Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#211 Mensagem por Carnage » 28 Mar 2011, 14:51

http://www.valoronline.com.br/impresso/ ... emporarios
Pesquisa mostra que 250 cidades de SP recorrem a professores temporários
Luciano Máximo | De São Paulo
28/03/2011


Levantamento com 311 secretarias municipais de Educação de São Paulo feito pela Fundação Lemann revela que 80% das cidades recorrem à contratação de professores temporários, 40% das localidades consultadas ainda não estabeleceram padrões curriculares na rede de ensino e cerca de 50% não elaboraram planos municipais com diretrizes de políticas educacionais de longo prazo.

Na opinião de especialistas e autoridades, os números são "graves" e comprometem a qualidade da educação. Esses e outros dados serão discutidos a partir de hoje no seminário "3º Seminário Líderes em Gestão Escolar", promovido pela Fundação Lemann e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em São Paulo.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#212 Mensagem por Dr. Zero » 28 Mar 2011, 22:35

olá insigne Carnage:

vc já assistiu ao filme "Um Dia Sem Mexicanos"? é um filme que discorre como seria a vida na Califórnia se de repente todos os mexicanos (que fazem os serviços mais mal pagos e desagradáveis) sumissem

e se de repente, pela absoluta falta de professores brasileiros, tivéssemos que importar professores da Bolívia, do Paraguai, do Peru, etc?... os alunos paulistas passariam por uma experiência de imersão na língua e cultura hispanoamericanas e quiçá aprenderiam a falar portunhol direito

ai da aluna tímida que ficar "embaraçada" na frente do professor

idem para o cara que rir quando o professor de matemática discorrer sobre um problema envolvendo quanta plata usted necesita mensalmente para embarcar en la buseta para llegar a la oficina y de lá para retornar a su hogar

y cuando el maestro de portugués se "embananar" con las reglas ortograficas e gramaticales llega la hora de recreyo e entonces los alumnos teneran empanadas de pollo o pasteles de maíz con carne y chili en la merienda

y llegará la hora en que los alumnos exigiran hojas de coca para mascar para se manteneren despertos durante las palestras y vestiran ponchos y gorros multicolores


P.S. modo gozação "on", eu sei que tem um montão de erros gramaticais nesse pseudo-espanhol que eu escrevi, então não precisam ficar apontando por aí; e mesmo sendo um post humorístico, a mensagem dele é bem séria

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#213 Mensagem por Carnage » 31 Mar 2011, 14:27

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/ ... a-usp.jhtm
Medidas impopulares isolam reitor da USP
Ana Okada

Em São Paulo


O reitor da USP (Universidade de São Paulo), João Grandino Rodas, está isolado politicamente entre os setores da universidade. A popularidade do dirigente de uma das mais conceituadas instituições de ensino superior do Brasil está em baixa entre funcionários, professores e estudantes.

Sempre fez parte do jogo político a reitoria ter oposição do sindicato dos trabalhadores, o Sintusp, enfrentar disputas com a associação dos professores, a Adusp, e receber reivindicações de eleições diretas para reitor feitas pelos estudantes, por meio do DCE (Diretório Central de Estudantes) e pelos centros acadêmicos. No entanto, uma série de decisões tomadas por Rodas tem deixado a relação mais tensa.

A rejeição ao reitor é "unanimidade", diz o diretor do Sinstusp, Magno de Carvalho: "Em 33 anos de USP, nunca vi isso. Nunca tivemos rejeição assim entre funcionários como estamos tendo agora; até quem nunca reclamou, agora, reclama."

Outra queixa é que falta "discussão e democracia", segundo as entidades. Procurada pelo UOL Educação desde que Rodas assumiu o posto, a assessoria de imprensa disse que o reitor não tem tido "agenda disponível". João Grandino Rodas foi empossado em janeiro de 2010. A escolha por seu nome foi uma decisão do então governador José Serra (PSDB-SP) e desrespeitou a votação dos conselhos da universidade, em que Rodas ficou em segundo lugar.

Na época da posse, Rodas assumiu prometendo mais diálogo. "Universidade é, por definição, diversidade e debate de ideias", disse. A USP havia passado pelo confronto entre policiais e estudantes em junho de 2009 -- algo inimaginável num cenário de defesa da diversidade do pensamento e do debate como é a instituição.

Decisões tomadas "na calada da noite"

Há alguns fatos que têm deixado o clima mais pesado na USP, como a demissão de funcionários aposentados que estavam na ativa (feita em período de férias), a transferência de alguns servidores para escritórios fora da Cidade Universitária (sem a consulta aos funcionários) e o desalojamento de grupos de estudos (sem garantias de que eles terão outra locação para suas atividades).

"Essa mudança para outros prédios nos surpreende. Mudar funcionários para locais com 10 ou 15 km de distância da Cidade Universitária é uma medida autoritária e, aparentemente, desnecessária", diz o presidente da Adusp (Associação dos docentes da Universidade de São Paulo), João Zanetic.

O valor dos imóveis que serão utilizados pela administração da USP fora do campus foi questionado tanto pelo Sintusp quanto pela Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), que convocou o reitor na semana passada para responder a reclamações de gasto de dinheiro público sem necessidade e ausência de transparência e diálogo.

Rodas não compareceu e enviou um representante, que não se pronunciou e saiu antes do término da sessão, pois teria sido ofendido pelos participantes.

Documento apresentado na audiência mostrava que o valor dos locais utilizados fora do campus é de mais de R$ 35 milhões. "Achamos absurdos esses valores, e é tudo muito estranho, não sabemos se isso foi aprovado no CO (Conselho Universitário)", diz Carvalho. Segundo informativo da universidade, a USP arcou apenas com "gastos de manutenção e de segurança", sem informar o valor da operação.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#214 Mensagem por Compson » 31 Mar 2011, 14:41

Carnage escreveu:http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/ ... a-usp.jhtm
Medidas impopulares isolam reitor da USP
Imagem e semelhança de seu criador...

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#215 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2011, 15:28

O financista, o consultor e a "pessoa"
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... ESSOA.html

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#216 Mensagem por Dr. Zero » 17 Abr 2011, 08:00

o insigne forista Carnage já mencionou a piora que acontece dia a dia na qualidade do Metrô paulistano

por enquanto a Linha Amarela está uma beleza, com horários restritos e pouca lotação, mas quando começar a operar no horário normal e a atender o Butantã (e também o povo de Cotia, Osasco, Taboão da Serra, Carapicuíba, Embu que desembacar ali), aí o "bicho vai pegar" — e eventuais reclamações não serão da alçada do Metrô, mas da ViaQuatro, e se já estão economizando com o cimento (vide acidente na Estação Pinheiros) e motorista...
Wikipedia escreveu:Nos primeiros anos de trabalho foram contabilizados dez acidentes ao longo das obras da linha, sendo que pelo menos três, segundo a revista CartaCapital, foram causados por erros de engenharia. Casas foram interditadas em 2005 e 2006, nas áreas das estações Pinheiros, Faria Lima e Oscar Freire, e um funcionário morto soterrado em junho de 2006.
Durante a construção da estação Pinheiros da expansão da linha 4, em 12 de janeiro de 2007, o buraco de acesso às obras, que tinha cerca de quarenta metros de diâmetro, quase dobrou de tamanho em pouco menos de dois minutos, engolindo várias casas condenadas, três carros, três caminhões e um micro-ônibus que passava na região no exato instante do acidente. grande parte do túnel de acesso da construção da estação desmoronou, abrindo uma cratera de mais de oitenta metros de diâmetro. Após uma varredura que não tinha detectado corpos, inicialmente o Consórcio Via Amarela garantia que não havia mortos e propunha que a cratera fosse aterrada, o que foi cancelado após as equipes de resgate serem avisadas por familiares das vítimas de que havia pessoas que só poderiam estar ali. Mais tarde, as buscas só não foram encerradas porque alguns bombeiros disseram ter ouvido sons de buzina. O GPS do micro-ônibus esclareceu as dúvidas, ao apontar que o veículo estava 28 metros abaixo do entulho. O corpo da primeira vítima só seria resgatado no quarto dia de buscas; o último, no 13.º.
Sete pessoas morreram no acidente, o maior da história do metrô paulista. Foram interditados 94 imóveis, dos quais sete foram demolidos e catorze condenados pela Defesa Civil. Cerca de 230 moradores ficaram desabrigados e foram transferidos para hotéis. As pistas local e expressa do sentido Castelo Branco da Marginal Pinheiros foram interditadas por três dias.
Na véspera do acidente operários da escavação tinham constatado um pequeno afundamento na laje superior da estrutura, que poderia indicar um problema maior, mas os engenheiros do consórcio optaram por consertar o defeito antes que ele aumentasse. Um engenheiro ouvido pela CartaCapital disse que houve "inúmeros" outros sinais de falhas na construção. Uma nota oficial do Consórcio Via Amarela, divulgada no dia seguinte ao acidente, culpou "as fortes chuvas" das semanas anteriores, que "teriam causado uma reação anômala e inesperada no maciço de terra em que se [encontrava] a obra, provocando seu repentino colapso e consequente desmoronamento".
Logo na sequência do acidente de Pinheiros, a revista Época, junto à TV Globo, fez uma série de denúncias acerca da segurança das demais estações ainda em construção da linha, com destaque especial para a estação Paulista, no bairro da Consolação, mas em uma região muito mais densa, onde uma cratera como a de Pinheiros teria feito muito mais vítimas. Por causa dessas denúncias, o cronograma geral da linha atrasou-se em cerca de quatro meses, e as obras da estação Pinheiros só puderam ser reiniciadas após o fim das análises para descobrir a causa do acidente. As obras da linha ficaram paradas por cerca de dois meses. A entrega do laudo estava prevista para agosto de 2008, dezenove meses após o acidente, o que representou quase dois anos de atraso nas obras da estação. Em dezembro de 2010, quase quatro anos depois da tragédia, a estação ainda não tinha sido inaugurada e nenhum dos catorze indiciados tinha sido julgado.
Em abril de 2010 um guindaste de cerca de trinta metros de altura tombou nas obras da futura estação São Paulo-Morumbi ao içar materiais do fundo de um dos poços, caindo sobre a calçada da Avenida Professor Francisco Morato, sem, no entanto, causar feridos ou interromper os trabalhos.
Wikipedia escreveu:A obra, efetuada pela Via Amarela, está sob suspeita de irregularidades, de acordo com o Ministério Público Federal de São Paulo, conforme investigações efetuadas na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal.
então o pessoal que for utlizar a linha, favor anotar o telefone (se funcionar) da ViaQuatro: 0800 770-7100

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#217 Mensagem por Compson » 18 Abr 2011, 11:18

O jeito "cleptotucano" de dirigir:
Aécio é flagrado com CNH vencida e recusa bafômetro

Abordado em blitz da Operação Lei Seca, no Rio, senador teve a carteira de motorista apreendida e foi multado em R$ 1.149

RIO - O senador e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) se recusou a fazer o teste do bafômetro e apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida em uma blitz da Operação Lei Seca, na madrugada de domingo, no Leblon, zona sul do Rio.

Segundo o governo do Rio, o político mineiro, que dirigia uma Land Rover, se recusou soprar no aparelho que determina a concentração de bebida alcoólica no organismo, por meio da análise do ar exalado dos pulmões da pessoa. Em seguida, o senador apresentou a CNH vencida e o documento foi apreendido. Ele foi multado em R$ 957,70 por recusar o bafômetro e em R$ 191, 54 pela habilitação vencida.

De acordo com a assessoria de Aécio, ele pagou um taxista para dirigir a Land Rover até o prédio onde mora no Rio, localizado a poucos quarteirões da blitz, e evitou a apreensão do carro.

Segundo os policiais, o senador foi liberado por não apresentar sinais de embriaguez. Em nota, a assessoria de imprensa do senador disse que o bafômetro não foi realizado "uma vez constatado o vencimento do documento de habilitação e providenciado outro motorista para condução do veículo".

Ainda segundo a assessoria, o senador não sabia que a habilitação estava vencida, pois dirige apenas aos finais de semana. A nota informa que o tucano tinha saído da casa de amigos e voltava com a namorada para sua residência no Rio, no Leblon, quando o carro foi parado. Ele foi reconhecido desde o início pelos agentes, que o trataram educadamente, segundo a assessoria. "O senador cumprimentou a equipe policial responsável pelo profissionalismo e correção na abordagem feita aos motoristas durante a blitz." Aécio passou o dia ontem no Rio, mas não quis falar com a imprensa.

Infração. O artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que a recusa do motorista em fazer o teste do bafômetro é uma infração gravíssima. As punições administrativas são recolhimento da CNH e perda de sete pontos, retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e multa de R$ 957,70. O prazo mínimo para a retirada da CNH é de 5 dias. No entanto, Aécio Neves deve demorar mais para voltar ao volante, pois antes terá que renovar a habilitação vencida.

A Operação Lei Seca é uma campanha educativa e de fiscalização, de caráter permanente, que abrange os bairros da capital fluminense, Região Metropolitana e Baixada Fluminense. Lançada em 19 de março de 2009, a ação visa coibir o consumo de álcool no trânsito. Deste então, 455.215 motoristas foram abordados, 77.111 foram multados, 20.816 veículos foram rebocados e 32.576 motoristas tiveram a CNH apreendida.

Os agentes realizaram 428.712 testes com o bafômetro. Desse total, 4.168 resultaram em sanções administrativas e 1.501, em criminais.

Em fevereiro, o jogador de futebol Adriano se recusou a fazer o bafômetro em uma blitz e teve a carteira apreendida. No ano passado, o ex- jogador e deputado federal Romário (PSB-RJ) agiu da mesma forma.
Pra mim foi armação do Serra...

Em tempo: vou recortar a matéria e quando for pego dirigindo, digamos, um pouco alto, exigirei isonomia.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#218 Mensagem por Carnage » 18 Abr 2011, 21:36

Dr. Zero escreveu:olá insigne Carnage:

vc já assistiu ao filme "Um Dia Sem Mexicanos"? é um filme que discorre como seria a vida na Califórnia se de repente todos os mexicanos (que fazem os serviços mais mal pagos e desagradáveis) sumissem (...)
Demorei pra ver o seu post!

Cara, não tenho certeza se entendi o que você quer dizer! :mrgreen:

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#219 Mensagem por Dr. Zero » 18 Abr 2011, 22:18

olá insigne forista Carnage:

foi só uma divagação meio maluca feita a partir do noticiário atual de que faltam profissionais qualificados (principalmente no nível técnico);

já que os professores são tão maltratados, vilpendiados e difamados, o que aconteceria a partir do mometo em que o pessoal simplesmente "parar" de estudar pedagogia? e que os professores existentes simplesmente "sumissem" (diferentemente do filme, procurando opções melhores de vida)? por acaso contrataríamos professores "cucarachas", como já fazemos para várias outras profissões onde não conseguimos patrícios suficientes?

e, no caso da educação, quanto poderemos avançar por esse caminho antes que nossas crianças (ou "niños") comecem a mascar folhas de coca e a querer comer antecucho na "merienda"?



P.S. 1 é mais que evidente que foi uma grande gozação, mas ficar só buscando trabalhador de fora tem seus riscos — além de reforçar a fama do imperialismo "brasileño", são pessoas que não tem laços com o País e que podem não estar disponíveis quando precisarmos, e infelizmente temos que admitir que o nível educacional dos nossos vizinhos não é dos melhores (e no caso de problemas, quem se responsabiliza? por exemplo, no caso de contratarmos um engenheiro argentino, como conciliar a necessidade da empresa que por algum motivo não pôde ser suprida por profissional local e a burocracia do CREA para revalidar seu diploma? se ocorrerem falhas, a empresa que o "tercerizou" — é assim que geralmente os profissionais estrangeiros entram aqui, quase nunca acontece alguém entrar como celetista — também responde? ou fica sendo culpa só do profissional "tabajara"?)

P.S. 2 nos PSs das periferias já é realidade a grande fraternidade latinoamericana com profissionais que mal falam o português e muitas vezes não se conseguem fazer entender pelo povo que eles atendem, isso vira e mexe aparece no noticiário e o povo simples que eu atendo também confirma o fato

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#220 Mensagem por Dr. Zero » 18 Abr 2011, 22:21

ao insigne forista Compson:

as garras maléficas do mefistotélico arquimandrita José Serra chegam até o Rio de Janeiro???

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#221 Mensagem por Carnage » 18 Abr 2011, 22:31

Dr. Zero escreveu:como conciliar a necessidade da empresa que por algum motivo não pôde ser suprida por profissional local e a burocracia do CREA para revalidar seu diploma?
Mas revalidaram o diploma de economista do Serra tão facinho...
Não revalidaram??

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#222 Mensagem por Dr. Zero » 18 Abr 2011, 23:19

pois é... algumas pessoas tem "sorte"

e eu nem sei como o Geraldinho conseguiu conciliar a faculdade de me(r)dicina e a carreira política em Pinda... e ele conseguiu não só se formar como também se tornar anestesista, só que conhecendo a exigência da especialidade eu não deixaria ele me anestesiar, eu prefiro que ele fique na sala do lado rezando um rosário com a turma da RCC

mas voltando ao assunto:
sabendo que existem várias disciplinas escolares que já enfrentam um apagão de professores (Matemática, Ciências) devido a vários fatores — inclusive o nosso já destacado pendor para a área de "humanas" —, o que vc acha de o governo do Estado contratar professores estrangeiros, à semelhança de outros setores econômicos? afinal, 2 + 2 = 4 e PV = nRT em qualquer país do mundo, não? e de quebra ainda facilita o trabalho do professor de língua estrangeira...

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#223 Mensagem por Carnage » 28 Abr 2011, 23:27

http://www.viomundo.com.br/entrevistas/ ... deiro.html
Bloco Minas Sem Censura: Jatinho de Aécio não viaja em céu de brigadeiro

por Conceição Lemes


O senador Aécio Neves (PSDB) faz aniversário em 10 de março. Dizem os astrólogos que os 30 dias anteriores à data correspondem ao nosso inferno astral. O do ex-governador mineiro parece estar fora de época. Começou na madrugada do dia 17 de abril, quando foi parado por uma blitz no Leblon, Rio de Janeiro, e se recusou a fazer o teste do bafômetro. E tudo indica não deve terminar tão cedo.

Pelo menos é a leitura pessoal da entrevista que fiz com Bloco Minas Sem Censura (MSC), criado em 2011, mas gestado desde 2003. Ele é resultado da união das bancadas do PT, PMDB, PCdoB e PRB na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O MCS tem 23 deputados num total de 77. O Bloco tem um site, que só divulga o que pode comprovar. Nos últimos dias, até furos jornalísticos deu. E novidades estão a caminho. Confira a entrevista.

Viomundo — Para quem acompanha Minas Gerais apenas pela “grande imprensa”, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é tudo de bom. O genro que muita mãe sonha ter: bonitão, charmoso, fala mansa, bem-sucedido, boa família. E o político que muitos imaginam na presidência da República devido à versão de que ele fez uma gestão primorosa como governador do estado de 2003 a 2010. O teste do bafômetro carimbou essa imagem pública? Até que ponto o episódio abre brecha para que se conheça de verdade o que foram os oito anos de Aécio como governador de Minas?

Minas Sem Censura — O episódio recente, no Leblon, Rio de Janeiro, deixou o eleitor dele e admiradores perplexos e decepcionados. Pela possibilidade de estar embriagado no trânsito, pela recusa ao teste do bafômetro, pelo tratamento privilegiado quando autuado e, principalmente, pelas revelações posteriores sobre o Land Rover e outros carros de luxo. Revelações que abrem suspeitas sobre ocultação de patrimônio, o que seria crime fiscal.

As tentativas da assessoria e de seus amigos de dissimular os fatos só pioraram a percepção do ocorrido. Ele foi pego às 3h58 da madrugada de domingo em circunstâncias bem óbvias. Tentaram fazê-lo de vítima, como se as críticas fossem invasão de privacidade. Ora, um ex-presidente da Câmara de Deputados, ex-governador de Minas e senador da República se envolve em duas ocorrências policiais definidas como gravíssimas, dirigindo um carro de uma empresa de rádio mineira, que foi transferida para sua propriedade no apagar das luzes de 2010, e ainda reivindica tratamento privativo? O cidadão comum, mesmo aquele que o admira, ficou decepcionado. Afinal, a rua não é sala VIP de aeroporto.

Viomundo – O que vem a ser o Bloco Minas Sem Censura?

Minas Sem Censura – É a união das bancadas parlamentares estaduais, de quatro partidos, prevista regimentalmente na Assembléia Legislativa (ALMG). Ou seja, é um bloco institucional. O Minas Sem Censura (MSC) é composto pelo PT, PMDB, PCdoB e PRB. Seus líderes e vice-líderes oficiais são: Rogério Correia (PT), Antônio Júlio (PMDB), Gilberto Abramo (PRB), Paulo Lamac (PT), Ivair Nogueira (PMDB) e Ulisses Gomes (PT). O MSC tem 23 deputados estaduais (num total de 77), sendo 11 do PT, 8 do PMDB, 2 do PCdoB e 2 do PRB.

Viomundo – Como, quando e por que surgiu?

Minas Sem Censura – Na verdade, o Bloco é resultado de oito anos de resistência política, do acúmulo programático das disputas pelo governo do estado em 2002, 2006 e 2010 e do entendimento de que Minas carece de um projeto de desenvolvimento, com distribuição de renda. Esses 23 deputados são bem distribuídos no estado, a maioria é experiente. A constituição do Bloco incentivou os diretórios dos partidos e suas bancadas federais a se unirem também. Tal movimento é inédito em Minas.

Viomundo – O “sem censura” é uma resposta política ao silêncio que Aécio impôs à mídia mineira?

Minas Sem Censura – Não só à mídia. Mas ao silêncio de várias outras instâncias, como o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Justiça, a própria Assembleia Legislativa, os meios acadêmicos… Ainda que nessas instituições existam pessoas dispostas a resistir, suas lideranças e dirigentes sempre se afinaram com o projeto pessoal de poder de Aécio. Em conseqüência, ficou parecendo para o Brasil que Minas é uma ilha de prosperidade. O que é falso. O caso mais gritante é o da nossa Assembleia Legislativa, que se tornou homologatória das ordens do governo, sem autonomia.

No caso específico da mídia mineira, a distribuição de verbas de publicidade tem servido à compra da adesão ao governo. No caso da nacional, a despeito de gastos do governo com publicidade, a adesão é mais ideológica. O perfil neoliberal e privatista de Aécio é bem visto por essa mídia nacional.

Viomundo – Aqui em São Paulo o ex-governador José Serra (PSDB) “pedia a cabeça” de jornalistas que ousavam perguntar algo que não estivesse no script acertado com a sua assessoria. O que aconteceu em Minas com os jornalistas “desobedientes”?

Minas Sem Censura – Vários documentários, denúncias do Sindicato dos Jornalistas, relatos formais e informais de repórteres e empresários de comunicação demonstraram o tacão disciplinador de Aécio. Muitos “desobedientes” foram demitidos, outros transferidos. Isso fez com que a autocensura se tornasse prática comum nas redações. Aqui, algumas empresas jornalísticas aderiram – ideologicamente! — ao projeto de poder pessoal dele.

Agora, ele não usou apenas o tacão disciplinador como forma de impor adesões. Ele conseguiu principalmente a adesão da elite empresarial do estado para o projeto de recolocar Minas com peso no cenário nacional, sob o argumento de que isso seria conseguido com sua eleição à presidência da República.

Aécio Neves é produto de circunstâncias bem identificáveis. Herdou um governo caótico, o de Itamar Franco, que por sua vez foi vítima da herança de dois governos tucanos: a do governador Eduardo Azeredo (1995-98), que legou a Itamar um estado “quebrado”; e a do FHC (1999-2002), que prejudicou Minas o quanto pode enquanto esteve na presidência da República.

Aí, o então governador “nadou de braçadas”. Aécio surge nesse contexto e monta, para si, uma poderosa máquina de produção e posicionamento de imagem. Tudo isso orientado para seu projeto pessoal de poder.

Viomundo – No site de vocês é dito que se vive em Minas “um atípico estado de exceção”. É dito ainda que Aécio adotou práticas que constrangem também juízes, procuradores, promotores, conselheiros, movimentos sociais, intelectuais, acadêmicos e pesquisadores etc. Que práticas são essas?

Minas Sem Censura – Isso inclusive inspirou o nosso nome. Não é um estado de exceção típico, como ocorreu na Alemanha nazista, com a suspensão formal de direitos universais. Mas um estado de fato de exceção, onde o poder econômico do governo compra a adesão ou impõe o terror da distribuição discriminatória de recursos.

As más práticas já denunciadas: dificuldades de tramitação de pedidos de suplementação orçamentária para instâncias que deveriam ser mais autônomas, alocação discricionária de recursos para prefeitos, profusão de consultorias contratando mão de obra nas universidades (para suas pesquisas e relatórios pouco produtivos), interferência na eleição das direções de várias instituições. Um exemplo bem elucidativo: enquanto Lula acatava a indicação do “primeiro” da lista tríplice para a titularidade da Procuradoria Geral da República, Aécio nunca optou por esse caminho em relação ao Ministério Público Estadual.

Viomundo – Se o Bloco tivesse de selecionar três fatos ou obras do governo Aécio, vendidos como exemplos de probidade e gestão competente mas que não correspondem à verdade, o que destacaria?

Minas Sem Censura – Vamos lá.

1) “Déficit zero” – Se verdade, significaria o equilíbrio entre receitas e despesas. Só que o professor Fabrício Oliveira comprovou que foi um simples exercício de “contabilidade criativa”. Nada mais é que do que a manipulação de rubricas variadas, de forma a produzir resultados artificiais de equilíbrio fiscal, que não são verificáveis no caixa do governo. Além, claro, de arrocho salarial e restrição de recursos para saúde e educação, a ponto de não cumprir os “mínimos constitucionais” exigidos para essas áreas.

2) “Choque de gestão” – Além do falso “déficit zero”, o choque se completa com a intrusão de ferramentas gerenciais privadas nos processos de gestão públicos, como se estas fossem curar todos os males da máquina administrativa . Aí, vem os técnicos e criam “ilhas de excelência”, ou seja, algumas políticas públicas restritas, apenas para que sirvam de propaganda de êxitos que são, na prática, questionáveis e muito parciais.

Ao final, o estoque da dívida real do estado cresceu de 33 bilhões, em 2003, para 59 bilhões de reais em 2011. Mantêm-se as fortes desigualdades regionais que caracterizam Minas e cresce a desindustrialização no estado. O próprio Itamar, hoje aliado de Aécio, se refere ao choque de gestão como “uma conversa fiada”. O artigo crítico do professor Fabrício Oliveira (Choque de Gestão: verdades e mitos) pode ser encontrado em http://migre.me/4kShA.

3) Centro Administrativo – Desnecessário e na contramão da tendência mundial contemporânea de descentralização. Mais de R$ 1,5 bilhão foi gasto para produzir uma obra destinada a criar uma imagem “Kubitschek” de empreendedor, desenvolvimentista e de jovialidade para o pretenso candidato à presidência da República. Arquitetos e engenheiros estimam que em aproximadamente 15 anos idêntica quantia será gasta em manutenção, adaptação e correção do projeto estrutural. Aliás, a pressa da inauguração expôs falhas e deficiências da obra, que já estão sendo investigadas.

Viomundo – Nos últimos dias, vieram a público o teste do bafômetro, a estranha frota de carros de luxo da rádio, a história do jatinho… Que medidas pretendem adotar em relação a esses fatos?

Minas Sem Censura — Exercendo nossas atribuições constitucionais estamos investigando esses e outros fatos. Serão acionadas outras instâncias que têm atribuição de apurar os mesmos fatos. O “jato familiar” tem custos. Quem banca?

Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Há, por exemplo, o aluguel para o grupo Fasano, de um megaedifício do Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais de Minas Gerais (IPSEMG), na região mais valorizada da cidade, por R$15 mil mensais. Só que o próprio processo de licitação registra pesquisa que aponta para um valor de mercado de até R$ 200 mil reais por mês. Tem o problema das contas públicas, que não batem nos “mínimos constitucionais” para a saúde e a educação. Tem crime eleitoral na eleição de 2010. Tem a negligência na cobrança de royalties de mineração…

Antes, a máquina de propaganda de Aécio divulgava a realização de programas e a alocação de recursos federais, como se fossem estaduais. Hoje somos o contraponto a essa manipulação.

Viomundo – O Bloco também tem um blog?

Minas Sem Censura – Não temos blog. Temos um site. Há um blog fake que leva nosso nome. Foi criado para confundir. Ou seja, alguém registrou o “domínio” para evitar que usássemos o nome Minas Sem Censura em um blog.

Conseguimos registrar o www.minassemcensura.com.br para o site, Facebook e Flicker; para o Twitter, @MGsemcensura. Esses são os veículos eletrônicos oficiais. Juntando o mailing do Bloco, dos deputados, diretórios dos partidos, militantes e ativistas, estamos atingindo mais de 900 mil endereços eletrônicos validados (sem Spam) em todo o Brasil. Teremos ainda impressos e outros materiais de divulgação de nosso trabalho. Todo esse esforço visa a divulgar a identidade do Bloco Minas Sem Censura: somos pró-Dilma, pró-desenvolvimento de Minas, com distribuição de renda e, óbvio, de oposição ao projeto neoliberal tucano para as Alterosas.

Viomundo – Também nos últimos dias, o site do Bloco trouxe em primeira mão alguns fatos em relação a Aécio, certo? O que destacariam?

Minas Sem Censura – Sim, é verdade. O fato mais importante até agora é a história detalhada da Rádio Arco-Íris e seus automóveis de luxo. Trata-se de uma bem fundamentada informação que abre a suspeita da prática de ocultação de patrimônio, o que seria crime fiscal. Outras evidências estão a caminho. Aliás, um deputado estadual tucano, João Leite, em nota oficial reconhece que há dinheiro público alocado na tal Rádio. Ou seja, configura-se uma irregularidade insanável.

Expusemos, em primeira mão, as imagens “printadas” das ocorrências policiais referentes à carteira apreendida, à multa por recusa ao teste (com a devida presunção da embriaguês ou drogadição), às multas por excesso de velocidade. Denunciamos a censura ao site do Detran MG (na sexta, dia 22), da seção em que vinham as citadas ocorrências. Revertemos mais essa operação abafa.

Denunciamos também o caso IPSEMG/Fasano, a manipulação da prova de avaliação de um programa específico do governo de Minas, que trazia um ataque direto a Lula numa das questões da prova (que resultou na anulação do teste). Denunciarmos a retirada do ar da respectiva página eletrônica. Enfim, há muitos outros temas gerais e específicos que divulgamos em primeira mão.

Temos fontes sérias, uma assessoria coletiva do Bloco que pesquisa e checa informações, as assessorias dos próprios deputados. Evidentemente, preservamos as fontes, até porque são pessoas que, depois de oito anos de opressão, se sentem mais livres para colaborar com o bloco de oposição.

Viomundo – O site do Bloco tem recebido crédito pelos “furos” jornalísticos?

Minas Sem Censura – Às vezes não, às vezes relativamente (risos).

Viomundo – Qual a política do site do Bloco?

Minas Sem Censura – Antes de mais nada, o MSC é propositivo. O que nos une é a identidade com a política de desenvolvimento, distribuição de renda. Queremos isso para Minas. O estado carece da mais básica política industrial, por iniciativa própria. O que temos aqui foi herdado de governos anteriores ou é reflexo do governo Lula. O minério de ferro de nosso subsolo está se formando há três bilhões de anos. Logo, não foi o “choque de gestão” que o colocou lá.

O MSC também recebeu delegação do povo mineiro para ser oposição, que é fiscalizatória e programática. Por isso denunciamos a censura aqui instalada.

Fazemos isso de maneira republicana e ética. Só divulgamos e debatemos fatos que podemos comprovar. Rejeitamos a invasão da esfera íntima de quem quer seja. Assim como rejeitamos também o uso do direito à “privacidade”, como meio de encobrir malfeitos públicos. O que fulanos e beltranos fazem ou deixam de fazer na esfera íntima não nos interessa, a menos que repercuta em direitos de terceiros, no patrimônio público, no desacato às leis e às instituições do estado.

Aécio está abusando do pleito de direito à privacidade para turvar outros assuntos. Ele não está preocupado com sua fama de “boa vida”, como a ele se referiu o tucano paulista Alberto Goldman, mas com os desdobramentos dos fatos seguintes ao episódio da ocorrência policial no Leblon: carros de luxo, uso de jato particular e algumas relações empresariais problemáticas.

Viomundo — O atual líder do Bloco, Rogério Correia, é do PT, partido que na política mineira tem alianças formais e informais com os tucanos. Exemplo disso é a eleição para a prefeitura de Belo Horizonte, em 2008, cujo acordo para formação da chapa teria sido sacramentado entre o ex-prefeito Fernando Pimentel (PT-MG), atualmente ministro de Desenvolvimento, e Aécio. Como fica esse relacionamento agora?

Minas Sem Censura – A aliança de 2008 é controversa e dividiu o PT e a base de Lula. Agora, foi feita uma reunião do Bloco com deputados federais, direções partidárias e lideranças municipais dos quatro partidos. Algo inédito para a oposição mineira. Chegou-se a um acordo de se esforçar para que a aliança com o perfil do MSC seja reproduzida onde for possível em 2012. No caso de BH, a orientação é construir uma tática comum. A política de alianças fica para ser discutida no momento adequado. O PMDB deve apresentar candidato, o PCdoB também, o PT ainda vai discutir o tema. Mas há um grande consenso: nada de aliança formal, informal ou disfarçada com o PSDB. A idéia é acumular forças em 2012 para 2014.

Viomundo – No site de vocês há a seguinte frase de Guimarães Rosa: Minas, são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais. O que o Bloco pretender fazer para que muitos conheçam as mil faces das Gerais, inclusive aquelas que muitos gostariam de deixar embaixo do tapete?

Minas Sem Censura – É exatamente isso. Por meio de uma grandiosa máquina de posicionamento de imagem e medidas intimidatórias, numa conjuntura favorável, Aécio criou o mito de que ele seria a única face de Minas.

Nunca foi assim antes. Candidatos a prefeito que ele apoiou, perderam várias eleições municipais em 2004 e 2008, na maioria das cidades importantes do estado. Mesmo em BH, 2008, junto com Fernando Pimentel, quase que seu candidato, Marcio Lacerda, perdeu a eleição para o PMDB. Gastaram mais do que se gastou em São Paulo, capital, para evitar a derrota em BH.

Aécio também manteve uma relação ambígua com o governo Lula durante anos. Exemplo: ele nunca quis testar seu real prestígio e liderança, apoiando com sinceridade Serra em 2002, Alckmin em 2006 e Serra novamente em 2010. Ele nunca teve coragem de medir força diretamente com o PT e Lula.

Hoje, ele é um, entre 81 senadores. E no Senado, quem chegou lá, não foi pelo brilho dos olhos. E ainda teve o azar de perder um aliado fiel, o Elizeu Rezende, que faleceu. É visto com desconfiança pelo grão-tucanato. O PSDB e os aliados estão em crise, definhando. O governador Anastasia vai ter de escolher: governa um estado com finanças precárias ou permanece à disposição do artificial posicionamento de imagem do “pobre menino rico”. Quem se sentia intimidado, começa a superar essa condição. Além disso, ele se vê às voltas com indícios de ocultação de patrimônio. Reciclar o projeto “Aécio 2010″ para 2014 não será fácil.

O MSC, por seu turno, segue em suas missões. O movimento social está mais revigorado. Os prefeitos e prefeitas de Minas já têm canal de interlocução direta com o governo Dilma. Ou seja, o jatinho de Aécio não viaja em céu de brigadeiro.

Meu twitter: @conceicao_lemes, siga à vontade.

PS do Viomundo: O Bloco do MSC é composto pelos seguintes deputados estaduais de Minas Gerais: Rogério Correia (PT), Gilberto Abramo (PRB), Ivair Nogueira (PMDB), Paulo Lamac (PT), Ulysses Gomes (PT), Adalclever Lopes (PMDB), Adelmo Carneiro Leão (PT), Almir Paraca (PT), André Quintão (PT), Antônio Júlio (PMDB), Bruno Siqueira (PMDB), Carlin Moura (PCdoB), Carlos Henrique (PRB), Celinho do Sinttrocel (PCdoB), Durval Ângelo (PT), Elismar Prado (PT), José Henrique (PMDB), Maria Tereza Lara (PT), Paulo Guedes (PT), Pompílio Canavez (PT) , Sávio Souza Cruz (PMDB), Tadeuzinho Leite (PMDB)
SERRA E ALCKMIN: A CORDA E O PESCOÇO


Serra & Kassab deram mais um giro na política de destruição do PSDB de SP criando um cenário de guerra fratricida no coração do governo Alckmin. O esvaziamento municipal das bases do partido, iniciado na semana passada com a saída de sete vereadores da legenda, teve novo capítulo nesta 2º feira com a desfiliação de Walter Feldman, um dos fundadores da sigla e serrista notório. Jogado às feras pelo desafeto, Alckmin revira o saco de maldades, amplo, e expõe à luz do sol as mazelas entranhadas na administração serrista nas áreas da educação, transportes, urbanismo etc.

A autópsia do ‘grande gestor' ganhou contornos de crime de prevaricação e talvez explique o revide dos serristas no final da tarde da 2ºfeira , com a saída de Feldman. Segundo a insuspeita 'Folha de SP' (25-04) Alckmin desativou um gigantesco esquema de ‘terceirização' de recursos educacionais que deveriam servir à rede pública mas foram transferidos pela dupla Serra & Paulo Renato a convênios privados na prestação de serviços de ensino de inglês.

Detalhe da ‘eficiência do projeto': serviços terceirizados para aulas não obrigatórias, fora do horário regular dos estudantes. Custo do acepipe aos cofres públicos: R$ 41 milhões por ano. Total destinado a mesma finalidade nos centros de inglês do Estado (sim, eles existem): R$ 810 mil. Em síntese, Serra e Paulo Renato gastaram R$ 507 reais por aluno fora da rede num projeto no mínimo mal desenhado. Reservaram ao ensino público equivalente R$ 14 por aluno.

É a velha metodologia tucana: sucatear o que é público para legitimar o privado. A guerra suja dentro do PSDB de São Paulo soa como um balão de ensaio: Serra quer se impor nacionalmente como única alternativa tucana em 2014. Seus métodos são conhecidos. A disputa assume contornos de uma embate sem volta entre a corda e o pescoço. Resta saber quem será o pescoço.

(Carta Maior; 3º feira, 26/04/2011)

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#224 Mensagem por Tricampeão » 28 Abr 2011, 23:56

A blindagem do Aécio não se deve apenas ao domínio que os coronéis exercem sobre a mídia venal, mas também aos acordos políticos com a oposição local, com vistas às eleições presidenciais. Já se fala de negociações para 2014.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#225 Mensagem por Compson » 29 Abr 2011, 10:52

Parafraseando Mark Twain, os rumores sobre a inteligência política do mineiro foram ligeiramente exagerados.

Mudo meu palpite: Sérgio Cabral x Eduardo Campos em 2018, numa disputa entre esquerdas moderadas, sem oposição mas também sem PT.

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