Melhorou, creio que não precisarei tirar os óculos. Veja que não se trata de modo algum de didatismo, mas simplesmente de um mínimo de humildade para reconhecer que o resto do mundo não vive dentro da sua cabeça para saber ao que você está se referindo.oGuto escreveu:Obviamente, sempre estarei a me referir ao seu último escrito.
Confesso que esqueci estarmos em uma escola, do didatismo que isso implica.
(...)
Se ainda não ficou claro, apenas nos restará descer um nível abaixo.
Fica claro nesse trecho porque o senhor se esforça por ser tão obscuro. Porque seus argumentos baseiam-se em uma inferência arbitrária de seu raciocínio que, uma vez explicitada, revela toda a sua imprecisão.oGuto escreveu:(i) Quando você estabelece uma diferenciação entre a sua argumentação e a do Tricampeão, o faz em benefício próprio (convenientemente), já que desloca a assertividade para o outro, uma vez que inútil dentro do seu conceitual.oGuto escreveu:Seria brilhante se não fosse demasiadamente conveniente em suas idéias.
(ii) Contraditoriamente (o que também é conveniente) assegura a seguir que tudo deve ser explicitado, único modo de mensurar sua adequação ou não ao alegado.
Você disse que algo de meu discurso era "típico de um discípulo do Tricampeão". Eu apenas tentei mostrar o que na minha opinião diferencia meu "método" do dele. Não disse que meu "método" é necessariamente melhor (embora é claro que acredite nisso ou mudaria de método) e a distinção não me é conveniente por dois motivos óbvios: (1) porque a imensa maioria das pessoas prefere o método lógico; (2) porque eu vivo "perdendo" discussões com o referido forista, embora esse "perder" seja relativo, pois eu não entro exatamente para ganhar, mas para tentar furar a bola.
Mas o aspecto "construtivo" da janela de leitura não é exatamente uma prerrogativa do leitor para entender o que bem quiser no texto, mas uma condição humana segundo a qual a representação nunca consegue apreender a totalidade do representado.oGuto escreveu:(iii) Referência ao que chamou de construção da janela da leitura, imaginando que isso também signifique poder tecer críticas ao que foi escrito.oGuto escreveu:Tenho certeza de que não me negará as prerrogativas que mencionou nessa relação escritor/leitor.
Abstraindo-se de que a "teoria da evolução" se tratava mais de uma piada do que de coisa séria, num ponto ela era séria: ser absolutamente arbitrária (nos seus termos, "conveniente"), de modo a ridicularizar a arbitrariedade ("conveniência") dos outros recortes que tentam se passar por reais. Nesse caso, só tenho a agradecer sua interpretação quase precisa, mas que para exatamente onde é conveniente, ou seja, onde você teria de fato que argumentar em favor de sua "teoria da separação", em vez de apenas pressupô-la como "se atendo à realidade"!oGuto escreveu:Aqui entramos, no tema proposto, que é o que interessa.oGuto escreveu:Mesmo assim, esclareço a primeira frase acima: o desvirtuamento da realidade não se transforma em transgressão por mera vontade do agente, mas pela conseqüência de seus atos.
E nisso não há espaço para conveniências.
Existindo, é apenas manipulação da realidade, mera inconseqüência.
(iv) Referente à sua “teoria da evolução”, onde mais uma vez fica evidente como tal argumento é eivado por conveniências já que estabelece uma relação inexistente para, a partir dessa falsa premissa, querer dar a um ato sem conseqüência ares de inovação, via transgressão.
Mas ninguém falou em se ater à realidade. Eu disse que é mais confortável se ater ao que a maioria das pessoas considera a realidade, o que, por si mesmo, nada garante quanto a essa realidade...oGuto escreveu:(v) Não considero o se ater à realidade evidência de maior conforto. Ao contrário, nada mais desconfortável do que o peso do que é real e nada mais inconseqüente do que a sua manipulação para atender a conveniências momentâneas (mesmo que apenas argumentativas).
A realidade não é uma instância prévia totalmente dada, que a linguagem tenta descrever de modo mais ou menos preciso. A realidade é o que se produz a partir dos jogos de linguagem, é o resultado, não o princípio. "Realidade" é aquilo que está em disputa quando nos colocamos em debate. Nesse sentido, toda conveniência é "apenas argumentativa", principalmente a daqueles que se atribuem o "peso do real" sem desenvolver o que entendem por isso exatamente.
Tá vendo, nego canta de galo, bate as asinhas, mas passa três posts já começa a armar a saída de emergência...oGuto escreveu:P.S. Já estou pensando seriamente em abandonar esse curso.
Pepsicool, onde cancelo minha matrícula?
Paga-se alguma multa?

O Caos, com sua estratégia blasé durou mais!