Há, se não uma pequena confusão, ao menos uma intromissão daquilo que seria cultural ou definidor de inteligência, conceitos diversos daquilo que se entende por consciência.Tricampeão escreveu: Biologicamente, um indivíduo da espécie é muito parecido com outro. Mas as histórias pessoais podem diferir muito e, assim, também a consciência.
Mesmo que num nível muito raso, qualquer espécie animal tem ao menos a consciência de ser igual aos seus pares e diferente de seus desiguais.
No nível mais elevado, que se supõe ser o do ser humano, tal percepção se aprimora na consciência de se ser diferente também de seus iguais.
Em ambos os casos, isso se dá de forma instintiva, inata.
Inexistindo esse instinto, inexiste a consciência.
Se pretendermos o livre arbítrio como uma evolução do nível de consciência (a percepção/ilusão de ser um indivíduo) pouco muda nessa análise, uma vez que continuará tendo início no instinto, preponderante, uma vez que origem e não produto.
Portanto, nessa linha de análise, considerando que a consciência individual se restringe a cada ser, ao contrário do instinto que é comum a todos, não há porque entender que seja a consciência o motor de nossas vidas, dado mais cultural do que real.
Assim como, não passam de produtos culturais, o lustre de atualidade que damos aos nossos mais atávicos instintos.