Corrupção é coisa de político?
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OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
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Re: Corrupção é coisa de político?
Infelizmente a corrupção esta em todos os lugares, pra tudo tem um jeitinho, um acertinho. A corrupção virou um câncer no nosso país.
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Re: Corrupção é coisa de político?
Ela só é masi visivel atualmente em nosso país, mas é um mal que assola a humanidade desde que demos o primeiro passo.robertonunes escreveu:Infelizmente a corrupção esta em todos os lugares, pra tudo tem um jeitinho, um acertinho. A corrupção virou um câncer no nosso país.
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Re: Corrupção é coisa de político?
verdade que a humanidade tenha conhecido desde seus primórdios esta nefasta chaga social, mas se os ladrões forem nossos parentes ou correligionários, está tudo certo, afinal como diz o ditado, "Mateus, primeiro os meus"
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Re: Corrupção é coisa de político?
Estudo sobre a corrupção e as sociedades dos insetos
Inteligência entomológica
Um estudo publicado na revista PLoS ONE em setembro mostra como a punição severa aos corruptos e a proteção e benefícios aos punidores promovem uma sociedade cooperante e sadia, sem corrupção. Quando olhamos um formigueiro em funcionamento, a primeira coisa que vem à cabeça é como uma sociedade de insetos pode ser mais produtiva e eficiente que a nossa. A resposta é simples: não existem corruptos, existem regras e elas são obedecidas.
A falha na sociedade humana é que quem pune quem não coopera pode ser punido por retaliação ou sofrer ameaças e acaba até correndo risco de extinção, e esse custo para o punidor acaba provocando uma tolerância maior à não colaboração dos outros e consequente deterioração da sociedade. Na grande maioria das sociedades de insetos não há perdão. Não colaborou, vira inimigo, o que é considerado cientificamente um sistema de retidão. Porém, algumas raras sociedades de insetos permitem que os punidores desertem, como ocorre em uma espécie de vespa e uma de formiga. Esse modelo é interpretado como corrupto: nesses dois casos a sociedade se beneficia dos desertores, pois, apesar de tolerantes, continuam contribuindo, mesmo que pouco, para o grupo.
Estudos mostram que entre humanos a corrupção deteriora os laços sociais, estimula a criminalidade e gera desconfiança na hierarquia, reduzindo investimentos e o desenvolvimento sustentável. A corrupção piora a saúde psíquica e física.
Os pesquisadores Duenez-Guzman e Sadedin entendem que na sociedade humana o interesse econômico promove a não punição para os não colaboradores, isto é, fomenta a corrupção, e a única maneira de evitá-la é promover benefícios financeiros para o agente punidor e infligir alto custo para o infrator. Baseados na teo¬ria de que a punição a quem não coopera pode melhorar substancialmente a performance de uma sociedade, e que é fundamental que os punidores sejam poupados de retaliação e tenham um poder hierárquico maior, como na sociedade dos insetos, os pesquisadores criaram jogos teó-ricos com tipos de sociedades com interações diferentes entre seus personagens: punidores desertores, punidores não corruptos, corruptos e os colaboradores.
Os autores concluem que a sociedade humana existe com a interação de todos esses tipos, mas em um equilíbrio bastante instável onde a diferença entre o poder dos punidores corretos contra a soma de seus desertores com o número de corruptos é que define o sucesso. Mesmo uma discreta diferença a favor da honestidade, como um posto mais alto na sociedade para os corretos, pode fazer a diferença, pois a busca dessa posição social melhora a colaboração de todos contra os corruptos e reduz o número de deserções entre os punidores.
Segundo o estudo, o caminho para a retidão social é um só: todos da sociedade precisam contribuir remunerando os punidores e precisam aumentar drasticamente os custos para corruptos e desertores. Os autores acreditam que, se a colaboração entre humanos fosse baseada apenas na punição, a corrupção seria universal, inversamente proporcional à deserção e diretamente relacionada ao bem-estar da sociedade. Mas ela cresce junto, alimenta o crime, e piora o desenvolvimento. Portanto, a sociedade ideal é aquela onde todos podem punir os corruptos e devem colaborar, e a pior sociedade é aquela onde existe um enorme número de colaboradores e o poder está na mão dos corruptos.
A democratização e o surgimento do aparato policial facilitou o aparecimento da corrupção na sociedade moderna. Mas as sociedades que mudaram o equilíbrio tendendo à correção obtiveram ganhos bem maiores que as que permaneceram corruptas. A chave para a mudança é uma punição equalitária, uma justiça sem distinção. Poupar alguns criminosos e condenar outros provoca desequilíbrio social e revolta entre os colaboradores. A melhor saída é a justiça e não a vingança.
http://www.cartacapital.com.br/sociedad ... omologica/
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Re: Corrupção é coisa de político?
Opa
Existe corrpução nos diversos TD do gpguia alem dos comportamentos aqui, imagine na nossa sociedade e no sistema brasileiros
abs
Existe corrpução nos diversos TD do gpguia alem dos comportamentos aqui, imagine na nossa sociedade e no sistema brasileiros
abs
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Re: Corrupção é coisa de político?
Lista aponta 10 "práticas de corrupção" comuns no dia a dia do brasileiro
BBC – Brasil
Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e o Instituto Vox Populi.
Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano.
"Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público", diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira.
Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público "O que você tem a ver com a corrupção", que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético.
Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes, nem percebem que se trata de corrupção.
Não dar nota fiscal
Não declarar Imposto de Renda
Tentar subornar o guarda para evitar multas
Falsificar carteirinha de estudante
Dar/aceitar troco errado
Roubar TV a cabo
Furar fila
Comprar produtos falsificados
No trabalho, bater ponto pelo colega
Falsificar assinaturas
"Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções", afirma o promotor. "Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção."
Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.
Otimismo
Mas a sondagem também mostra dados positivos, como o fato de 84% dos ouvidos afirmar que, em qualquer situação, existe sempre a chance de a pessoa ser honesta.
A psicóloga Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo (representante no Brasil da Transparência Internacional), afirma que em 12 anos trabalhando com ações anti-corrupção ela nunca esteve tão otimista - e justamente por causa dos jovens.
"Quando começamos, havia um distanciamento do jovem em relação à política", diz Lizete. "Aliás, havia pouco engajamento em relação a tudo, queriam saber mais é de festas. A corrupção não dizia respeito a eles."
"Há dois anos, venho percebendo uma grande mudança entre os jovens. Estão mais envolvidos, cobrando mais, em diversas áreas, não só da política."
Para Lizete, esse cenário animador foi criado por diversos fatores, especialmente pela explosão das redes sociais, que são extremamente populares entre os jovens e uma ótima maneira de promover a fiscalização e a mobilização.
Mas se a internet está ajudando os jovens, na opinião da psicóloga, as escolas estão deixando a desejar na hora de incentivar o engajamento e conscientizá-los sobre a corrupção
"Em geral, a escola é muito omissa. Estão apenas começando nesse assunto, com iniciativas isoladas. O que é uma pena, porque agora, com o mensalão, temos um enorme passo para a conscientização, mas que pouco avança se a educação não seguir junto", diz a diretora. "É preciso ensinar esses jovens a ter ética, transparência e também a exercer cidadania."
Políticos x cidadão comum
Os especialistas concordam que a corrupção do cotidiano acaba sendo alimentada pela corrupção política.
Se há impunidade no alto escalão, cria-se, segundo Lizete, um clima para que isso se replique no cotidiano do cidadão comum, com consequências graves. Isso porque a corrupção prejudica vários níveis da sociedade e cria um ciclo vicioso, caso de uma empresa que não consegue nota fiscal e, assim, não presta contas honestamente.
De acordo com o Ministério Público, a corrupção corrói vários níveis da sociedade, da prestação dos serviços públicos ao desenvolvimento social e econômico do país, e compromete a vida das gerações atuais e futuras.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... ileiro.htm
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Re: Corrupção é coisa de político?
Exatamente o que me levou a abrir este tópico com seu texto inicial.
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Re: Corrupção é coisa de político?
http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... corrupcao/
http://www.cartacapital.com.br/sociedad ... corrupcao/
Como o Brasil se situa no ranking mundial da corrupção
Paulo Nogueira 5 de dezembro de 2012 17
Um novo levantamento da Transparência Internacional permite enxergar a floresta e não apenas a árvore
Um olhar para a floresta sempre ajuda a entender melhor a árvore.
Temos discutido intensamente, e apaixonadamente, a corrupção no Brasil.
Mas e o Brasil no mundo?
Um levantamento publicado hoje pela Transparência Internacional (TI) — entidade sem fins lucrativos destinada a aferir a lisura dos países – ajuda a enxergar a árvore brasileira no meio da floresta mundial.
O leitor do Diário pode adivinhar os países que estão no topo da honestidade e retidão. Sim, claro, os escandinavos.
A Dinamarca é o país mais limpo do mundo, segundo o estudo. A Finlândia vem logo a seguir. Suécia, Noruega e Islândia estão no pelotão da frente.
Pausa: a causa maior deste Diário é, modesta porém tenazmente, contribuir para que o Brasil caminhe na direção da Escandinávia. Assim estaremos na frente das listas boas – liberdade de imprensa, liberdade de expressão, justiça social – e atrás na ruins, a começar pelo número abjeto de miseráveis.
Bem, o Brasil ficou numa posição intermediária.
Entre 176 países estudados, ficamos na 69.a colocação. A TI atribui notas que vão de 0 a 100. Como nas escolas, quanto mais altas, melhor.
O Brasil tirou a nota 43. A campeã Dinamarca, 90. Algumas referências, abaixo do Brasil: a Itália, com 42, ficou em 72.o lugar. A Rússia, com 28, em 133.o. A Argentina, com 35, em 102.o.
Mais referências, agora acima: os Estados Unidos, com 73 pontos, ficaram em 19.o. A Espanha, com 65, em 30.o. O vizinho Chile, com 72, em 20.o.
O Brasil ocupa uma posição intermediária, portanto. É, hoje, aquele aluno mediano cujos pais nem se desesperam e nem se encantam com o boletim.
Há um longo caminho a percorrer, se quisermos nos aproximar na Escandinávia, mas não estamos no marco zero.
E se colocarmos em perspectiva os dados anualmente compilados pela TI?
Bem, estamos melhor hoje do que estávamos.
Em 2000, por exemplo, a nota ia de 0 a 10, e os países pesquisados eram 91 apenas. O Brasil, com 4 (o equivalente a 40 na métrica atual), ficou na 46.a posição entre os 91 países estudados.
Claro: na frente, em todos estes anos, a Escandinávia.
O que fazer?
“Os governos devem levar suas ações anticorrupção a todas as esferas públicas de decisão”, diz Huguette Labelle, presidente da TI. “As prioridades são melhores regras para lobby e financiamento político, mais transparência nos gastos e contratos públicos, e medidas para que os órgãos públicos prestem mais contas para a sociedade.”
Uma das vantagens de levantamentos mundialmente respeitados como estes da Transparência Internacional é que permitem, aos que têm boas intenções, discutir corrupção sem gritaria e sem distorções oportunistas. Permitem também constatar onde estão as melhores práticas e adotá-las, para encurtar o caminho.
É inaceitável — como acontece no Brasil — que a discussão sobre a corrupção se trave sem que a lição de limpeza dos países escandinavos, invariavelmente campeões em ética pública, seja devidamente estudada.
Dê um google e veja quantas reportagens você encontrará sobre o exemplo nórdico no combate à corrupção — e em tantos outros tópicos.
É uma lástima.
http://www.cartacapital.com.br/sociedad ... corrupcao/
Da Carta Capital
Lula e o combate à corrupção
Pedro Estevam Serrano
Os casos do “mensalão”, Operação Porto Seguro e tantas outras noticias de investigações e ações judiciais contra integrantes e agentes do governo federal criam em parte da população a impressão de que o governo do PT é dos mais corruptos da história, para usar a desmedida expressão de alguns veículos quanto ao julgamento da ação 470. Por outro lado, a uma parcela da população fica a impressão da persecução indevida a Lula, Dilma, seus governos e partido. Isso pode ser verdade em relação à mídia na maior parte desses casos, mas o mesmo não pode ser dito dos órgãos de apuração que, na maioria das vezes, nada mais fazem que cumprir seu dever legal.
Em verdade os fatos são complexos. Envolvem sim uma postura disseminadora de ódio por parte de boa parte dos grandes veículos de mídia na forma como estes traduzem em versões os fatos. Trazem como manchete qualquer fofoca de bar, numa postura de evidente mau e anti-ético jornalismo, muitas vezes sem qualquer apuração real e excluindo a priori qualquer fato que contrarie a lógica moralista e espetacular do escândalo, por mais verdadeiro que se apresente. Por outro lado, muitas vezes tratam-se sim de fatos criminosos praticados por agentes públicos, que podem ocorrer em qualquer governo e país e que devem ser adequadamente apurados e punidos.
Se por um lado ninguém desconhece que temos uma mídia parcial, pouco plural e servil a interesses de nossas elites, propagadora do ódio de classe, do qual Lula tem sido há tempos a vítima predileta, de outro também ninguém desconhece que em nossos meios políticos e em nossa burocracia estatal vige uma cultura histórica de práticas corruptas das mais variadas estirpes e de cujo combate nosso desenvolvimento como Estado Democrático de Direito carece.
O combate à corrupção pode, em certas circunstâncias históricas, ser estimulado por manchetes, mas a manchete não combate por si a corrupção. Muitas vezes, a manchete serve mais ao moralismo servil e ao ódio irracional em lugar de concretamente mitigar o combate racional, cotidiano, institucional e eficaz à corrupção.
O verdadeiro combate à corrupção se realiza, como demonstra a experiência histórica global, com a formação de órgãos e instituições estatais independentes, fortes, bem remuneradas e profissionalizadas. Ao mesmo tempo, é preciso haver uma cultura social que acolha este combate, cortando na própria carne, aceitando, por exemplo, que o filho vá para a cadeia quando é pego bêbado dirigindo ou em qualquer outra prática delituosa. Não há Estado honesto a partir de uma sociedade desonesta.
Não se combate a corrupção com discursos moralistas, no mais das vezes hipócritas, mas sim com um duplo trabalho. Mudança da estrutura estatal de combate e mudança da cultura social.
Uma primeira consequência do início do combate à corrupção é o aumento de sua percepção pela população.Temos o perverso efeito de que o governo que promove a criação e implementação de órgãos realmente independentes de apuração é o que mais sofre as consequências políticas desta criação, pois corrupção é um mal humano, ocorre em qualquer governo. Quando não existem órgãos que apurem os crimes, a percepção de sua existência é bem menor que quando esses órgãos existem.
No Brasil, o combate à corrupção vem se ampliando desde a restauração da democracia, mas teve dois momentos marcantes: A promulgação da Constituição de 1988, que criou as normas básicas de independência do Judiciário e do Ministério Público, e o governo Lula, que criou as condições materiais para a real existência de uma Policia Federal independente e bem remunerada, um Ministério Público que fosse mais que um engavetador de investigações, ampliando de fato sua autonomia face ao Executivo, e pela implementação de nomeações ao STF de ministros não ligados politicamente ao Executivo, com isso fomentando sua independência.
O trabalho de combate à corrupção, no entanto, estagnou, exatamente por conta da ação exacerbadamente partidária de nossa mídia e pela inação do PT como partido de oposição nos Estados.
Ao contrário do Executivo e do Legislativo, que têm competências muito concentradas na União, nosso Judiciário e, por consequência, Ministério Público e Polícia Judiciária, têm competências descentralizadas pela Federação. Em verdade, a maior parte dos crimes de nosso Código Penal são de competência de julgamento e apuração dos Judiciário, Ministério Público e polícias estaduais.
Para que o aparelho estatal esteja pleno em termos de combate à corrupção as medidas do governo Lula teriam de se estender aos Esatdos membros da Federação, quais sejam de criação de fato de uma polícia independente e bem remunerada, um Ministério Público efetivamente autônomo face ao Executivo e um Judiciário não servil aos governadores.
Infelizmente estamos longe disso nos principais Estados da Federação. Polícias Judiciárias submissas ao Executivo por conta de legislações que não lhes conferem real autonomia, policiais pessimamente remunerados (o que faz a corrupção corroer esses instituições, como antes ocorria com a Polícia Federal), Ministérios Públicos que atuam em investigações contra prefeitos, em especial os da oposição, mas que engavetam quase tudo que diz respeito aos governadores, ainda são comuns.
Muitas vezes, membros das cúpulas dessas instituições vêm a ocupar cargos relevantes nos primeiros escalões. Enquanto Lula nomeou um PGR eleito pelos demais membros do MP Federal, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, nomeou o segundo colocado na respectiva eleição do MP Estadual, prática que evidentemente não estimula a independência da instituição.
Os Judiciários Estaduais têm extrema dependência das verbas orçamentárias do Executivo para arcar com seus custos. O que é um excelente salário em termos nacionais não o é num Estado como São Paulo, por exemplo, com alto custo de vida. O sistema de teto salarial puniu os juízes em fim de carreira, exatamente aqueles competentes para o julgamento de governadores e demais autoridades superiores. Tudo isso dificulta a realização da independência dos Judiciários Estaduais.
O que se observa é que nada foi feito no âmbito dos principais Estados da Federação para implementar medidas de real e permanente combate à corrupção. E a mídia se mostra silente e complacente quanto a isso por óbvias simpatias partidárias com o núcleo PSDB/PFL que governa Estados como São Paulo, Minas Gerais etc, embora Estados governados pelo PT também não sejam necessariamente exceção a esta regra.
A mídia nada fala quanto à inação de medidas legislativas que confiram independência às polícias estaduais, que aumentem sensivelmente suas remunerações trazendo-as ao nível da Polícia Federal, que estipulem real independência aos MPs Estaduais e ampliem o orçamento do Judiciário cobrando também do governo federal alteração na política de remuneração dos juízes.
Também a mídia nada apura nos governos estaduais, como se fossem ilhas de honestidade. Não é o que ocorre. O que há é ausência de percepção pela ausência de órgãos realmente independentes de apuração e por uma mídia “chapa branca” regional. Nos Estados, ela não investiga, ou por não mais saber investigar sem apoio de investigações estatais ou por não querer investigar por simpatias partidárias dos donos dos veículos de comunicação.
Num momento em que a mídia e parte da população comemora os ultra duvidosos resultados do julgamento do “mensalão” é importante lembrar que ele não teria ocorrido:
- sem a investigação independente da Polícia Federal no modelo criado pelo governo Lula. A antiga PF jamais realizaria uma investigação assim contra figuras importantes do partido governista, isto era impensável antes de Lula;
- sem a atuação do atual PGR nomeado a partir de eleição entre os membros de sua carreira. Tendo sido o mais votado, ele não foi escolhido por qualquer critério pessoal ou ideológico de Lula, mas sim pelo fato de ter sido o mais votado por seus pares;
- sem a atuação de Joaquim Barbosa e outros ministros nomeados por Lula e Dilma a partir de critérios republicanos, como demonstra até o resultado do julgamento. Mesmo que injusto, ninguém o acusa de influenciado ou influenciável por qualquer injunção do Executivo
Este modo de agir de Lula, como estadista, aquele que pensa no futuro do Estado e não em seus interesses ocasionais como governante, é que precisa ser reproduzido pelos governadores, trazendo os Estados ao esforço empreendido pela União no sentido de implementar e manter estruturas estatais permanentes, independentes e bem remuneradas de combate à corrupção, sem medo de que o aumento natural de percepção gere prejuízos. O pais agradece e a história saberá reconhecer.
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Re: Corrupção é coisa de político?
Me atendo à questão que intitula o tópico:
É sim. Como provou a turma do PT, que defende que o mensalão foi inevitável e também que eles não são diferentes dos outros.
É sim. Como provou a turma do PT, que defende que o mensalão foi inevitável e também que eles não são diferentes dos outros.
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Re: Corrupção é coisa de político?
Bom, na política tem mais oportunidades.
A ocasião faz o ladrão, e a falta de oportunidade faz a honestidade.
A ocasião faz o ladrão, e a falta de oportunidade faz a honestidade.
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Re: Corrupção é coisa de político?
qualquer um daqui inclusive eu, não reclamaria de ganhar seus 15~20mil reais sem fazer nada e tirando mais uma grana extra por assinar ou deixar de assinar algo
infelizmente quem tá lá em cima se não falar a mesma língua ou te ameaçam ou te matam com um tiro na testa, é mexendo no bolso do cabra que você conhece realmente quem ele é
é algo cuja mudança só é possível com uma manifestação em massa(da base da pirâmide, de baixo pra cima) pois
quem tem poder pra distribuir renda e criar leis atualmente é quem ganha 20 salários mínimos, agora vê se esse cara quer ver seu salário diminuir
infelizmente quem tá lá em cima se não falar a mesma língua ou te ameaçam ou te matam com um tiro na testa, é mexendo no bolso do cabra que você conhece realmente quem ele é
é algo cuja mudança só é possível com uma manifestação em massa(da base da pirâmide, de baixo pra cima) pois
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Re: Corrupção é coisa de político?
É verdade, mas o problema prático de hoje em dia é que o Brasil está com sua economia devagar, quase parando, e está difícil arrumar dinheiro para pagar esses parasitas.dunh4321 escreveu:qualquer um daqui inclusive eu, não reclamaria de ganhar seus 15~20mil reais sem fazer nada e tirando mais uma grana extra por assinar ou deixar de assinar algo
infelizmente quem tá lá em cima se não falar a mesma língua ou te ameaçam ou te matam com um tiro na testa, é mexendo no bolso do cabra que você conhece realmente quem ele é
é algo cuja mudança só é possível com uma manifestação em massa(da base da pirâmide, de baixo pra cima) pois
quem tem poder pra distribuir renda e criar leis atualmente é quem ganha 20 salários mínimos, agora vê se esse cara quer ver seu salário diminuir
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Re: Corrupção é coisa de político?
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3203945
Faça o que eu digo, mas não o que eu faço?
Edison Evaristo Vieira Junior
Um certo dia recebi uma mensagem eletrônica via Internet que listava uma série de práticas comuns no Brasil, que por muitos, são práticas vistas como sinal de esperteza, e não de desonestidade que minam o bem estar social como um todo.
Eis a lista de práticas nada aceitáveis em uma sociedade que visa se estabelecer com justiça e honestidade:
- Coloca nome em trabalho que não fez.
- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
- Paga para alguém fazer seus trabalhos.
- Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
- Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
- Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
- Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
- Fala no celular enquanto dirige.
- Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.
- Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
- Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.
- Viola a lei do silêncio.
- Dirige após consumir bebida alcoólica.
- Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
- Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.
- Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
- Faz "gato " de luz, de água e de tv a cabo.
- Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
- Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.
- Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.
- Comercializa objetos doados nas campanhas de catástrofes.
- Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
- Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
- Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
- Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
- Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
- Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
- Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.
- Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
- Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
- Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
- Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
Infelizmente muitas destas práticas são generalizadas, enquanto outras são esporádicas. Mas de qualquer forma são práticas que estão presentes no comportamento do brasileiro como uma espécie de cultura e poucos se escandalizam com estas atitudes. E o pior, muitos, se pudessem, as praticariam sem nenhum problema.
Outra questão é que estas práticas vão sendo ensinadas às crianças, através do exemplo que observam nos adultos.
O paradigmático de toda esta questão é que muitos destes que praticam estes atos são os mesmos que cobram melhores condições de ensino nas escolas públicas, cobram por melhores hospitais e o mais intrigante, reclamam da desonestidade dos políticos. Ora, como cobrar honestidade de políticos se o cidadão comum também não pratica a honestidade em seu cotidiano? Como difundir a honestidade se esta não é transmitida? Como valorizar a honestidade se esta é vista como esperteza e a honestidade como um insulto a inteligência?
Os políticos nada mais são do que o extrato da maioria.
Cabe aos cidadãos decentes e honestos difundirem sua honestidade e não se calarem diante das práticas que levam a um verdadeiro colapso da paz social, como se vê nos dias atuais.
A mudança de uma sociedade começa através dos pequenos atos e não nas grandes revoluções.
No dia em que nossa sociedade for composta por uma maioria honesta, a minoria desonesta não terá vez nem voz, mas o que se vê hoje é exatamente o contrário.
Definitivamente o “faça o que eu digo, mas não o que eu faço", não funciona.
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Re: Corrupção é coisa de político?
Por mais que o povo seja corrupto e até cause grandes prejuízos financeiros aos Estado, nada justifica os rombos milionários causados por esse "câncer" chamado políticos corruptos.
Existem coisas que não dá para comparar. Eu evito mas estaciono nas calçadas, falo no celular enquanto dirijo, trafego pela direita nos acostamentos num congestionamento, até estaciono em vagas exclusivas para deficientes, mas saquear cargas de veículos acidentados nas estradas tem um peso MUITO maior.
Muita coisa corrupta que o povo faz é porque não tem oportunidade de educação de qualidade e trabalho digno, que em parte deveriam ser facilitados pelo próprio Estado (políticos).
Eles que estão numa posição privilegiada é que deviam dar o exemplo...
Existem coisas que não dá para comparar. Eu evito mas estaciono nas calçadas, falo no celular enquanto dirijo, trafego pela direita nos acostamentos num congestionamento, até estaciono em vagas exclusivas para deficientes, mas saquear cargas de veículos acidentados nas estradas tem um peso MUITO maior.
Muita coisa corrupta que o povo faz é porque não tem oportunidade de educação de qualidade e trabalho digno, que em parte deveriam ser facilitados pelo próprio Estado (políticos).
Eles que estão numa posição privilegiada é que deviam dar o exemplo...
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