http://www.amazon.fr/principio-era-sexo ... 994&sr=8-3
Esse livro acima que está a venda na Amazon da França é muito bom e muito oportuno para analisarmos este caso.
No início ele faz uma exaustiva pesquisa da sexualidade humana através dos tempos e através das diversas culturas que compõem a humanidade e cita diversos casos interessantes.
O casamento monogâmico, da forma que o conhecemos hoje, pertence a cultura judaico cristã e o livro demonstra que esse tipo de união é a que existe, mas cria muitos problemas para os seres humanos.
Resumindo e vulgarizando, as pessoas casam, mas querem ter relações sexuais fora do casamento, mesmo que gostem e desejem permanecer juntos de seus parceiros. Ele chama isto de "casamento aberto", onde as pessoas combinam isso, como no exemplo que eu postei aqui em outro tópico do Sartre e da Simone de Beauvoir.
Outra opção é a que fazem os artistas (pelo menos é o que mais conhecemos, pois a mídia acompanha) que possuem muita grana: casam e separam, permanecendo pouco tempo juntos. O melhor exemplo disso é a Madona, que inclusive desmente a versão de que uma mulher rica, bonita, famosa não pode escolher qualquer um para ficar (não esperem que uma mulher de classe média faça isso).
Existe uma terceira opção que eu não me recordo, depois posto aqui,
As religiões cuidam de combater essa prática com uma visão dogmática, irreal e atrasada, que não leva em consideração as pesquisas científicas a respeito da sexualidade humana e tratam de buscar regular a sexualidade pelo ponto de vista da moral. Com isso as religiões provocam inúmeras doenças nas pessoas, inúmeras mulheres e homens sofrem de desejo sexual hipoativo (falta de desejo) e ejaculação precoce (homens) em vista dessa intensiva pregação religiosa existente na sociedade.
O correto seria criminalizar a conduta religiosa para que mais pessoas não fiquem doentes, assim como o racismo foi criminalizado em nossa sociedade; os artifícios utilizados pelos religiosos são a ofensa: chamar os outros de corno, a mulher que gosta de sexo de vadia; que todo putanheiro é um viciado prostituidor, que as garotas de programa são vagabundas, decaídas, mulheres sem vergonha, que na prostituição só existem drogados; que os empresários da prostituição são exploradores de mulheres, cafetão, rufião (palavras que não poderiam estar nas leis).
Ou seja, as religiões não respeitam não só os avanços científicos no terreno da sexualidade, como as pessoas que pensam diferente do que eles preconizam como ideal. Historicamente, as religiões favoreceram e justificaram o tráfico negreiro, promoveram o genocídio indígena, apoiaram e colaboraram com o nazismo e justificam sociedades com graves desigualdades sociais. Hoje elas cuidam de proibir o aborto com um falso discurso e reprimir a sexualidade humana provocando inúmeras doenças nas pessoas.
Dessa forma, a Vivian deveria ter conversado com o marido e chegado a um acordo com ele, uma maneira de convivência, ao invés de tentar submeter o seu parceiro a um modo de vida que ele não quer.
Esse livro cita como exemplo (que deve ser seguido) o caso de um governador da Carolina que a imprensa descobriu que tinha um caso extraconjugal e deu publicidade. Esse político chamou uma coletiva para se explicar perante os jornalistas e disse que tinha sido fiel a sua esposa, pois ela tinha conhecimento do caso desde o seu início, que ele a consultou antes de arrumar uma amante e obteve o consentimento dela, que não estava fazendo nada escondido e que, portanto, havia a fidelidade para com a mulher. Os jornalistas emudeceram e não sabiam mais como continuar a entrevista.
Eis aqui uma boa sugestão para muitos foristas que se preocupam com engenhocas tecnológicas para as respectivas não descobrirem que eles vem para a putaria. Comprem o livro e divulguem para elas, abrir a cabeça de gente que sofreu intensa propaganda religiosa é o melhor caminho.