Pra mim, seus argumentos a favor da legalização da prostituição continuam fracos Florestal...florestal escreveu:Não é um argumento é uma constatação e na minha frase não estou defendendo a informalidade como você erroneamente deduziu. A discussão da descriminalização da prostituição ou legalização não altera a questão tributária brasileira. O fato da atividade passar a ter de pagar imposto também não altera os valores cobrados porque atualmente já se paga pela "proteção policial". O objetivo da legalização também não é pagar impostos, ter carteira de trabalho assinada, etc... quem invoca essas questões são os religiosos, pela sua falta de argumentos e porque são dogmáticos e não querem discutir a questão a sério.Fodedor Municipal escreveu:Sinceramente, que exemplo mais chulo para argumentar à favor da legalização da prostituição...florestal escreveu:A legalização não acabaria com a informalidade existente na atividade, qualquer praça em São Paulo é cheia de camelôs
A legalização favoreceria em tudo: as putas, os clientes e a sociedade, não haveria perdedores. Os clientes teriam melhores ambientes, com melhor higiene e dotados de melhores comodidades, uma vez que o capitalismo é concorrencial e a concorrência ofereceria lugares com mais equipamentos, preços mais em conta, diversidade de opções, putas com bom treinamento, porque haveria o recrutamento também.
É óbvio que isso não seria mudado em um primeiro momento, mas com o decorrer dos anos.
Outra coisa, não podemos comparar o atendimento no Brasil com o dos países europeus, como a Alemanha onde tudo é tabelado. Isso decorre da idiossincrasia do povo alemão, que gosta das coisas dessa forma.
A violência existente no meio, que não é apenas contra a Garota de Programa, algumas vezes contra o cliente também, decorre da ilegalidade e existem diversos estudos que demonstram isso.
Não existem argumentos racionais contra a descriminalização ou legalização da prostituição, todos eles são falsos e derivam de uma postura religiosa dogmática de não querer que as pessoas façam sexo fora do casamento.
Imagine uma puta freelancer, que cobra 200 reais por 1h de programa. Precisa pagar 300 reais ao mês para o site manter seu anuncio online. Na conjuntura atual, não precisa pagar taxa alguma em cima desses valores. Tem que pagar os 300 do site por mês e o resto é 100% dela. Com a legalização, algum dinheiro a puta em questão vai perder. Porque, uma vez legalizada, sua "profissão" passará a pagar taxas para o governo. E, por mais justa que seja essa taxa, vai recair no lucro da GP. Por qual motivo ela continuaria cobrando 200 reais o programa se, à partir da legalização, ela não fica mais com os 200 reais do programa, mas, supondo, 190 reais, porque 10 vai para o governo? Para manter a margem de lucro, o natural é essa puta aumentar o preço do seu programa para 210. E quem se fode nessa brincadeira? Sim, o cliente...
Outra ingenuidade é achar que, com a legalização, a postura religiosa vai mudar. Independente de puta poder dar com o aval do governo, as religiões vão continuar condenando o sexo fora do casamento. Ou seja: as idéias continuam iguais, apenas com prejuízo financeiro para o cliente.
Com relação a melhoria dos ambientes supostamente devido a regularização, seria mais um motivo para elevação de preços. Para ter boa estrutura, gasta-se mais. E o pior: com o aval do governo, podem ser fixadas regras para funcionamento de estabelecimentos de sexo que encareçam demais tal atendimento, elitizando, em excesso, o mesmo. Da forma que é hoje, o cliente escolhe onde ele quer ir. Seja no trash de cinquentão, seja na casa de luxo de 300. Não é regra, é opção. Até porque, é um mercado que tem publico para todo mundo...
Com relação a violência contra as putas, já falei no tópico anterior. E, no que tange a violência contra os clientes, acho que cabe ao indivíduo saber onde vai. Tenho mais de dez anos nessa vida, já fui nos mais variados lugares e nunca sofri qualquer tipo de violência ou ameaça. No mais, se a legalização de qualquer coisa garantisse segurança, não teríamos violência em casas noturnas, muitas, inclusive, com mais problemas de segurança que muito puteiro por aí...
Continuo implorando por exemplos práticos que consigam me apresentar pontos realmente positivos para nós, clientes, no que se refere a legalização da prostituição...