Concordo com você, o maior problema é que muitos não querem enxergar ou verbalizar isso. Como dizia um jurista amigo meu, a classe dominante não se pune, logo, todo o sistema jurídico é montado para proteger seus membros. Caso alguém tenha curiosidade, há muitos estudos sobre a natureza bifronte do direito penal, seja na instância primária (onde as leis são feitas) ou na secundária (onde as leis são aplicadas).Compson escreveu:Eu só quis dizer que essa mentalidade não tem nada de novo entre os ricos. Não quis dizer que todo rico pensa assim, apenas que sempre houve ricos que pensam (e agem) assim, só não saiam falando fora de seus círculos de confiança.estressado escreveu:Os filhos dos pobres não têm mais respeito pelos outros do que os filhos dos ricos... Alguns playboyzinhos são pitboys, alguns pobres viram assaltantes/traficantes/sequestradores. Os de classe média podem ir pra ambos os lados...
A comparação entre playboys e traficantes também me parece estranha... Quem tem mais probabilidade de se foder pra valer (se foder mesmo, não pagar uma multa alta, um advogado caro ou uma indenização milionária, mas ser morto ou jogado na cadeia por 30 anos): o pitboy ou a imensa maioria dos traficantes?
A questão aí não é a mentalidade de cada um, mas o que a punição que os membros de cada classe efetivamente irão sofrer.
Exemplos disso são frequentes como no caso do cidadão que inspirou o filme meu nome não é Johnny, se ele fosse pobre e não contasse com um bom advogado. Teria passado muitos anos em cana.
Essa sensação de impunidade é muito forte e fica pior quando o adolescente observa o mundo real.