Galera, sei que o texto eh longo. Mas me parece uma descricao perfeita sobre o casamento, quando li isso vi minha situacao, minha mina me preciosamento para casar pois ela meio que ve mulheres que nao se casaram ate os 30 como "fracassadas". E alem do que, diz que vai casar ate 2012 e se nao for comigo arruma outro rapidinho, virei coadjuvante.

, Vejam abaixo
http://www.rejeitados.com.br/?p=2238
Quando eu era uma garotinha, minha mãe costumava ler para mim historinhas sobre princesas. Todas elas eram praticamente iguais: a princesa vivia infeliz e solitária até que um belo dia surge um príncipe perfeito capaz de trazer alegria para sua vida, aí eles se casam e “vivem felizes para sempre”. Nunca me conformei com isso, sempre perguntava à mamãe o que acontecia depois, mas ela nunca deu uma resposta satisfatória.
A maioria das garotas continua acreditando nos contos de fada, mesmo depois de grandinhas. Ficam posando de moderninhas, liberadas, se achando livres, mas na verdade o que elas buscam é encontrar o “príncipe encantado”. Aquele mesmo que as vovozinhas delas procuraram e não acharam!!!
Essas menininhas “modernas” acreditam agora que irão encontrar o tal príncipe numa balada qualquer da night burguesa (claro agora os tempos são modernos!). Elas costumam dizer que estão apenas querendo curtir a vida (acham que me enganam), que querem apenas conhecer vários rapazes e se divertir com eles. Mas o que acontece é o seguinte: elas pensam que acharam o tal príncipe, “dão” pro cara, daí ele sai fora, elas ficam todas machucadinhas, mas depois se recuperam, vão e fazem a mesma merda de novo, até um dia “dar certo”.
“Dar certo” quer dizer “finalmente achar o cara”. Até lá, elas vão “dando errado” mesmo!
Não é à toa que essas meninas não gostam de sexo… pois sexo para elas é apenas a ferramenta de que elas dispõe para tentar vários caras até “dar certo”.
Vamos supor então que a menininha da nossa história, depois de muito sofrer pelos caras “errados” (sem demonstrar claro, pois ela diz para todos que estava apenas se divertindo), finalmente encontra seu príncipe. E ele é exatamente do jeito que ela sonhou desde criança quando ouvia de sua mãe aquelas historinhas de princesas. Ou prefere acreditar que ele seja daquele jeito que sempre sonhou, afinal o tempo está passando e ela se sente obrigada a casar, pois não quer ser considerada uma fracassada.
O que importa para a garota dessa história é passar pelo grande teatro que é a cerimônia do casamento. Ela sempre quis se vestir igual a uma princesa no tão sonhado vestido branco e viver todos aqueles ritos dos contos de fada.
O noivo nessa história toda? Mero coadjuvante! O dia do casamento é o dia dela, dia de princesinha. E tudo ocorre como nos contos de fada, cerimônia perfeita, todos felizes… seria lindo se a história terminasse aqui, poderíamos dizer realmente: “viveram felizes para sempre”.
Mas é exatamente aqui que começa a história que sempre me interessou e que minha mãe nunca contava:
Depois da lua de mel, o casalzinho comum volta para sua vidinha medíocre de sempre. O tal príncipe precisa voltar ao trabalho que não lhe dá prazer (o sonho dele sempre foi ser musico, “mas isso não dá dinheiro” seu pai lhe falou). Já a nossa princesinha gosta de seu trabalho como advogada, mas o príncipe é ciumento e não admite que SUA mulher conviva com outros homens. Então eles decidem que ela ficará tomando conta da casa, enquanto ele se encarregará de trazer sustento para o lar.
E assim vão seguindo a vida, ela infeliz por se sentir inútil, ele infeliz por trabalhar em algo que não gosta.
Com o tempo a princesa vai se afastando das amigas, afinal elas eram somente companheiras de baladas e agora não faz sentido ter amigas “fracassadas” que ainda estão “caçando” maridos. Mesmo que desejasse continuar a amizade, com certeza o príncipe não concordaria, e ela decide então nem pensar mais nisso. O príncipe continua suas amizades, mas agora não como antes, pois ele sente inveja dos amigos solteiros. Os amigos tem toda liberdade para sair e farrear depois de um longo e estressante dia de trabalho, e ele, pobrezinho, precisa voltar pra casa e aturar a esposa, que está cada dia mais insuportável.
Nem precisa dizer que o sexo entre os dois, que nunca foi muito bom, agora está uma bosta! A princesinha linda, gatinha, perfeitinha nunca soube transar. Só abre as perninhas e pronto. E o príncipe fica sem jeito de propor coisas mais interessantes, não só por insegurança, mas também porque ele já sabe que ela não vai gostar. Ele sempre soube que ela na verdade nunca gostou de sexo, muito menos de putaria! Ela tem vergonha e nojo de fazer certas coisas. Ele prefere então não chocar a mocinha e não pôr o relacionamento em risco, a velha história do “respeito com moças de família”.
Não é muito difícil imaginar como o príncipe resolveu esse probleminha: arranjou uma amante gostosa, que transa por prazer e não por obrigação. Mas na verdade isso nem vem ao caso, pois a traição é uma necessidade biológica mesmo e os “comuns” vão trair de qualquer jeito, por mais puta que a esposinha seja na cama.
Com o passar dos anos, os dois ficam cada vez mais frustrados e infelizes, então resolvem ter um filho. Um só não, resolvem ter um, e logo em seguida, outro. Assim o primeiro filho terá um irmão para brincar, para fazer companhia, para aprender a dividir as coisas. Tudo desculpa esfarrapada! O que nossa princesinha quer mesmo com as duas gravidez, é: se impor melhor na “profissão” de mãe, ter desculpas para ser estressada e assexuada-escrota, ter mais vítimas em quem despejar seus traumas e rancores, ter mais atividades práticas para compensar uma mente vazia, se sentir uma pessoa realizada por cumprir sua função, se sentir importante e respeitada. Enfim, ser alguém e ter uma função, o que é irrelevante para o mundo, mas pelo menos é alguma coisa para ela.
Os dois filhos foram crescendo tratados pelos pais como vávula de escape para suas frustrações e problemas. O príncipe e a princesa se realizavam através da vida das duas crianças. A menina fazia aulas de balé. Não que ela gostasse daquilo, na verdade ela preferia fazer natação. Mas a mamãe sempre quis fazer balé e nunca pôde, agora a sua filhinha tem essa chance e ela não vai deixá-la desperdiçar. A menina está feliz? Ah, isso não importa, pois sua mãezinha está (será mesmo?). Já o quarto do garoto está lotado com instrumentos musicais: mini bateria, guitarra, violão, teclado… Nos natais, aniversários, dia das crianças, são sempre esses os seus presentes. Talento musical? Não, ele odeia musica, mas descobriu desde pequeno que aquilo era importante para o papai. Então, passou a fingir que gosta para não decepcionar seu “herói”. Com toda certeza essas duas pobres crianças serão adultos frustrados iguais seus pais, mas isso já é uma outra história.
Os filhos crescem, mas antes disso dão muitos problemas, claro. Mas os pais acham tudo muito lindo (ou fingem achar). Depois de crescidos, cada um segue sua vida, o príncipe e a princesa ficam novamente sozinhos e infelizes (algum dia deixaram de ser?) em casa.
Basicamente é isso que acontece depois do famoso “viveram felizes para sempre”. Dependendo do casal, pode haver algumas variações no “script”, tais como: divórcio, escândalos ou até morte.
Quando eu era criança, minha mãe sempre preferiu contar somente a parte bonitinha da história. E é essa parte que ainda hoje as pessoas adoram mostrar, sempre empurrando para debaixo do tapete os grandes deslizes da moralidade que fazem parte de suas vidinhas medíocres.
Não estou sendo pessimista. Acredito que é possível ser casado e feliz. Mas o problema é que, do modo como os “comuns” idealizam e buscam (pelo romantismo, machismo e monogamia bitolada), fica totalmente impossível. Isso só cria problemas para eles e para os outros que os aturam.
___________
Tópicos unidos. Pessoal, vamos só dar uma pesquisada antes de abrir novos...
Brand - 09-12-09