine a situação do lojista, entra uma multidão fazendo bagunça no shopping, o cara vai ficar lá parado esperando acontecer alguma coisa com a loja? ..

Bagunça?? Que bagunça?? Pelo que entendi, os lojistas chamaram a polícia porque "acharam que o arrastão iria acontecer." Naquela ideia típica das alas conservadoras: "vestido desse jeito, só pode ser bandido"; "é funkeiro, é bandido!!"; "mais do que um preto junto, é quadrilha", etc, etc, etc. Espero que vc tenha lido o texto, Bullit.

Esse incidente aconteceu em Vitória, ES. A polícia, por algum motivo "achou" que o baile funk que aconteceria próximo ao shopping era uma "apologia ao crime". Ou seja, discriminaram os funkeiros pelo fato deles serem funkeiros, pois não havia qualquer indício de confusão. Alias, a confusão começou quando a polícia chegou. Voou borrachada pra todo lado e os funkeiros, sem ter pra onde correr, foram em direção ao shopping pra fugir da arbitrariedade tradicional da polícia militar. O pessoal do shopping, achando q era arrastão, entrou em pânico. Só q não era arrastão.

http://www.folhavitoria.com.br/policia/ ... entes.html


É o mesmo caso do sujeito que entra no supermercado Pão de Açucar, no Morumbi, de bermuda e chinelo. SE for um negro ou qualquer um com cara de pobre, esse exemplo fica ainda mais claro (rs). Os seguranças ficam enlouquecidos. "É ladrão, certeza!!", a maioria já pensa. Se for um branco, é apenas um cliente sentindo calor, rsrsrsrsrrsr!!

Shopping de SP terá que indenizar músico negro constrangido por seguranças

http://www.revistaafro.com.br/mundo-afr ... egurancas/

É a ironia estampada na cara de todos, mas que a maioria conservadora não consegue enxergar. Não se trata de gostar ou não de funk, e sim do DIREITO a LIVRE EXPRESSÃO; e das várias formas que o PRECONCEITO encontra de se reinventar.

E o preconceito contra o funk, é absolutamente o mesmo que existia contra o samba e contra qualquer coisa que SEJA de cunho popular nesse país: capoeira era considerada coisa de bandido; roda de samba, roda de maloqueiro; música caipira, música de gente atrasada. O Brasil sempre foi assim e se depender dos coxinhas da vida, sempre será.

É uma perseguição contra o funk. Contra a liberdade expressão das classes populares. Há um movimento conservador claro, no sentido de asfixiar tudo que envolve essa cultura. Isso já deve durar bem uns 20 anos.

Só que como quase tudo que a elite retrogada tenta barrar, ela se ferra. O funk sobrevive e não para de crescer. Deixou faz um bom tempo de ser o ritmo apenas dos favelados. Cultura funk tá na rua, com mulheres de todas as classes andando de periguete pela rua, com suas bermudas curtinhas, sem qualquer constrangimento. O que é ótimo!!

MC Guime - quase 30 milhões de visualizações no You Tube, em menos de 1 ano. Praticamente sem qualquer divulgação dos grandes canais de mídia. Viva a Internet!!

http://www.youtube.com/watch?v=O4t94cFV7zM

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#535 Mensagem por bullitt » 18 Dez 2013, 22:28

O Pastor escreveu:
bullitt escreveu:Estão treinando o rolezinho para a Copa do Mundo... :mrgreen:

Imagine a situação do lojista, entra uma multidão fazendo bagunça no shopping, o cara vai ficar lá parado esperando acontecer alguma coisa com a loja? ..

Bagunça?? Que bagunça?? Pelo que entendi, os lojistas chamaram a polícia porque "acharam que o arrastão iria acontecer." Naquela ideia típica das alas conservadoras: "vestido desse jeito, só pode ser bandido"; "é funkeiro, é bandido!!"; "mais do que um preto junto, é quadrilha", etc, etc, etc. Espero que vc tenha lido o texto, Bullit.

Se você leu minha resposta inteira verá que eu li o texto, e eu não vou ficar repetindo novamente o que escrevi sobre o shopping. Se quiser argumentar, refaça o quoting por inteiro.

Aproveitando este para completar o meu post anterior:
O sujeito pode curtir funk, trash metal, ou a bosta que for, foda-se, mas desde que não atrapalhe a vida dos outros. Simples assim. Como os sujeitos que ligam a música do celular no talo dentro do busão lotado a viagem inteira de uma hora e meia; Como os manés que passam de madrugada com o som do carro ligado; Como as baladas que abrem no meio da semana e ficam a madrugada inteira; Como os FDPs que descem no ponto final do busão e ficam embaçando na porta a viagem inteira. Não é complicado de entender, imagino que só quem é filhinho de papai de escola privada não entende como é essa vida de merda, gente que mora isolada em andar alto num prédio de bairro nobre e reclama do trânsito de SP dentro do carro com ar condicionado, mas que adora tecer teorias sobre a sociedade, como deve ser o caso do Bruno Cava. O que quero dizer com os exemplos citados é que estamos na cultura brasileira do FODAM-SE os outros. Os que fingem se preocupar com a vida do outro o fazem por razões políticas (ex: a história do FHC "mulatinho") ou para punhetar o ego na Internet. O direito de expressão tem um limite, e aí que entram os demagogos de plantão para estrapolar os casos para o racismo, SEMPRE. É óbvio que existem muitos e muitos casos de racismo e preconceito por aí o Brasil inteiro, mas entrar na lógica de que SEMPRE TODAS essas ações são movidas pelo racismo é de um simplismo safado para sustentar argumentos demagógicos, e aí sempre é contra a velha e odiada classe média (by Marilena Chauí), esquecendo-se convenientemente que FDP, racista, e criminoso tem em todas as classes... Quem já morou ou mora em bairro pobre, sabe como é o dia-a-dia. Quem não morou, fica punhetando sobre "cultura popular" como se todo pobre fosse funqueiro e como se não tivessem pobres que odeiam moleque vida loka, etc. e etc...

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#536 Mensagem por O Pastor » 19 Dez 2013, 09:25

bullitt escreveu:O sujeito pode curtir funk, trash metal, ou a bosta que for, foda-se, mas desde que não atrapalhe a vida dos outros. Simples assim. Como os sujeitos que ligam a música do celular no talo dentro do busão lotado a viagem inteira de uma hora e meia; Como os manés que passam de madrugada com o som do carro ligado; Como as baladas que abrem no meio da semana e ficam a madrugada inteira; Como os FDPs que descem no ponto final do busão e ficam embaçando na porta a viagem inteira. Não é complicado de entender, imagino que só quem é filhinho de papai de escola privada não entende como é essa vida de merda, gente que mora isolada em andar alto num prédio de bairro nobre e reclama do trânsito de SP dentro do carro com ar condicionado, mas que adora tecer teorias sobre a sociedade, como deve ser o caso do Bruno Cava. O que quero dizer com os exemplos citados é que estamos na cultura brasileira do FODAM-SE os outros.

Bullit, vc tá misturando as coisas. Talvez pra se desviar do cerne da questão. Isso tudo q vc fala, é questão de EDUCAÇÃO. É algo q todos deveriam ter, mas infelizmente não tem. Como eu disse, ninguém é obrigado a gostar de funk ou seja lá o q for. O q não se pode é proibir manifestações, shows, eventos e seja o q for, apenas porque "eu não gosto", ou, "eu desconfio", ou, "eu acho ridículo". Repito o que disse: esse país é excessivamente moralista, preconceituoso e arbitrário.


Essa discussão me fez lembrar desse outro incidente envolvendo um músico de rap. Mais uma ação "preventiva" da Polícia Militar, que entre outras coisas decidiu fazer uns bico de cartomante, de adivinhação.

Isso é muito grave. Mas no fundo é uma história que vem se repetindo a mais de 100 anos. Muda-se os personagens, os ritmos, mas a história não muda.

Policia Militar tenta impedir show beneficente do Dexter alegando ser reunião do PCC

http://www.rapnacional.com.br/portal/po ... ao-do-pcc/

Polícia Militar ignora aval de órgãos e proíbe eventos do Dexter

http://www.vaiserrimando.com.br/policia ... os-dexter/

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#537 Mensagem por Compson » 19 Dez 2013, 09:59

O nome disso não é "treinamento militar". O nome disso é "sadismo", possibilitado pela estrutura militar da corporação e pela ideologia de que exigir direitos mínimos de dignidade é uma fraqueza!

PM morre após teste para tropa de elite; dois seguem em estado grave
http://www.correio24horas.com.br/detalh ... ado-grave/

Ficar atrás do computador babando ovo pro "treinamento militar" dos outros é fácil...

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#538 Mensagem por marvosa5 » 19 Dez 2013, 12:20

Sejam policiais, jogadores de futebol, atletas olímpicos, lutadores de mma ou simples alunos de academias, tem muita gente se lesionando por culpa de treinadores velhos, ou novos também, que ainda seguem a mentalidade do NO PAIN NO GAIN...

http://www.youtube.com/watch?v=e139CQuR5dU

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#539 Mensagem por Mistar Gaga » 19 Dez 2013, 14:04

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:E se vc apoia, que tal um baile funk na rua do seu prédio de classe média, pancadão a noite toda, som no talo?
Bem vindo às minhas noites de quinta a domingo!

Como sempre, não acerta uma inferência...

No dia que vc for num baile funk vc volta sem as pregas se é que vc tem alguma.

Mas não vale baile funk em pinheiros, tem que ser do capão pra frente

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#540 Mensagem por Compson » 19 Dez 2013, 14:52

Mistar Gaga escreveu:
Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:E se vc apoia, que tal um baile funk na rua do seu prédio de classe média, pancadão a noite toda, som no talo?
Bem vindo às minhas noites de quinta a domingo!

Como sempre, não acerta uma inferência...

No dia que vc for num baile funk vc volta sem as pregas se é que vc tem alguma.

Mas não vale baile funk em pinheiros, tem que ser do capão pra frente
Aprenda a ler, por favor! Pra quem quer ser o bastião da moral e da ordem em nome dos trabalhadores madrugadores, você viaja demais...

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