Vermeer escreveu:Concordo, também sou contra o voto obrigatório.
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Vermeer escreveu:Concordo, também sou contra o voto obrigatório.
Eu sou contra obrigar a qualquer coisa, porém, muito porém, nosso país..tem uma massa de pessoas facil para serem influenciadas.forçaaereabrasileirabrasi escreveu:Vermeer escreveu:Concordo, também sou contra o voto obrigatório.
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Cadê Carnage?!!!Carnage escreveu:Tenho a curiosidade de saber como o colega chegou à certeza de que na boca da urna muitos mudam de voto. Nunca observei o fenômeno no meu círculo de amigos e conhecidos.roladoce escreveu:Concerteza, na hora H, muitos vão mudar seus votos, como eu já fiz![]()
Eu, pessoalmente, jamais fiz tal coisa. Sempre me decidi bem antes da eleição em quem votar. Não porque não tenha perdido o meu tempo pensando a respeito, e sim porque sempre comecei a pensar muito no assunto bem antes das eleições. Mesmo assim já cometi o que julgo agora terem sido erros. Como ter votado no Covas em seu primeiro mandado de governador...
Já me arrependi. Agora, mudar de idéia pouco antes das eleições, isso nunca.
Interessante observar que os eleitores paulistas são julgados por alguns como maduros e conscientes de suas escolhas quando elegem reiteradamente o PSDB e seus aliados para cargos importantes no estado, Só que estes mesmos eleitores vão dar ao Tiririca uma votação impressionantemente expressiva, bem como eleger o Netinho para o senado! Que isso diz de sua capacidade real de escolha?Tricampeão escreveu:Eleição do Tiririca: os paulistas foram inutilizados para a prática democrática pelos meios de comunicação oligopolizados. Precisam de uma reciclagem. Tiririca neles. Daqui a quatro anos, vão voltar a dar valor ao seu voto.
Sei muito bem que as duas figuras são membros de partidos que fazem parte da base de apoio do PT, mas até aí, como já disse muitas vezes, eu sempre estive aqui mais pra atacar o PSDB do que pra defender o PT.
Netinho e Tiririca são fruto do oportunismo destes partidos de base, que perceberam que poderiam explorar a indigência mental do eleitor paulista pra alavancar suas bancadas e representatividade no legislativo.
E do oportunismo do PT que se aliou a praticamente todo mundo que se predispôs a fazê-lo de modo a conseguir maiorias importantes que viabilizassem seus projetos para o país.
A estratégia pode parecer sórdida até, mas dá sinal de ser eficiente! Difícil recriminar a iniciativa do ponto de vista puramente prático!
A culpa, em última instância é do eleitor, que tema cabeça pra votar nestas figuras da mesma forma que tem a cabeça que o faz achar que Alckimin, Serra e Kassab fizeram bons governos em São Paulo, quando na verdade estes foram pífios e até mesmo desastrosos.
Não?? A Gleisi do PT se elegeu senadora, ultrapassando Gustavo Fruet (favorito dos tucanos locais) e Requião (ex-governador-filho-da-puta cuja vitória era certa, mas por muito pouco não se elegeu).fazendeiro mt escreveu:Santa Catarina e Paraná o PT tambem nao deu sorte![]()
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Pois é. Desobrigar o voto não eliminaria os currais eleitorais do interior dos estados, ou dos bolsões de miséria das capitais. Tem políticos que ainda são tratados como SANTOS em algumas regiões porque acolhem e empregam comunidades e famílias inteiras em fazendas, ou dão dinheiro vivo pra vítimas de seca ou enchentes... ou compram a confiança com qualquer linguiçada ou jantar.roladoce escreveu:forçaaereabrasileirabrasi escreveu:Vermeer escreveu:Concordo, também sou contra o voto obrigatório.
Eu sou contra obrigar a qualquer coisa, porém, muito porém, nosso país..tem uma massa de pessoas facil para serem influenciadas.2
Nosso país é feito de uma grande massa de "apolitizados" ou seja, nao tem convicção sobre assunto algum...vota na dilma, por que a namorada votou, vota no serra, pq o patrao elitista dele votou, vota em marina, pq o pastor mandou....
Ressaca nenhuma.Roy Kalifa escreveu:Entendo a raiva dos foristas paulistas.
O Tucanato governa Sampa desde 1994. É goleada !!!!!
O PT não consegue se criar em Minas e São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais do país. Por que será ? Vou responder eu mesmo. Pessoas mais esclarecidas dos grandes centros não caem no discurso fanfarrão do Lula. É a unica explicação plausível.
Os amigos Carnage, Tricampeão e Tiozinho devem estar a esta hora curando as suas ressacas...
Não entendo vocês. Uma hora São Paulo é um dos redutos de "pessoas mais esclarecidas" que sempre votam no PSDB (do mesmo jeito que votaram na Yeda? É isso??) Na outra é o local onde eleitores desqualificados votam no Tiririca. Será que um fenômeno é tão dissociado do outro assim? São exatamente os "desqualificados" que votaram no Tiririca que votaram na Dilma e no Mercadante? E dos "esclarecidos" que votaram no Alckmin nenhum votou no palhaço?Hammermart escreveu:Concordo. O Lula ter mais de 80% de prestígio e essa votação avassaladora do palhaço Tiririca colocam em cheque essa tese de que a democracia é a forma absoluta de escolha de bons governantes. Sou a favor da democracia, mas vejo nela também muitos defeitos, ainda que ache que é a menos ruim, não a perfeita.FURA-OLHO escreveu:Srs
Ué, deu zica????
Usando o raciocínio do Mercadante em São Paulo, 51,94% de brasileiros, fora os nulos, brancos e os que se abstiveram, puseram no chão a ilusão de que o Lula seja "o cara". Quanto ao Tiririca, um ótimo exemplo para que o nosso simples mortal Luiz Inácio reflita sobre a diferença entre populararidade e competência para a coisa. Aos que esbravejam contra o milhão e tantos votos que foram para a cesta do palhaçao Tiririca, será que criticam também alguns desses eleitores que, na sequência, cravaram na D. Dilma Rousseff para presidente?? Se abrem mão desses milhares de votos, está na hora de avisá-los, já que esses eleitores "desqualificados" retornarão às urnas no segundo turno.
Um abç a todos.
Em todo o caso, isso serve para baixar a crista do Lula.
Pois é. Mas até aonde o PT não deu sorte, e até aonde a crista de Lula tem que abaixar? A despeito da alegria de alguns, o PT se deu muito bem na eleição dos congressistas. Lula "capou" a oposição no Senado e o PT se deu muito melhor que seus opositores na Câmara.fazendeiro mt escreveu:Santa Catarina e Paraná o PT tambem nao deu sorte![]()
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http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com ... 10-31.htmlColigação de Dilma obtém 49 cadeiras no Senado
As eleições deste domingo renovaram dois terços das cadeiras; PMDB é o maior partido e o DEM, o maior derrotado das urnas
André Vieira e Gustavo Poloni, iG São Paulo | 04/10/2010 02:22
A coligação da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, terá 49 cadeiras no Senado, o suficiente para obtenção da maioria na casa legislativa. A união dos partidos que apoia o tucano José Serra terá 19 integrantes. Os eleitores renovaram neste domingo dois terços do Senado – 54 das 81 cadeiras.
Por mais uma legislatura, o PMDB será o maior partido no Senado Federal. A partir de 2011, os peemedebistas aumentarão sua bancada de 17 para 19 senadores. O PT também obteve um grande avanço, conseguindo mais seis cadeiras. Com isso, o partido de Dilma terá 14 senadores.
O grande derrotado foi o DEM. Os democratas viram o número de cadeiras cair mais da metade, reduzindo sua bancada de 13 senadores para seis assentos. Os tucanos também perderam. O PSDB terá cinco cadeiras a menos num total de 11.
O Senado continuará bastante fragmentado. Ao todo, 15 partidos terão representação na Casa, número igual à atual composição. O PV, da candidata Marina Silva à Presidência, não terá cadeira no Senado. O partido tinha apenas uma cadeira que pertencia à própria candidata. O PMN e o PPS passam a ocupar uma vaga cada no Senado.
Políticos derrotados
Na disputa ao Senado, políticos históricos perderam seu espaço. Marco Maciel (DEM), ex-vice-presidente da República, perdeu sua primeira eleição em 44 anos de vida política. Ficou em terceiro lugar na corrida ao Senado por Pernambuco. O senador tucano Tasso Jereissati foi outro que tentou a reeleição no Ceará, mas acabou em terceiro lugar.
O senador petista Aloizio Mercadante abriu mão da reeleição ao Senado para concorrer o governo paulista. Derrotado no primeiro turno por Geraldo Alckmin (PSDB), Mercadante não terá cargo eletivo em 2011. O senador Romeu Tuma (PTB) também não foi reeleito.
Portanto, a "massa ignorante" (da qual apenas uns 10% recebe esmolas do governo) apoiou muito mais o PT do que parece que vocês perceberam.Lula impõe derrota aos algozes e remodela o Senado
José Cruz/ABr
Tasso e Virgílio, dois dos 'pesos pesados' da oposição que a 'onda Lula' engolfou
A infantaria acionada por Lula contra os "algozes" de seu governo surtiu efeitos devastadores no Senado.
Foram à bandeja os escalpos de vários pesos pesados da oposição. Entre os senadores que tiveram a cabeça apartada do pescoço estão:
Arthur Virgilio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Marco Maciel (DEM-PE), Efraim Morais (DEM-PB), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Mão Santa (PSC-PI).
Do grupo de desafetos que Lula jurara de morte eleitoral, salvou-se apenas José Agripino Maia (RN), reeleito no Rio Grande do Norte.
Na hipótese de prevalecer sobre José Serra no segundo turno da eleição presidencial, Dilma Rousseff terá no “novo” Senado uma maioria larga.
Sob Lula, o governo arrostou dificuldades para aprovar até leis ordinárias. Emendas constitucionais, que exigem 49 votos, só saíam a fórceps.
Há no Senado, 81 cadeiras. Na nova composição, a maioria governista passa dos 50 votos.
Só o PMDB e o PT, sócios majoritários do consórcio que gravita ao redor do comitê de Dilma, somam 35 votos.
Levando-se ao balaio os senadores de legendas menores –PP, PR, PSB, PDT, PRB e PCdoB— chega-se a 53 votos. Adicionando-se o PTB, atinge-se 58.
Expurgando-se três dissidentes do PMDB –os já conhecidos Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) e o eleito Luiz Henrique (SC)-, fica-se com 55.
É um quorum de sonho. Se dispusesse de semelhante maioria em 2007, Lula talvez tivesse impedido o enterro da CPMF.
A presidência do Senado de 2011 continuará nas mãos do PMDB, cuja bancada foi tonificada. Tinha 18 senadores. Agora dispõe de 20.
O PT saltou da quarta para a segunda posição. Sua bancada foi de oito para 15 senadores. Só não chegou a 16 porque Aécio Neves não permitiu.
Além de eleger-se senador por Minas, o tucano Aécio carregou consigo Itamar Franco (PPS). Com isso, deixou pelo caminho Fernando Pimentel (PT).
Entre as novas estrelas do PT no Senado estão: Marta Suplicy (SP), Jorge Viana (AC), Lindberg Farias (RJ), Gleisi Hoffman (PR)...
...Wellington Dias (PI), Walter Pinheiro (BA) e José Pimentel (CE) –um dos responsáveis pela primeira derrota eleitoral da carreira de Tasso Jereissati.
De resto, reelegeram-se os petistas Paulo Paim (RS) e Fátima Cleide (RO), esta última uma estrela apagada.
Na composição atual, PSDB e DEM dividem a segunda colocação, cada um com 14 senadores. No “novo” Senado, a oposição vai definhar.
Os tucanos passarão a compor a terceira bancada –dez senadores. Entre eles Marconi Perillo, que disputa o governo de Goiás. Elegendo-se, ficam nove.
Seriam oito tucanos, não fosse uma surpresa produzida pelas urnas de São Paulo. Elegeu-se ali, à frente de Marta Suplicy, o grão-tucano Aloysio Nunes Ferreira.
O DEM foi, entre todas as legendas, a que mais definhou. De seus 14 senadores, restaram seis. A tribo ‘demo’ compõe agora a quarta bancada.
Um pedaço do infortúnio do DEM em Brasília se deve ao seu sucesso nos Estados. Dois titulares do DEM viraram governadores. Raimundo Colombo prevaleceu em Santa Catarina. Rosalba Ciarlini, no Rio Grande do Norte.
Ambos dispunham de mais quatro anos de mandato no Senado. A cadeira de Colombo será herdara por Casildo Maldaner (PMDB).
No assento de Rosalba será acomodado Garibaldi Alves (PMDB). Vem a ser o pai de Garibaldi Alves Filho (PMDB), reeleito neste domingo junto com Agripino Maia.
Para enfrentar no Senado um eventual governo Dilma, restaria a tucanos e ‘demos’ tentar uma aliança com outras legendas miúdas.
Porém, ainda que promovam acordos pontuais com PSOL, PMN e PPS, os dois maiores partidos da oposição reunirão em torno de si algo como duas dezenas de votos.
Lula tanto fez que proveu para Dilma o Senado que não teve. Se vencer, José Serra terá de atrair os partidos que hoje dão suporte ao governo petista.
Difícil não é. Partidos como o PMDB e assemelhados têm vocação para o governismo. Apoiam qualquer governo. Desde que recebam cargos e verbas.
Serra teria de se recompor com José Sarney. Velho desafeto do tucano, Sarney fez barba, cabelo e bigode neste domingo.
No governo do Maranhão, manteve-se a filha Roseana. Para o Senado, reelegeram-se os amigos Edison Lobão (MA) e Gilvan Borges (AP). E elegeu-se João Alberto (MA).
De quebra, renovou o mandato Renan Calheiros (PMDB-AL), aliado de todas as horas. Com esse cacife, Sarney já cogita recandidatar-se à presidência do “novo” Senado.
E a essa altura deve ele sim estar de ressaca:Peter_North em 21-09-2009 escreveu:Aqui onde eu moro, o PSDB não se reelege mas o PT não ganha mais nem eleição pra síndico, o Tarso vai perder para o Rigotto (PMDB) a próxima eleição.
Não importa o quanto os blogueiros vendidos de sempre ataquem o PSBD e adulem o PT, não importa o quanto pessoas repassem essas mentiras adiante... Acabou.
Tarso Genro é eleito governador com 54% dos votos
Em sua terceira tentativa, ex-ministro da Justiça do governo Lula obtém vitória inédita no Estado
04 de outubro de 2010 | 5h 39
Elder Ogliari
O ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) venceu ontem a eleição para o governo do Rio Grande do Sul no primeiro turno. O fato é inédito na história política do Estado, acostumado a disputas acirradas, sempre decididas na segunda rodada, por pequena margem.
Com todas as urnas apuradas, o candidato da coligação Unidade Popular Pelo Rio Grande (PT, PR, PSB e PC do B) teve 3.416.335 votos, correspondentes a 54,35% dos votos válidos, e não podia mais ser alcançado pelos adversários. O ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), teve 1.554.783 votos (24,74%) e a governadora Yeda Crusius (PSDB), candidata à reeleição, ficou em terceiro lugar, com 1.156.350 votos (18,4%).
Pouco depois de saber que a vitória estava assegurada, Tarso seguiu para o comitê de campanha. Ao sair, declarou que quer unir o Estado em torno de um programa, que não considera neutro. "Ele tem visão de desenvolvimento regional, de combate às desigualdades sociais, e queremos convocar todas as forças políticas que tenham simpatia por esse projeto."
Advogado, 63 anos, nascido em São Borja, Tarso conquistou o governo do Rio Grande do Sul depois de duas tentativas malsucedidas. Em 1990, quando ficou em quarto lugar, concorreu somente para marcar espaços para o PT, à época um pequeno emergente, no território político estadual. Em 2002 largou a prefeitura de Porto Alegre e provocou uma prévia que alijou da disputa o então governador Olívio Dutra, candidato natural à reeleição. Como perdeu a eleição, no segundo turno, para Germano Rigotto (PMDB), foi criticado pela sucessão de erros.
Planejamento. Desta vez, Tarso e o PT gaúcho fizeram uma campanha meticulosamente planejada para dar certo. Ainda na metade do ano passado, lançaram a candidatura por consenso e anteciparam-se a um possível pedido de apoio ao PMDB, de correntes do diretório nacional do PT, em troca da ampliação do palanque para a candidata à Presidência Dilma Rousseff. (...)
Dilma tem que conquistar o “voto religioso”
Os colonistas (*) da Globo se excitaram demais com a vitória que significou levar a eleição para o segundo turno.
Devagar com o andor.
O PiG (**) e seus colonistas (*) não levaram a eleição para o segundo turno.
Não foi a Lunus 2010 e a ação conjunta de denúncias, que começaram com a quebra de sigilo do Eduardo Jorge e terminaram com a Erenice.
A Dilma parou de subir e a Marina começou a subir com a questão religiosa.
O aborto.
O ateismo.
A luta política clandestina.
A Bláblárina Silva capitalizou tudo isso, e enrolou numa bandeira “verde”, capitalista.
A Traíra in natura – embora tenha perdido a eleição no Acre.
Ela não ganhou voto porque seja verde, cripto-capitalista ou porque seja da Natura.
E, sim, porque encarnou a “religiosidade”, a evangélica pura, imaculada.
Aquela que não acredita em Darwin.
Esse é o desafio da Dilma.
O Serra não herda isso automaticamente.
O Serra é tão religioso quanto democrata.
Não é Fernando Henrique quem diz que o Serra tem um “demoniozinho” dentro do peito ?
O Ricardo Guedes, da Sensus, me disse neste domingo à tarde que só um fator tirava a vitória da Dilma no primeiro turno.
A “questão religiosa”.
Esse é um voto silencioso, subterrâneo, confessional, que pesquisa de opinião pública não capta.
Fica todo mundo preocupado com a economia, com a reação política à economia e se esquece da “questão religiosa”, quando ela se associa à discussão de valores morais.
Quem melhor pode explicar como isso funciona, hoje, no Brasil, é a deputada federal eleita pelo Rio, Jandira Feghali.
Ela estava praticamente eleita Senadora e, na véspera da eleição, as igrejas do Rio foram invadidas de panfletos que a acusavam de defender o aborto.
Guedes lembrou o que aconteceu na primeira eleição do Bush.
Esqueça a Florida, diz o Guedes, onde houve fraude.
Em muitos outros pontos do país, sem que os institutos de opinião captassem, o eleitor foi para o Bush com medo do casamento gay.
Ao lado de tudo isso, deve haver, também, uma inclinação mais acentuada do voto feminino, da mulher religiosa, que zela e inspira a família.
A Dilma vai ter que levar os líderes religiosos para o palanque.
Explicar de novo o que pensa do aborto.
O Lula tem que relembrar que sempre foi católico devotado.
Falar da D Lindu.
Levar o José de Alencar para o programa eleitoral.
A Bláblárina e seus 19% aplicaram à política brasileira dose cavalar de um fenômeno insólito: a religião.
O bolso não foi a parte mais sensível do corpo do eleitor, no primeiro turno.
Como previu o Conversa Afiada, pode ser pela sacristia que o eleitor de Classe C, que o Lula fortaleceu, comece a votar no Berlusconi.
De novo, por não existir uma Ley de Medios, e, por isso, como não há debate sobre políticas públicas, foi possível enfiar a questão do aborto por debaixo da porta da campanha.
Não vai ser o Serra que vai conquistar esse voto.
Ele vai levar o voto neoliberal da Marina.
Do neoliberal que, no primeiro turno, votou na Marina, porque teve vergonha de votar no Serra.
O “voto religioso” deve ser da Dilma.
De novo, o Lula vai explicar isso a quem votou – por equívoco – na Marina.
Ele faz isso melhor do que ninguém.
Paulo Henrique Amorim
Em tempo: a leitura matinal do PiG (**) me obriga a enfatizar que o PiG (**) não levou a eleição para o segundo turno. Os 19% da Bláblárina não leem o PiG (**), não assistem à GloboNews nem distinguem a urubóloga de uma assombração. Deve ser um eleitor (especialmente eleitora) despolitizado, que, sinceramente, acreditava que a senhora do jatinho de US$ 50 milhões chegaria à Presidência. O PiG (**) pode espinafrar a Dilma, celebrar Onan e pensar que ressuscitou: mas, a eleição é outra. – PHA
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
http://www.viomundo.com.br/politica/qua ... do-pv.htmlTentando entender a onda verde que provocou o segundo turno
Por Luiz Carlos Azenha
Houve onda verde, sim. E a onda verde, que pegou de surpresa a todos os institutos de pesquisa, é que está levando a eleição presidencial para o segundo turno.
Dito isso, é preciso tentar entender o que alimentou essa onda verde.
Sinceramente, não acredito que isso se deva apenas à sórdida campanha movida por religiosos católicos e evangélicos contra a candidata governista.
Isso jamais renderia a Marina Silva mais de 18 milhões de votos!
Por dados anedóticos, colhidos aqui e ali, é possível notar que Marina respondeu a uma aspiração dos jovens, que se mostraram fartos com a polarização PT/PSDB.
Se assim for, a proposta do presidente Lula de promover a campanha em seus termos, ou seja, num confronto bipolar, fracassou nas urnas neste domingo.
Os eleitores de Marina querem saber mais. Querem mais que as produções de alta qualidade do marqueteiro João Santana.
Quem é leitor do blog sabe que já tratei mais de uma vez da falta de politização da campanha no primeiro turno.
Foi uma opção do PT, que parecia acreditar que bastava propagandear os feitos econômicos do governo — o que foi feito com competência na campanha televisiva — para garantir a vitória em primeiro turno.
Marina Silva se projetou, em minha modesta opinião, justamente nesse buraco negro da falta de politização.
Outra observação necessária: um presidente com 80% de aprovação nas pesquisas conseguiu transferir pouco mais da metade disso para a sua candidata.
Reflexo, em minha opinião, da falta de politização que acompanhou a ascensão social de milhões de brasileiros para a classe média. Vários comentaristas já trataram disso. Seria o “fator Berlusconi”. Ou seja, uma ascensão social que promove um eleitorado conservador, cuja lealdade não reflete compromisso político com um projeto e muito suscetível às questões morais — o boato de que o vice de Dilma é satanista, por exemplo. O “melhorismo” de Lula, na definição de Plínio de Arruda Sampaio, se assenta sobre bases mais frágeis do que se imaginava?
O segundo turno, em minha opinião, é resultado de um conjunto de fatores.
Sem qualquer sombra de dúvida, a mídia desempenhou um papel relevante, disparando balas de prata que reduziram sensivelmente a vantagem da candidata petista nas últimas semanas de campanha.
Acima de tudo, a mídia cumpriu a tarefa a que se propôs, de desviar o foco da eleição das questões econômicas para os escândalos.
Serra não recolheu os escombros, que cairam no colo de Marina Silva.
Acima de tudo, no entanto, é preciso colocar todos os pingos nos is dos erros na campanha da candidata governista:
1. Como todos sabíamos antecipadamente do papel que a mídia iria desempenhar em 2010, ninguém detectou o potencial explosivo dos negócios em torno de Erenice Guerra?
2. Por que a campanha de Dilma Rousseff não se antecipou aos boatos de forma didática, como Barack Obama fez nos Estados Unidos, criando um site específico para combatê-los?
3. Por que a campanha de Dilma não rebateu as promessas de José Serra e não politizou a campanha?
De qualquer forma, a votação expressiva de Marina Silva indica uma mudança significativa no quadro político brasileiro e, portanto, nos próximos 30 dias de campanha.
Acredito que a campanha de José Serra vai dar alguns passos em busca do centro político, representado agora pela “terceira via” de Marina. Ficará muito mais difícil, nestas circunstâncias, fazer agora a polarização politizada que o PT poderia ter feito durante a campanha do primeiro turno.
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 9981,0.htmQual será o futuro do PV?
por Carlos S. Bandeira
Se o PV declarar apoio a Serra num pouco provável 2º turno, como declarou José Luiz de França Penna, presidente nacional do partido, é sinal de que o grupo de Marina foi derrotado nas disputas internas. O grupo de Marina Silva saiu do PT com a promessa de levar o partido para a esquerda, tirando da influência do PSDB.
Um dirigente político próximo a Marina contou que, dentro do acordo para a entrada dela no PV, estava a progressiva renovação de toda a sua direção, que estaria encerrada no começo da campanha. Nessa renovação, a maior parte da direção seria formada por aliados de Marina, em sua maioria aguerridos petistas, diminuindo o peso da velha direção, próxima do PSDB.
Não se pode subestimar o peso político desse grupo, que é de esquerda. Tanto que fizeram uma grande discussão sobre a possibilidade de Marina entrar no PSOL. Não entraram no partido porque avaliaram que teriam menos alianças, apoios e votos em um partido de extrema esquerda e, principalmente, pelas condições que foram oferecidas pelo PV.
De duas, uma: ou Marina se divorciou do grupo que a acompanhou no seu mandato no Senado ou também será traída pela velha burocracia do PV, que teria mantido o controle partidário. Nesse quadro, o PV deve entrar em crise depois das eleições. Caso não se confirme a vitória de Dilma Rousseff no 1º turno, a crise deve estourar em outubro, em torno do posicionamento do partido na disputa da petista com José Serra.
Na campanha, o discurso de Marina coloca no mesmo nível os governos de FHC e Lula. Ou seja, parece que essa disputa está empatada. Na linha tênue da disputa interna entre os verdes tucanos e petistas, a campanha de Marina ficou amarrada, perdendo a perspectiva de discutir com profundidade os pontos fracos do modelo de desenvolvimento em curso no nosso país.
Por exemplo, os impactos ambientais e sociais do avanço do agronegócio (incluindo os transgênicos e os agrotóxicos), do desmatamento da Amazônia (inclusive a regularização da grilagem e a anistia aos desmatadores, com a MPs 422/458), as mudanças no Código Florestal, das grandes obras de infraestrutura (como a hidrelétrica de Belo Monte)
Além disso, a candidatura verde poderia ter manifestado a defesa da pequena agricultura e da Reforma Agrária (foi Marina que apresentou no Senado o projeto que fez do 17 de abril o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária), como alternativas para um novo modelo de desenvolvimento para a agricultura.
A partir do que projetavam as forças que estão ao lado da candidata desde os tempos do PT, a campanha de Marina ficou aquém das expectativas. E se o partido anunciar apoio a Serra em um eventual 2ª turno, a permanência desse grupo no PV ficará inviável.
A dúvida está no postura que adotará Marina. Se ela ficar neutra, a tendência é que a disputa dentro do partido cresça. Com a confirmação do apoio do partido a Serra, os setores mais à esquerda devem abandonar o PV. E, possivelmente, abandonar Marina. Difícil imaginar qual será o seu destino, porque voltar ao PT não parece viável e, entrar no PSOL é pouco provável, pela crise que esse partido entrará a partir do dia 4.
Outra possibilidade é Marina manifestar apoio a Dilma, se contrapondo à velha burocracia do PV. Dessa forma, aplacaria a insatisfação do seu grupo político, deixando aberta a guerra interna no partido, mas com a legitimidade de uma grande votação. Mesmo assim, ficará estranho o partido aderir a um candidato no 2º turno, enquanto o seu maior expoente declara apoio a outra.
Nesse quadro, o melhor (ou menos ruim) para o PV é que a eleição se resolva logo no 1º turno. A guerra interna não estará resolvida, mas pontualmente adiada. Mesmo assim, o clima no partido continuará ruim. E as perspectivas de transformá-lo em um partido verde necessário, que discuta como desenvolver o país de forma sustentável, como projetava o grupo de Marina, estarão praticamente perdidas.
Carlos S. Bandeira é jornalista e atua no Distrito Federal (carlos.******).
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 9978,0.htmCúpula petista faz mea culpa e vê erro de avaliação sobre ascensão de Marina
Comando da campanha acredita que polêmica sobre aborto reforçou migração de votos de Dilma para adversária
04 de outubro de 2010 | 8h 26
Vera Rosa e Tânia Monteiro
BRASÍLIA - O comando da campanha de Dilma Rousseff à Presidência vai procurar nesta semana a candidata derrotada do PV, Marina Silva, para lhe pedir apoio à petista, que enfrentará José Serra (PSDB) no segundo turno da disputa. O surpreendente índice de intenção de voto de Marina foi analisado ontem em reunião no Palácio da Alvorada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma, ministros e coordenadores da campanha.
Convocado para acompanhar a apuração dos votos, o encontro também serviu para um mea-culpa. No diagnóstico dos petistas, a equipe cometeu um erro de avaliação ao considerar que Marina tirava votos de Serra, e não de Dilma. Além disso, Lula observou que Dilma demorou muito para reagir quando surgiram rumores de que ela defendia a legalização do aborto.
Na avaliação do governo e da cúpula da campanha, votos de evangélicos e católicos migraram para Marina por causa da questão do aborto. No último dia 29, preocupada com a sangria, Dilma se reuniu com líderes religiosos, em Brasília, e garantiu que nunca defendeu a interrupção da gravidez.
"Nós deveríamos ter feito essa reunião antes", admitiu Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula. "Subestimamos os boatos." Além da polêmica sobre o aborto, coordenadores da campanha observaram que as denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, que culminaram com a queda da ministra Erenice Guerra, também contribuíram para desidratar Dilma.
Lula ficou surpreso com o resultado das urnas, mas procurou tranquilizar Dilma. "Eu também já passei por vários segundos turnos. É da vida", disse ele, segundo relato de dois ministros presentes à reunião no Alvorada. Pesquisas em poder do comitê petista, no entanto, indicavam que Dilma venceria a disputa no primeiro turno com uma diferença de 14 milhões de votos em relação a Serra.
O assédio a Marina será feito pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, amigo da senadora há longa data. O governador eleito do Acre, Tião Viana, e o senador eleito, Jorge Viana, ambos do PT, também foram escalados para convencê-la a apoiar Dilma. Por enquanto não será oferecido qualquer ministério para a candidata do PV.
"Precisamos ver o que ela quer. Não acreditamos que seja ministério", afirmou um auxiliar de Lula. Embora o presidente do PV, José Luiz Penna, tenha dito que os verdes devem avalizar a candidatura de Serra, Dutra não acredita em posição unificada do partido e fará um apelo pessoal a Marina, que foi filiada ao PT durante 30 anos e comandou o Ministério do Meio Ambiente de janeiro de 2003 a maio de 2008.
Dutra quer acertar uma conversa entre Marina e Dilma, mas, antes, pretende fazer o meio de campo da aproximação. No governo Lula, as duas protagonizaram vários contenciosos. Gerente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Dilma defendia agilidade na concessão de licenciamentos ambientais, mas Marina pregava cautela nesses procedimentos. Não foram raras as ocasiões em que a chefe da Casa Civil perdeu a paciência com a então ministra Marina.
O PV é aliado ao PSDB de Serra nos três maiores colégios eleitorais do País (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro). Mesmo assim, as declarações de Penna, antecipando apoio ao tucano, provocaram mal-estar no partido. Na prática, o PV está dividido e há posição para todos os gostos, desde a neutralidade até a liberação do voto.
Na tentativa de mostrar apoio a Dilma, governadores, senadores e deputados da base aliada eleitos ontem devem se reunir hoje com Lula e com a candidata. A intenção é montar um movimento pró-Dilma para angariar novas adesões.
Marina Silva já sofre assédio de PT e PSDB para 2º turno
04 de outubro de 2010 | 8h 19
AE - Agência Estado
O PV fechou o primeiro turno das eleições em clima de festa e com um tremendo dilema pela frente. A festa é pelos surpreendentes 19,6 milhões de votos dados à candidata Marina Silva. O dilema é sobre o que fazer no segundo turno. O assédio do PT e do PSDB pela fatia de quase 20% do eleitorado brasileiro, que pode ser o fiel da balança no segundo turno, terá fogo pesado. Na verdade, começou bem antes do fechamento das urnas. Há quase duas semanas que José Serra, do PSDB, vem mantendo discretíssimos contatos com representantes da direção nacional do PV.
A definição verde não será fácil. Ontem, na entrevista à imprensa que deu logo após as urnas anunciarem o segundo turno, Marina declarou que o partido só vai tomar posição após consultas e debates internos - um processo que pode se estender por vários dias. Ela também disse que a discussão ocorrerá sempre a partir do programa de governo que apresentou na campanha.
Uma parte dos assessores próximos de Marina, filiados recentemente ao partido, defende a ideia de que ela se mantenha neutra, sem declarar apoio a nenhum dos dois candidatos. Por outro lado, integrantes da direção nacional do partido querem o alinhamento com Serra. Um deles é o presidente da legenda, José Luiz Penna. Essa atitude seria natural, do ponto de vista dela, considerando que em alguns Estados, como São Paulo e Rio, PV e PSDB já são aliados.
Para se ter uma ideia do confronto entre os dois grupos, é interessante observar que Penna não compareceu à comemoração de Marina, ontem à noite, no salão de um cineclube, na Vila Madalena, na zona oeste, em São Paulo. A candidata apresentou-se à imprensa e aos militantes verdes cercada por familiares e pelo grupo que trouxe para o PV, quando se filiou à legenda, no ano passado.
Internamente, comenta-se que Marina não quer ficar ausenta dos debates do segundo turno. Mas que isso não significa necessariamente subir no palanque de Dilma ou de Serra. Fala-se que poderia dialogar com os dois, como uma espécie de crítica dos programas, uma ombudsman dos eleitores verdes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Caro kalifa, não encaro política como se fosse torcedor de futebol.Roy Kalifa escreveu:Entendo a raiva dos foristas paulistas.
O Tucanato governa Sampa desde 1994. É goleada !!!!!
O PT não consegue se criar em Minas e São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais do país. Por que será ? Vou responder eu mesmo. Pessoas mais esclarecidas dos grandes centros não caem no discurso fanfarrão do Lula. É a unica explicação plausível.
Os amigos Carnage, Tricampeão e Tiozinho devem estar a esta hora curando as suas ressacas...
http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-b ... e-sal.html
4 de outubro de 2010 às 19:18
A direitona se tinge de verde, de olho no pré-sal
por Luiz Carlos Azenha
A ideologia da direitona é o dinheiro. A direitona, associada ao grande capital internacional, não se importa muito com os intermediários. Eles podem ser verdes, vermelhos ou azuis — desde que se transformem em agentes da privatização da riqueza financeira e mineral de um país. A direitona faz as concessões que julga necessárias em defesa de seus interesses “maiores”.
Na campanha presidencial de 2010, a direitona encarnou em José Serra, um “esquerdista” para os padrões nacionais. Por motivos táticos, a direitona agora prega a sustentabilidade, o mundo pós-carbono e outros dogmas do eco-capitalismo. A direitona acha o petróleo um nojo, a não ser na forma da querosene que abastece os jatinhos.
Nos Estados Unidos, quando a direitona corria o risco de perder o controle da Casa Branca, com o absoluto fracasso das políticas externa e econômica do presidente George Bush, embarcou na onda de John McCain, que tratou de repaginar como um candidato independente (de quem?), outsider em relação a Washington (um senador desde 1987!) e patriota (ou “do bem”).
Derrotada nas urnas, a direitona instalou os seus no Tesouro e no “coração” do governo Obama (o equivalente à Casa Civil) para:
1. Promover o resgate de Wall Street com dinheiro público;
2. Promover uma política externa subordinada aos interesses do complexo industrial-militar (na formulação de Dwigth Einsenhower, aquele famoso comunista).
Hoje, depois de promover a privatização das terras brasileiras para servir ao agronegócio, depois de promover a produção hidrelétrica na Amazônia para servir às mineradoras, depois de associar a produção brasileira de grãos aos interesses das gigantes do setor (dentre as quais a Monsanto), a direitona só tem olhos para o pré-sal.
São trilhões de dólares em recursos minerais que significam muito mais que a maior descoberta de petróleo recente em todo o planeta. São uma sobrevida para a indústria de máquinas e equipamentos de alto valor agregado, que se via em apuros diante do chamado “pico do petróleo”, ou seja, daquele momento em que as reservas petrolíferas em terra vão começar a declinar.
Ou vocês acham que a direitona promoveu a invasão do Iraque para punir Saddam Hussein?
As reservas do pré-sal são essenciais para que a direitona financie, com riqueza alheia, o desenvolvimento das tecnologias da chamada “energia limpa”, que marcarão uma nova etapa na subordinação das “economias emergentes” aos paises ditos “centrais”.
A etapa da subordinação intelectual. Nosso papel é comprar essas tecnologias pagando com os grãos (para alimentar os porcos), os produtos da terra (como os minérios) e o trabalho remunerado a 600 reais por mês! E tome “sustentabilidade” em revistas de papel couché e tintas altamente poluentes.
Nessa equação, o verdismo à brasileira oferece a cobertura ideológica para que a gente se desfaça de todo aquele petróleo — sujo!!! — abaixo do preço, obtendo em troca por preço aviltante as miraculosas tecnologias da tal “energia limpa”. Vamos todos instalar fotocélulas alemãs para esquentar a água do banho, enquanto a degradação ambiental causada pela produção de commodities será vista como consequência “natural” do desenvolvimento.
Teremos sempre a possibilidade de fazer um plebiscito.
Esse discurso de alusão a um possível "chavismo" no Brasil caso o PT governe o país por mais 4 anos com a vitória da Dilma é apenas uma tática de impor terror aos "esclarecidos" da sociedade paulista.O senador atribuiu a necessidade de um segundo turno a uma "sensação de chavismo". "Acho que o Brasil começou a perceber o perigo que estamos correndo",
O Brasil entre dois caminhos
Oct 6th, 2010
by Marco Aurélio Weissheimer.
Com o objetivo de recolocar o debate nos eixos que importam ao futuro do país, a Carta Maior começa a publicar nesta quarta-feira uma série de artigos do professor José Prata Araújo, fazendo uma comparação entre os governos Lula e FHC. José Prata Araújo é economista formado pela PUC-MG e especialista em direitos sociais. É autor dos livros “O Brasil de Lula e o de FHC” e “Guia dos direitos sociais”. Nesta série de textos, o economista apresenta números e resultados dos dois governos, procurando apresentar os dois caminhos que estarão diante da população brasileira no dia 31 de outubro quando será realizado o segundo turno da eleição presidencial.
Araújo se posiciona favoravelmente ao caminho representado pela candidatura de Dilma Rousseff. Em seu primeiro artigo trata da questão da geração de emprego e faz a comparação de resultados dos dois modelos em disputa (ver tabela acima):
Sob Lula serão 15 milhões de empregos formais em oito anos, uma média de 1.877.954 empregos por ano. Já sob FHC, os números foram bem mais baixos: 5.016.672 vagas em oito anos, com uma média de 627.084 contratações anuais. Assim, a média anual de geração de empregos com Lula foi cerca de três vezes maior que no governo FHC. Os tucanos sempre desacreditaram a meta de 10 milhões de empregos, fixada por Lula em 2002. O petista acabou alcançando 15 milhões de novos empregos de carteira assinada e os 10 milhões viraram a diferença para mais em relação ao governo FHC.
O emprego formal no Brasil vem crescendo de forma consistente no governo Lula e não é por causa das reformas neoliberais, como afirmam os tucanos. Com Lula, a economia acelerou o seu crescimento, o que explica em parte a criação de milhões de empregos formais. O forte impulso da distribuição de renda e do mercado interno de massas, onde se sobressaem empresas fortemente geradoras de mão de obra sejam pequenas, micros, médias e até mesmo grandes empresas, também contribui. O governo Lula tem como diretriz o trabalho de carteira assinada, seguida pela fiscalização do Ministério do Trabalho, ao contrário de FHC que estimulava as empresas a adotarem novas formas de contratação, visando reduzir o que chamavam de “custo Brasil”.
O Brasil entre dois caminhos: continuar com Dilma e Lula, com mais desenvolvimento econômico, mercado interno de massas, mais distribuição de renda, mais e melhores empregos formais. O outro caminho, representado por Serra e FHC, já é conhecido dos brasileiros: baixo crescimento, privatizações, poucos empregos e flexibilização da CLT e da carteira assinada. (A íntegra do artigo)
Panfleto pró-TFP circula em reunião de cúpula tucana
texto incita militantes a divulgar na web que plano de Dilma inclui perseguir cristãos, legalizar aborto e prostituição
Participantes da reunião de cúpula da campanha de José Serra (PSDB) hoje (6.out.2010), em Brasília, receberam um panfleto com instruções sobre como propagar uma campanha anti-Dilma na internet. Num dos trechos, recomenda aos militantes visitarem o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP ( Sociedade Brasileira de Defesa de Tradição, Família e Propriedade), uma das mais conservadores agremiações do país.
O panfleto basicamente se refere ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), lançado pelo governo Lula no final do ano passado. Eis um dos trechos do panfleto divulgado na reunião tucana:
“O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial”.
O blog estava dentro da sala do centro de convenções Brasil 21 na qual se realizou o encontro tucano. Por volta das 16h10, antes de a imprensa ser admitida no recinto, uma mulher com adesivo de Serra colado no peito distribuiu o bilhete. “Pega e passa”, dizia.
Era do tamanho de um papel A4 dividido ao meio. Mais tarde, uma pequena pilha (cerca de 3 cm de altura) com esses panfletos foi deixada ao lado do local onde era servido café –e a imprensa teve livre acesso. Ao final, o texto recomenda: “Divulgue esta informação através das redes sociais da internet (blogs, Orkut...)”.
Segundo as assessorias do PSDB nacional e do candidato José Serra, a confecção do panfleto não tem relação com o partido nem com a campanha tucana. Ainda assim, o papel ficou à disposição de quem tivesse interesse em pegar. Os panfletos só foram retirados um pouco depois de o Blog ter perguntado à cúpula tucana a respeito do assunto.
Eis a íntegra do texto do bilhete:
“Você sabe o que é o PNDH-3? Se você é uma pessoa que pensa em votar na Dilma, conheça bem este projeto antes de votar.
“O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial.
“O que podemos esperar de um governo que tenta atropelar a sua constituição, tratados e convenções internacionais? Não duvide da veracidade dessas informações, pesquise a respeito e voto consciente!
“No próximo dia 3 de outubro, você pode mudar radicalmente o campo de batalha contra o PNDH-3. Para o bem ou para o mal... Tudo vai depender de como se comporá o novo Congresso Nacional depois do resultado das urnas. Mas e muito grande o número de pessoas que ainda não se conscientizaram do momento que atravessamos.
“Se você não fizer nada agora, não adiantará chorar sobre o resultado das urnas. E prepare-se para assistir nos próximos 4 anos uma transformação radical do País. Pense na sua família! O direito de votar é seu , o dever de promover a vida é do povo brasileiro. É através do voto que demonstramos o nosso poder!
“Passe essa informação adiante, não se omita, lute pelos nossos direitos! Depois pode ser tarde demais!
“Vamos eleger os políticos “Ficha Limpa de PNDH-3”. Veja as propostas dos seus candidatos, fique alerta! Divulgue esta informação através das redes sociais da internet (blogs, Orkut...)
“Acesse HTTP://www.ipco.org.br/home/ - Envie o seu cartão amarelo de alerta as deputados e senadores. Faça você também a sua parte, não se omita! Se puder faça cópias deste texto e ajude-nos com este trabalho, imprima os cartazes disponíveis neste site.
“Jesus disse: Eu vim para que todos tenham vida!”.
“Uma democracia sem valores converte-se facilmente num totalitarismo aberto ou dissimulado, como a história demonstra”. João Paulo II”.
Post Scriptum:
O Departamento de Divulgação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República pede ao Blog que faça a postagem de alguns complementos sobre o que é o PNDH-3:
Link atualizado do PNDH-3 http://portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdf
Cinco pontos referidos no panfleto:
Aborto: O PNDH-3 não trata da legalização do aborto. Sua redação sobre o tema é: “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com garantia do acesso aos serviços de saúde” (Diretriz 9, Objetivo Estratégico III, ação g);
Propriedade: O PNDH-3 trata apenas da questão da mediação de conflitos agrários e urbanos, dentro da previsão legal e procedimento judicial. Eis a redação: “Propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da mediação das demandas de conflitos coletivos agrários e urbanos, priorizando a oitiva do Incra, institutos de terras estaduais, Ministério Público e outros órgãos públicos especializados, sem prejuízo de outros meios institucionais para a solução de conflitos” (Diretriz 17, Objetivo Estratégico VI, ação d);
Religião: O PNDH-3 preza pela liberdade e tolerância religiosa. A redação do capítulo sobre o tema diz: “Respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e garantia da laicidade do Estado” (Diretriz 10, Objetivo Estratégico VI);
Mídia: O PNDH-3 garante a liberdade de expressão e de comunicação, respeitando os Direitos Humanos. A principal ação prevista neste tema tem a seguinte redação: “Propor a criação de marco legal, nos termos do art. 221 da Constituição, estabelecendo o respeito aos Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados” (Diretriz 22, Objetivo Estratégico I, ação a). Vale lembrar que o PNDH-2, elaborado em 2002 propunha o controle social dos meios de comunicação.
Impostos: O PNDH-3 observa a Constituição Federal, neste caso o art. 153, VII*. Propõe em seu texto: “Regulamentar a taxação do imposto sobre grandes fortunas previsto na Constituição Federal” (Diretriz 5, Objetivo Estratégico II, ação d).
* Art. 153, VII - Compete à União instituir impostos sobre: (...) VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.