Crise em HONDURAS

Espaço destinado a conversar sobre tudo.

Regras do fórum
Responder

Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 0
Oral Sem:Sim 0Não 0
Beija:Sim 0Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
Mensagem
Autor
Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

#31 Mensagem por Carnage » 02 Out 2009, 12:30

http://www.time.com/time/world/article/ ... 98,00.html
Brasil relutantemente assume papel chave na disputa em Honduras

Por Tim Padgett com Andrew Downie / São Paulo Wednesday, Sep. 30, 2009


O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva estava a 40 mil pés de altitude no dia 21 de setembro, a caminho da Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova York, quando ele recebeu a notícia. O presidente exilado de Honduras Manuel Zelaya, depois de entrar escondido no país centro-americano, tinha aparecido na embaixada brasileira em Tegucigalpa em busca de asilo. Lula, como todos os outros líderes mundiais, tinha pedido a restauração de Zelaya desde que ele foi derrubado por um golpe militar em 28 de junho. Assim, Lula não tinha outra escolha a não ser deixá-lo entrar na embaixada. Mas quando Lula chegou em Manhattan, de acordo com fontes numerosas, sua irritação estava clara. "Ele foi pego de surpresa e colocado em uma posição desconfortável", diz uma fonte brasileira. "O Brasil estava no centro da crise hondurenha. Não é o que ele queria".

Mas era o desejo de líderes esquerdistas da América Latina como o presidente venezuelano Hugo Chávez, que publicamente se gabou de que tinha sido ele quem havia sugerido a Zelaya procurar a missão brasileira. Seja ou não verdade -- e muitos na mídia brasileira "estão céticos de que isso poderia ter acontecido sem o governo Lula ter dado algum tipo de sinal de que Zelaya seria bem-vindo" à embaixada, diz Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do Woodrow Wilson Center em Washington DC [Nota do Viomundo: Funciona assim. O Paulo Sotero, jornalista, reproduz o que outros jornalistas acham. É o achismo em escala internacional] -- Brasília se encontra no tipo de situação que no passado tentou evitar.

Chávez nunca perde uma chance de enfiar o nariz para denunciar a influência dos Estados Unidos na América Latina e como tinha ficado impaciente com o que considera tentativas tépidas do governo Obama de pressão sobre os líderes golpistas em Honduras e de colocar seu aliado Zelaya de novo no poder, decidiu que tinha chegado a hora de envolver Lula numa situação banana-republic que se torna mais complicada para o hemisfério a cada dia que passa.

O Brasil pode estar justificadamente irritado com Chávez, mas talvez não devesse estar tão surpreso. Em anos recentes, o poder da potência da América do Sul tem sido reconhecido como o primeiro real contrapeso aos Estados Unidos no hemisfério ocidental -- o que significa, pelo menos para outros países das Américas, assumir um papel maior e mais pró-ativo em resolver as disfunções políticas do Novo Mundo, como em Honduras.

Lula e Obama são colegas e almas gêmeas de centro-esquerda, mas quando Obama disse no mês passado que aqueles que questionavam sua ação em Honduras agora estavam sendo hipócritas porque eles eram "os mesmos que sempre denunciam nossa intervenção na América Latina", ele estava incluindo o Brasil, que também deu voz às suas preocupações sobre os esforços dos Estados Unidos. "Não dá para dizer as duas coisas", Obama soltou.

O Brasil não é um jogador inerte na América Latina. De fato, o seu corpo diplomático (usualmente chamado Itamaraty, por causa do nome do prédio modernista que sedia o ministério das Relações Exteriores em Brasília) é amplamente considerado um dos melhores do mundo, e teve um papel importante para desarmar crises sul-americanas como a disputa entre Colômbia e Venezuela no ano passado. Tropas brasileiras tocam a missão da ONU no violento Haiti. E Lula, um dos chefes de estado mais populares do mundo, se tornou o mais eficaz intermediário entre Washington e a ressurgente esquerda anti-americana da América Latina.

O Brasil prefere manter esse trabalho nos bastidores e sua política externa é decididamente não-intervencionista. "Não temos a tentação de exportar nosso modelo político e econômico", o assessor de política externa de Lula, Marco Aurélio Garcia, disse à Time no ano passado. "Não acreditamos que todos devam ser como nós". Mas, ao mesmo tempo, Lula está numa cruzada para fazer do Brasil, com a quinta maior população do mundo e a nona maior economia, um sério jogador internacional.

Ele faz dura campanha por um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas e maior participação das nações em desenvolvimento nas políticas mundiais de comércio e econômica. (Ele também torcerá em Copenhague pela proposta brasileira para sediar as Olimpíadas de 2016, uma decisão que pode ajudar a convencer Obama a ir à Dinamarca em pessoa defender a candidatura de Chicago). É difícil manter uma tradição límpida de não intervencionismo com ambições como essas -- e crescentemente, o hemisfério diz ao Brasil que é um tanto ingênuo insistir que pode continuar ganhando sempre.

Então, agora, o Brasil goste ou não, está até o pescoço envolvido em Honduras e o hemisfério espera que isso signifique perspectiva maior de uma saída negociada entre Zelaya e os líderes do golpe, como o presidente de fato Roberto Micheletti. Zelaya complicou as coisas para o Brasil ao fazer comentários exagerados, dizendo na semana passada que "mercenários israelenses" faziam dele e de seu grupo na embaixada alvo para transmissões de alta frequencia. Micheletti, enquanto isso, passou do limite ao expulsar uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao tentar acabar com os direitos constitucionais em Honduras. Ele até deu a Lula até a semana que vem para declarar por quanto tempo o Brasil pretende dar abrigo a Zelaya, sob risco da tomada de medidas não especificadas contra a embaixada brasileira. Lula devolveu que o Brasil "não vai responder ao ultimato de um governo de golpistas". Mas, segundo Michael Shifter, do Diálogo Interamericano de Washington, "o Brasil está descobrindo o que o Obama está enfrentando em Honduras".

Ainda assim, porque a maioria dos analistas concorda que o golpe em Honduras manda uma mensagem perigosa às instáveis democracias da região, acreditam que ter o respeito do Brasil jogado mais diretamente na mistura pode ajudar as negociações. Diz outra fonte próxima a Lula, "penso que as conversas estão evoluindo agora que o Zelaya está de volta e sob nossa proteção". Se um acordo eventualmente acontecer em Honduras, a imagem do Brasil como um poder regional vai decolar. Se não, Lula ainda assim vai marcar ponto com sua base esquerdista do Partido dos Trabalhadores. "Mesmo que não der resultado ele ainda é o herói de uma causa nobre para a esquerda latino-americana", diz Rubens Ricupero, que já foi um diplomata importante e é rival político de Lula.

De qualquer forma, diz Shifter, o Brasil e os Estados Unidos deverão demarcar seus esforços hemisféricos quando a crise de Honduras acabar: o Brasil focado na América do Sul, onde a performance de Washington parece crescentemente amarrada e os Estados Unidos no México, América Central e Caribe, onde o Brasil tem poucos interesses. No momento, no entanto, os dois poderes se manifestam nas ruas de Tegucigalpa.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

#32 Mensagem por Carnage » 05 Out 2009, 17:57

http://www.cartacapital.com.br/app/mate ... 2=9&i=5188
Lendas urbanas sobre Honduras

02/10/2009 15:04:14

Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa

O discurso de colunistas na mídia conservadora recorre a argumentos pseudojurídicos para defender o golpe hondurenho como uma “destituição legal”, praticamente os mesmos usados na mesma mídia para defender a ditadura militar em 1964. Convém repassá-los, por absurdos que sejam.

Zelaya queria manter-se indefinidamente no poder.
O presidente planejava uma consulta sobre a celebração de um referendo a respeito de uma Constituinte juntamente com a eleição de seu sucessor. Se o resultado da consulta fosse positivo, serviria apenas como argumento em favor do referendo ante o Legislativo. Se o Congresso cedesse e o resultado do referendo fosse positivo, a Constituinte seria eleita no próximo governo e, mesmo que aprovasse a reeleição, Zelaya só poderia se candidatar em 2014.

Zelaya incorreu no artigo 239 da Constituição de 1982, que cassa o mandato e os direitos políticos, por dez anos, de quem propor reeleição.
O presidente não incorreu no artigo 239. Não propôs reeleição e sim um referendo sobre uma ampla Constituinte. Já Micheletti, deputado em 1985, propôs expressamente uma reforma constitucional para prorrogar o mandato do então presidente Roberto Suazo. Desistiu por pressão dos militares, mas nem ele nem Suazo foram punidos.

A deposição de Zelaya foi legal e regular.
Pelo artigo 313 da Constituição, a Suprema Corte tem jurisdição para processar e julgar o presidente, mas se cabia processo por abuso de autoridade por tentar rea-lizar uma pesquisa de opinião sem autorização legal, teria de ser dentro de procedimentos legais com direito de defesa e contraditório (art. 82). Não foi assim: na madrugada do domingo da consulta, os militares invadiram o palácio e expatriaram o presidente, o que é expressamente proibido pela Constituição (art. 102). A ordem de prisão apareceu depois do fato consumado, embora o procurador-geral e um dos juízes da Corte alegassem tê-la emitido e aprovado em segredo, na sexta-feira. Se fosse regular, deveria ser executa-da pela polícia, depois das 6 da manhã.

Os processos por suposta corrupção contra o presidente e integrantes de sua equipe foram abertos depois da expulsão, sem possibilidade de defesa. Ao compactuarem com tais ilegalidades, Congresso e Corte cometeram violações da Constituição muito mais graves que Zelaya. Nenhum governo reconheceu o golpe como legal – nem mesmo EUA, Israel e Taiwan, apesar de manterem seus embaixadores.

A Suprema Corte de Honduras é isenta e apartidária.
Antes do golpe, a comissão de direitos humanos da OEA já criticava Honduras pela falta de um Judiciário “independente e eficaz”. Larry Birns, diretor do instituto Council on Hemispheric Affairs, a classifica como “uma das instituições mais corruptas da América Latina”.

A opinião pública hondurenha é contrária a Zelaya.
Pesquisa Gallup dias após o golpe (30 de junho a 4 de julho) mostrou que 46% dos hondurenhos tinham opinião favorável a Zelaya e 44% desfavorável. Micheletti tinha 30% a seu favor e 49% contra. Outro indício de popularidade é que quatro candidatos que apoiaram o golpe foram à embaixada brasileira e se fizeram fotografar abraçando o presidente.

O Congresso hondurenho ratificou a destituição.
O Legislativo hondurenho não tem jurisdição sobre o assunto: a Constituição não prevê o impeachment, e a própria Suprema Corte julgou, em 2003, que o Congresso não tem o poder de interpretar a Constituição.

Hospedar Zelaya deflagrou a violência em um país que estava tranquilo.
Até meados de agosto, o G-16 (dos países que prestam ajuda a Honduras) contava oficialmente sete mortos, dezenas de presos e torturados e centenas de feridos (inclusive à bala) pelo regime Micheletti, que o Comitê de Defesa dos Direitos Humanos responsabilizava por um total de 101 mortes e execuções extralegais durante toques de recolher. A CIDH da OEA recebeu informes de centenas de detenções irregulares e ameaças e agressões a juízes que deram habeas corpus a manifestantes e oposicionistas detidos pelo regime. A presença de Zelaya apenas chamou a atenção da mídia e da comunidade internacional para o problema e forçou a ditadura a negociar.

O Brasil expôs o território nacional à invasão de Honduras ao hospedar Zelaya.
A embaixada é parte do território do país- onde está localizado e não do país que representa, embora convenções internacionais resguardem sua imunidade de jurisdição, inclusive ante ações policiais e mandados de prisão.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Tricampeão
Forista
Forista
Mensagens: 13803
Registrado em: 22 Set 2005, 16:06
---
Quantidade de TD's: 56
Ver TD's

#33 Mensagem por Tricampeão » 05 Out 2009, 20:00

As besteiras que esses meios de comunicação vendidos aos interesses estrangeiros publicam é uma demonstração do baixo nível de exigência do seu público leitor.
Como é que Zelaya ia ter cometido um crime terrível contra a Constituição e ser mandado para fora do país, de pijama, em vez de ser preso para responder processo em Honduras?
E, antes que o Peter chie: eu sei que você também acha que a imprensa nacional seja um lixo.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

#34 Mensagem por Carnage » 06 Out 2009, 16:52

Mas que papelão...

http://noticias.uol.com.br/ultnot/inter ... u1604.jhtm
04/10/2009 - 19h22
Organização de ultradireita brasileira lança na internet campanha "Fora Zelaya"
Do UOL Notícias
Em São Paulo


Um dos braços do grupo brasileiro ultradireitista Tradição, Família e Propriedade lançou neste final de semana uma campanha virtual pela "expulsão" do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, da embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde está abrigado há duas semanas.

O blog "Fora! Zelaya" ( http://forazelaya.blogspot.com/ ), assinado pela Associação dos Fundadores, se propõe a ser uma "mobilização nacional" pela saída de Zelaya da embaixada, e permite que o internauta "envie mensagem de protesto ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil", que supostamente seria encaminhada ao chanceler Celso Amorim.

"Estamos perplexos e angustiados pelo rumo que estão tomando os acontecimentos em Honduras, sobretudo porque o agravamento da situação pode levar a uma guerra civil e o governo brasileiro terá que arcar com a responsabilidade pelo derramamento de sangue que poderá haver naquele país", afirma a petição redigida pelo grupo católico conservador.

"A política do Itamaraty sempre se caracterizou pela não interferência na autodeterminação das nações. Por que agora tentarmos nós resolver um problema que é só e somente daquele país?", continua o documento virtual.

O blog também leva a um "comunicado da Associação dos Fundadores", assinado por seis homens autodenominados "discípulos e seguidores de Plinio Corrêa de Oliveira, Fundador da TFP".

Neste comunicado, que tem a data de 3 de outubro, o grupo afirma que "o governo do Presidente Lula, apesar de certas aparências, não está interessado em solucioná-la [a crise hondurenha] pela via institucional. Está desejoso, isso sim, de impor ao pequeno país centro-americano uma rendição ao chavismo."

E concluem: "Encerramos este pronunciamento elevando nossas preces a Nossa Senhora Aparecida, Rainha do Brasil, suplicando-Lhe que não permita que ideologias alienígenas perturbem a paz da América Latina e transformem a Terra de Santa Cruz em foco de insegurança e de desagregação".

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Roy Kalifa
Forista
Forista
Mensagens: 3840
Registrado em: 25 Mai 2008, 18:37
---
Quantidade de TD's: 128
Ver TD's

#35 Mensagem por Roy Kalifa » 06 Out 2009, 17:03

Trica escreveu: eu sei que você também acha que a imprensa nacional seja um lixo.

Assim com a imprensa internacional, vide os tablóides sensacionalistas europeus...

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

#36 Mensagem por Carnage » 06 Out 2009, 17:10

http://assazatroz.blogspot.com/2009/10/ ... nberg.html
Segunda-feira, 5 de Outubro de 2009
O coice do Sardenberg

O carinhoso cumprimento de Sardenberg aos telespectadores, radiouvintes e leitores de suas colunas

Sonia Montenegro

Tenho o hábito de escrever para jornalistas e políticos, para demonstrar a minha indignação diante de determinados fatos. Aproveito para postar aqui uma troca de e-mails com o comentarista político da Globo, Globonews e da rádio CBN, Carlos Alberto Sardenberg, que para mim foi uma confissão da parcialidade da imprensa brasileira.

No caso, particularmente das Organizações Globo, mas como sabemos, a chamada "grande" imprensa brasileira tem lado sim, e com certeza, não é o lado do Brasil e nem dos brasileiros.
Uma natural abordagem de radiouvinte-telespectadora-leitora a um apresentador de programa e articulista político

Senhor Sardenberg,

O texto não é meu, achei na internet, mas parece fazer sentido. O que o sr. acha?

"A grande imprensa brasileira deve explicações sobre sua atuação nessa crise político-institucional em Honduras. Escandaliza sua evidente preocupação de reproduzir os argumentos dos golpistas hondurenhos, o que explica a facilidade de acesso de uma Globo a sítios em Tegucigalpa que poucos meios de comunicação estão tendo.

É imperativo que se investigue os contatos dos grandes meios de comunicação brasileiros com o regime golpista de Honduras e uma eventual aliança desses meios com aquele regime, o que o tom quinta-coluna do noticiário deles sugere com cada vez maior contundência que pode estar acontecendo"[ http://edu.guim.blog.uol.com.br/] .
A resposta do Sardenberg:
"Alguma coisa entre a cretinice e estupidez – ou ideologia esquerdista, que é a mesma coisa. "
Minha réplica:
Engraçado, minha mãe, que bem me educou, sempre me disse que a agressividade é a arma de quem não tem argumentos. Mais grave no caso de um jornalista, que ataca gratuitamete uma leitora que lhe pede um esclarecimento.

A postura de um jornalista, deveria ser da maior isenção possível e principalmente de respeito por todas as opiniões, ainda que não concorde com elas. Com essa resposta, o sr. mostrou o que de fato é: anti-democrático, preconceituoso, sem falar do flagrante desrespeito aos seus ouvintes/espectadores/leitores.

A atual crise mundial serviu para mostrar que o neoliberalismo é uma política injusta, em que os lucros são divididos entre poucos, e o prejuízo pago por muitos. Essa foi uma lição aprendida pelos jornalistas que merecem o título que possuem.

Se ser de esquerda é amar o seu país, ser contra o entreguismo reinante na "grande" imprensa brasileira e valorizar as políticas que beneficiam aqueles que sempre foram espoliados por uma elite egoísta que pauta os veículos de comunicação como os que o sr. subservientemente incorpora, eu me orgulho de ser de esquerda e fico muito feliz por estarmos em lados diferentes.
Sonia Montenegro, colaboradora desta nossa Agência Assaz Atroz, é uma das mais lúcidas articulistas que podemos encontrar na blogosfera política.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

#37 Mensagem por Carnage » 06 Out 2009, 17:11

Micheletti mija pra trás.

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 6283,0.htm
América Latina
segunda-feira, 5 de outubro de 2009, 18:15 | Online
Micheletti promete punir responsáveis pela expulsão de Zelaya


Declaração vem à tona logo após revogação do estado de sítio em Honduras; presidente de facto admite 'erro'

Em entrevista coletiva, Micheletti diz que expulsão de Zelaya foi decisão de 'alguns setores'

Wilson Pedrosa/AE

Em entrevista coletiva, Micheletti diz que expulsão de Zelaya foi decisão de 'alguns setores'
TEGUCIGALPA - Logo após revogar o estado de sítio em Honduras, o presidente de facto, Roberto Micheletti, afirmou que os responsáveis por terem expulsado do país o chefe de Estado deposto, Manuel Zelaya, ainda não identificados, serão levados à justiça e punidos. Micheletti reiterou que "foi cometido um erro" ao enviar Zelaya para a Costa Rica após sua deposição, em 28 de junho, porque a Constituição hondurenha "guarda a presença de todos os hondurenhos, sem extradição, no país."

"Definitivamente é uma decisão tomada por alguns setores (os quais não mencionou) e serão punidos conforme a lei", disse o líder de facto, em entrevista coletiva ao lado da deputada republicana americana Ileana Ros-Lehtinen, que chegou nesta segunda-feira, 5, a Honduras para apoiar sua administração. "Estou totalmente seguro de que serão levados aos tribunais, como corresponde a qualquer erro cometido", por ter expulsado Zelaya do país, acrescentou.

O estado de sítio havia sido imposto no dia 26 de setembro, cinco dias após a volta de Zelaya - que agora se abriga na Embaixada brasileira - a Honduras. Na época o país vivia uma onda crescente de protestos organizados pela oposição. A medida justificou o fechamento de emissoras de rádio e TV oposicionistas. Mas a decisão do governo foi criticada até por seus simpatizantes, que diziam acreditar que o estado de sítio prejudicava os planos de realização de eleições em novembro.

Em entrevista a uma emissora de televisão hondurenha, Micheletti afirmou que Honduras quer voltar à normalidade. Ele também defendeu as eleições como o melhor caminho para resolver a crise no país. "Se ocorrerem as eleições no país, transparentes, e elegermos o novo presidente, então será possível falar de qualquer cenário, de qualquer solução", afirmou.

Ainda nesta segunda, o presidente de facto disse que a aspiração de Zelaya de voltar ao poder só pode ser analisada se houver alguma decisão judicial nesse sentido porque "não se pode restituir uma pessoa que está com problemas legais no país". "De qualquer forma, a Corte Suprema de Justiça é que teria de tomar a decisão", completou.

(Com Efe e BBC Brasil)

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Tricampeão
Forista
Forista
Mensagens: 13803
Registrado em: 22 Set 2005, 16:06
---
Quantidade de TD's: 56
Ver TD's

#38 Mensagem por Tricampeão » 06 Out 2009, 19:35

Roy Kalifa escreveu:Trica escreveu: eu sei que você também acha que a imprensa nacional seja um lixo.

Assim com a imprensa internacional, vide os tablóides sensacionalistas europeus...
Mas há uma diferença. Há tablóides sensacionalistas, mas também há órgãos sérios.
No Brasil, os "sérios" citam os sensacionalistas, como a Globo, que adora citar o londrino The Sun.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

kank
Forista
Forista
Mensagens: 814
Registrado em: 20 Dez 2007, 23:05
---
Quantidade de TD's: 11
Ver TD's

#39 Mensagem por kank » 07 Out 2009, 11:48

tudo que eu sei é que o LULA vive inovando na politica internacional

deu brecha com o gas boliviano e fez os paraguaios colocarem as manguinhas de fora pra cima de itaipu

somos o unico Pais do mundo que devolveu atleta que fugiu da delegação pra cuba

e novamente somos o unico pais do mundo com um visitante que ja vai completar quase um mes de visita e não se defini em que condição ele esta na embaixada

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Peter_North
Forista
Forista
Mensagens: 4807
Registrado em: 24 Jun 2005, 15:01
---
Quantidade de TD's: 190
Ver TD's

#40 Mensagem por Peter_North » 07 Out 2009, 16:35

Tricampeão escreveu:
Roy Kalifa escreveu:Trica escreveu: eu sei que você também acha que a imprensa nacional seja um lixo.

Assim com a imprensa internacional, vide os tablóides sensacionalistas europeus...
Mas há uma diferença. Há tablóides sensacionalistas, mas também há órgãos sérios.
Concordo. E é uma pena que não exista um único órgão de imprensa (blogs inclusos) que tenha qualquer credibilidade.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Peter_North
Forista
Forista
Mensagens: 4807
Registrado em: 24 Jun 2005, 15:01
---
Quantidade de TD's: 190
Ver TD's

#41 Mensagem por Peter_North » 07 Out 2009, 16:42

"A grande imprensa brasileira deve explicações sobre sua atuação nessa crise político-institucional em Honduras. Escandaliza sua evidente preocupação de reproduzir os argumentos dos golpistas hondurenhos, o que explica a facilidade de acesso de uma Globo a sítios em Tegucigalpa que poucos meios de comunicação estão tendo. É imperativo que se investigue os contatos dos grandes meios de comunicação brasileiros com o regime golpista de Honduras e uma eventual aliança desses meios com aquele regime, o que o tom quinta-coluna do noticiário deles sugere com cada vez maior contundência que pode estar acontecendo"
A resposta do Sardenberg:
"Alguma coisa entre a cretinice e estupidez – ou ideologia esquerdista, que é a mesma coisa. "
Perfeita a resposta do Serdenberg! :lol:
Se ser de esquerda é amar o seu país, ser contra o entreguismo reinante na "grande" imprensa brasileira e valorizar as políticas que beneficiam aqueles que sempre foram espoliados por uma elite egoísta que pauta os veículos de comunicação como os que o sr. subservientemente incorpora, eu me orgulho de ser de esquerda
Sabe, nesse aspecto a esquerda é como a religião, quer sequestrar a virtude para si. Tem muito religioso que diz "Se seguir a minha igreja é ser virtusoso e querer o bem do meu próximo, então eu sou religioso sim˜. Oras, esquecem-se do óbvio: Nada impede um ateísta ser virtusos e querer o bem do próximo. Da mesma forma vejo esse discurso que prega que "ser de esquerda é amar seu país". Oras, como diz o Serdenberg, dizer isso é algo "entre a cretinice e estupidez – ou ideologia esquerdista, que é a mesma coisa". É obvio que defendo as idéias que defendo porque acredito que são as melhores para o país e para as pessoas que nele vivem.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Tricampeão
Forista
Forista
Mensagens: 13803
Registrado em: 22 Set 2005, 16:06
---
Quantidade de TD's: 56
Ver TD's

#42 Mensagem por Tricampeão » 07 Out 2009, 18:14

kank, o status de Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa é muito claro: Presidente de Honduras. O que mais seria?
O Itamaraty faz muito bem em não responder a perguntas de governos ilegítimos, ainda mais quando a resposta é óbvia.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

kank
Forista
Forista
Mensagens: 814
Registrado em: 20 Dez 2007, 23:05
---
Quantidade de TD's: 11
Ver TD's

#43 Mensagem por kank » 08 Out 2009, 12:05

so uma duvida se o status dele é o de presidente o pq o Lula fica pedindo pra OEA intervir
ja viu algum presidente de algum pais ficar hospedado quase um mes na embaixada de outro pais dentro do pais que ele preside (que confusão)

ja viu algum presidente não poder sair de uma embaixada pq ele foi deposto pela suprema corte e depois expulso do pais (ai esta o erro não deviam telo expulsado porem o item da constituição hondurenha que proibe qualquer presidente de tentar alterar a constituição para se reeleger com pena de deposição)
(a ordem é esta e não a mentira que o ministro Amorim falou que ele primeiro foi expulso e depois deposto)
ele foi deposto pela suprema corte e depois expulso pelo exercito
queria ver se o Collor tivesse entrado na embaixada dos Eua e falado sou presidente eleito o legislativo não pode me depor quero voltar ao governo o tanto que vc não estaria gritandoe xingando os gringos

O motivo da deposição do zelaya estava previsto na constituição Hondurenha e foi legalmente feito porem nosso presidente Lula e o Chaves que adoram uma ditadura resolveram intervir

volto a falar somos o unico pais do mundo que devolveu atleta que fugiu da delegação de cuba pra ilha

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

kank
Forista
Forista
Mensagens: 814
Registrado em: 20 Dez 2007, 23:05
---
Quantidade de TD's: 11
Ver TD's

#44 Mensagem por kank » 08 Out 2009, 12:06

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/pos ... 228137.asp

Enviado por Ricardo Noblat - 1.10.2009| 16h09m
Honduras - O fundamento legal omitido
De Dalmo de Abreu Dallari, jurista, no site Observatório da Imprensa:

Quando a imprensa afirma que um ato de autoridade foi inconstitucional ou ilegal deve apontar qual o artigo da Constituição ou da lei que foi desrespeitado, para permitir aos destinatários da notícia sua própria avaliação e uma possível reação bem fundamentada.

De modo geral a ofensa à Constituição e às leis é sempre grave, num Estado Democrático de Direito. A par disso, toda a cidadania tem o direito de controlar a legalidade dos atos das autoridades públicas e para tanto precisa estar bem informada.

Um caso atual e patente de imprecisão nas informações está dificultando ou distorcendo a avaliação dos acontecimentos de Honduras. Grande parte da imprensa brasileira apresenta o presidente deposto Manuel Zelaya como vítima inocente de golpistas, mas quase nada tem sido informado sobre os aspectos jurídicos do caso.

Uma omissão importante, que vem impedindo uma avaliação bem fundamentada dos acontecimentos, é o fato de não ter sido publicada pela imprensa a fundamentação constitucional precisa da deposição de Zelaya, falando-se genericamente em "golpistas" sem informar quem decidiu tirá-lo da presidência, por que motivo e com qual fundamento jurídico. Esses elementos são indispensáveis para a correta avaliação dos fatos.

Com efeito, noticiou a imprensa que a Suprema Corte de Honduras ordenou que o Exército destituísse o presidente da República. É surpreendente e suscita muitas indagações a notícia de que ele foi deposto pelo Exército por ordem da Suprema Corte.

Pode parecer estranha a obediência do Exército ao Judiciário para a execução de tarefa que afeta gravemente a ordem política, o que, desde logo, recomenda um exame mais cuidadoso das circunstâncias, para constatar se o que ocorreu em Honduras foi mais um caso de golpe de Estado.

É necessária uma análise atenta, para saber de onde vem a força da Suprema Corte para ordenar a deposição de um presidente eleito e ser obedecida pelo Exército. A par disso, é importante procurar saber por que motivo e com que base jurídica a Suprema Corte tomou sua decisão e ordenou ao Exército que a executasse.

Segundo o noticiário dos jornais, o presidente deposto havia organizado um plebiscito, consultando o povo sobre sua pretensão de mudar a Constituição para que fosse possível a reeleição do presidente da República, sendo oportuno observar que este seria o último ano do mandato presidencial de Zelaya.

Ora, está em vigor em Honduras uma lei, aprovada pelo Congresso Nacional, proibindo consultas populares 180 dias antes e depois das eleições – e estas estão convocadas para o mês de novembro. Foi com base nessa proibição que a consulta montada por Zelaya foi declarada ilegal pelo Poder Judiciário.

Um dado que deve ser ressaltado é que a Constituição de Honduras estabelece expressamente, no artigo 4º, que a alternância no exercício da Presidência da República é obrigatória. Pelo artigo 237 o mandato presidencial é de quatro anos, dispondo o artigo 239 que o cidadão que tiver desempenhado a titularidade do Poder Executivo não poderá ser presidente ou vice-presidente no período imediato.
Outro ponto de extrema relevância é que a Constituição hondurenha não se limita a estabelecer a proibição de reeleição, mas vai mais longe. No mesmo artigo 239, que proíbe a reeleição, está expresso que quem contrariar essa disposição ou propuser sua reforma, assim como aqueles que o apóiem direta ou indiretamente, cessarão imediatamente o desempenho de seus respectivos cargos e ficarão inabilitados por dez anos para o exercício de qualquer função pública.


Reforçando essa proibição, dispõe ainda a Constituição, no artigo 374, que não poderão ser reformados, em caso algum, os artigos constitucionais que se referem à proibição de ser novamente presidente. Essa é uma cláusula pétrea da Constituição.

Foi com base nesses dispositivos expressos da Constituição que a Suprema Corte considerou inconstitucional a consulta convocada pelo presidente da República e fez aplicação do disposto no artigo 239, afastando-o do cargo.

Note-se que a Constituição é omissa quanto ao processo formal para esse afastamento, o que deve ter contribuído para um procedimento desastrado na hora da execução.

Tendo em conta que o respeito à Constituição é fundamental para a existência do Estado Democrático de Direito, não há dúvida de que Zelaya estava atentando contra a normalidade jurídica e a democracia em Honduras. A falta de informações completas e precisas sobre a configuração jurídica está contribuindo para conclusões apressadas que desfiguram a realidade.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Tricampeão
Forista
Forista
Mensagens: 13803
Registrado em: 22 Set 2005, 16:06
---
Quantidade de TD's: 56
Ver TD's

#45 Mensagem por Tricampeão » 08 Out 2009, 14:00

kank escreveu:ja viu algum presidente de algum pais ficar hospedado quase um mes na embaixada de outro pais dentro do pais que ele preside (que confusão)

ja viu algum presidente não poder sair de uma embaixada pq ele foi deposto pela suprema corte e depois expulso do pais (ai esta o erro não deviam telo expulsado porem o item da constituição hondurenha que proibe qualquer presidente de tentar alterar a constituição para se reeleger com pena de deposição)
(a ordem é esta e não a mentira que o ministro Amorim falou que ele primeiro foi expulso e depois deposto)
ele foi deposto pela suprema corte e depois expulso pelo exercito
queria ver se o Collor tivesse entrado na embaixada dos Eua e falado sou presidente eleito o legislativo não pode me depor quero voltar ao governo o tanto que vc não estaria gritandoe xingando os gringos
Ver, nunca vi, mas já ouvi falar de golpe militar muitas vezes na vida.
Zelaya não foi deposto pela Suprema Corte. Ele foi tirado de casa no meio da noite e colocado num avião. A Suprema Corte se posicionou quanto a isso depois do fato, deixando claro tratar-se de uma desculpa esfarrapada. Não existe nenhuma dúvida quanto à ordem dos fatos.
A primeira tentativa dos golpistas foi forjar um documento com a renúncia de Zelaya. Só depois que ficou claro que se tratava de uma falsificação eles recorreram à Justiça para tentar obter uma fachada para o golpe.
Zelaya não foi expulso do país. Um cidadão não pode ser expulso. Apenas estrangeiros podem ser expulsos. Cidadãos são presos, quando cometem alguma irregularidade, e punidos no próprio país. Aliás, a Constituição de Honduras, no seu artigo 102, proíbe até mesmo as extradições. Ou seja, mesmo que Zelaya tivesse cometido um crime em outro país, ele não poderia ser extraditado.
Se ele cometeu alguma irregularidade, por que não foi preso e julgado? Por que, quando ele tentou voltar a Honduras de avião, alguns dias depois do golpe, não deixaram simplesmente que ele pousasse e o levaram para a cadeia? Em vez disso, fecharam o espaço aéreo do país.

Se Collor tivesse entrado na Embaixada dos EUA em busca de abrigo contra o impeachment, não adiantaria nada. Os trâmites no Congresso continuariam normalmente. Se ele abrisse mão do seu direito a defesa, seria pior pra ele. Se quisesse ficar o resto da vida morando com os gringos, qual seria o problema?

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Responder
  • Tópicos Semelhantes
    Respostas
    Exibições
    Última mensagem
  • A crise chegou?
    2 Respostas
    1075 Exibições
    Última mensagem por TACA LE PAU

Voltar para “Assuntos Gerais - OFF Topic - Temas variados”