Alunos da USP em conflito com a PM

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#256 Mensagem por Carnage » 10 Jan 2012, 21:52

Compson escreveu:PM afasta policial que sacou arma para estudante na USP
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2 ... a-usp.html

Resta agora afastar a PM...
Matéria diz que a PM disse que o policial "não tinha histórico de abuso de autoridade".
Pelo jeito do cara, Isso significa apenas que nunca niguém teve coragem de ir reclamar.

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Carnage
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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#257 Mensagem por Carnage » 10 Jan 2012, 22:56

E já que o assunto é preparo da polícia:

http://www.viomundo.com.br/denuncias/mu ... presa.html
Mulher denuncia que foi à delegacia registrar acidente, apanhou e foi presa


Prezado Luiz Carlos Azenha,


Como internauta frequentador de sua importante página na Internet (Blog), gostaria de encaminhar importante denúncia pelo que tem de grave contra a cidadania, e reveladora do atual sistema de serviços prestados por nossas autoridades policiais, em São Paulo.

Minha irmã, AMS (nome completo preservado pelo Viomundo), ontem, ao deixar a casa do pai de seu filho, teve um pequeno incidente de trânsito na Av. Pacaembu, quando foi acusada de raspar numa moto.

Ao parar para observar a ocorrência de danos, o motoqueiro, agindo agressivamente, passou a xingá-la e retirou as chaves do contato do carro dela.

Ao ser interpelado pelos maus modos o jovem passou a agredí-la fisicamente com empurrões e socos, quando minha irmã caiu ao chão.

E disse na frente de testemunhas que se chamava Adolf Hitler e que detestava pobres, pretos, gays e nordestinos (minha irmã é de Fortaleza/CE)

Passados os momentos de agressão, minha irmã, tentando se recompor, procurou ir a uma delegacia, mas pelo seu estado emocional, foi-lhe impossível dirigir, tendo que abandonar o carro e procurar a ajuda de um táxi.

Como já é vítima de sintomas de pânico, fazendo inclusive tratamento clínico para o problema, tomou um comprimido de clamante, provavelmente diazepan, e chegou à delegacia sob efeito desse medicamento.

Ao ter péssimo atendimento e reclamar por isso junto ao delegado plantonista, sob efeito de calmante, foi confundida com uma pessoa drogada e recebeu um tratamento inadmissível ao ser chamada de filha da puta.

Retrucou à altura e levou um tapa na cara do delegado!

Foi presa sob acusação de desacato, algemada e colocada numa cela com outras detentas.

Protestou, pediu para ligar para o seu advogado, o que não lhe foi permitido, pois tomaram sua bolsa com seu telefone celular.

Ficou detida numa cela até pouco antes do amanhecer quando foi solta.

No momento em que fazia este relato, estava agora há pouco na Corregedoria de polícia civil para oficializar a denúncia.

Gostaria de solicitar-lhe a gentileza de denunciar o caso em seu blog assim que tivermos uma cópia da denúncia oficial à Corregedoria como prova do fato.

Repercussões através de blogs e canais alternativos, como redes sociais e outros, têm trazido bons resultados ao combate a esse tipo inaceitável de ocorrências no Brasil.

Por favor, ajude-nos.

Atenciosamente,

Luiz Carlos de Moares e Silva



PS do Viomundo:
Conversei por telefone com o irmão da vítima. Há 22 anos ele é servidor da Justiça Federal em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A irmã já denunciou o caso à Corregedoria da Polícia em São Paulo. O advogado dela é Luiz Eduardo Greenhalgh. Foram abertos dois procedimentos para investigação, um operacional e outro criminal. Conversei também com AMS, por telefone. Ela é produtora musical em São Paulo. Confirmou a denúncia do irmão, disse que também foi chamada de ‘vagabunda’ e que ficou numa cela com uma traficante de crack. O boletim de ocorrências foi registrado às 7h30m da manhã, “para que não ficasse provado que passei a madrugada na cela”.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#258 Mensagem por Carnage » 10 Jan 2012, 22:59

http://alceucastilho.blogspot.com/2012/ ... unico.html
“PM me escolheu porque eu era o único negro”, diz estudante agredido na USP

por ALCEU LUÍS CASTILHO (@alceucastilho)


Órfão de pai desde os 15 anos, Nicolas Menezes Barreto sabe bem o que é trabalhar. É músico e professor da rede municipal de ensino, na zona leste – em condição provisória, pois ainda não é formado. Ele prestou Música, mas entrou na segunda opção no vestibular da Fuvest. Cursa Ciências da Natureza na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), na USP-Leste.

Nicolas foi agredido por um sargento da PM, nesta segunda-feira, durante a desocupação da antiga sede do DCE Livre, o DCE ocupado – a alguns metros da sede da reitoria da USP. “Eu era o único negro lá, com dread”, disse ele ao blog Outro Brasil, por telefone, no fim da tarde.


A palavra dread remete ao estilo de cabelo rastafari. “Sem dúvida foi racismo. Ele foi falar comigo porque pensou que eu não era um estudante, e sim um traficante, algo assim. Tanto que se surpreendeu quando viu que eu era estudante”.

Ele conta que um guarda universitário ajudou o PM a segurá-lo, durante a agressão – naquele momento as imagens aparecem um pouco mais distantes no vídeo. Sobre o sargento que o agrediu, ele afirma: “O cara estava virado no capeta, não sei o que acontece. Tem de pagar as contas também, né. Mas não aceito.”

Nicolas diz que é conhecido dos guardas universitários. Até por ter sido um dos 73 estudantes presos durante a desocupação da reitoria, no início de novembro.

- Agora estou aqui, na endorfina, na adrenalina, tentando me livrar desse susto. Tive algumas escoriações, arranhões, cortes na mão. Mas fiquei com medo de ir à delegacia sozinho. Como tem o vídeo vou fazer depois o exame de corpo de delito. Estou esperando o advogado para ir fazer o boletim de ocorrência.

O estudante conta que não falou nada demais na hora em que o policial avança em sua direção. “Quando eu falo no vídeo, com o punho da mão fechado, estava dizendo que nós estávamos cuidando do espaço e que não precisávamos da reforma da reitoria. Ele não entendeu isso e veio pra cima de mim”.

O sargento pediu o documento e Nicolas disse que sua palavra bastava. “Aí ele me puxou da bancada”, confirmando o que se vê e ouve no vídeo veiculado pela internet. “Tentei me defender para não tomar um tapa na cara – ou um tiro na barriga, pois ele me apontou a arma”.

Nicolas fala com orgulho de seu projeto como músico, a banda BRs. O símbolo da banda tem um quadradinho antes do “s”. Ele conta que sua mãe insiste, diante das dificuldades, para ele priorizar o trabalho – pois a família depende de sua renda. Mesmo assim ele tenta conciliar tudo. “Minha mãe sabe da minha luta”.

O estudante atendeu a reportagem agitado, mesmo depois de uma noite sem sono – os estudantes ficaram em vigília nas últimas noites, por conta da ameaça de nova desocupação do espaço.

Antes de desligar o telefone, ainda falou do momento "sinistro" que vivem os alunos da USP durante a gestão de João Grandino Rodas. E se declarou preocupado com a cobertura da mídia. Já sabe que alguns veículos o definiram como “suposto” estudante. “Às vezes o repórter está bem intencionado, mas não sabemos como vai ser a edição”.

LEIA MAIS:
Portais transformam vítima de agressão na USP em "suposto" estudante
http://alceucastilho.blogspot.com/2012/ ... essao.html

Vídeos mostram PM agredindo estudantes na Cidade Universitária
http://alceucastilho.blogspot.com/2012/ ... ch-results
Núcleo de Consciência Negra na USP: Afastamento não basta
http://www.viomundo.com.br/denuncias/nu ... basta.html

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#259 Mensagem por Compson » 12 Jan 2012, 19:19

Compson escreveu:Gostaria de saber a opinião do wheresgrelo sobre o comportamento do policial...

E aguardo o contorcionismo intelectual do oGuto para defender a PM... Não precisa nem argumentar que a reação do policial foi legal ou legítima, apenas nos convença de que não foi estupidamente racista e idiota...
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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#260 Mensagem por oGuto » 12 Jan 2012, 22:52

Nada como um novo ano para velhas polêmicas.
De volta ao batente, então (ao menos, por aqui), já que não há porque decepcionar o nosso ansioso Compson.

Quanto ao fato em análise, algumas considerações:
Quem sabe o rechonchudo sargento acreditou naquela estória de que "alguns estão acima da lei", forjada pela controversa AJD.
Ou a sua inadequada reação foi apenas um "ato político” (tão na moda, hoje em dia), não do sgt PM, mas do barrigudo cidadão (embora nele precários o “ousio e a juventude”) quiçá contra os privilégios daqueles que estudam às custas da sociedade e, portanto, também dele próprio.
Talvez, ainda, somente uma pragmática demonstração de igualdade racial, a comprovar que ser negro não é nenhum impeditivo para se tomar umas bordoadas da polícia (às vezes deve cansar bater somente nos branquelas).

Mas, como isso tudo não passa de tolas cogitações, seja qual tenha sido a causa, evidente que o destemperado sargento deve, como qualquer um, responder por seus atos.
E isso em todas as esferas: administrativa, militar, criminal, cível e onde mais couber.
Nada mais justo e natural que o ofendido busque a punição do seu agressor.
Portanto, não vejo no que esse fato torne idiota alguém que, como eu, defenda a Polícia Militar (de São Paulo, fique bem claro).
A não ser que alguns acreditem que tenho estado aqui a defender ilegalidades ou o soldado “fulano”, o sargento “ciclano” e o coronel “das quantas”, e não a instituição Polícia Militar.
No mais, desnecessário dizer que as corregedorias de todas as polícias (seja militar, civil ou federal) costumam estar entulhadas de sindicâncias e processos administrativos, o que apenas comprova a inadmissibilidade de qualquer desvio de conduta de seus integrantes.
E se o ponto é, através do ocorrido, mais uma vez argumentar que a PM não passa de uma velha despreparada, tenham (os que assim pensam) a certeza de que em qualquer situação (não apenas nesse enfadonho caso USP) em que modificações ou ajustes sejam necessários (nada mais do que normal), eles serão feitos, não por causa de “achismos” destes ou daqueles, mas por critérios estritamente técnicos e por quem para isso competente.

Dito isso, retorno às minhas mais do que merecidas férias.

PS. Sei que é chover no molhado, mas alguns tópicos (este inclusive) estão ficando totalmente desinteressantes em razão do excesso de picotes (leia-se opiniões alheias e, portanto, impessoais), o que acaba por desestimular qualquer tipo de debate.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#261 Mensagem por Compson » 13 Jan 2012, 09:58

Antes de mais nada, lembremos os dois vídeos:

(1) http://www.youtube.com/watch?v=iNAolrMSioU

(2) http://www.youtube.com/watch?v=oHthT-YtNSo

Trata-se do antigo espaço do DCE que foi desalojado em 2007 (!) para uma reforma eterna. Se não me engano, em 2010, os estudantes reocuparam o local.

Em (1), o policial (não sei com que base legal) finge que está dialogando para convencer os alunos a sair. Na primeira intervenção do rapaz negro ela dá um chilique e pergunta se ele é aluno da USP (como se isso fosse relevante). O rapaz responde que sua palavra basta (e de fato basta, já que o militar pode pedir documento de identificação, mas não é bedel pra ficar pedindo carteirinha da USP, nem o acesso de não alunos é vetado na universidade), o gordinho tem um chilique e arrasta o moleque pra fora do prédio, chegando inclusive a sacar a arma.

Em (2), alguns minutos depois, o mesmo policial fica dando ordens desparatadas de desocupação, os alunos o chamam ostensivamente de racista em sua cara, o rapaz negro mostra sua identificação de aluno e (um pouco intimidado) vai provocá-lo e ele fica dizendo que "não fez nada de errado" e responde coisas como "vocês não sabem nada de abuso de autoridade", "o que vocês sabem sobre racismo?".

Agora vejamos qual é o argumento mais consistente do oGuto:
oGuto escreveu:Portanto, não vejo no que esse fato torne idiota alguém que, como eu, defenda a Polícia Militar (de São Paulo, fique bem claro).
A não ser que alguns acreditem que tenho estado aqui a defender ilegalidades ou o soldado “fulano”, o sargento “ciclano” e o coronel “das quantas”, e não a instituição Polícia Militar.
Não vejo como dissociar a relação entre um sargento que não tem o menor controle de seus atos e a instituição que lhe entrega uma farda, uma arma e uma autoridade. Não se trata de uma reação ocasional e descontrolada, sob circunstâncias de grande stress, mas simplesmente do (mal) caráter do cidadão: do cara que finge que discute, mas acha que discussão é só um jeito mais "democrático" de dar ordem e, quando perdida, basta partir para os finalmentes contra aqueles que parecem mais vulneráveis.

Das duas uma: ou (1) os critérios da PM são totalmente inadequados a ponto de conceder distintivo a um cara desse ou (2) esse é justamente o tipo de caráter que a instituição procura.

Em caso de (1), esqueça o "preparo e competência"; em caso de (2), assuma o cinismo.

A julgar por quem os defende, creio que seja o segundo caso:
oGuto escreveu:Talvez, ainda, somente uma pragmática demonstração de igualdade racial, a comprovar que ser negro não é nenhum impeditivo para se tomar umas bordoadas da polícia (às vezes deve cansar bater somente nos branquelas).
Veja que esse acontecimento foi tão interessante que até o cordeirinho do oGuto mostrou a cara, primeiro tirando um sarro do seríssimo problema do racismo policial (mas cadê o wheresgrelo?); depois tratando com naturalidade o fato dos cidadãos tomarem "umas bordoadas da polícia", mostrando que, quando o referido forista falava de "preparo e competência", não se tratava de preparo e competência para resolvir conflitos, mas para reprimir violentamente um dos lados.

Mas desde quando a PM tem mandato para ficar dando bordoadas em quem quer que seja?

Por que o PM não deu uma "demonstração de igualdade racial" tratando o estudante negro da mesma forma que tratava os estudantes brancos?

Naturalidade, aliás, nada supreendente: se o sarnento, digo, sargento teve coragem de fazer isso em plena luz do dia, numa universidade pública e sob olhar das câmeras, o que não ocorrerá nas noites escuras da periferia?

No mais, aconselho mesmo o WG a não aparecer na discussão, pois já sabemos em quem os PMs (e seus lambe-botas) descontam a raiva quando estão acuados...

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#262 Mensagem por oGuto » 13 Jan 2012, 18:31

Ano novo, velhas atitudes....

Quando não é o costume de alguns se manifestarem apenas através de picotes, é o de outros em picotar no texto alheio somente aquilo que lhes convém.
Tanto num caso como no outro, um dissimulado apreço em tratar apenas de meias verdades.

Mas, já que o Compson preferiu adentrar o ano se portando como um velhaco, me resta apenas cogitar o porquê dele ter tanto medo da PM.
Afora possíveis traumas pessoais, não vejo o que possa levar alguém a ficar especulando o que essa “despreparada” instituição (na sua repetitiva opinião) costuma fazer na calada da noite nas muitas periferias desta cidade.
Eu, assim como milhões de habitantes de São Paulo (evidentemente, a quase total maioria), nada temos a esconder, muito menos a temer de qualquer policial que seja, mesmo dos piores e mais desqualificados deles (existem, e aos montes, o sgt barrica é um deles, para que negar?).
E antes que invoquem a malfadada questão social, melhor esclarecer que incluo nessa maioria, composta por milhões, os mais humildes e desfavorecidos dos paulistas.
Do mesmo modo, improvável que haja alguém que possa afirmar que jamais precisará se socorrer dela ou que a PM seja prescindível, desnecessária.
Portanto, deixando a velhacaria de lado (uma vez que óbvio que uma corporação com função essencialmente repressora não se presta a ficar angariando a simpatia da população, ainda que tente, mesmo que mais por uma questão política do que institucional), seria bom que o Compson tornasse mais claro seus reais motivos para enxergar a PM como esse grande monstro que ele imagina.
Caso contrário, seus comentários não serão mais relevantes do que aqueles que podemos facilmente escutar em conversas de bêbados (ou, já que em evidência, de viciados em crack).

PS. Falando nisso, quem, mais uma vez, foram os únicos a darem a cara a tapa em toda essa confusão na cracolândia?

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#263 Mensagem por Dr. Zero » 13 Jan 2012, 18:56

oGuto escreveu:Ano novo, velhas atitudes....

Quando não é o costume de alguns se manifestarem apenas através de picotes, é o de outros em picotar no texto alheio somente aquilo que lhes convém.
Tanto num caso como no outro, um dissimulado apreço em tratar apenas de meias verdades.

Mas, já que o Compson preferiu adentrar o ano se portando como um velhaco, me resta apenas cogitar o porquê dele ter tanto medo da PM.
Afora possíveis traumas pessoais, não vejo o que possa levar alguém a ficar especulando o que essa “despreparada” instituição (na sua repetitiva opinião) costuma fazer na calada da noite nas muitas periferias desta cidade.
Eu, assim como milhões de habitantes de São Paulo (evidentemente, a quase total maioria), nada temos a esconder, muito menos a temer de qualquer policial que seja, mesmo dos piores e mais desqualificados deles (existem, e aos montes, o sgt barrica é um deles, para que negar?).
E antes que invoquem a malfadada questão social, melhor esclarecer que incluo nessa maioria, composta por milhões, os mais humildes e desfavorecidos dos paulistas.
Do mesmo modo, improvável que haja alguém que possa afirmar que jamais precisará se socorrer dela ou que a PM seja prescindível, desnecessária.
Portanto, deixando a velhacaria de lado (uma vez que óbvio que uma corporação com função essencialmente repressora não se presta a ficar angariando a simpatia da população, ainda que tente, mesmo que mais por uma questão política do que institucional), seria bom que o Compson tornasse mais claro seus reais motivos para enxergar a PM como esse grande monstro que ele imagina.
Caso contrário, seus comentários não serão mais relevantes do que aqueles que podemos facilmente escutar em conversas de bêbados (ou, já que em evidência, de viciados em crack).

PS. Falando nisso, quem, mais uma vez, foram os únicos a darem a cara a tapa em toda essa confusão na cracolândia?
operação na cracolândia: se pega mal a culpa é da PM... se for um sucesso é graças ao secretário/prefeito/governador

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#264 Mensagem por Nazrudin » 14 Jan 2012, 09:37

Se o Gov. Federal sequer sabe lidar com o já condenado Fernandinho Beira-Mar encarcerado em prisão de segurança máxima, que dirá com essa massa de zumbis que são os viciados em crack. Esses caras apezar de quererem trata-los como doentes são perigosíssimos. Sobre efeito da droga matam até a mãe. Não duvidem.

Agora falando no nível estadual. Claro que o perfil do policial da PM é de alguem truculento. E tem que ser assim, ou vcs. pensam que aqui é o Canadá? Tem que enfrentar no dia a dia com facínoras perigosíssimos e mais das vezes até mais bem armados.

Agora pensem no lado holístico da coisa e tentem descobrir o responsável pelo aumento da criminalidade em todos os níveis, nos últimos 8 anos.

Dica: "O exemplo vem de cima", já dizia Ali Babá para os 40 ladrões.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#265 Mensagem por Compson » 14 Jan 2012, 10:21

oGuto escreveu:Afora possíveis traumas pessoais, não vejo o que possa levar alguém a ficar especulando o que essa “despreparada” instituição (na sua repetitiva opinião) costuma fazer na calada da noite nas muitas periferias desta cidade.
Minha opinião é tão repetitiva quanto a sua... A diferença é que se ampara nos fatos, não no que se passa na minha cabeça...
Dr. Zero escreveu:operação na cracolândia: se pega mal a culpa é da PM... se for um sucesso é graças ao secretário/prefeito/governador
Nada surpreendente! Essa é a patética sina de todos os paus mandados...

Alguns, aliás, tentam psicologicamente contornar sua insignificância atribuindo-se ares de autossacrifício, o que só torna a situação ainda mais patética.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#266 Mensagem por Carnage » 15 Jan 2012, 17:49

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http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... racia.html
Polícia militar é incompatível com a democracia

por Juliana Borges e Pedro Martins

“Você sai de casa e não sabe se vai voltar.
A sociedade está em apuros, quando isso vai mudar?
Com sua violência e corrupção, a polícia não ajuda o pobre cidadão.
Segurança é o que queremos!
Violência é o que nos temos!
Polícia decadente…decadente!”

(Garotos Podres)


Na última segunda-feira, assistimos a mais um exemplo da truculência e da brutalidade da Polícia Militar de São Paulo. Um estudante foi agredido de forma arbitrária e discriminatória por um sargento, enquanto guardas universitários e policiais militares tentavam expulsar, sem qualquer justificativa, um grupo de estudantes da sede do DCE-Livre da USP.

Por meio de vídeos feitos pelos presentes, pudemos ver o policial pedindo identificação e partindo para cima do único jovem negro no local. A tentativa de diálogo do estudante foi respondida com empurrões, tapas e o policial chegou até a apontar a arma para ele. Os vídeos, que tiveram rápida circulação nas redes sociais, repercutiram também na mídia e resultaram no afastamento do policial e abertura de sindicância para apuração dos fatos.

Em outro lugar de São Paulo, mais especificamente no centro da cidade, vimos outro exemplo de violência policial. A chamada “Operação Sufoco”, organizada pela Polícia Militar, Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo com o objetivo de “resolver o problema da Cracolândia” baseada na tática de “dor e sofrimento”. Os usuários de crack são tratados como animais, enxotados das ruas com bombas de gás e balas de borracha. Até agora, uma “grande operação” midiática, mas com resultados pífios.

Não é uma novidade tanto para os estudantes quanto para a população esse tipo de atitude por parte da Polícia Militar. Infelizmente esse tipo de atitude por parte de policiais militares não se trata de um fato isolado, é recorrente em nosso estado, principalmente em relação a jovens e negros.

Os jovens são as maiores vítimas da violência no país – estão mais presentes entre agressores e vítimas da violência. Já é comprovado por estudos que criminalizar a juventude, com políticas repressoras (taxando os jovens como problema), aprofunda este panorama. Existe uma percepção, difundida em nossa sociedade, de que os jovens são desordeiros e, para os jovens pobres e negros isso se agrava porque são vistos como “suspeitos”. É sob essa visão que são pensadas a maior parte das políticas e ações do Estado – incluindo-se aí um cenário de violência institucional.

O problema da Polícia Militar não está em sua presença na Cidade Universitária, que se trata de um ambiente com dinâmica diferente de outros espaços urbanos, a questão é a existência em si de uma polícia militar, que em sua concepção é incompatível não só com um ambiente universitário, mas com a Democracia.

Além disso, Segurança Pública em São Paulo não é pensada de modo integrador, mas simplesmente como uma questão policialesca. Ou seja, a ações são focadas em policiamento ostensivo e em mais prisões, cadeias e praticadas de modo totalmente repressivo.

As políticas de Segurança Pública deveriam ser pensadas junto aos cidadãos, com foco em prevenção, policiamento comunitário, capacitação e cursos sobre Direitos Humanos e sobre uso moderado da força, mecanismos de controle social da ação policial, o reforço aos valores democráticos, além de integrar políticas educacionais, culturais, de esporte, de saúde (com uma forte política de redução de danos), trabalho e renda.

Apesar de alguns programas e ações já existirem nesse sentido em âmbito federal – como o Pronasci, pensado e articulado de modo transversal com o EJA, ProJovem (MEC), Paz no Campo (MDA), Segundo Tempo (Esportes), projetos de Economia Solidária que envolvem os familiares – é preciso que eles sejam articulados estadualmente. Mesmo porque, os programas federais neste sentido são direcionados para uma ação integrada entre estados e municípios, que são os responsáveis pela Política de Segurança.

Infelizmente, nosso estado não só reforça políticas repressoras, como não participa eficazmente dos programas federais, seja não apresentando projetos seja, em alguns casos (principalmente dos programas educacionais), devolvendo verbas à União, que poderiam beneficiar milhares de cidadãos paulistas.

O que ocorre na USP e na “Cracolândia” não são ações isoladas, fazem parte de uma política conservadora, higienista, autoritária e racista.

Este é o momento de movimentos, juventudes partidárias progressistas e sociedade civil organizada debaterem e formularem conjuntamente um novo projeto de Segurança Pública para o nosso estado. A criação de uma Frente seria um bom começo.

Juliana Borges é graduada em Letras pela USP e militante do PT e Pedro Martinez, estudante de Direito da USP, militante do Movimento ParaTodos e da JPT.

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#267 Mensagem por Carnage » 15 Jan 2012, 18:12

viewtopic.php?f=12&t=120442&p=1632640&sid=d8a5cedfa0a43f86f846fbb108437d4b#p1632640

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#268 Mensagem por Compson » 16 Jan 2012, 08:50

A Juju detestaria ser citada aqui... :mrgreen:

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#269 Mensagem por Carnage » 16 Jan 2012, 21:57

Compson escreveu:A Juju detestaria ser citada aqui... :mrgreen:
Que juju??

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Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#270 Mensagem por Carnage » 16 Jan 2012, 21:58

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http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... idade.html
Como a PM deve atuar em toda a cidade de São Paulo?

por Vera Paiva


Na última segunda-feira, 9 de janeiro, um PM agrediu dentro do DCE da USP um estudante. Para quem ainda não viu o vídeo, recomendo que o assistam (está aqui)

Creio que agora está claríssima a urgência de nosso posicionamento, como organismo máximo de gestão democrática e institucional do Instituto de Psicologia, sobre os fatos que se acumulam.
Como tod@s sabem, não sou a favor de uma polícia especial para o campus da USP. Sou a favor da integração da universidade na cidade e da nossa dedicação, como universidade pública, na resposta aos desafios ético-políticos, conceituais e práticos que uma política pública de segurança pública e democrática coloca. Desafios para a cidade e para a USP. Não acho que “nossa comunidade” ou nosso “território” deva ter o privilégio de uma polícia diferente do conjunto da população paulista.

Quero discutir não só COMO a PM atua no campus da USP, mas COMO atua e deveria atuar em toda a cidade.

A Reitoria repete o estilo do governo estadual que, no caso da intervenção desastrada da PM na chamada “cracolândia”, além de tudo deixa de escutar suas instâncias democráticas e os inúmeros especialistas no assunto e desconsidera o que a boa pesquisa brasileira produziu.

Essa reitoria NÃO escuta seus especialistas e NÃO revê as leis da ditadura para implementar uma política de segurança na universidade que deveria desde sempre estar implicada nos direitos humanos. Não é por outro motivo que, “sintomaticamente”, coloca na placa do monumento que deveria ser Monumento em Homenagem às Vítimas da Repressão Política promovida pela Ditadura Militar (1964-1985) na comunidade de professores, alunos e funcionários da Universidade de São Paulo”, o nome “ Revolução de 1964”.

O vídeo sobre a agressão e discriminação aberta ao aluno, que é negro, deixa claríssimo que esse modo de agir é herdeiro do modo como a sociedade brasileira apagou sua memória da ditadura, “perdoou” torturadores e desrespeitadores de direitos humanos, que continuam especialmente impunes nas corporações armadas, matando os mais pobres, os homossexuais e os mais pretos. Mais raramente massacram a juízes brancos que investigam suas ações corruptas, como no caso recente em Niterói.
Reduzir, como o governo do Estado de São Paulo fez, o ato da PM a um “descontrole emocional” de uma pessoa, é má psicologia. Trata-se de “psicologizar” , sem contexto e sem história, concepção de psicologia bastante superada bem antes do apagar do século passado.

O que produz descontrole com essas características no Brasil– racistas, classistas e antidemocráticas — é uma cultura institucional policial de mais de 40 anos, que segue intocada como violência de Estado. Sugiro a leitura do livro Quando o Brasil se tornou um sorvedouro de pessoas, de B. Kucinski, para os que querem começar a entender as raízes históricas e como ainda produzimos cotidianamente em todas as partes do Brasil esse “descontrole emocional”.

O livro trata pouco dos anos de escravidão que, como brancos, nós recusamos a reconhecer como praga que se soma na sinergia de violência de Estado. Para essa dimensão da violência que aparece no vídeo, recomendo a leitura da resenha de uma pesquisa, publicada na Revista da FAPESP, sobre o “cemitério dos pretos novos” no Valongo , centro velho do Rio, onde chegavam os escravos.

Ainda enfrentamos o debate se devemos rever e condenar esses períodos terríveis da história brasileira para condená-lo. A USP precisa enfrentar urgentemente esse debate. Enquanto isso, esse tipo de violência é o que resultará de um país “desmemoriado, violento e perverso”: o último a abolir a escravidão, que fica mais rico e permanece desigual com um índice IDH vergonhoso, e o último a instalar a sua Comissão da Memória e da Verdade.

Vera Paiva é professora do Departamento de Psicologia Social da USP.

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