Viva a Veja, fazendo o papel que a PF deveria fazer e não faz. Denunciar os corruptos deste país.
REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
A ginastica em gota pode ser invenção mas o Mensalão não é invenção não.
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
A capa da revista dessa semana beira o grotesco.
Alias, essa revista vem se notabilizando por isso, em fazer chamadas de capa ridiculas. Uma pequena chamada pro mensalão no topo, porque claro, trata-se do PT como réu.
Com exceção de revistas de fofoca e afins, a quem interessa saber se um ex-jogador de futebol está fazendo regime ou não?? Isso só reforça aquilo que desconfiava, os leitores de Veja devem ser débil mentais.

Alias, essa revista vem se notabilizando por isso, em fazer chamadas de capa ridiculas. Uma pequena chamada pro mensalão no topo, porque claro, trata-se do PT como réu.
Com exceção de revistas de fofoca e afins, a quem interessa saber se um ex-jogador de futebol está fazendo regime ou não?? Isso só reforça aquilo que desconfiava, os leitores de Veja devem ser débil mentais.

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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
É que esta semana, a Óia mudou de tática.O Pastor escreveu:A capa da revista dessa semana beira o grotesco.
Alias, essa revista vem se notabilizando por isso, em fazer chamadas de capa ridiculas. Uma pequena chamada pro mensalão no topo, porque claro, trata-se do PT como réu.
[...]
Para beneficiar a candidatura Serra, a Óia esta semana usou a “Vejinha” (Veja São Paulo) para elogiar de maneira descarada a Administração Kassab. A capa da Vejinha já traz uma foto do Kassab dizendo que é injusta a sua “impopularidade”.
Lendo a matéria (não comprei não, pois não compro nada da Editora Abril) numa cafeteria que frequento, é vergonhosa a bajulação deste folhetim. Para a Óia, Kassab, a par dos índices recordes de rejeição, é um ótimo prefeito, “corajoso”, “empreendedor” e que fez mais que todos os seus antecessores. Acreditem se quiser!!!
Já dá prá imaginar a capa deste folhetim no próximo fim de semana.
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
Essa capa, é a prova que a A Globo tem um influência brutal na VEJA....
Talvez, seria uma testa de ferro...ou algo do tipo....
Não esqueçam que Ronaldo está num quadro no fantastico de perder banha...
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
Qualquer coincidência é mera semelhança
Abril fecha contrato de R$ 493 mil com a Prefeitura de SP
Anos atrás, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi Páginas Amarelas da revista Veja. Na mesma semana que saiu a entrevsita, uma blogueira de Brasilia levantou no Diário Oficial do GDF o pagamento de R$ 500 mil, em assinaturas da revista Veja,
Na semana passada, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab foi personagem de uma matéria de capa da Vejinha, altamente favorável.
No DO de 20 de setembro passado, há a informação de que a Prefeitura adquiriu assinaturas da revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita, por R$ 493 mil.
Aparentemente, há um preço de tabela.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... tura-de-sp
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
NA BOA!!
FALAR DO UMBIGO ALHEIO É FÁCIL!!
MAS..
LEMBRANDO QUE CONSTITUCIONALMENTE, VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE QUE GARANTE O DIREITO À LIVRE INICIATIVA, E QUE VIVEMOS EM UM SISTEMA CAPITALISTA, PERGUNTO AOS QUE CRITICAM A "VEJA", HISTORICAMENTE O MELHOR E MAIS BEM SUCEDIDO EXEMPLO DO MERCADO EDITORIAL:
1- SE VOCÊS FOSSEM DONOS DO "NEGÓCIO" DE MAIS SUCESSO NO SEU RAMO DE ATUAÇÃO (QUALQUER QUE SEJA)?? DESCERIAM A LENHA, OU SE ORGULHARIAM DO SUCESSO??
2-SE VCS FOSSEM "EMPREGADOS" DA EMPRESA DE MAIOR SUCESSO EM SEU SETOR DE ATUAÇÃO, FICARIAM ORGULHOSOS E POSTARIAM ESSA PASSAGEM EM SEUS CURRICULOS, OU OCULTARIAM POR VERGONHA, E MENTIRIAM, DIZENDO QUE TRABALHARAM NA GAZETA DO "PSTU", OU DO "PCO"??
É TRISTE VER A INVEJA E A ODE À MEDIOCRIDADE!!!
COMO DIZ MEU ESTIMADO AMIGO BARAK, PAPO DE COMUNA!!
FALAR DO UMBIGO ALHEIO É FÁCIL!!
MAS..
LEMBRANDO QUE CONSTITUCIONALMENTE, VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE QUE GARANTE O DIREITO À LIVRE INICIATIVA, E QUE VIVEMOS EM UM SISTEMA CAPITALISTA, PERGUNTO AOS QUE CRITICAM A "VEJA", HISTORICAMENTE O MELHOR E MAIS BEM SUCEDIDO EXEMPLO DO MERCADO EDITORIAL:
1- SE VOCÊS FOSSEM DONOS DO "NEGÓCIO" DE MAIS SUCESSO NO SEU RAMO DE ATUAÇÃO (QUALQUER QUE SEJA)?? DESCERIAM A LENHA, OU SE ORGULHARIAM DO SUCESSO??
2-SE VCS FOSSEM "EMPREGADOS" DA EMPRESA DE MAIOR SUCESSO EM SEU SETOR DE ATUAÇÃO, FICARIAM ORGULHOSOS E POSTARIAM ESSA PASSAGEM EM SEUS CURRICULOS, OU OCULTARIAM POR VERGONHA, E MENTIRIAM, DIZENDO QUE TRABALHARAM NA GAZETA DO "PSTU", OU DO "PCO"??
É TRISTE VER A INVEJA E A ODE À MEDIOCRIDADE!!!
COMO DIZ MEU ESTIMADO AMIGO BARAK, PAPO DE COMUNA!!
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
O Paulostory fala como se:
1) Fosse um importante acionista, ou parente proximo de alguém importante da Editora Abril.
2) Fosse funcionário e quem sabe autor das chamadas de capa de péssimo gosto da revista.
3) Pelo horário que posta os comentários, extivesse acabado de chegar bebado da balada.
1) Fosse um importante acionista, ou parente proximo de alguém importante da Editora Abril.
2) Fosse funcionário e quem sabe autor das chamadas de capa de péssimo gosto da revista.
3) Pelo horário que posta os comentários, extivesse acabado de chegar bebado da balada.



PAULOSTORY escreveu:NA BOA!!
FALAR DO UMBIGO ALHEIO É FÁCIL!!
MAS..
LEMBRANDO QUE CONSTITUCIONALMENTE, VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE QUE GARANTE O DIREITO À LIVRE INICIATIVA, E QUE VIVEMOS EM UM SISTEMA CAPITALISTA, PERGUNTO AOS QUE CRITICAM A "VEJA", HISTORICAMENTE O MELHOR E MAIS BEM SUCEDIDO EXEMPLO DO MERCADO EDITORIAL:
1- SE VOCÊS FOSSEM DONOS DO "NEGÓCIO" DE MAIS SUCESSO NO SEU RAMO DE ATUAÇÃO (QUALQUER QUE SEJA)?? DESCERIAM A LENHA, OU SE ORGULHARIAM DO SUCESSO??
2-SE VCS FOSSEM "EMPREGADOS" DA EMPRESA DE MAIOR SUCESSO EM SEU SETOR DE ATUAÇÃO, FICARIAM ORGULHOSOS E POSTARIAM ESSA PASSAGEM EM SEUS CURRICULOS, OU OCULTARIAM POR VERGONHA, E MENTIRIAM, DIZENDO QUE TRABALHARAM NA GAZETA DO "PSTU", OU DO "PCO"??
É TRISTE VER A INVEJA E A ODE À MEDIOCRIDADE!!!
COMO DIZ MEU ESTIMADO AMIGO BARAK, PAPO DE COMUNA!!
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
CARO PASTOR,O Pastor escreveu:O Paulostory fala como se:
1) Fosse um importante acionista, ou parente proximo de alguém importante da Editora Abril.
2) Fosse funcionário e quem sabe autor das chamadas de capa de péssimo gosto da revista.
3) Pelo horário que posta os comentários, extivesse acabado de chegar bebado da balada.
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PAULOSTORY escreveu:NA BOA!!
FALAR DO UMBIGO ALHEIO É FÁCIL!!
MAS..
LEMBRANDO QUE CONSTITUCIONALMENTE, VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE QUE GARANTE O DIREITO À LIVRE INICIATIVA, E QUE VIVEMOS EM UM SISTEMA CAPITALISTA, PERGUNTO AOS QUE CRITICAM A "VEJA", HISTORICAMENTE O MELHOR E MAIS BEM SUCEDIDO EXEMPLO DO MERCADO EDITORIAL:
1- SE VOCÊS FOSSEM DONOS DO "NEGÓCIO" DE MAIS SUCESSO NO SEU RAMO DE ATUAÇÃO (QUALQUER QUE SEJA)?? DESCERIAM A LENHA, OU SE ORGULHARIAM DO SUCESSO??
2-SE VCS FOSSEM "EMPREGADOS" DA EMPRESA DE MAIOR SUCESSO EM SEU SETOR DE ATUAÇÃO, FICARIAM ORGULHOSOS E POSTARIAM ESSA PASSAGEM EM SEUS CURRICULOS, OU OCULTARIAM POR VERGONHA, E MENTIRIAM, DIZENDO QUE TRABALHARAM NA GAZETA DO "PSTU", OU DO "PCO"??
É TRISTE VER A INVEJA E A ODE À MEDIOCRIDADE!!!
COMO DIZ MEU ESTIMADO AMIGO BARAK, PAPO DE COMUNA!!
NÃO SOU ACIONISTA DA ABRIL, NEM TENHO MUITA PROXIMIDADE COM OS DIRETORES DA MESMA (DIFERENTEMENTE DOS DO ESTADÃO, QUE FAZEM PARTE DA DIRETORIA DO JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO), MAS TENHO RELAÇÕES DE AMIZADE COM ALGUNS DE SEUS FUNCIONÁRIOS, ALGÚNS ATÉ, MEUS COLEGAS DE TURMA NA FACULDADE!!
NÃO SOU FUNCIONÁRIO DA VEJA, MAS SENDO PUBLICITÁRIO, ADORARIA SER UM MERO CONTATO COMERCIAL DA MESMA!!
GANHARIA NO MÍNIMO 12 CONTOS POR MÊS (SALVO RARAS EXCEÇÕES), CUMPRIRIA AS METAS FACILMENENTE, E DUPLICARIA , OU TRIPLICARIA MEU SALÁRIO NOS MESES EM QUE HOUVESSEM SUPLEMENTOS ESPECIAIS!!
REALMENTE, TRABALHO SÓ APÓS O ALMOÇO, E ATÉ TARDE DA NOITE, O QUE ME FAZ POSTAR MUITAS VEZES, DEPOIS DE CHEGAR DA BALADA , E BÊBADO!!



ABS,
PAULO.
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
A capa da Veja São Paulo defendendo o Kassab pra tentar salvar a candidatura do José Serra, e também claramente a troco de uns trocados de assinaturas da prefeitura, é patética, e vergonhosa.
Depois a Carta Capital é que é chapa branca...
Hipocrisia e cegueria são foda.
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
HOJE TEMOS UM EXEMPLO, DO SUCESSO DA VEJA NO MERCADO EDITORIAL, SABIDAMENTE EM DECLÍNIO, POR CONTA DO AUMENTO DE MIDIAS DE INFORMAÇÃO!!
CIRCULOU HOJE EM SÃO PAULO, A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DA TARDE, DO GRUPO ESTADO.
ESSE JORNAL ESTEVE CONSOLIDADO POR ANOS, COM UMA NOVA PROPOSTA, NA FORMA E CONTEÚDO DE UM JORNAL.
FOI POR MUITO TEMPO CONSIDERADO UM JORNAL "CULT", PELO FORMATO, TAMANHO DAS MATÉRIAS E DOS JORNALISTAS E ARTICULISTAS QUE COMPUNHAM SEU QUADRO, AGREGADO AO SUCESSO DO ENCARTE "JORNAL DO CARRO", QUE POR MUITOS ANOS TEVE SUA TABELA DE AVALIAÇÃO DE VEÍCULOS COMO PRINCIPAL REFERÊNCIA AO MERCADO.
COM O INÍCIO DA CRISE DO MERCADO EDITORIAL, O GRUPO ESTADO "POPULARIZOU" A LINHA DO JT, E DEPOIS DE COMPROVAR O ERRO EM FAZÊ-LO, NÃO CONSEGUIU RESGATAR , OU REENQUADRAR O TARGET DOS LEITORES!!
ERA UM JORNAL, QUE AINDA TINHA FATURAMENTO NA CASA DO MILHÃO E MEIO, DOIS, SENDO A MAIOR PARTE ADVINDA DO "JRNAL DO CARRO"
NÃO SEI AINDA, SE UM ANTIGO PROJETO, DE PUBLICAR ISOLADAMENTE O JORNAL DO CARRO, COMO FOLHETIM , ÀS 4ºS E SÁBADOS, SERÁ POSTA EM PRÁTICA, MAS ESSE FATURAMENTO, HJ, FARÁ FALTA AO ESTADÃO!!
DEI ESSE EXEMPLO, PARA MOSTRAR, QUE O DIRECIONAMENTO DA LINHA EDITORIAL DA VEJA, FOI O QUE A FEZ SE MANTER COMO UM SUCESSO COMPARATIVO NESSE MEIO.
ELA ATINGE UM PÚBLICO CONSUMIDOR, QUE INTERESSA AOS ANUNCIANTES.
PARA QUEM DUVIDA, PODEM ACREDITAR QUE AQUELE ENCARTE SEMANAL DO PÃO DE AÇÚCAR, CUSTA MUUUIIITOOO CARO!!
ASSIM COM AS 5 PÁGINAS DA HYUNDAU E ETC, ETC, ETC..
SE QUISER COMPROVAR O RETORNO DA VEJA, VÁ A UM BAR OU RESTAURANTE, CONCEITUADO ENTRE OS MELHORES, APÓS A PUBLICAÇÃO DA VEJINHA ESPECIAL "COMER E BEBER".
NÃO ADIANTA DIRECIONAR A LINHA EDITORIAL AOS RECEBEDORES DO "BOLSA FAMÍLIA", POIS BOA PARTE DELES, SEQUER SABEM LER!!
DOSAGEM ALCOÓLICA AO PSTAR:4 BRAHMAS BLACK, 1O LATINHAS DE CERVEJA, 3 STEINHEGER E UM SHOT DE VODKA.
CIRCULOU HOJE EM SÃO PAULO, A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DA TARDE, DO GRUPO ESTADO.
ESSE JORNAL ESTEVE CONSOLIDADO POR ANOS, COM UMA NOVA PROPOSTA, NA FORMA E CONTEÚDO DE UM JORNAL.
FOI POR MUITO TEMPO CONSIDERADO UM JORNAL "CULT", PELO FORMATO, TAMANHO DAS MATÉRIAS E DOS JORNALISTAS E ARTICULISTAS QUE COMPUNHAM SEU QUADRO, AGREGADO AO SUCESSO DO ENCARTE "JORNAL DO CARRO", QUE POR MUITOS ANOS TEVE SUA TABELA DE AVALIAÇÃO DE VEÍCULOS COMO PRINCIPAL REFERÊNCIA AO MERCADO.
COM O INÍCIO DA CRISE DO MERCADO EDITORIAL, O GRUPO ESTADO "POPULARIZOU" A LINHA DO JT, E DEPOIS DE COMPROVAR O ERRO EM FAZÊ-LO, NÃO CONSEGUIU RESGATAR , OU REENQUADRAR O TARGET DOS LEITORES!!
ERA UM JORNAL, QUE AINDA TINHA FATURAMENTO NA CASA DO MILHÃO E MEIO, DOIS, SENDO A MAIOR PARTE ADVINDA DO "JRNAL DO CARRO"
NÃO SEI AINDA, SE UM ANTIGO PROJETO, DE PUBLICAR ISOLADAMENTE O JORNAL DO CARRO, COMO FOLHETIM , ÀS 4ºS E SÁBADOS, SERÁ POSTA EM PRÁTICA, MAS ESSE FATURAMENTO, HJ, FARÁ FALTA AO ESTADÃO!!
DEI ESSE EXEMPLO, PARA MOSTRAR, QUE O DIRECIONAMENTO DA LINHA EDITORIAL DA VEJA, FOI O QUE A FEZ SE MANTER COMO UM SUCESSO COMPARATIVO NESSE MEIO.
ELA ATINGE UM PÚBLICO CONSUMIDOR, QUE INTERESSA AOS ANUNCIANTES.
PARA QUEM DUVIDA, PODEM ACREDITAR QUE AQUELE ENCARTE SEMANAL DO PÃO DE AÇÚCAR, CUSTA MUUUIIITOOO CARO!!
ASSIM COM AS 5 PÁGINAS DA HYUNDAU E ETC, ETC, ETC..
SE QUISER COMPROVAR O RETORNO DA VEJA, VÁ A UM BAR OU RESTAURANTE, CONCEITUADO ENTRE OS MELHORES, APÓS A PUBLICAÇÃO DA VEJINHA ESPECIAL "COMER E BEBER".
NÃO ADIANTA DIRECIONAR A LINHA EDITORIAL AOS RECEBEDORES DO "BOLSA FAMÍLIA", POIS BOA PARTE DELES, SEQUER SABEM LER!!
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
isso, cada um em seu quadrado: enquanto a Veja faz entrevistas gastronômicas no Fasano, que a Hora do Povo faça enquetes sobre o melhor churrasquinho grego do Centro Velho — assim não alimentando a inveja do "richest way of life" e a famigerada luta de classesPAULOSTORY escreveu:HOJE TEMOS UM EXEMPLO, DO SUCESSO DA VEJA NO MERCADO EDITORIAL, SABIDAMENTE EM DECLÍNIO, POR CONTA DO AUMENTO DE MIDIAS DE INFORMAÇÃO!!
CIRCULOU HOJE EM SÃO PAULO, A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DA TARDE, DO GRUPO ESTADO.
ESSE JORNAL ESTEVE CONSOLIDADO POR ANOS, COM UMA NOVA PROPOSTA, NA FORMA E CONTEÚDO DE UM JORNAL.
FOI POR MUITO TEMPO CONSIDERADO UM JORNAL "CULT", PELO FORMATO, TAMANHO DAS MATÉRIAS E DOS JORNALISTAS E ARTICULISTAS QUE COMPUNHAM SEU QUADRO, AGREGADO AO SUCESSO DO ENCARTE "JORNAL DO CARRO", QUE POR MUITOS ANOS TEVE SUA TABELA DE AVALIAÇÃO DE VEÍCULOS COMO PRINCIPAL REFERÊNCIA AO MERCADO.
COM O INÍCIO DA CRISE DO MERCADO EDITORIAL, O GRUPO ESTADO "POPULARIZOU" A LINHA DO JT, E DEPOIS DE COMPROVAR O ERRO EM FAZÊ-LO, NÃO CONSEGUIU RESGATAR , OU REENQUADRAR O TARGET DOS LEITORES!!
ERA UM JORNAL, QUE AINDA TINHA FATURAMENTO NA CASA DO MILHÃO E MEIO, DOIS, SENDO A MAIOR PARTE ADVINDA DO "JRNAL DO CARRO"
NÃO SEI AINDA, SE UM ANTIGO PROJETO, DE PUBLICAR ISOLADAMENTE O JORNAL DO CARRO, COMO FOLHETIM , ÀS 4ºS E SÁBADOS, SERÁ POSTA EM PRÁTICA, MAS ESSE FATURAMENTO, HJ, FARÁ FALTA AO ESTADÃO!!
DEI ESSE EXEMPLO, PARA MOSTRAR, QUE O DIRECIONAMENTO DA LINHA EDITORIAL DA VEJA, FOI O QUE A FEZ SE MANTER COMO UM SUCESSO COMPARATIVO NESSE MEIO.
ELA ATINGE UM PÚBLICO CONSUMIDOR, QUE INTERESSA AOS ANUNCIANTES.
PARA QUEM DUVIDA, PODEM ACREDITAR QUE AQUELE ENCARTE SEMANAL DO PÃO DE AÇÚCAR, CUSTA MUUUIIITOOO CARO!!
ASSIM COM AS 5 PÁGINAS DA HYUNDAU E ETC, ETC, ETC..
SE QUISER COMPROVAR O RETORNO DA VEJA, VÁ A UM BAR OU RESTAURANTE, CONCEITUADO ENTRE OS MELHORES, APÓS A PUBLICAÇÃO DA VEJINHA ESPECIAL "COMER E BEBER".
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
Pelo menos a matéria sobre o best-seller "50 tons de cinza" eu gostei muito. Mostra o lado de quem aprovou e de quem não aprovou. E confirmou o que eu já sabia: a maioria comprou porque a leitura é cativante (pelo menos para as mulheres), mas muita gente comprou também por indução; e o sadomasoquismo não é a chave do sucesso (exceto para quem faz disso um estilo de vida). O livro não responde à pergunta de "Freud" sobre "o que querem as mulheres?"; ou talvez responda, se o leitor for um psicólogo esperto como o "Maroni", que deixou de clinicar com os doentes e foi clinicar com a cura....
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
http://www.socialistamorena.com.br/por- ... r-que-sai/
http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/83819/Por que entrei na Veja. E por que saí
por Cynara Menezes
No final de 1997, após minha aventura espanhola –economizei um dinheirinho e fui estudar Literatura Espanhola e Hispanoamericana em Madri–, voltei ao Brasil para morar em São Paulo. Desempregada, fui convidada por uma grande amiga a fazer um frila para a revista Marie Claire, onde ela era editora: uma entrevista com o pré-candidato a presidente Ciro Gomes que acabou sendo um dos mais marcantes trabalhos da minha carreira. Ciro abriu a alma, talvez mais do que gostaria, e a matéria de uma revista feminina surpreendentemente repercutiu em todos os jornais.
O sucesso foi tão grande que aquela entrevista, publicada na edição de janeiro do ano seguinte, foi a responsável por minha reinserção no mercado brasileiro após dois anos fora. Fui sondada por alguns veículos e acabei sendo convidada para voltar à Folha de S.Paulo, onde havia trabalhado na sucursal de Brasília, para ocupar uma vaga na editoria de Cotidiano. Meses depois, mudei para a Ilustrada, que almejava quando fui para a Espanha. (Qualquer hora tiro um tempinho para digitar a entrevista com o Ciro e postar aqui para vocês. É muito divertida.)
Sete anos mais tarde, em maio de 2004, eu estava havia apenas três meses trabalhando no Estadão quando a mesma querida amiga me procurou para fazer um convite: iria assumir a editoria de Brasil da revista Veja e queria que eu fosse para lá fazer coisas bacanas, reportagens especiais, entrevistas. “Quem você gostaria de entrevistar?”, ela perguntou. Respondi que sempre quis entrevistar Diego Maradona sobre política. Até hoje acho que seria uma entrevista e tanto. Ela ficou entusiasmada e eu também. Mas e hard news?, perguntei. Este nunca foi meu forte. “Ah, você vai ter que fazer, mas ocasionalmente”. Pensei uns dias e topei. Lembro que até comprei, num sebo de São Paulo, um livro de Oriana Falacci, a grande entrevistadora italiana, para me inspirar…
Costumo dizer que existem dois tipos de repórteres: os que têm boas fontes e apuram muito, mas têm um texto apenas razoável, e os que não têm tantas fontes nem são incríveis apuradores, mas escrevem bem. Eu não tenho fonte nenhuma e apuro o suficiente; o texto é o diferencial. Portanto, o primeiro choque para mim após a estreia na Veja foi que a alentada matéria de capa sobre corrupção que eu e dois colegas apuramos não foi escrita por nós. Eu escrevi o texto inteirinho. E ele foi inteirinho modificado para publicação. Obviamente não recebi aquilo de bom grado, mas uma colega que estava lá há mais tempo me acalmou dizendo que logo eu “pegaria o jeito” para escrever no estilo da revista e não mexeriam tanto no texto.
Bom, hoje sei que nunca iria “pegar o jeito” de escrever da Veja porque, para começo de conversa, não é o meu. Meus textos em geral têm bastante aspas, adoro colocar frases boas de entrevistados e especialistas para dar um colorido. Na Veja, podem reparar, os textos quase não têm aspas, é tudo assumido pelo redator. Além disso, tem uns clichês do tipo “os números impressionam” que eu não conseguiria incluir num texto meu nem que trabalhasse lá durante 100 anos.
Vi, de cara, que tinha entrado numa enrascada, que só piorou quando me destacaram para cobrir a campanha de Marta Suplicy à reeleição em São Paulo. Não havia ninguém no PT que aceitasse falar com a Veja. As fontes das reportagens tinham que ser pessoas, mesmo dentro do partido, de oposição à prefeita. Eu fazia a apuração possível, mas absolutamente nenhum daqueles textos foi escrito por mim. Àquela altura, eu só pensava num jeito de sair da Veja sem ficar desempregada –afinal, eu acabara de entrar no Estadão quando decidi ir para lá. E tinha um filho para criar, não sou nenhuma filhinha-de-papai para me dar ao luxo de ficar sem trabalhar.
Para driblar as dificuldades, minha amiga e chefe escalou outra repórter para trabalhar em parceria comigo: eu fazia a apuração pelo lado petista a partir de uma pauta sugerida por mim e ela redigia o texto e apurava o lado do PSDB, incluindo os obrigatórios elogios ao tucanato, como na reportagem dos políticos “picolés de chuchu”. Quem acompanha meu trabalho há mais tempo sabe que essa é uma pauta tipicamente minha, para tirar sarro de políticos. Foi transformada por Veja em uma peça de bajulação a Geraldo Alckmin –reparem que a reportagem em questão é assinada em dupla com outra pessoa, assim como várias outras do meu curto período na revista.
Algumas alterações foram menos dramáticas: o perfil do advogado Kakay, apesar de nenhuma frase do texto ter sido escrita por mim, pelo menos manteve-se fiel ao que apurei, não tem nada do que me envergonhe ali. A hilária história do “embargo auricular” foi descoberta minha, e já foi citada em vários perfis dele depois. Mas o único texto integralmente meu, desde o título, é a ótima entrevista que fiz com a namorada do senador Eduardo Suplicy, Mônica Dallari. Um furo. Sou, antes de tudo, uma repórter. E minha maior especialidade (é a segunda vez que volto a elas neste texto) sempre foram as entrevistas. Tenho um belo portfólio, modéstia à parte: escritores, políticos, atletas, cineastas.
Em revista, mais do que em jornal, pode acontecer de o redator-chefe modificar um pouco seu texto, isso não é incomum. Mas o difícil de tolerar em Veja, para mim, além de eles mexerem no texto todo, eram as torcidas de raciocínio. Certa vez, fui convocada a colaborar em uma reportagem sobre educação e me pediram alguém para falar sobre cotas. Lembrei de um antigo colega da faculdade que era do movimento negro, liguei para ele e peguei uma frase favorável às cotas. Qual não foi a minha surpresa quando a autora do texto simplesmente transformou a frase dele em contrária às cotas! Fiquei furiosa e felizmente, neste caso, consegui reverter. Mas o pior estava por vir.
Quando as discussões com minha chefe começaram a desandar em gritaria na redação, decidi que estava na hora de sair. Escrevi um e-mail para ela dizendo que preferia manter sua amizade e me demiti da revista. Ela aceitou, me pediu um mês para arranjar outra pessoa e saiu de férias. Neste meio tempo, me pediram uma matéria sobre as dívidas que Marta Suplicy deixaria a seu sucessor na prefeitura de São Paulo, que não eram mesmo coisa pequena. Mas no texto aconteceu algo pelo qual nunca passei em mais de 20 anos de carreira: foi incluída uma frase, entre aspas, que não apurei.
Em 14 anos de Folha de S.Paulo, entre indas e vindas, como repórter fixa ou colaboradora, jamais modificaram um texto meu desta maneira. Em seis anos de CartaCapital, muito menos. Em nenhum lugar onde trabalhei aconteceu algo nem sequer parecido. Está lá a frase, no primeiro parágrafo da matéria: “Parece a madrasta de Cinderela”. Não sei quem disse isto. Eu não a ouvi de ninguém, mesmo porque não tenho ascendência italiana nem conheço ninguém em Roma. Quando minha chefe chegou de férias, me encontrou arrasada. Tenho certeza que, se ela estivesse ali, a frase não teria aparecido magicamente no texto. Detalhe: não me importaria de fazer uma reportagem crítica ao PT ou a quem quer que fosse, desde que eu a tivesse escrito –e que fosse verdade. Isso se chama profissionalismo.
Felizmente, almas boas me ajudaram a sair da Veja logo depois das férias coletivas de final de ano, e em fevereiro eu começaria na revista VIP, onde já havia atuado como colunista, no ano anterior. Passei dois anos e meio na VIP, de onde não tenho nenhuma queixa, pelo contrário. Voltei a ter a coluna, fiz matérias engraçadas e algumas entrevistas bobas com bonitonas da capa, mas também com pessoas interessantíssimas, como o cineasta Hector Babenco, o jogador Zico e o produtor musical Nelson Motta, entre outras. (Com o tempo, postarei elas aqui, na seção vintage do blog.) Ironia: enquanto na Veja o que escrevia era trucidado, na VIP uma coluna minha concorreu ao prêmio Abril de 2006 como melhor texto do ano na categoria artigo.
Uma tarde, na VIP, uma das advogadas da editora Abril entrou em contato comigo para me comunicar que Marta Suplicy estava processando a Veja por conta daquela reportagem, e me perguntou quem foi o “jornalista italiano” que me disse a frase. Perguntei se tinha conhecimento de que as matérias da Veja eram mexidas depois de escritas, e ela me disse que sim. Falei, então, que não fora eu quem apurara aquela história e não tinha falado com jornalista italiano algum. Nunca soube o resultado do processo.
Se você me perguntar: mas isso acontece com todos os jornalistas que trabalham na Veja e eles aceitam, são coniventes com essa prática? Não sei, só posso falar por mim. Não sou o tipo de jornalista que coleciona inimigos. Coleciono amigos, essa é minha natureza. Tenho amigos em todos os lugares em que atuei como repórter, inclusive na Veja. Posso dizer que tem vários jornalistas excelentes na revista, por quem tenho apreço genuíno – minha querida amiga, por exemplo. Mas desprezo o veículo onde trabalham. Tenho razões de sobra para isso. Sinto consideração e carinho por todas as redações por onde passei. Respeito a editora Abril. Veja, não.
E sabem o que é pior disso tudo? Nunca entrevistei Maradona.
http://revistaforum.com.br/blog/2011/10 ... -da-elite/Do Brasil 247
Além de nociva à Justiça, nota de Veja era falsa
Tratando o julgamento da Ação Penal 470 como um concurso de beleza entre juízes, para premiar o ministro do Supremo Tribunal Federal que sai melhor na foto, a coluna Radar, de Lauro Jardim, noticiou ontem que o “herói” Joaquim Barbosa era tietado por alunos, enquanto o “vilão” Ricardo Lewandowski vinha sendo ignorado. Era mentira
247 – Fosse verdadeira, a nota publicada ontem na coluna Radar, de Lauro Jardim, contaria mais pontos a favor de Ricardo Lewandowski do que de Joaquim Barbosa. Dizia o texto que, enquanto o primeiro era ignorado por estudantes de direito, o segundo posava para fotos e distribuía autógrafos. Como o papel de um juiz não é exatamente o de granjear popularidade, a nota em si era prejudicial ao próprio conceito de Justiça.
Ocorre que a nota era também falsa. Os mesmos estudantes de Direito que pediram para tirar fotos com o relator Joaquim Barbosa fizeram o mesmo em relação ao revisor Ricardo Lewandowski. Ou seja: prestaram homenagens aos dois ministros. Mas o roteiro que se constrói nos meios de comunicação é diferente. Só os bons (os “nossos”) merecem aplausos. Os que ousam divergir, devem ser tratados com desprezo.
Ocorre que, ontem, o “herói” Joaquim Barbosa passou pelo constrangimento de aplicar penas não previstas no Código Penal, tendo de ser corrigido, no plenário, pelos próprios colegas.
Leia, abaixo, notícia anterior do 247 sobre a nota falsa da coluna Radar:
QUANDO A IMPRENSA AJUDA A DESTRUIR A JUSTIÇA
Nota de Lauro Jardim, de Veja, insinua que a qualidade de um juiz está relacionada à quantidade de autógrafos que distribui ou de tietes que pedem fotos ao seu lado; incensando pelos meios de comunicação, Joaquim Barbosa é popular; atacado, Ricardo Lewandowski não venceu o concurso de popularidade; e o que isso importa?
247 – O julgamento da Ação Penal 470, que acaba de merecer dois blocos do Jornal Nacional, a cinco dias de uma eleição, ainda haverá de seu julgado. E será, talvez, lembrado como o exemplo de como um circo montado por meios de comunicação pode corroer o próprio conceito de Justiça.
Nesta tarde, o colunista Lauro Jardim, da revista Veja, publicou uma nota sintomática. Disse que, nesta terça, no plenário, enquanto Joaquim Barbosa era tietado, Ricardo Lewandowski era ignorado. Se é esse o parâmetro para avaliar a conduta de um juiz, o Brasil caminha para o abismo jurídico.
Abaixo, a nota de Lauro Jardim:
A popularidade de Barbosa e de Lewandowski
Ao final da sessão de hoje do julgamento do mensalão, um grupo de estudantes pediu para tirar uma fotografia com Joaquim Barbosa.
Enquanto esperavam para entrar no salão branco, onde circulam os ministros após a sessão, Ricardo Lewandowski passou pelo grupo.
Muito educado, identificou e cumprimentou a professora da turma. Sorriu, conversou um pouco com os alunos e seguiu rumo a seu gabinete.
Com ele, ninguém quis tirar foto.
Revista Veja – laboratório de invenções da elite
Em meio à grande imprensa, sempre afeita a benesse do poder, Veja se destaca como a ponta de lanã na defesa de interesses da elite branca
Por Anselmo Massad
Um movimento popular ganhava atenção e simpatia da opinião pública fazia dois anos. Era preciso desmoralizá-los. Em junho de 1998, a capa da revista semanal com maior tiragem do país enquadrava uma das lideranças do movimento com uma iluminação avermelhada produzida nas telas de um computador sobre o rosto com uma expressão tensa. A chamada não deixava dúvidas: “A esquerda com raiva”. O rosto demonizado era de João Pedro Stédile, líder do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), e a publicação, Veja.
Na matéria, além de explicitar sua posição, descredenciando o movimento por defender idéias contrárias às defendidas pela revista, os sem-terra eram apresentados como grupo subversivo-revolucionário, quase terrorista. Apesar das quase duas horas de entrevista, só foram aproveitadas declarações do líder de debates sobre socialismo em congressos devidamente descontextualizados. Stédile conta que, após a publicação daquela reportagem, ele e as lideranças do movimento tomaram a decisão de não atender mais à revista. Na época, uma carta anônima circulou por correio eletrônico revelando supostos detalhes de como a matéria teria sido produzida. A carta não comprova nada, e atribui ao secretário geral de Comunicações de Governo de Fernando Henrique Cardoso, Angelo Matarazzo, a “encomenda” para desmoralizar os sem-terra.
A iniciativa de não dar entrevistas à Veja também foi adotada por Dom Paulo Evaristo Arns, ex-arcebispo da Arquidioscese de São Paulo, quando presidia a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O motivo era a distorção da cobertura. Procurado, não quis discutir o tema, apesar de manter a determinação de não conversar com jornalistas do veículo.
O presidente venezuelano Hugo Chávez é o mais recente alvo no plano internacional. Em 2002, Veja chegou às bancas no domingo com a chamada "A queda do presidente fanfarrão", quando a reviravolta já havia ocorrido e a manobra golpista denunciada. A "barriga", jargão jornalístico empregado a erros da imprensa, não foi sequer corrigida ou remediada. Em 4 de maio desse ano, Hugo Chávez voltou a ser alvo da revista, com a pergunta na capa "Quem precisa de um novo Fidel?", ditador cubado a quem a revista sempre se esperneou.
A lista é extensa, mas as razões derivam de uma fórmula simples. “Veja faz um jornalismo de trás para a frente”, explica Cláudio Julio Tognolli, repórter do semanário na década de 1980 e hoje professor da USP.Segundo ele, se estabelece uma tese e a partir dela se parte para a rua, para a apuração. Ouvir lados diferentes da história e pesquisar sobre o tema são práticas que não alteram a “pensata”, jargão para definir a tese que a matéria deve comprovar. Dentro da redação, o melhor repórter é o que traz personagens e fontes para comprovar a tese. “Assim, Veja ensina à classe média bebedora de uísque o que pensar”, alfineta.
Júlio César Barros, secretário de redação da revista, negou esse tipo de procedimento, em entrevista realizada em meados de 2003. Ele admitiu, porém, que a posição da revista é muito clara e conhecida por todos, do estagiário ao diretor. “Medidas irresponsáveis, que atentem contra as leis de mercado ou tragam prejuízos para a economia não terão apoio da revista, que prefere políticas austeras e espaço para o empresariado”, resumiu. A versão oficial do jornalismo praticado pela revista é de que, depois de ouvir especialistas e as pessoas envolvidas, o repórter normalmente já tem uma opinião formada sobre o assunto e a reproduz na matéria. Quem já trabalhou na revista nega.
“As assinaturas das matérias são uma ficção”, sintetiza um ex-colaborador da revista que não quis se identificar. As matérias são reescritas diversas vezes. O repórter entrega o texto que é modificado pelos editores, depois refeito pelos editores executivos e, por fim, pelos diretores de redação. No final da “linha de montagem”, o repórter, que pacientemente aguardou a edição para uma eventual necessidade de verificação de dados, não tem acesso ao texto até ver um exemplar impresso. O processo é narrado no livro do ex-diretor de redação da revista Mário Sérgio Conti, que fez parte da cúpula da publicação até 1997, como chefe de redação e diretor. A opinião que prevalece é a da revista, ainda que todos os entrevistados tenham dito o oposto, mesmo que para isso seja preciso omiti-las do leitor.
A criação de frases de efeito para os entrevistados foi, durante a década de 1980, prática comum, conforme narram diversos jornalistas ex-Veja. É do inventivo do ex-diretor Elio Gaspari a frase assumida por Joãozinho Trinta: “Quem gosta de pobreza é intelectual”. Outras foram criadas, algumas sem consulta, no caso de fontes mais próximas aos repórteres e diretores, que ganhavam carta-branca como porta-vozes de certas personalidades.
No quesito busca de frases, Tognolli conta que elaborou com colegas um dicionário de fontes que incluía verbetes como “Sindicalista que fala bem da direita” ou “Militar que fala bem da esquerda”. O material informal de consulta chegou a 70 verbetes e inúmeros nomes. Algo essencial para os dias de fechamento e encomendas de declarações sob medida.
Veja por dentro
Assim como outras revistas semanais, a estrutura é extremamente centralizada. Até o cargo de editor, o jornalista ainda é considerado de “baixa patente”, ou seja, não decide grandes coisas sobre o que será publicado. Dos editores executivos para cima já se possui poder sobre a definição do conteúdo, mas os profissionais são escolhidos a dedo. Além de competência profissional — qualidade de texto, capacidade intelectual e ampla bagagem cultural — é preciso estar muito alinhado com a editora.
Afinados, os diretores têm grande liberdade para controlar a equipe. Quanto ao conteúdo, o espaço é considerável, ainda que o presidente do conselho do grupo, Roberto Civita, o herdeiro do império da Editora Abril, participe das reuniões que definem a capa de Veja, junto do diretor de redação, do diretor-adjunto (cargo hoje vago), do redator-chefe e, eventualmente, do editor-executivo da área.
O ex-redator-chefe, atualmente diretor do jornal Diário de São Paulo relata que Civita sempre foi muito presente na redação, ainda que sem vetos ou imposições do patrão. Leite sustenta que as matérias e capas sempre foram feitas ou derrubadas a partir de critérios jornalísticos. “Roberto Civita acompanhava a confecção da revista, sabia de seu conteúdo e dava sua opinião em reuniões regulares com os diretores da revista. Mas, de vez em quando, até saíam matérias com as quais ele não estava de acordo”, garante. Leite afirma que, nesses casos, cobrado por políticos e empresários, Civita respondia que “não controlava aquele pessoal”. “Claro que controlava, mas sabia que fazer revista não é igual a fabricar sabonete”, compara.
A revista busca agradar a quem a compra: a classe média conservadora. A tiragem semanal da revista é de 1,1 milhão de exemplares, sendo 800 mil assinantes e o restante vendido em banca. “A maioria dos que compram, gostam das opiniões, gostam do Diogo Mainardi”, lamenta Raimundo Pereira, um dos primeiros editores da revista na época em que lá ainda trabalhava o seu criador, Mino Carta.
A cúpula da publicação reflete esse perfil. O diretor de redação Eurípedes Alcântara e o ex-diretor da revista Exame Eduardo Oinegue, autor da matéria de 1998 sobre os sem-terra, são membros do São Paulo Athletic Club, o Clube Inglês, freqüentado pela elite paulistana. Oinegue costumava defender que os jornalistas devem circular e manter amizades no meio em que cobrem. Entre empresários, se a editoria é Economia, políticos, se é Brasil etc.
Os preconceitos da elite são refletidos pela revista. Além dos movimentos sociais, há quem relate que um dos bordões de Tales Alvarenga, atual diretor de publicações, em sua fase à frente da revista era: “Não quero gente feia”. Por gente bonita, referia-se não apenas a padrões estéticos de magreza, mas também aqueles ligados à cor da pele. Segundo colaboradores próximos, fotografar negros seria quase certeza de material desperdiçado.
A despeito de comentar o livro de Mário Sérgio Conti, o ex-editor-executivo de Veja, hoje diretor do Diário de São Paulo, Paulo Moreira Leite, criticava a obra por ser parcial demais e não ser fiel aos fatos, especialmente os que envolviam os amigos do diretor. “A amizade e a proximidade excessiva com os poderosos são o caminho mais comum e mais eficaz para a impostura e a falsidade, o erro e a arrogância”, afirmava na época. Procurado novamente para falar a respeito, recusou-se a falar mais sobre Conti.
Falando em amizades, um caso em que essas relações foram reveladas, mas nem por isso foram explicadas ocorreu em novembro de 2001. O nome da editora de economia de Veja, Eliana Simonetti, aparecia na agenda do lobista Alexandre Paes dos Santos. Ela recebeu a quantia de 40 mil reais em empréstimos, segundo sua própria estimativa. A revista, de acordo com a jornalista, sabia do relacionamento. Quando os repasses vieram a público, ela foi demitida, sob a alegação de "relacionamento impróprio" com uma fonte.
O maior problema é que a informação surgiu a partir de uma agenda do lobista, envolvido com empresas transnacionais e influência direta sobre funcionários do Palácio do Planalto. Quem revelou a existência do documento foi Veja, cuja reportagem fez vista grossa ao nome da colega. Para dar satisfação à opinião pública, a revista publicou somente uma nota a respeito. Nenhuma investigação foi promovida sobre eventuais matérias compradas, hipótese negada pela ex-editora e pela revista. Simonetti não respondeu aos contatos, mas afirmou, à época, que "todo jornalista tem seu lobista", colocando toda a classe sob suspeita. Ela processou a Abril, e ganhou em primeira instância no ano seguinte o direito à indenização de 20 vezes o valor do último salário.
Império
Publicações tradicionais do mundo todo têm sua posição claramente conhecida pelo público, sem roupagem de imparcialidade. Os questionamentos éticos aparecem quando as relações por trás desses interesses não são transparentes ao público leitor. Um dos motivos dessa falta de transparência é o surgimento dos grandes conglomerados de comunicação. Esse fenômeno adquire contornos mais dramáticos no Brasil, que permite a propriedade cruzada dos meios de comunicação (uma mesma empresa detém meios impressos e televisivos, por exemplo).
O presidente da Radiobrás e ex-diretor de publicações da Abril, Eugênio Bucci, alerta que os grupos transnacionais de entretenimento compram TVs e jornais e os restringem a um mero departamento. “A pergunta que se colocava antes era se o jornalismo é capaz de ser independente do anunciante. Hoje se questiona se ele é capaz de ser independente do grupo que o incorporou”, avalia.
A concentração dos veículos de comunicação nas mãos de poucos grupos, ainda que nacionais, é a marca da história da mídia no Brasil. O grupo Abril não foge à regra. Ele abarca um complexo que envolve 90 revistas, duas editoras de livros (Ática e Scipione), uma rede de TV (MTV), uma de TV a cabo (TVA) e uma rede de distribuição de revistas em banca de jornal (Dinap), além de inúmeras páginas na internet. Tem sete das dez revistas com maior tiragem no país e, nesse quesito, Veja é a quarta maior do mundo. “A Abril faz o que for preciso para expandir seu império, se for preciso derrubar um artigo da Constituição, alterar leis ou políticas, ela usa suas publicações para gerar pressão”, sustenta Giberto Maringoni, jornalista, chargista e doutorando em história da imprensa.
A evolução do império Abril dá uma mostra de como ela soube usar bem sua, digamos, habilidade. O início das atividades se deu em 1950, com a publicação das revistas em quadrinhos do Pato Donald, personagem de Walt Disney. O milanês Victor Civita aproveitava a licença para a América Latina e a amizade do irmão Cesar com o desenhista norte-americano para lançar os produtos. Apesar de simbólico, não se pode dizer que o grupo tenha sido um propalador de enlatados norte-americanos ou produzido materiais de má qualidade em sua história.
O surgimento de diversas revistas, incluindo Veja, um semanário informativo — e não uma revista ilustrada, como o nome e as concorrentes sugeriam —, o lançamento de coleções na década de 1960, como A conquista do espaço, a revista infantil Recreio, sob o comando da escritora Ruth Rocha, e a revista Realidade, uma das melhores feitas no país até hoje, são exemplos de publicações de qualidade da editora. Qualidade que não se manteve, segundo o diretor responsável pela criação de Veja em 1968, Mino Carta. Ele considera a publicação da Abril muito ruim, assim como todas da grande imprensa brasileira, à qual lê muito pouco, para “não sofrer demais”. Na época em lançou o livro Castelo de Âmbar (Editora Record, 2000), afirmou aos quatro ventos a incompetência e até a “imbecilidade”, em suas palavras, dos donos da Abril, que “não entendiam nada de Brasil, assim como não entendem ainda hoje.”
O episódio da demissão de Carta do seu posto na revista Veja é um exemplo do tipo de interesses que pautam os donos da Abril e o jornalismo de suas publicações. A censura prévia havia sido suspensa em março de 1974, com a posse do general Ernesto Geisel. Combativa, a redação publicou três capas seguidas com duras críticas ao governo. A gota d'água para o regime foi uma charge de Millôr Fernandes, que apresentava um preso acorrentado e um balão com a fala de um carcereiro oculto, do lado de fora da cela: “Nada consta”.
Na negociação operacional da censura, Carta conta que Roberto Civita, filho de Victor, ofereceu a cabeça de Millôr a Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil, para tentar evitar a censura. O então ministro da Justiça, Armando Falcão, queria a cabeça de Carta. No livro, ele menciona uma carta escrita por Sérgio Pompeu de Souza, o preferido de Falcão e diretor da sucursal de Brasília, sugerindo ao conselho a demissão do diretor para facilitar as coisas para a revista. Carta afirma que, entre as facilidades, estava incluso a liberação de um financiamento da Caixa Econômica Federal para saldar uma dívida de 50 milhões de dólares no exterior.
Na versão oficial, reproduzida no livro de Conti, os Civita queriam noticiar os progressos do país e Carta, só os aspectos negativos do regime. Queriam ainda expandir o grupo, com a construção de hotéis. Foi preciso ceder ao governo. O episódio decisivo foi a exigência da demissão do dramaturgo Plínio Marcos, colunista da revista. A negativa de Carta em fazê-lo foi o motivo alegado para o seu desligamento, em abril de 1976. Dois meses depois, a censura na revista acabou.
Desde então, Veja tem servido a interesses políticos e econômicos para preservar os seus, ainda que isso implique mudança de posição. Um exemplo foi o comportamento na ascensão e queda do ex-presidente Fernando Collor de Melo. O livro Notícias do Planalto, de Mário Sérgio Conti, conta em detalhes o período, ainda que inclua a maioria da grande imprensa. Da capa sobre "O caçador de marajás", em 1988, até a “Caso encerrado”, sobre a morte de Paulo César Farias, a despeito do laudo do médico-legista Fortunato Badan Palhares, em 1993. A adesão automática à candidatura alternativa aos perigosos Leonel Brizola e depois Luiz Inácio Lula da Silva, favoritos naquele pleito, foi dando lugar aos escândalos de corrupção no decorrer do governo.
Os que têm seus interesses atendidos pela revista também mudam. Para Tognolli, durante a década de 1980, a revista vivia sob a tutela de Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), quando Elio Gaspari era o diretor da revista. Nos anos de Mário Sérgio Conti, houve uma pequena melhora, até a transição ocorrida nos anos de Fernando Henrique em Brasília. “O que antes era ninho dos baianos, hoje é ninho dos tucanos. Quem começou a campanha da mídia contra o atual governo foi Veja”, sustenta.
Um levantamento das capas entre os anos de 2000 e 2005 mostram claramente o seu jornalismo tendencioso. Política interna e economia são os temas de capa mais freqüentes em 2000, 2002 e 2005. Curiosamente, em 1998, ano de eleições federal e estadual, esses temas estiveram bem ausentes: só foram destacados em 11 das 52 edições. Nada se compara a 2005, em que quase metade das 28 capas produzidas até o fechamento desta reportagem destaca temas políticos. Desnecessário dizer que o prato principal era a corrupção.
Um exemplo foi o uso de uma pesquisa do Instituto Ipsos Opinion, divulgado pela revista na edição de 13 de julho. No levantamento, constatou-se que 55% dos entrevistados acreditavam que Lula conhecia o esquema de corrupção, ao mesmo tempo em que a popularidade pessoal e do governo permaneciam estáveis em relação ao estudo anterior. A avaliação dos analistas do grupo, de que a imagem do presidente permanecia intacta, foi omitida, o inverso do apregoado pela reportagem de capa. A visão dos autores só foi publicada depois de duas edições na seção de cartas, sem o menor destaque.
Raimundo Pereira acredita que, se não fosse o caso do financiamento de campanha, é bem possível que se achasse outro assunto para desmoralizar o atual governo. “Veja não está isolada em sua ação, mas é a ponta de lança, a que tem mais prestígio e circulação”, avalia.
Tratamento bem diferente daquele dado ao caso da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, em 1997. Naquele ano, apenas uma capa foi feita sobre o assunto, com o rosto de Sérgio Motta, então ministro-chefe da Casa Civil, e a chamada “Reeleição” e “A compra de votos no Congresso”, em letras menores. Como se não fosse corrupção. Assepsia total para o Planalto. Um servilismo ao governo que, com os petistas no poder, se transformou em ódio.
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
Nota do deputado federal-RJ Jean Wylis, sobre matéria da revista publicada por um DIRETOR de redação, na qual compara homossexuais com cabras. Além de conter todos os vícios de linguagem e preconceitos contra homossexuais. Achei sensacional!!
http://jeanwyllys.com.br/wp/veja-que-lixo
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Eu havia prometido não responder à coluna do ex-diretor de redação de Veja, José Roberto Guzzo, para não ampliar a voz dos imbecis. Mas foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos, que eu dominei meu
asco e decidi responder.
A coluna publicada na edição desta semana do libelo da editora Abril — e que trata sobre o relacionamento dele com uma cabra e sua rejeição ao espinafre, e usa esses exemplos de sua vida pessoal como desculpa para injuriar os homossexuais — é um monumento à ignorância, ao mau gosto e ao preconceito.
Logo no início, Guzzo usa o termo “homossexualismo” e se refere à nossa orientação sexual como “estilo de vida gay”. Com relação ao primeiro, é necessário esclarecer que as orientações sexuais (seja você hétero, gay ou bi) não são tendências ideológicas ou políticas nem doenças, de modo que não tem “ismo” nenhum. São orientações da sexualidade, por isso se fala em “homossexualidade”, “heterossexualidade” e “bissexualidade”. Não é uma opção, como alguns acreditam por falta de informação: ninguém escolhe ser gay, hétero ou bi.
O uso do sufixo “ismo”, por Guzzo, é, portanto, proposital: os homofóbicos o empregam para associar a homossexualidade à ideia de algo que pode passar de uns a outros – “contagioso” como uma doença – ou para reforçar o equívoco de que se trata de uma “opção” de vida ou de pensamento da qual se pode fazer proselitismo.
Não se trata de burrice da parte do colunista portanto, mas de má fé. Se fosse só burrice, bastaria informar a Guzzo que a orientação sexual é constitutiva da subjetividade de cada um/a e que esta não muda (Gosta-se de homem ou de mulher desde sempre e se continua gostando); e que não há um “estilo de vida gay” da mesma maneira que não há um “estilo de vida hétero”.
A má fé conjugada de desonestidade intelectual não permitiu ao colunista sequer ponderar que heterossexuais e homossexuais partilham alguns estilos de vida que nada têm a ver com suas orientações sexuais! Aliás, esse deslize lógico só não é mais constrangedor do que sua afirmação de que não se pode falar em comunidade gay e que o movimento gay não existe porque os homossexuais são distintos. E o movimento negro? E o movimento de mulheres? Todos os negros e todas as mulheres são iguais, fabricados em série?
A comunidade LGBT existe em sua dispersão, composta de indivíduos que são diferentes entre si, que têm diferentes caracteres físicos, estilos de vida, ideias, convicções religiosas ou políticas, ocupações, profissões, aspirações na vida, times de futebol e preferências artísticas, mas que partilham um sentimento de pertencer a um grupo cuja base de identificação é ser vítima da injúria, da difamação e da negação de direitos! Negar que haja uma comunidade LGBT é ignorar os fatos ou a inscrição das relações afetivas, culturais, econômicas e políticas dos LGBTs nas topografias das cidades. Mesmo com nossas diferenças, partilhamos um sentimento de identificação que se materializa em espaços e representações comuns a todos. E é desse sentimento que nasce, em muitos (mas não em todos, infelizmente) a vontade de agir politicamente em nome do coletivo; é dele que nasce o movimento LGBT. O movimento negro — também oriundo de uma comunidade dispersa que, ao mesmo tempo, partilha um sentimento de pertença — existe pela mesma razão que o movimento LGBT: porque há preconceitos a serem derrubados, injustiças e violências específicas contra as quais lutar e direitos a conquistar.
A luta do movimento LGBT pelo casamento civil igualitário é semelhante à que os negros tiveram que travar nos EUA para derrubar a interdição do casamento interracial, proibido até meados do século XX. E essa proibição era justificada com argumentos muito semelhantes aos que Guzzo usa contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Afirma o colunista de Veja que nós os homossexuais queremos “ser tratados como uma categoria diferente de cidadãos, merecedora de mais e mais direitos”, e pouco depois ele coloca como exemplo a luta pelo casamento civil igualitário. Ora, quando nós, gays e lésbicas, lutamos pelo direito ao casamento civil, o que estamos reclamando é, justamente, não sermos mais tratados como uma categoria diferente de cidadãos, mas igual aos outros cidadãos e cidadãs, com os mesmos direitos, nem mais nem menos. É tão simples! Guzzo diz que “o casamento, por lei, é a união entre um homem e uma mulher; não pode ser outra coisa”. Ora, mas é a lei que queremos mudar! Por lei, a escravidão de negros foi legal e o voto feminino foi proibido. Mas, felizmente, a sociedade avança e as leis mudam. O casamento entre pessoas do mesmo sexo já é legal em muitos países onde antes não era. E vamos conquistar também no Brasil!
Os argumentos de Guzzo contra o casamento igualitário seriam uma confissão pública de estupidez se não fosse uma peça de má fé e desonestidade intelectual a serviço do reacionarismo da revista. Ele afirma: “Um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não pode se casar”. Eu não sei que tipo de relação estável o senhor Guzzo tem com a sua cabra, mas duvido que alguém possa ter, com uma cabra, o tipo de relação que é possível ter com um cabra — como Riobaldo, o cabra macho que se apaixonou por Diadorim, que ele julgava ser um homem, no romance monumental de Guimarães Rosa. O que ele, Guzzo, chama de “relacionamento” com sua cabra é uma fantasia, pois falta o intersubjetivo, a reciprocidade que, no amor e no sexo, só é possível com outro ser humano adulto: duvido que a cabra dele entenda o que ele porventura faz com ela como um “relacionamento”.
Guzzo também argumenta que “se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei, afinal, não obriga nenhum cidadão a gostar de homossexuais, ou de espinafre, ou de seja lá o que for”. Bom, nós, os gays, somos como o espinafre ou como as cabras. Esse é o nível do debate que a Veja propõe aos seus leitores.
Não, senhor Guzzo, a lei não pode obrigar ninguém a “gostar” de gays, negros, judeus, nordestinos, travestis, imigrantes ou cristãos. E ninguém propõe que essa obrigação exista. Pode-se gostar ou não gostar de quem quiser na sua intimidade (De cabra, inclusive, caro Guzzo, por mais estranho que seu gosto me pareça!). Mas não se pode injuriar, ofender, agredir, exercer violência, privar de direitos. É disso que se trata.
O colunista, em sua desonestidade intelectual, também apela para uma comparação descabida: “Pelos últimos números disponíveis, entre 250 e 300 homossexuais foram assassinados em 2010 no Brasil. Mas, num país onde se cometem 50000 homicídios por ano, parece claro que o problema não é a violência contra os gays; é a violência contra todos”. O que Guzzo não diz, de propósito (porque se trata de enganar os incautos), é que esses 300 homossexuais foram assassinados por sua orientação sexual! Essas estatísticas não incluem os gays mortos em assaltos, tiroteios, sequestros, acidentes de carro ou pela violência do tráfico, das milícias ou da polícia.
As estatísticas se referem aos LGBTs assassinados exclusivamente por conta de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero! Negar isso é o mesmo que negar a violência racista que só se abate sobre pessoas de pele preta, como as humilhações em operações policiais, os “convites” a se dirigirem a elevadores de serviço e as mortes em “autos de resistência”.
Qual seria a reação de todos nós se Veja tivesse publicado uma coluna em que comparasse os negros com cabras e os judeus com espinafre? Eu não espero pelo dia em que os homens concordem, mas tenho esperança de que esteja cada vez mais perto o dia em que as pessoas lerão colunas como a de Guzzo e dirão “veja que lixo!”.
Jean Wyllys
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Re: REVISTA VEJA - devia acabar de uma vez. Tá desmoralizada até o talo!!
Nada contra os gays, muito pelo contrário, desejo que todos aqui entrem para irmandade, sobrarão mais mulheres prá mim... Mas porque os gays não são sinceros com eles mesmos? Lutar contra o preconceito e a violência é uma coisa, querer esconder uma patologia é outra. Ser negro, assim como ser ruivo, é uma adaptação normal do corpo ao ambiente; já ser albino não é normal, ser cego não é normal, ser pedófilo não é normal, assim como trocar uma buceta por um pau também não.