"ESSE É O CARA"

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#226 Mensagem por Fortein » 02 Out 2009, 14:08

Roy Kalifa escreveu:
Peter_North escreveu:
Roy Kalifa escreveu:Este cara já está virando até imperialista. Se metendo nos assuntos de outros paises (Honduras)
Será que ele deseja comprar aviões modermos para guerrear ?
Todos os nomes do governo Lula, exceto o Meirelles, são ruins. Mas nenhum é tão ruim quanto o Marco Aurelio Garcia e a desastradíssima diplomacia brasileira. Esse sim, não acerta uma. Depois de cotejar ditador, de puxar o saco de genocida e de se alinhar ao governantes mais nefastos da AL, agora resolveram que vão decidir quem deve governar outro país. Nunca o Brasil de forma tão clara se intrometeu e tentou controlar outro país. Meu único consolo é que falta mais ou menos um ano para essa corja ser retirada do poder. Que lamentável, pobre país.
Será que esta corja largará o poder em 2010 ?

Se não for a Dilma, eles tem um plano B (o cearence Ciro).
(Ainda bem que) É muito difícil de o Serra perder em 2010...se fosse pra Dilma, seria um desastre.

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#227 Mensagem por Peter_North » 02 Out 2009, 16:11

Carnage escreveu:http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... ost_id=357 Postado por Emir Sader
É Carnage, Emir Sader! Poxa, que coisa mais surpreendente ver o Emir Sader fazendo um texto puxa-saco do Lula no qual ataca o FHC! Argh!!! É sempre a mesma coisa! Cria vergonha na cara e pára com esse pessoal. É como eu ir no blog daquele cara da Veja (esqueci o nome) e trazer tudo o que ele posta pra cá; Todo mundo sabe que ele vai atacar o PT e defender o PSDB. É previsível, e trazer tudo pra cá seria chato, extremamente chato. Já usei essa comparação antes, mas é como um evangélico querendo nos tornar crentes à custa de postar todos os dias 10 páginas da bíblia.

Posta as TUAS idéias, que essas me interessam ler. Mas chega de viomundo, de vermelho.org, chega!

Claro, isso é apenas um pedido, faça com ele o que quiser, inclusive ignorar.

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Roy Kalifa
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#228 Mensagem por Roy Kalifa » 02 Out 2009, 17:29

Lula para o Obama: Yes, we créu.

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#229 Mensagem por Carnage » 02 Out 2009, 18:00

Ah Peter, mas a graça é ver você espernear! Por isso eu escolhos os textos a dedo! :lol:

abs

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#230 Mensagem por Carnage » 25 Out 2009, 02:43

http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,, ... S+EUA.html
Obama pediu, e cinebiografia de Lula terá pré-estreia internacional nos EUA

Segundo a coluna de Regina Rito, première do filme será em Washington

Do EGO, no Rio

Obama já disse que Lula é o cara. E essa admiração parece sincera e cada vez maior. Segundo a coluna de Regina Rito do jornal carioca "O Dia", o presidente dos Estados Unidos teria pedido que a biografia cinematográfica do nosso presidente, "Lula, filho do Brasil", de kkkkkkkkk Barreto, tivesse sua pré-estreia internacional nos EUA. De acordo com a nota, o filme deve chegar à capital americana no fim de novembro, depois da estreia nacional, marcada para 14 de novembro, em Pernambuco.

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#231 Mensagem por Peter_North » 26 Out 2009, 16:26

a biografia cinematográfica do nosso presidente, "Lula, filho do Brasil"
Poxa, mal posso esperar pra ver a parte do mensalão e do enriquecimento ilícito usando o filho como laranja.

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#232 Mensagem por Carnage » 01 Nov 2009, 22:00

Já pedi mais de uma vez, Peter, e peço de novo: Não coloque como quotes meus coisas que não fui eu quem escreveu.

abs

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#233 Mensagem por Carnage » 01 Nov 2009, 22:01

http://www.viomundo.com.br/opiniao/disc ... -metafora/
Discutindo a metáfora

Atualizado em 23 de outubro de 2009 às 12:40 | Publicado em 23 de outubro de 2009 às 12:24

por Luiz Carlos Azenha

Nem parece que vivemos no Brasil, um país com problemas gravíssimos que demandam algum tipo de composição política para resolvê-los. Até recentemente, não fazer nada servia à elite econômica do país. Não fazer nada implicava em administrar as demandas sociais de forma a fazer o menor número possível de concessões à grande maioria dos brasileiros.

Lula não rompeu com essa lógica, embora tenha alargado as bases para as quais se espalharam os benefícios do dinheiro público. O presidente da República foi absorvido pela elite brasileira dentro de parâmetros bem definidos: mude, para que a gente mantenha nossos privilégios. Esses privilégios se perpetuam na confluência de interesses entre os donos de terra, de meios de comunicação e de mandatos federais, no Congresso.

A Globo fala mal de Sarney, aliado de Lula, mas não desfaz os negócios que tem com Sarney no Maranhão. A Globo fala mal de Collor, aliado de Lula, mas não desfaz os negócios que tem com a família Collor em Alagoas. São disputas políticas que não implicam em um rompimento do acordão das elites que tem permitido a elas manter seus privilégios no Brasil por tanto tempo.

A agenda de Lula deixou intocados esses privilégios. Não houve mudanças institucionais profundas como as que aconteceram na Venezuela, no Equador e na Bolívia, que levaram a uma recomposição social, política e econômica. É por isso que o presidente falou recentemente na necessidade de votar uma consolidação das leis sociais. O quadro de aumento do salário mínimo e de expansão dos programas sociais, para usar apenas dois exemplos, pode ser revertido com uma simples canetada pelo próximo ocupante do Planalto, se ele quiser.

A falsa polêmica sobre as declarações de Lula de que, se necessário, Jesus faria acordo com Judas em nome da governabilidade, não deixa de ser reveladora da estreiteza de nosso debate político. Querendo marcar pontos junto à opinião pública, opositores distorcem as declarações para dizer que Lula "fala com Cristo", cometeu algum tipo de heresia ou foi infeliz na metáfora.

Politicamente, Lula falou uma verdade incômoda para todos os progressistas e todos os candidatos à presidência da República que se apresentam como progressistas. Não dá para governar o Brasil sem alianças que impliquem na rendição prévia aos interesses da elite brasileira que descrevi acima. Os limites da mudança são dados antes mesmo de cada eleição presidencial.

E a sociedade brasileira, cada vez mais conectada e informada, tem pressa. Vivemos uma profunda crise social, da qual os meios não se dão conta por estarem unicamente interessados em noticiar para e em defesa da elite política e econômica. A crise sai nos jornais via noticiário policial: explosões de violência nos morros do Rio, confrontos nos trens de subúrbio cariocas, enfrentamentos entre moradores e a polícia em Heliópolis e outros bairros de São Paulo. A questão social sempre foi e continua sendo tratada essencialmente como um problema de polícia, no Brasil. A simples existência das polícias "militares" é uma demonstração clara disso.

Um aspecto pouco analisado da recente entrevista do presidente Lula diz respeito ao fato dela ter sido dada logo depois do fechamento da aliança PT-PMDB. Lula escolheu a Folha de S. Paulo, um jornal que tem entrada junto ao empresariado paulista. Em minha modestíssima opinião, o recado dele aos empresariado paulista foi claro:

Sou um realista político e jamais endossarei rupturas. É melhor mudar com Dilma do que embarcar em "aventuras". Vocês sabem muito bem que nem de esquerda eu sou.

À direita a oposição entendeu e tentou usar algumas opiniões e metáforas presidenciais para desqualificar o conteúdo da mensagem. À esquerda a mensagem de Lula foi entendida e causou desconforto por Lula ter prometido, indiretamente, que Dilma será mais do mesmo: um reformismo cauteloso que manterá intocados os interesses essenciais da elite brasileira.

Politicamente, a manobra de Lula é muito inteligente. Ele ocupa o centro político, incorpora a "moderação" diante dos "radicais" à esquerda e à direita. O único problema é saber se as demandas sociais, que se multiplicam junto com as tecnologias de informação, cabem dentro do velho molde de uma aliança entre o PTB e o PSD em pleno século 21.

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#234 Mensagem por Carnage » 01 Nov 2009, 22:02

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... o-de-lula/

24/10/2009 - 07:00
O discurso de Lula
Por Ricardo Amaral


O problema com Lula não é falar demais; é ser ouvido por milhões

Como se esperava, a boa entrevista do Lula ao Kennedy Alencar repercute na imprensa por causa de duas irrelevâncias, destacadas pela edição da Folha: uma frase descontextualizada sobre jornalismo e uma comparação exagerada com Jesus Cristo. É mais do mesmo. Esse pessoal acha que Lula fala demais e fala bobagem. Só este ano já foram 220 entrevistas e outros tantos discursos nas mais diversas circunstâncias. É natural que deixe escapar frases infelizes, comparações inadequadas, exageros e injustiças. E daí? O dado objetivo é outro: Lula fala para dezenas de milhões, com objetividade e clareza; é ouvido e assimilado como nenhum outro presidente foi antes dele. Por isso incomoda tanto; por isso tentam repercutir o acessório e escamotear o conteúdo.

Lula é um tipo raro de político, especialmente para o convencionalíssimo padrão retórico brasileiro. Ele se expressa com sinceridade, em público e no particular. Seu discurso é uma poderosa arma política, porque costuma dizer não só o que as pessoas comuns querem, mas o que elas precisam ouvir. Para arriscar uma comparação: o Winston Churchill da Batalha da Inglaterra (já ouço o espocar dos ovos). Grandes líderes percebem que a palavra sincera pode ser mobilizadora.

O comum na política é a frase evasiva; é contornar o conflito para não agravar a realidade. Só raramente grandes políticos brasileiros usaram a retórica de forma eficaz. Leonel Brizola, depois do exílio, teve grandes momentos, mas o exemplo que me vem agora é Ulysses Guimarães, na promulgação da Carta de 1988. “Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”, ele disse, na cara dos generais, lembrando ao país que a obra da redemocratização ainda não estava completa.

Fernando Collor estava certíssimo quando disse que nossa indústria automobilística só produzia “carroças”. De maneira consequente, lancetou uma ferida do orgulho nacional e obrigou a indústria a avançar. Também estava sendo sincero quando comparou a inflação a “um tigre que se abate com um tiro só”. O problema aí é que ele estava redondamente enganado, e quem pagou pelo erro foi o país.

Ser sincero não é para qualquer um. Fernando Henrique se arriscou duas vezes nesse terreno e saiu-se mal nas duas. No caso dos “caipiras”, ele se referia a uma parcela de críticos provincianos ou com uma visão colonizada do mundo. Não estava errado, mas tentou ser coloquial e pareceu preconceituoso. No caso dos “vagabundos” detentores de aposentadorias precoces, indignas e injustas, tinha toda razão, mas tropeçou na péssima retórica (FHC é um conversador cativante de inteligência excepcional, mas um orador confuso e péssimo escritor). Nos dois casos, os demagogos fizeram a festa.

Por experiência própria, Lula já deveria ter aprendido a evitar comparações de inspiração religiosa. A impressão que elas deixam costuma oscilar entre o messianismo e a blasfêmia. Futebol, agricultura e família sempre serão territórios mais seguros para a metáfora politica.

Lula disse que, para governar o Brasil, Jesus Cristo teria de entrar em acordo com o partido de Judas. A comparação é de mau gosto, mas está bem próxima da realidade politica e institucional do país. Não dá para esperar que esse sistema (do qual Lula é parte necessária) se transforme por dentro. É mais consequente expor o problema como ele é (como Lula fez) e discutir como superá-lo (de fora para dentro), do que pedir a opinião do bispo. Se for pra discutir no campo, digamos, moral, que tal perguntar aos chefes do PMDB como eles se sentem no papel de Judas? E o pessoal do DEM?

Lula disse também que, para ele, o papel da imprensa é dar notícias, sejam denúncias, sejam elogios, e não misturar preferência partidária com texto informativo. Resumiu parte desse pensamento numa frase infeliz: “Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. É informar.” O mancheteiro devia ser condecorado com a Ordem da Jarreteira, aquela que tem como dístico “Honni soit qui mal y pense” (numa tradução livre: a maldade está na cabeça de quem a aponta).

Desde o impeachment de Collor, faz-se praça de que a imprensa investiga, denuncia, julga, condena e pune todos os poderes instituídos, sem perder o equilíbrio, a objetividade, a imparcialidade e o senso de justiça. Ufa! Mesmo quando se presta a manipulações políticas rasteiras, a imprensa precisa acreditar que está fiscalizando a República. Podia ser apenas uma ilusão, mas virou vício. Nossa imprensa quer ser protagonista da política sem ter de pagar o preço da definição partidária. Muito a favorece, nesse desvio, a mediocridade dos atores políticos, oposição e governo. A maioria compactua com essa visão distorcida da imprensa, por oportunismo, ou se rende a ela por covardia.

Lula pode ter errado na forma, quando incorporou o autoconceito da imprensa “fiscal da República”, antes de negá-lo. Mas acertou de novo no conteúdo: nossos jornais estão misturando posição partidária com notícia, o que é notório pela pauta e pela hierarquização dos conteúdos. A demonstração cabal do que Lula diz é a repercussão da entrevista ã Folha. Ele falou sobre câmbio, juros, previsão de crescimento do PIB, os caso Vale e Oi, as relações com outros partidos, política externa, Dilma, Serra e um vasto etcétera. Mas nossa imprensa só fala de si. E de Judas. Dá mesmo a impessão de que não querem que Lula seja ouvido.

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#235 Mensagem por Peter_North » 06 Nov 2009, 15:14

Carnage escreveu:Já pedi mais de uma vez, Peter, e peço de novo: Não coloque como quotes meus coisas que não fui eu quem escreveu.

abs
Eu te entendo, eu também teria vergonha de ter meu nome associado a esses péssimos "jornalistas" vendidos. :lol:

Falando sério agora, vou prestar mais atenção.

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#236 Mensagem por Nazrudin » 06 Nov 2009, 20:05

Peter_North escreveu:
Roy Kalifa escreveu:Este cara já está virando até imperialista. Se metendo nos assuntos de outros paises (Honduras)
Será que ele deseja comprar aviões modermos para guerrear ?
Todos os nomes do governo Lula, exceto o Meirelles, são ruins. Mas nenhum é tão ruim quanto o Marco Aurelio Garcia e a desastradíssima diplomacia brasileira. Esse sim, não acerta uma. Depois de cotejar ditador, de puxar o saco de genocida e de se alinhar ao governantes mais nefastos da AL, agora resolveram que vão decidir quem deve governar outro país. Nunca o Brasil de forma tão clara se intrometeu e tentou controlar outro país. Meu único consolo é que falta mais ou menos um ano para essa corja ser retirada do poder. Que lamentável, pobre país.
E o pior é que a Diplomacia brasileira já foi motivo de orgulho. :(

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#237 Mensagem por Nazrudin » 06 Nov 2009, 20:22

Peter_North escreveu:
O Amante de Seios escreveu:Não estou aqui defendendo o presidente, (..._ mas reconheço, por outro lado, sua vitória no campo econômico.
Não foi o Lula que teve vitória no campo econômico, ele apenas continuou a boa política do FHC, e é exatamente por isso que temos hoje o resultado de 15 anos de boas políticas econômicas. O Meirelles é ótimo, provavelmente o único nome bom do governo Lula. Mas ele seguiu o mesmo caminho trilhado por seus antecessores, com o mesmo brilho.

Sabem, eu sou um vadio, e por ser preguiçoso é que eu dou valor a certas coisas. Na época do Figueredo, do Sarney, do Collor e do Itamar pré-FHC, quando eu ia ao supermercado eu tinha que correr na frente do cara com a maquininha de remarcar. Não é possível que ninguém se lembre disso, a não ser que na época tivesse empregados que iam ao super por ele. E não é força de expressão, por exemplo se eu ia comprar cerveja e via o cara da maquininha indo em direção ao balcão das cervejas, eu corria na frente dele para encher o engradado (na época se levava casco) antes que ele chegasse até mim e remarcasse o preço, clec, clec, clec. Em certa época esse cara da maquiniha passava o dia remarcando preços sem parar. E quando o FHC lançou o plano real, isso acabou. E como eu sou preguiçoso, dei muito valor a isso. Detesto correr.

Mas voltando ao assunto, então nessa época já a vitória no campo econômico estava garantida, bastava seguir fazendo a mesma coisa com a mesma responsabilidade. O dólar já era dois por um na época, só ficou perto de quatro quando um analfabeto estava para assumir a presidência e as pessoas estavam compreensivelmente preocupadas. O Brasil não tinha reservas na época porque elas recém haviam começadas a serem criadas, por isso ainda apanhávamos nas crises internacionais. 15 anos depois, temos as reservas, finalmente, criadas em grande parte graças à riqueza gerada pelos grandes industriais e grandes agricultores, a mesma gente tão demonizada por quem não gera um centavo ao país.

De forma que considero um estelionato eleitoral quando pessoinhas escrotas e mentirosas como o Lula e a Dilma vêm a público dizer que seu governo deixam o legado da estabilidade econômica. Temos 15 anos de estabilidade e isso precede em muito o atual governo.
Eu me lembro bem Peter. Mas tenho uma ressalva com relação as suas colocações. O FHC queimou muitas de nossas reservas para sustentar um câmbio artificial. Fez isso inclusive com intuito eleitoral para se reeleger. O Serra a época era um dos que defendiam cambio livre dentro do PSDB. Outro desastre do FHC foi ter elevado muito a carga de impostos, não o perdôo nunca por isso. Infelizmente a elevada carga de impostos atrasa o crescimento do Brasil e justifica muitos dos desmandos e corrupções do atual governo.

No mais o FHC foi a melhor coisa que aconteceu ao Brasil pós-democrático. Com todos os seus defeitos, inclusive a vaidade excessiva, mudou o Brasil para melhor. Hoje colhemos alguns bons frutos APESAR dos que estão aí. O que demosntra uma construção sólida, higida.

Quero só concluir dizendo que o Lula me surpreendeu positivamente, na medida em que achei que seria muito pior do que foi. Não sei se é elogio. Quanto ao PT de modo geral, nenhuma surpreza. O resumo da experiência do PT aqui em Floripa no governo Grando foi o seguinte: Favelização da cidade e lixo se acumulando por todos os cantos. Cabide de empregos e corrupção generalizada.

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#238 Mensagem por Carnage » 07 Nov 2009, 00:26

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 7404.shtml
04/11/2009 - 10h23
Lula recebe prêmio em Londres por papel na América Latina

da Folha Online

Sete meses após ter sido batizado como "o cara" por Barack Obama, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva regressa a Londres para receber um prêmio que é, de certa forma, um carimbo oficial para a brincadeira do colega americano, informa reportagem de Clóvis Rossi, publicada nesta quarta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Lula ganhou o prêmio de 2009 da Chatham House, que vem a ser a sede do respeitado Royal Institute for International Affairs. Segundo a reportagem, o motivo seria, conforme nota oficial da Chatham House, que ele é "um motor-chave da estabilidade e da integração na América Latina".

Numa enquete em seu site, a Chatham House perguntou aos internautas se achavam que o Brasil seria uma superpotência no futuro. Disseram que "sim" 56%; responderam que "não" 28% e 16% que não sabiam.

Leia a reportagem completa na Folha desta quarta-feira, que já está nas bancas.

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#239 Mensagem por Carnage » 07 Nov 2009, 00:29

http://festivaldebesteirasdaimprensa.bl ... ionar.html
5 de novembro de 2009
Folha de São Paulo mente ao relacionar premiação do Lula ao patrocínio da Petrobras

As Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros) não aceitam, de forma alguma, que um "analfabeto" - como diz o Caetano Invejoso - seja Presidente da República do Brasil; tenha uma avaliação positiva de 81% ao final do sétimo ano de governo; tenha ganhado o Prêmio da Paz Unesco (segundo mais importante depois do Nobel) ; tenha conseguido trazer as olimpíadas de 2016 para o Rio de Janeiro e, agora, receba o Prêmio Chatham de Estadista do Ano.

O que diz a Folha?

"Estatais patrocinam prêmio concedido a Lula em Londres"

A lista de empresas que patrocinaram ou apoiaram o prêmio que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje em Londres inclui três estatais (Petrobras, BB e BNDES), três empresas privadas brasileiras (Bradesco, Itaú e TAM) e várias companhias estrangeiras com interesses comerciais no país.

Sacaram? Segundo a despeitada Folha de São Paulo, o Lula só ganhou esse prêmio por causa desses patrocinadores!!! É ou não é o fim da picada???

Como gosto de fundamentar as críticas que faço, publico a seguir a lista de membros parceiros corporativos, mencionada no site da Chatham. Esta lista e a dos membros corporativos, apresentada mais à frente, mostra que a Folha manipulou a informação de forma escancarada, para diminuir o feito do Lula e do Brasil. Embora, para eles, que se dane o Brasil...

Anglo American plc; BG Group BP plc; BT Group plc; Chevron Ltd; ExxonMobil Corporation; Finmeccanica JETRO London; Ministry of Defence; Royal Dutch Shell; StatoilHydro ASA; Toshiba Corporation; Total Holdings UK Ltd; Unilever plc

Agora, mesmo arriscando entediar o(a) leitor(a), apresento a lista dos membros corporativos da Chatham (somente de A a C).

Clique aqui para acessar a lista completa.

ABC News Intercontinental Inc
Aegis Defence Services Ltd
AKE Ltd
Algeria, Embassy of
Al-Hayat (London)
Allen & Overy LLP
Alulbayt Foundation
Amnesty International
Anglo-Arab Organisation
ArcelorMittal
Argentina, Embassy of
Armenia, Embassy of the Republic of
Asahi Shimbun (Europe)
Aspen Insurance UK Limited
AstraZeneca plc
Australia, High Commission of
Austria, Embassy of
Azerbaijan, Embassy of the Republic of
Bahrain, Embassy of the Kingdom of
Banca d'Italia
Bank of Japan
Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ Ltd
Belgium, Embassy of
Belize, High Commission of
Bell Pottinger Sans Frontieres
Bland Group Ltd
Boeing UK
Bolivia, Embassy of
Bosnia and Herzegovina, Embassy of
Brazil, Embassy of
Brevan Howard
British Council
Brunei Darussalam, High Commission of
Bulgaria, Embassy of the Republic of
C13 Associates Ltd
Cabinet Office
Canada, High Commission of
CBI
CBS News
Centre for Global Energy Studies
Chile, Embassy of
China, Embassy of The People's Republic of
Chivas Brothers
Chubb Investment Services Ltd
Chubu Electric Power Co Inc
Church of England
Citi Markets and Banking
Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP
Commonwealth Parliamentary Association
Commonwealth Secretariat
Consolidated Contractors International (UK) Ltd
Costa Rica, Embassy of
Croatia, Embassy of the Republic of
Crown Agents
CRU International Ltd
Cyprus, High Commission of
Czech Republic, Embassy of the

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#240 Mensagem por Carnage » 07 Nov 2009, 00:56

E já que cutucaram o cadáver do FHC, que o ilustríssimo ídolo do florestal, o Roberto Freire, quer esconder num armário, quem leu o artigo dele publicado em dois jornais no último final de semana?

Domingo, 01 de Novembro de 2009

Para onde vamos?

Fernando Henrique Cardoso

A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio "talvez" porque alguns estão de tal modo inebriados com "o maior espetáculo da Terra", de riqueza fácil que beneficia poucos, que tenho dúvidas. Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa. Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advém do nosso príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o País, devagarzinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade que pouco têm que ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de "pequenos assassinatos". Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal-ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira "nacionalista", pois, se o sistema atual, de concessões, fosse "entreguista", deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública. Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares, se o processo de seleção não terminou? Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental numa companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem nenhum pudor, passear pelo Brasil à custa do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso...) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do "autoritarismo popular" vai minando o espírito da democracia constitucional. Esta supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os "projetos de impacto" (alguns dos quais viraram "esqueletos", quer dizer, obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: "Brasil, ame-o ou deixe-o." Em pauta temos a Transnordestina, o trem-bala, a Norte-Sul, a transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC, que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no Orçamento e mínguam pela falta de competência operacional ou por desvios barrados pelo Tribunal de Contas da União. Não importa, no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: "Minha Casa, Minha Vida"; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo "Brasil potência". Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU - contra a letra expressa da Constituição - vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o presidente já declarou que em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças) ele resolve sozinho. Pena que se tenha esquecido de acrescentar: "L"État c"est moi." Mas não se esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender o "nosso pré-sal". Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos altos-fornos do Tesouro. Os partidos estão desmoralizados. Foi no "dedaço" que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são "estrelas novas". Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes, mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.

Ora, dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT, que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina. No Brasil os fundos de pensão não são apenas acionistas - com a liberdade de vender e comprar em bolsas -, mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou "privatizadas". Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o subperonismo lulista se sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo, antes que seja tarde.

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, foi presidente da República
Editado pela última vez por Carnage em 07 Nov 2009, 01:00, em um total de 1 vez.

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