"Para não dar de olhos fechados"

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#151 Mensagem por Compson » 13 Set 2011, 11:43

Gilmor escreveu:Creio que para começar os trabalhos por sugestão do colega...
Compson escreveu: Eu não estou cobrando leitura, apenas coerência. ..
...poderíamos analisar a questão sob a ótica da coerência, por oportuno trago a baila as seguintes frases (do mesmo forista nesse mesmo tópico):


Compson escreveu: Estou apenas alertando que o BOPismo ultrapassou um novo umbral para além da cegueira físico-sexual.
Compson escreveu: Que nada, ela é muito mais que uma oponente... Aliás, muito mais que uma princesa: ela é minha Rainha!
Me pegou!

A segunda frase realmente é BOPismo para uma GP que, pouco tempo antes, eu havia caracterizado como alcoólatra e cronista mediana...

::basta::

Não vou me explicar de novo: leia os posts ao redor, atente para a metáfora do xadrez, depois procure o post em que eu digo que meu objetivo não é ganhar a partida, mas confundir os lados do tabuleiro... Talvez você entenda!

Compson
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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#152 Mensagem por Compson » 13 Set 2011, 12:43

salsicha escreveu:É preciso também deixar bem marcado que as putas hoje oferecem em troca de dinheiro algo que cada vez tem menos valor monetário. Quem duvida disso, basta dar um rolê pela Rua Augusta, nas noites mais agitadas e perceberá gente de todo tipo, das mais diversas idades, circulando com as mais diversas intenções, inclusive de sexo casual, gratuito, com gente interessante (não necessariamente jovem, bela ou rica - há outros valore no mundo, graças a Deus!).
E onde tínhamos o reduto das putas, hoje as encontramos acanhadinhas, já meio fora do contexto.
Bastante rico esse parágrafo!

Vou tentar discutir 3 coisas: (1) o que significa o fato da baixa rua Augusta ter deixado de ser um reduto de putas; (2) se o sexo tem realmente cada vez menos valor monetário; (3) se eu acho desejável que o sexo tenha cada vez menos valor monetário.

(1)

Acho que a transformação da rua Augusta é apenas uma contingência histórica, do mesmo modo algumas regiões de Higienópolis, outrora reduto da "grande burguesia" paulista, hoje estão repletas de travestis. Isso não significa que os travecos estão se sobrepondo aos ricos, mas que alguns determinantes incentivaram os ricos a saírem dali e os travecos a entrarem.

De modo semelhante, a fama da baixa Augusta a transformou em reduto ideal para uma certa juventude de classe média que acha meio transgressor andar no meio de putas e traficantes e isso tornou o local atraente para o desenvolvimento de baladas e bares. Além, é claro, da localização privilegiada.

Mas se a prostituição da Augusta (e de rua em geral) é um item em decadência ou extinção, a prostituição por outros meios, principalmente de free lancers e boate, nunca foi tão "próspera", se é que esse termo é adequado.

(2)

Portanto, não acredito que o sexo tenha cada vez menos valor monetário, mas só que as formas e o contexto de sua ocorrência estão mudando.

Mas há uma mudança mais importante, que condiciona essas formas e esse contexto. O sexo não apenas não tem menos valor monetário do que teve antes, mas está cada vez mais difícil distinguir o sexo em troca de dinheiro do sexo "gratuito". Quero dizer, o sexo pago é visto cada vez menos como uma saída de emergência para perdedores e cada vez mais como um substituto do sexo "gratuito".

O que a fauna diversificada da Augusta significa, na minha opinião, não é a substituição da putaria pela vida "civil", mas o gradual desaparecimento dessa separação.

(3)

Acho que isso pode ser desejável ou indesejável, dependendo do rumo que se dá para a prosa.

É indesejável se formos conservadores e pensarmos que "vida civil = bom/principal", "putaria = ruim/quebra-galho". Nesse caso, a putaria é apenas um substituto patético de uma vida civil idealizada mas não realizada (pois não realizável).

É desejável se entendermos a putaria como modelo de explicitação do jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas. Ou seja, se a putaria servir como conscientização de como a maioria dos relacionamentos ditos "espontâneos" são, na verdade, vazios. Não que a putaria seja um fim em si mesma, mas ela pode nos ajudar a pensar o que seria um relacionamento verdadeiramente espontâneo, ou seja, o que seria o amor.

---

[Nota de Aula]

Os debates progridem muito melhor quando os interlocutores, tal como o Salsicha, expõem com clareza e coragem suas ideias, em vez de apenas sugeri-las, guardando-as no peito como uma verdade íntima.

[Nota do Compson]

Aos meus "críticos", por este post eu respondo integralmente. Não tem ironia, não tem piada, podem atacá-lo!

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#153 Mensagem por pepsicool » 13 Set 2011, 15:32

oGuto escreveu:
pepsicool escreveu:Imagem
Nem tudo está perdido............reparem no jovem oriental na sala...........perceptível a sua ansiedade em levantar a mão e surpreender a todos com uma observação genial.....

Quando alguém aqui falou em "escola", estava na cara no que ia dar.....

P.S. Sem querer entregar, mas o sujeito no canto esquerdo, escorregado na cadeira, coçando a testa a imaginar o que estará ali fazendo, só pode ser o Pepsicool.

Putz !!! me descobriram !!!

oGuto
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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#154 Mensagem por oGuto » 13 Set 2011, 20:53

Compson escreveu: (3)
Acho que isso pode ser desejável ou indesejável, dependendo do rumo que se dá para a prosa.
É indesejável se formos conservadores e pensarmos que "vida civil = bom/principal", "putaria = ruim/quebra-galho". Nesse caso, a putaria é apenas um substituto patético de uma vida civil idealizada mas não realizada (pois não realizável).
É desejável se entendermos a putaria como modelo de explicitação do jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas. Ou seja, se a putaria servir como conscientização de como a maioria dos relacionamentos ditos "espontâneos" são, na verdade, vazios. Não que a putaria seja um fim em si mesma, mas ela pode nos ajudar a pensar o que seria um relacionamento verdadeiramente espontâneo, ou seja, o que seria o amor.
Mesmo não compartilhando totalmente dessa visão, um conhecido psiquiatra e psicoterapeuta costuma dizer que o "relacionar com putas" sequer pode ser considerado um relacionamento, já que, quando muito, não passa de masturbação terceirizada.
Entretanto, antes de entrar na análise do seu comentário e da opinião mencionada (que utilizarei em minha argumentação), acrescento ao raciocínio algo exaustivamente discutido em vários tópicos : o valor cobrado pelas putas (relevante, visto que na essência dessa “não relação”).
E, ao contrário do que se tem afirmado nesses mesmos tópicos, tal preço nada tem a ver com as credenciais das meninas, mas simplesmente ao valor que cada um dá ao seu próprio gozo.
Dito isso, é evidente que existem muitos a valorizar além da lógica essa função fisiológica, a ela agregando valores apenas encontráveis dentro da mente de cada um.
Nesse ponto, indo pelo raciocínio do referido psicoterapeuta, resta constatado que tal alta do preço cobrado pelas putas é composto mais pelas expectativas do putanheiro, muito ingênuas por sinal, já que irreais, visto que inexistente o primordial, qual seja, um real relacionamento.
Paga-se, portanto, pelas próprias expectativas quanto ao próprio gozo.
Por esse motivo, mais uma vez não vejo relação entre o se relacionar com putas evidenciar o "jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas", uma vez que nessas, mesmo que num mínimo nível, alguma relação de fato se estabelece, o que não ocorre na putaria.
Obviamente, estabelecida essa relação, cabe a cada um mensurar a sua qualidade e se adequada às suas expectativas.
Ou seja, não há obrigatoriedade de nada e, por consequência, a ela também é inerente a mesma liberdade do “gozar e cair fora”, existente e exageradamente enaltecida na putaria.
O que difere da eventual dificuldade de cada um assim agir, o que talvez explique a infantil demonização das mulheres em geral, a rechear incontáveis tópicos.
Portanto, a “explicitação do jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas” sequer necessita da putaria “como modelo”, uma vez que se dá, indubitavelmente, com muito mais vigor e realismo dentro dessas mesmas relações.
Quanto à cogitação de que “a putaria é apenas um substituto patético de uma vida civil idealizada mas não realizada (pois não realizável)”, a questão não se equaciona pela não possibilidade de realização, mas pela consciência dela.
Inexistente essa idealização, porque haveria de ser a putaria um substituto?
Não vejo lógica, muito menos consistência, em se atribuir mais peso ao que se idealiza do que à realidade em si.
No mais, aproveitando, o caro Salsicha, como em todos os seus costumeiramente brilhantes posts, sempre evidencia que cada um sempre achará na vida aquilo que procura.
Em cima disso, diria que o caro Compson, por enquanto, apenas está a enxergar o que tem desejado ver.

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#155 Mensagem por salsicha » 13 Set 2011, 22:39

Turminha, pensei que havia trancado o tópico com meu post gigante.

O confrade considera que, ainda que a putaria de rua esteja em decadência, as novas formas de comunicação e a "independência" das garotas abre outras portas para o ofício, com prosperidade.

Realmente, um tanto leigo nas questões de putas de flat - acho que realmente não me interesso por elas. Faço considerações sempre pela média. Desconsidero as "tops". E, convenhamos, para bancar 2 ou 3 mil reais por mês só de aluguel, a moça tem que ter um pouco de bala na agulha. E para fazer o giro, precisa anunciar, preferencialmente em vários veículos. Será que a maioria das putas de flat faz 40 ou 60 programas / mês? Sinceramente, não saberia dizer. Com 40 x 250, teríamos 10 pilas. Mas se ela já deixa uns 2 ou 3 de aluguel, ficam só 7 ou 8, menos uns trocados dos anúncios. Assim, não faz muito mais dinheiro do que uma moça mediana em uma boate.

Penso que, para as garotas, trabalhar em flat pode representar alguma vantagem não monetária, já que, no lugar de ficar sendo chimbada por muitos e tomando toco de outros tantos, horas a fio, dia após dia, ficam lá em seus "ninhos", ora agendando, ora trabalhando, quando não borboleteando...

O que não curto mesmo são as cativas do Lido, Savoy e Metrópole. Sim, tem puta que diz textualmente que só atendem nesses lugares! Verdade que são hotéis, mas como frequentados por tantas putas e putanheiros ficam também com um clima de puteiro, com a diferença de que o cliente não pode ver nem falar com uma série de moças para se decidir, não há shows, boas bebidas, porções etc. Sem contar o fato de que, se a moça pretende ser uma atendente "de luxo", prestar serviço exclusivamente em lugares medíocres já torna a missão prejudicada.

Enfim, fugi bastante do tema e só reprisei o que já disse em tantos outros tópicos.

A ideia da nossa ilustre colega era discutir "como fazer para não dar de olhos fechados", mas a questão parece ter sido esgotada: não são as putas que são feias, mas os putanheiros que bebem pouco e vice-versa.

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#156 Mensagem por kssabu1 » 13 Set 2011, 22:41

oGuto escreveu:
Compson escreveu: (3)
Acho que isso pode ser desejável ou indesejável, dependendo do rumo que se dá para a prosa.
É indesejável se formos conservadores e pensarmos que "vida civil = bom/principal", "putaria = ruim/quebra-galho". Nesse caso, a putaria é apenas um substituto patético de uma vida civil idealizada mas não realizada (pois não realizável).
É desejável se entendermos a putaria como modelo de explicitação do jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas. Ou seja, se a putaria servir como conscientização de como a maioria dos relacionamentos ditos "espontâneos" são, na verdade, vazios. Não que a putaria seja um fim em si mesma, mas ela pode nos ajudar a pensar o que seria um relacionamento verdadeiramente espontâneo, ou seja, o que seria o amor.
Mesmo não compartilhando totalmente dessa visão, um conhecido psiquiatra e psicoterapeuta costuma dizer que o "relacionar com putas" sequer pode ser considerado um relacionamento, já que, quando muito, não passa de masturbação terceirizada.
Entretanto, antes de entrar na análise do seu comentário e da opinião mencionada (que utilizarei em minha argumentação), acrescento ao raciocínio algo exaustivamente discutido em vários tópicos : o valor cobrado pelas putas (relevante, visto que na essência dessa “não relação”).
E, ao contrário do que se tem afirmado nesses mesmos tópicos, tal preço nada tem a ver com as credenciais das meninas, mas simplesmente ao valor que cada um dá ao seu próprio gozo.
Dito isso, é evidente que existem muitos a valorizar além da lógica essa função fisiológica, a ela agregando valores apenas encontráveis dentro da mente de cada um.
Nesse ponto, indo pelo raciocínio do referido psicoterapeuta, resta constatado que tal alta do preço cobrado pelas putas é composto mais pelas expectativas do putanheiro, muito ingênuas por sinal, já que irreais, visto que inexistente o primordial, qual seja, um real relacionamento.
Paga-se, portanto, pelas próprias expectativas quanto ao próprio gozo.
Por esse motivo, mais uma vez não vejo relação entre o se relacionar com putas evidenciar o "jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas", uma vez que nessas, mesmo que num mínimo nível, alguma relação de fato se estabelece, o que não ocorre na putaria.
Obviamente, estabelecida essa relação, cabe a cada um mensurar a sua qualidade e se adequada às suas expectativas.
Ou seja, não há obrigatoriedade de nada e, por consequência, a ela também é inerente a mesma liberdade do “gozar e cair fora”, existente e exageradamente enaltecida na putaria.
O que difere da eventual dificuldade de cada um assim agir, o que talvez explique a infantil demonização das mulheres em geral, a rechear incontáveis tópicos.
Portanto, a “explicitação do jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas” sequer necessita da putaria “como modelo”, uma vez que se dá, indubitavelmente, com muito mais vigor e realismo dentro dessas mesmas relações.
Quanto à cogitação de que “a putaria é apenas um substituto patético de uma vida civil idealizada mas não realizada (pois não realizável)”, a questão não se equaciona pela não possibilidade de realização, mas pela consciência dela.
Inexistente essa idealização, porque haveria de ser a putaria um substituto?
Não vejo lógica, muito menos consistência, em se atribuir mais peso ao que se idealiza do que à realidade em si.
No mais, aproveitando, o caro Salsicha, como em todos os seus costumeiramente brilhantes posts, sempre evidencia que cada um sempre achará na vida aquilo que procura.
Em cima disso, diria que o caro Compson, por enquanto, apenas está a enxergar o que tem desejado ver.
Uma pergunta para a qual também não tenho a resposta, mas que me ocorreu subitamente.
Será que o que dá prazer ao putanheiro não é o ato de poder pagar por essa "masturbação terceirizada"? Não vejo outra justificativa para tolerância com relação aos aumentos de preço.
Mais ainda, será que este mecanismo de prazer em poder pagar não está tão incrustado em algum canto obscuro do subconsciente do putanheiro a ponto de ele achar que é um ato/fato natural? Afinal o(s) encontro(s) puta x putanheiro não podem ou devem ser considerados relacionamentos.

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#157 Mensagem por salsicha » 13 Set 2011, 23:11

Se é fato natural não sei, mas que muitos (eu inclusive) ficam com outras referências, isso sim.

Muita coisa passa a ser comparada com a putaria.
Você bate o carro.... 2 pilas prá arrumar... poxa, basta comer 10 putas a menos.

O amigo vai lá, compra um carro financiado... 10 contos de juros.
Putz, poderia ter juntado, comprado à vista, ou ficado mesmo com o carro velho e comido dezenas de putas!

Prazer em poder pagar não tenho. Tanto que gosto de negociar, não compro bebidas, não dou presentes... Mas isso sem ser mão de vaca; se a mina é legal e topa, um bom motel, um restaurantezinho... até um bar ou cinema!

No mais, sempre fui controlado em relação ao que ganho no ano e o que gasto na putaria. Se os preços sobem, faço menos visitas - se encontro uma pechincha, fico liberado para aumentar a frequencia.

Quanto à "crise" na putaria, antes discutida, cabe lembrar que, conforme minha última visita à primeira página deste fórum, encontramos agora mais programas de 200 e alguns de 150 e até de 100, como há um bom tempo não se via. Se a maré estivesse tão boa, todas estariam nas almejadas cifras de 250, 300 ou mais.

Acredito que, com os preços voltando ao normal, assim como os dos imóveis, do dollar, as transações voltarão à ocorrer de modo a atender melhor as partes envolvidas, sem precisar de tanto anúncio e pirotecnia inócua; afinal, deve ser dado valor ao serviço, ao contato humano, à freguesia e não aos intermediários. Ou seja, não cabe às putas enriquecerem os anunciantes, os donos de flats, muito menos tentar repassar valores abusivos aos putanheiros. É preciso que elas sejam adequadamente remunerada e que eles desembolsem o mínimo possível. Assim, defendo que parte da cadeia seja, inteligentemente sacada fora.

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#158 Mensagem por Fortimbrás » 14 Set 2011, 07:58

oGuto escreveu:[quote="Não vejo lógica, muito menos consistência, em se atribuir mais peso ao que se idealiza do que à realidade em si.
.
Não concordo. Se há algo que não falta a tese do Composon é lógica . A consistência idem.

Você não as vê porque não raciocina assim. A sua colocação se refere a algo extremamente pessoal, onde não cabe formular uma tese tão abrangente . E idealizar a putaria pode ter muitos sentidos, alguns, como se poderá ver, extremamamente pragmáticos, visto que intimamente ligados a expectativas de consumo e de situações cotidianas e não de idealização da putaria em si.

A "realidade em si" reside exatamente na idealização da putaria por parte de certas pessoas. O Gpguia é a maior prova disso. E, também, na não idealização da mesma por parte de outras , mesmo que em maior ou menor escala esses que dizem não idealizar o façam de aguma maneira peculiar. Veja só esse trecho de seu post: "Paga-se, portanto, pelas próprias expectativas quanto ao próprio gozo." Isso, de certa forma, é idealizar o gozo. O sujeito vê na pretadora em questão uma boa oportunidade de conseguir, a determinado preço, um orgasmo completamente excelente. Essa é a realidade em si e ela diz respeito ao Bolinho e ao Rubens Castilho.

A putaria pode funcionar de inúmeras maneiras na psique masculina e pode ter , da mesma maneira, inúmeras "utilidades". Nesse caso, é inegável a idealização da putaria. O putanheiro em questão adota a prática por supor que, se não pagar, não vai poder foder com uma mulher bonita ou muito bonita. Se lermos alguns relatos que abundam nesse forum, veremos muitos putanheiros se referirem ás prestadoras de serviço através de diminutivos de sua alcunha profissional, veremos emoticons, veremos declarações de amor.

Alguns buscam o que não podem , ou acham que não podem ter na vida civil.

E há os que buscam comodidade e enxergam a putaria como uma prestação de serviço e é desta forma que fazem seus relatos e expressam sua satisfação ou seu desagrado em face do serviço recebido.

Esses buscam uma buceta diferente, um gemido diferente, um cheiro diferente do que tem em casa. Há quem diga que a putaria sirva para salvar alguns casamentos, ao contrário da infidelidade usual, que alia envolvimento emotivo ao fight propriamente dito.

Muita gente entre os solteiros diz que opta pela puta porque não tem paciência para cortejar a mulher e se envolver em todo esse ritual pré acasalamento que , em alguns casos, demora mais ( ou muito mais) de um encontro.

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#159 Mensagem por Compson » 14 Set 2011, 13:08

oGuto escreveu:Mesmo não compartilhando totalmente dessa visão, um conhecido psiquiatra e psicoterapeuta costuma dizer que o "relacionar com putas" sequer pode ser considerado um relacionamento

(...)

o valor cobrado pelas putas (relevante, visto que na essência dessa “não relação”).

(...)

expectativas do putanheiro, muito ingênuas por sinal, já que irreais, visto que inexistente o primordial, qual seja, um real relacionamento.

(...)


"jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas", uma vez que nessas, mesmo que num mínimo nível, alguma relação de fato se estabelece, o que não ocorre na putaria.
Você notou que todo o seu ponto assenta-se num argumento de autoridade sem autoridade (um famoso psiquiatra e psicoterapeuta anônimo, certamente um desses detestáveis especialistas da conformização social, como o Flávio Gikovate).

Portanto, queira definir o que entende por "relacionamento real" e explicar por que essa definição exclui a putaria...

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#160 Mensagem por Compson » 14 Set 2011, 13:10

salsicha escreveu:Enfim, fugi bastante do tema e só reprisei o que já disse em tantos outros tópicos.

A ideia da nossa ilustre colega era discutir "como fazer para não dar de olhos fechados", mas a questão parece ter sido esgotada: não são as putas que são feias, mas os putanheiros que bebem pouco e vice-versa.
Acho que não fugimos tanto... Talvez você tenha perdido essa parte, mas há muito, muito tempo, num lugar muito distante, este tópico chamou-se "A verdade sobre os putanheiros" e, de certo modo, é a natureza de nossa "atividade" que estamos discutindo...
kssabu1 escreveu:Uma pergunta para a qual também não tenho a resposta, mas que me ocorreu subitamente.
Será que o que dá prazer ao putanheiro não é o ato de poder pagar por essa "masturbação terceirizada"? Não vejo outra justificativa para tolerância com relação aos aumentos de preço.
Acho que a "tolerância aos aumentos de preço" depende de dois fatos: (1) não se trata tanto de tolerância, mas de conformismo, pois não temos tanto poder assim (organizar ações coletivas é extremamente difícil em qualquer situação, ainda mais quando o "custo" é ter de ficar com as calças fechadas; (2) orgulho de admitir que não se pode/deve pagar tão caro.

Mas uma coisa nessa questão me intriga. Aqui no GPGuia, a pergunta não faz sentido, pois todo mundo tem pau grande, habilidades sociais e pega mulher pra caralho...

Mas lendo uns quadrinhos sobre putaria no Canadá, o autor declara que tinha dificuldades de se relacionar com mulher e, uma vez estabelecida a intermediação do dinheiro, as dificuldades desapareciam. A que será que se deve esse fenômeno?

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#161 Mensagem por Gilmor » 14 Set 2011, 14:36

Compson escreveu:
oGuto escreveu:Mesmo não compartilhando totalmente dessa visão, um conhecido psiquiatra e psicoterapeuta costuma dizer que o "relacionar com putas" sequer pode ser considerado um relacionamento

(...)

o valor cobrado pelas putas (relevante, visto que na essência dessa “não relação”).

(...)

expectativas do putanheiro, muito ingênuas por sinal, já que irreais, visto que inexistente o primordial, qual seja, um real relacionamento.

(...)


"jogo de interesses que move as relações civis ou gratuitas", uma vez que nessas, mesmo que num mínimo nível, alguma relação de fato se estabelece, o que não ocorre na putaria.
Você notou que todo o seu ponto assenta-se num argumento de autoridade sem autoridade (um famoso psiquiatra e psicoterapeuta anônimo, certamente um desses detestáveis especialistas da conformização social, como o Flávio Gikovate).
Boa jogada!!

Aguardemos o contra ataque...

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#162 Mensagem por oGuto » 14 Set 2011, 20:05

Compson escreveu:Você notou que todo o seu ponto assenta-se num argumento de autoridade sem autoridade (um famoso psiquiatra e psicoterapeuta anônimo, certamente um desses detestáveis especialistas da conformização social, como o Flávio Gikovate).
(i) Para não atravancar o debate, sugiro que expresse suas opiniões pessoais diretamente a quem pretenda atacar (achará o devido canal de comunicação com o mesmo, facilmente, via Google)
(ii) Antes, esclareço que o contexto da afirmação do referido psiquiatra responde ao questionamento se uma esposa /namorada deva considerar como traição ter descoberto que o marido/namorado saiu/sai com putas. Ou seja, muito ponderativo, conciliador e favorável ao putanheiro pego em flagrante.
(iii) E exatamente por aquilo que definiu como “conformização social”, é que deixei claro que não concordo totalmente com a referida opinião. No mais, duvido muito que tal pensamento livre a cara de algum putanheiro pego nessa situação.
(iv) De resto, concordo plenamente que não há relacionamento algum entre putanheiro e puta, razão da utilização dessa afirmação, não mais de outro, mas de minha convicção.
Compson escreveu:Portanto, queira definir o que entende por “relacionamento real" e explicar por que essa definição exclui a putaria......
(v) Novamente, para não atravancar o debate discutindo o que seja real ou não, sugiro uma saída muito simples: quando efetuar o seu próximo TD , pergunte à própria puta qual seria a visão dela sobre essa questão.
(vi) Mas, como sei que tal saída não será a ideal, já que não terá sequer a coragem para entrar nesse assunto com a moçoila, por ora sugiro uma segunda alternativa de entendimento: basta utilizar a cognição inerente a um garotinho de uns, digamos, três anos de idade, que a todos chama de tio e tia, mas que já sabe muito bem quem são, de fato, seus tios e suas tias.
Fortimbrás escreveu:
oGuto escreveu:Não vejo lógica, muito menos consistência, em se atribuir mais peso ao que se idealiza do que à realidade em si.
(vii) Caro Fortimbrás, não me refiro às argumentações gerais do caro Compson, mas apenas a este trecho:
Compson escreveu:Nesse caso, a putaria é apenas um substituto patético de uma vida civil idealizada mas não realizada (pois não realizável).
Isto posto, prezado Compson, podemos continuar.
Interessante, porém, que reinicie a discussão apenas quando recolher maiores fundamentações sobre o assunto com a outra ponta da corda: as putas.
Perceptível que falta combinar com elas aquilo que através delas pretende obter.

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#163 Mensagem por Compson » 15 Set 2011, 13:38

Vejam que, em vez de esconder-se atrás de sua própria obscuridade, oGuto agora está apelando para uma puta:
oGuto escreveu:
Compson escreveu:Portanto, queira definir o que entende por “relacionamento real" e explicar por que essa definição exclui a putaria......
(v) Novamente, para não atravancar o debate discutindo o que seja real ou não, sugiro uma saída muito simples: quando efetuar o seu próximo TD , pergunte à própria puta qual seria a visão dela sobre essa questão.
Hipotetizemos a puta. Para o bem da discussão, vamos admitir que esta ainda não tenha se apaixonado pelo Compson, mesmo após os oito orgasmos que este lhe proporcionou só com oral. Pois bem, estão, o Compson e a Puta, deitados na cama do Lido:

Compson: Puta, o oGuto mandou perguntar se você considera o que você tem comigo como um relacionamento?

Puta: Não.

Compson: Por quê?

Puta: Porque com você eu só estou querendo ganhar uma grana, é só interesse...

Compson [tristonho]: Hum...

Puta: É que não rola afetividade, não é a mesma coisa, entende?

Compson: E com quem rola afetividade?

Puta: Meu namorado...

Compson: Afetividade como?

Puta: Ah, amor, cumplicidade, tesão, carinho...

Compson: Você quer dizer que um relacionamento baseia-se em afetividade, que, por sua vez, depende de amor, cumplicidade, tesão, carinho...?

Puta: É...

Compson: Partimos da premissa de que entre nós (e por extensão, no encontro entre qualquer puta e qualquer putanheiro) não existe nenhum relacionamento porque não existe afetividade?

Puta: Isso.

Compson: Bom, entre nós existe carinho, então posso descartar o item “carinho” como relevante para a diferença...

Puta: Não, peraí...

Compson: Peraí por quê?

Puta: Com meu namorado é carinho sincero, com você é carinho por dinheiro.

Compson: Então a verdadeira diferença não é carinho, mas sinceridade?

Puta: Pode ser.

Compson: Mas você não está sendo sincera comigo? Você diz que está me dando algo que eu quero, fazer e receber carinho, em troca de algo que você quer, dinheiro! Isso parece bastante sincero para mim...

Puta: Mas não é disso que eu estou falando.

Compson: Mas do que é que você está falando? [Arnold, in memoriam]

Puta: Estou falando que com você o carinho é em troca de dinheiro, com meu namorado é sincero, quer dizer, eu não espero nada em troca, não tem interesse...

Compson: Então a diferença não é exatamente sinceridade, mas interesse e desinteresse?

Puta [meio irritada]: Sim, ué... Você é sincero quando faz as coisas sem interesse.

Compson: Ok, mas se você não tem interesse no seu namorado, por que você faz carinho nele?

Puta: Porque é gostoso...

Compson: E fazer algo que é gostoso não é interesse?

Puta: Ah, sei lá, faço para agradar.

Compson: Bom, se aquele boquete que você fez em mim não foi para agradar, sinto lhe dizer que você falhou miseravelmente.

Puta: Foi, mas...

Compson: Se a diferença é “fazer para agradar”, então não há diferença alguma entre mim e seu namorado. Como, por definição, não há relacionamento entre nós dois, suponho que, até agora, não encontramos relacionamento entre você e seu namorado.

Puta [com sorriso irônico]: Mas você é bem burro, né?

Compson: Sou?

Puta: Você sabe do que eu estou falando...

Compson: Não, eu não sei! Me explica...

Puta [agressiva]: Com você é pago! Com meu namorado é de graça... Essa é a diferença!

Compson: Ok, vamos recapitular.

Puta [com ar de tédio]:: Aaah...

Compson: Você disse que não temos nenhum relacionamento.

Puta [fazendo um sim irônico com a cabeça]: ...

Compson: E que tem um relacionamento com seu namorado.

Puta: ...

Compson: E que a diferença é que comigo é por interesse, com seu namorado é por afetividade.

Puta: ...

Compson: E, pelo que concluímos, a afetividade se define pela ausência de interesse, que, por sua vez, se define pela ausência de pagamento, ou seja, pelo fato de você ter dado sem cobrar.

Puta: ...

Compson: Então, toda vez que você deu sem cobrar foi um relacionamento afetivo?

Puta: De certo modo... Não digo afetivo, mas pelo menos alguma atração o cara me despertou, se não pela pessoa, ao menos pelo carro, pelo status...

Compson: Então você está mudando novamente a diferença: não é mais afetividade, e sim atração?

Puta: Atração é um tipo de afetividade.

Compson: Mas qual você considera a diferença fundamental entre sua relação com os putanheiros e com seus outros parceiros: afetividade ou atração?

Puta: Atração, pois afetividade mesmo eu não tive com todos os parceiros.

Compson: Você disse que já se sentiu atraída por status?

Puta: Sim.

Compson: Mas qual a diferença entre sexo por status e sexo por meus contados $200 contos?

Puta: Toda, ué. Status me excita, gosto de homens com postura e poder. Tenho realmente vontade de dar para eles. No seu caso é só a grana mesmo, não tenho vontade nenhuma...

Compson: Nossa!

Puta: O quê?

Compson: Você mudou o critério de novo: agora não é mais a atração que o cara desperta, mas o desejo que você sente.

Puta: É, isso mesmo! Tem cara que eu desejo e dou de graça; tem cara que não desejo e, se quiser me comer, tem que pagar... É isso: o corpo é meu, eu dou pra quem e pelos motivos que eu quiser!

Compson: Sem dúvida! Mas você acha que isso é suficiente para determinar de uma vez por todas o que é e o que não é relacionamento?

Puta: Claro, sou maior de idade, pago minhas contas, eu decido quais são e quais não são meus relacionamentos conforme o meu desejo!

Compson: Mas o seu desejo não é o que você tem de mais particularista e mais interesseiro? Não estamos falando exatamente do contrário daquilo que nós definimos como “afetividade”?

Puta [levantando-se da cama]: Não, você está confundindo tudo. Existe o desejo enquanto querer coisas específicas e existe o desejo enquanto sentimento. O que media minha relação com os clientes é o desejo enquanto querer uma coisa específica, o dinheiro... Não existe sentimento, eu provavelmente nem vou lembrar de você amanhã! Isso é interesseiro!

Compson: Mas quando você tem “desejo-sentimento” você não deseja nada específico?

Puta [colocando a calcinha minúscula e ajeitando-a no rego com a bunda voltada para Compson]: Eu desejo pessoas. E desejo de um modo que não dá pra controlar, entende? Como sentimento!

Compson: Se o critério para ter um relacionamento com você é agradar seu capricho incontrolável, bom proveito para quem o desfrute!

Puta [colocando o sutiã]: Não é bem assim...

Compson: E que não me culpem por pagar para evitá-lo!

Puta [já praticamente vestida]: Não é capricho incontrolável... São meus sentimentos reais que me levam a estabelecer relacionamentos reais.

Compson: Mas que diabos são esses relacionamentos reais?

Puta [já vestida, esperando a grana na porta]: Ah, sei lá! Acabou o tempo! Pergunta pro oGuto, ele que me meteu nessa...

Compson: Tá bom!
Compson escreveu:Portanto, queira definir o que entende por "relacionamento real" e explicar por que essa definição exclui a putaria...

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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#164 Mensagem por pepsicool » 15 Set 2011, 15:49

ainda bem que o pagamento foi feito na saida ...........se fosse feito na chegada.............

Gilmor
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Re: "Para não dar de olhos fechados"

#165 Mensagem por Gilmor » 15 Set 2011, 16:18

pepsicool escreveu:ainda bem que o pagamento foi feito na saida ...........se fosse feito na chegada.............
Sem dúvida a puta cobrou taxa extra:
Compson escreveu: Puta [já vestida, esperando a grana na porta]: Ah meu filho, pra foder a paciência é mais caro....

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