TUDOFOBIA
Tudofobia
O mundo está sendo tomado pela histeria politicamente correta. Quem tem uma opinião sobre alguma coisa, qualquer coisa, corre o risco de sofrer sérias acusações - agora criminais, inclusive.
Se você disser que não gosta de gays, será obrigado a se calar, em nome da liberdade de expressão. Se revelar que não simpatiza com judeus, ninguém tolerará sua intolerância. Se confessar que não se mistura com negros, será alvo de preconceito e discriminação.
Minha opinião - se é que ainda posso me dar a esse luxo - é de que todos têm direito de ter opinião, tanto a favor quanto contra o que quer que seja. Quando escrevi Pelo direito de ter opinião, o sujeito da frase era alguém perseguido por ser machista, partindo do princípio que isto é algo ruim.
Hoje quero estender um pouco mais este conceito: as pessoas têm o direito de não gostar de qualquer coisa, sejam gays, negros, judeus ou até mesmo mulheres, sem sofrer retaliações por causa disso.
Que fique claro que não gostar é uma coisa, xingar ou bater são atitudes completamente diferentes. Bater num gay é bater numa pessoa. Xingar um judeu é xingar uma pessoa. Ofender um negro é ofender uma pessoa. Já existem leis contra isso.
Se a ofensa é pior por ser gay, judeu ou negro, então é porque há algo intrinsecamente negativo em pertencer a estes grupos. Então, preconceituosa é a lei, ora.
Muitos reclamam da falta de leis no país, mas a verdade é que há leis demais. O que falta é cumpri-las.
E cada vez que pedimos a criação de uma nova lei, estamos enfraquecendo as demais. Se os agressores fossem realmente punidos, não haveria necessidade de lei anti-homofobia nem de Maria da Penha.
As leis que protegem grupos específicos tendem a segregá-los ainda mais e perpetuar seu status de minoria. Por que a agressão a um gay ou a uma mulher tem que ser diferente de um hetero? Por que é mais frágil? Por que não tem como se defender? Ora, isso está previsto no Código Penal: são os agravantes.
Como disse Rica Perrone em coluna recente, isso não é ser tratado com igualdade, isso é tratamento VIP.
Outra distorção que percebo é que deixamos de apenas defender as minorias e agora passamos a promovê-las, festejá-las. Semana passada vi duas meninas competindo para ver qual tinha mais amigos gays. Se o movimento homossexual considera isso uma vitória, para mim é o mesmo que colecionar selos. "Ter amigos gays é cool, vamos ver quem tem mais?" Aceitar diferenças e respeitá-las de fato são duas coisas bem diferentes.
Para os mais xiitas, deixo a seguinte pergunta final:
se você é tão pró-homossexualismo, mesmo não sendo um, por que educa seus filhos segundo os padrões heterossexuais? Por que sua filha usa vestido e seu filho está com uniforme de futebol? Por que você não troca às vezes?
Fonte :
http://www.naopossoevitar.com.br/2011/06/tudofobia.html